sexta-feira, agosto 26, 2011

Do que viveste ou soubeste, que te admirou mais nas JMJ Madrid 2011?

Apresento-vos hoje nova sondagem, no rescaldo do grande acontecimento deste verão para a Igreja católica, as Jornadas Mundiais da Juventude ocorridas entre os dias 15 e 21 de Agosto em Madrid. Participaram nela milhares de jovens entre alegria, festa, música, oração, reflexão, cansaço, confusão, adversidades, calor, entusiasmo, comunhão, fé, e muitas mais formas de sentir e viver. Suponho que todos presenciámos, ao vivo ou através da comunicação social, este acontecimento. Por isso, e para avaliar as Jornadas Mundiais da Juventude deste ano, proponho esta sondagem: Do que viveste ou soubeste, que te admirou mais nas JMJ Madrid 2011?

Podem e devem explicar a escolha das vossas opções.

sexta-feira, agosto 12, 2011

A vida está é para os padres

A calçada da minha rua tem muitas histórias. Por ela passam muitas vidas. Passam as pessoas com as suas vidas. Podem passar a correr porque têm muitas vidas. Podem passar a passear porque já tiveram muitas vidas. E eu percorria a calçada da minha rua com as minhas vidas. Ia apressado porque tenho muitas vidas para fazer. Perdoem a insistência, mas é costume ir apressado porque tenho muitas vidas. Já me vão conhecendo como apressado. Os padres, hoje em dia, são quase todos apressados. As pessoas são quase todas apressadas. Mas o Quim faz parte do grupo dos que se passeiam. Anda calçada abaixo calçada acima várias vezes ao dia. Tem tempo, ou porque o arranja ou porque já é assim, para passar, calçada acima calçada abaixo, várias vezes. É um castiço no pleno sentido da palavra. Mete-se sempre comigo como, imagino, se mete com todos os que passam. Ó, padre, a vida está é para os padres. Não deve ter reparado que eu ia apressado com as minhas vidas. Ou então foi o modo que encontrou para se meter comigo desta vez. Já não é a primeira que o faz assim. E repetia. A vida está é para os padres. Não o disse com maldade, porque não tem maldade. Como ia cheio de vidas, achei que devia responder. E fi-lo, sem maldade, mas com muita vontade. Ó Quim, por isso é que há tantos!

segunda-feira, agosto 01, 2011

É a vida

É a vida. Dizem os transeuntes. Chamo-os transeuntes porque não sei o nome de todos, e estão a passar junto ao caixão. A Maria da Conceição não diz nada. Está no caixão, deitada. Ou o que resta dela. E os transeuntes não se cansam de repetir É a vida. Ou É assim a vida. Fazem-no com um ar dramático. E, sem querer ou sem perceber o real significado da expressão, os transeuntes referem-se à morte como a vida. É a vida. É a vida.
Um dia destes vou fazer uma homilia sobre isto. Mas agora detenho-me apenas a contemplar a situação e a sorrir por dentro. O nosso povo entranhou esta expressão e chama à morte vida. E assim, sem perceber que o está a fazer, afirma uma enorme verdade de fé. É que a morte não é outra coisa senão o acontecimento da Vida em plenitude, a Vida eterna.