terça-feira, janeiro 22, 2019

"best post" 2018

Embora sabendo que não é o mais importante, parece-me que esta é uma forma de revermos textos, pensarmos de novo, e ajudarmos o autor deste blogue a verificar caminhos. Assim, peço a vossa ajuda para seleccionar aqueles textos/prosa que considerais ou considerastes como os melhores, os mais tocantes ou interessantes em 2018. Indiquem nos comentários o título ou títulos dos vossos preferidos. Agradeço desde já a vossa participação e colaboração. Como nas outras ocasiões, tenciono posteriormente colocar os melhores à votação. Podem sugerir outros que não estejam nesta selecção. A mim fez-me bem relê-los. Pode ser que faça bem a mais alguém.

Nota que os poemas não entram nesta sondagem.
Quem quiser dar uma espreitadela aos "best post" de 2012, 2013, 2014, 2015, 2016 e 2017 clique AQUI.

10 comentários:

Ângela disse...

Os melhores:
Os óculos da paróquia
Os coitados

Outros que também gostei:
A Igreja precisa de padres?
Das crianças é a verdade dos céus.
A Igreja das mulheres.

Anónimo disse...

São todos tão bons que me é difícil escolher.

Mas acho que devo: o Sr. Padre merece. Assim opto por uma posta mais leve, para trazer alguma alegria a esta casa. Pode ser a do meio, ali entre Março e Abril. Tititiiti.

Anónimo disse...

Se calhar este local não é o mais apropriado. De qualquer forma, mais fiel ao espírito do que à forma deste Post, atrevo-me a sugerir um «Tema» para um próximo, confiante de que não me levará a mal por isso. Na verdade não quero condicionar de nenhum jeito a sua liberdade de escolha e redacção, é apenas um gosto. Gostaria que discorresse sobre o tópico «Confiança». Quando é que é merecida? Devemos confiar apenas porque «sim»? Há confiança de «olhos fechados»? Não sei se me consigo explicar bem, mas é a melhor que tenho para me exprimir.
Considerando a sua formação literária e espiritual, experiência de vida, tenho a certeza que me transmitirá dicas muito relevantes neste âmbito da «Confiança». Não gostaria que caísse em lugares-comuns, aqueles que nos remetem sistematicamente para Deus e a confiança que Ele nos merece irmanada com a «fé». Refiro-me mais à «confiança» que nos merecem os outros, apesar de todas as suas falhas passadas. Como se distinguirá alguém «confiante» de alguém «palerma»? Tudo isto do ponto de vista ético, inserindo-se aqui proeminentes valores, os socialmente mais relevantes, por exemplo.
É frequente lermos nas revistas do social declarações acerca da falsidade do meio. Desconheço tudo acerca da verdade de tais afirmações. No entanto, podemos encontrar um ponto partida por aí, correlacionando «actuação»/«representação» e necessidade de «confiança»e «pacificação». Estas duas são parentes próximas. Sem mínimos aceitáveis de confiança não há estabilidade. Construir «vida» sem confiança seria o mesmo que erguer uma habitação sobre um pantanal ou mesmo um areal. E mesmo que pensemos em «destruir» para «construir/reconstruir», não podemos esquecer que neste processo nem tudo é novo. Tendo a «confiança» sido abalada, não identifiquemos magnitudes, poderá ser recuperada? Pergunto-me acerca disto, porque às vezes ocorro-me olhar para a vida do lado de fora. Como será colocá-la - a vida, bem entendido e sem quaisquer outras conotações desde já liminarmente excluídas - do lado de dentro? «De boas intenções está o inferno cheio», costuma ouvir-se. E de «experimentações» também, acrescento eu.

Anónimo disse...

Outro item de interesse, na minha óptica, acerca desta matéria da «Confiança cheia de boas intenções», tem a ver com o insulto. Digo insulto, mas poderia chamar-lhe outra coisa. Não me recordo muito bem da história, mas sei que a Rainha Catarina, a Grande, da Rússia deslocou-se a uma zona do seu território, distante da capital, para observar de perto os progressos na construção de uma cidade que havia mandado erguer. Como nada ou muito pouco havia sido feito, foi feito um cenário da cidade para enganar a monarca. Com êxito. Uma realidade inexistente venceu. Mas se ela mais tarde viesse a descobrir o logro? Aqui estamos no domínio do «agir» político, etc. Imaginemos «logros» recorrentes, antigos, que vão sendo destapados, descobertos, e que abrangem um, dois, vários amigos... parentes... Comentários, apreciações/desapreciações, encenações «para o bem»? Chocalhe-se muito bem e tome-se este cocktail em pequenas doses diárias, durante um, dois, três ou mais anos. É ver a «confiança» aumentar, não acha?
Podemos sempre rebater isto com uma palavra que poderia ser «chic» senão fosse tão utilizada: necessidade. É comum dizer que foi feito por «necessidade». O que é então a «necessidade»? Como se pondera a intervenção da «necessidade»? Quando é que a «necessidade» «é necessária»?
Com certeza que nestas coisas se fazem intervir aquelas listinhas de «prós» e «contras», e que se analisa tudo com muito cuidado. É claro que não se vai hiperbolizar um factor para justificar e que tudo é feito com muito cuidado, pesando, medindo, estudando as consequências presentes e futuras e que se privilegia sempre a intervenção que cause o mínimo mal.

