sexta-feira, agosto 30, 2019

Na tua opinião, hoje a sociedade em geral é favorável à Igreja em particular?

Por alturas da Quaresma deste ano, já lá vão cinco meses, colocámos online uma sondagem que perguntava: "Preocupas-te em cumprir ou viver o que é aconselhado na Quaresma?" 
Os resultados das vossas respostas estão neste gráfico.


Hoje postamos nova sondagem, a mesma que em 31 de Julho de 2013 fizémos neste blogue, aqui. 
Os resultados, na época, também estão aqui.
Como a sociedade muda constante e rapidamente, e passados seis anos, achámos interessante efectuar de novo a pergunta: Na tua opinião, hoje a sociedade em geral é favorável à Igreja em particular?
Convido a explicarem as vossas opções aqui nos comentários.

quarta-feira, agosto 28, 2019

aparências [poema 225]

Ó coisa que não tens nome
E pareces a sombra das coisas
Talvez um dia sejas o que aparentas
Ou o que aparentes seja o que tu és
Esse nada que parece tanto,
Esse tanto que afinal é
O tanto que quiseres que aparente
Mais que aparentemente

sexta-feira, agosto 23, 2019

Catequese na piscina

Uma das minhas catequistas tirou uns dias de descanso e decidiu ir para a piscina, como me disse, a torrar ao sol. Curiosamente, encontrou lá todos os seus catequisandos, que ficaram imensamente contentes com a sua companhia e não a largavam. Ela também gosta muito deles. Diziam-lhe que até parecia que a catequese ainda não tinha terminado este ano. E repetiam. Ó catequista, podíamos ter catequese aqui na piscina. E então a catequista lembrou-se de comprar uma bola de praia às cores e, com ela, fazer um jogo de perguntas sobre a catequese. 
Na verdade, um catequista é sempre catequista. Todos os lugares e espaços são bons para promover o encontro com Cristo. Para isso não há férias. Para a verdadeira catequese, não há férias. Fiquei muito satisfeito com o que esta catequista partilhou comigo. Bem haja.

quarta-feira, agosto 14, 2019

O padre retrógrado

Um colega padre que não conheço e que mora distante, porque eu pedira aos pais que desejavam baptizar seu filho que pedissem uns documentos e que fizessem uma preparação específica para esse efeito, mesmo que fosse na paróquia onde residem, afirmou que eu deveria ser um padre retrógrado. Disse-o com displicência, segundo me pareceu, quando os pais fizeram essa alusão. Dissera-o, pelos vistos, para manifestar que hoje já não é preciso nada para baptizar. Soube mais tarde que, para este padre, bastava os pais marcarem a data e a hora. Nada mais era necessário. E na hora preenchiam os registos do baptismo no livro de registos paroquial. 
Ora se, por não ser facilitista, sou retrógado, então prefiro ser retrógrado. 
Assim vamos nesta instituição demasiado ou excessivamente sacramentalizadora, sem mais. Desculpem a quase redundância, que é de propósito. Vou agora pedir perdão a Deus pelos pensamentos impróprios que alimentei na ocasião.

quinta-feira, agosto 08, 2019

A falta que fazem os padres

Ó senhor padre, fazem-nos tanta falta os padres, dizia. Tenho andado a rezar para que haja muitos. E então para a experimentar, perguntei porque motivos é que os padres fazem tanta falta. Para nos celebrarem as missinhas. Não dá mesmo jeito quando temos celebração. E depois vinha fazer as festas todas e as procissões. Era tão bom tê-lo aqui à mão! É esta a falta que fazem os padres! 
E depois dizia há dias um colega mais velho que não se lembra de, nos últimos anos, algum dos seus paroquianos se ter abeirado dele para um conselho espiritual, para um desabafo, para uma dúvida ou questão de fé. Só se abeiravam dele por causa de marcações de coisas.

quinta-feira, agosto 01, 2019

Os padres santos e pecadores

Há padres santos, há. Se calhar são poucos. Há padres que se entregam diariamente à missão, há. Mas talvez não sejam muitos. Há padres que fraquejam, há. Pelos vistos são muitos. Ou todos. Todos fracassam, mesmo os mais entregues ou os mais santos. Porém, o que conta é Cristo. Não são os padres. Ele não escolhe os perfeitos. Escolhe quem quer. E é com esses que conta construir a Igreja santa e pecadora. A Igreja que caminha para a santidade e a Igreja que aceita a sua humanidade frágil. Isto não justifica as falhas dos padres, mas justifica que falhem. Isto não justifica os pecados dos padres, mas justifica que também pequem. Isto não justifica que tudo é possível ou passível, mas que é bem possível que tudo passe. Só Cristo não passa.