Anónimo disse...

Está a ver, já me pôs aqui a pensar um bocadinho acerca destas coisas! É disto que gosto neste blog e é por isso que sou cliente assídua! Já tenho menos uma escamazita em cada olho. Como disse acima, não quero, longe de mim, pressioná-lo. É só porque isto me chateia um bocadinho pequenino e vejo tanta coisa que me desgosta... As pessoas não pensam, sabe? Eu, pelo menos, penso que não pensam, porque se pensassem certamente perceberiam que, muitas vezes, com esses comportamentos solido-beneméritos, insultam os neurónios dos outros. Não é a burrice que insulta é a falta de respeito que me parece existir na farsa, porque na actuação - e é certo que todos somos actores e actuantes - mas naquela actuação a que chamaríamos «hipocrisia» se não estivéssemos a falar de solido-beneméritos, reduzimos o outro, enganamo-lo e contamos que ele não descubra. Por vezes até com um certo gáudio com a nossa habilidade, manifestação de uma superioridade medíocre, e chamo-lhe assim pelo seu fim. Qualquer outro que tenha, este «fica», o de reduzir o outro, o «papel». O confronto directo é assim feito, com o «papel», a «farsa», o «truque». Saudável, claro. Solido-benemérito.
Bem, melhor que ninguém, o Sr. Padre para reflectir sobre este e outros temas. É que no Sr. Padre eu confio. As suas reflexões têm-me ajudado muito, sido mesmo muito úteis mesmo na minha vida. Em pessoas assim eu confio. Além disso, sei que tem uma fé imensa, o que pontua a seu favor.

Peço desculpa pela lonjura do texto, daqui até ali, ler cansa. Se o Sr. Padre não quiser não publique que não me melindra em nada. Nem ofende.
Obrigada.


Confessionário disse...

Cara amiga, não me cansei de ler.
Gostei de participar do diálogo que foi fazendo consigo mesma...
Vou anotar as sugestões, mas não prometo nada. É que , geralmente, o que escrevo tem a ver com o que vou pensando, sentindo, vivendo, vivenciando. Como já deves ter dado conta, costumo começar com a descrição do espaço/momento/acção.
Mas agradeço a sugestão. São temas interessantes.
Pelo menos uma coisa acho que posso partilhar contigo sobre a "confiança": não há confiança sem amor. Ou seja, se não amares a pessoa (e não me refiro apenas ao amor entre duas pessoas na intimidade do namoro/matrimónio/família), vai ser sempre difícil confiar. Somos seres que vivemos desconfiando, sobretudo porque passamos o tempo à defesa. Vivemos com medo do outro, do que pensa de nós, do que nos pode prejudicar, do que pode por em causa em nós… Li em tempos um livro de Cristologia de um autor algo polémico, que faz mais ou menos uma análise disto, partindo da cruz de Cristo e da sua entrega. Chama-se, deixa ver se me lembro, qualquer coisa como "Cristologia da Não violência". Posso tentar buscar mais informação e dar-ta por mail, se me contactares por essa via.
Bem haja

Anónimo disse...

Padre amigo, não sei se vou ajudar, porque tive dificuldade em reduzir as escolhas... mas aí vai

As coisas que Deus se lembra de fazer
A Igreja das mulheres
Os óculos da paróquia
Dona da minha vida
Chorar à beira-mar
Tenho-te dito
O frade dorminhoco
Esse amor maior que não se consegue dizer
Os coitados
A limpeza da Igreja
O Cristo escondido

Anónimo disse...

padre, gostei muito dos coitados (porque é isso que muitas pessoas pensam), a Igreja das mulheres (porque me diz mt), os oculos da paróquia (porque me fez rir) e mais uma série deles. Mas estes tocaram-me de forma especial.
bj

Ailime disse...

Boa tarde Sr. Padre,
Deixo a minha contribuição:
-A Igreja precisa de padres?
-Tenho saudades de Deus
-Cuidar de quem nos cuidou
-Quilómetros e quilómetros percorridos
-Beatas, ratas de sacristia
-Porque não é fácil encontrar vocações por aí.
-Um chamamento que não sei.
Ailime

Anónimo disse...

-Tenho saudades de Deus
chm