terça-feira, abril 30, 2013

A franja em pé

A franja do cabelo tapava-lhe o olho direito, e pendurava-se no esquerdo a querer tapar-lhe os dois. Assim falava-me sem correr o risco de me olhar nos olhos. Sentámo-nos à mesa do café. Para um simples café e troca de palavras. Aos aromas do café juntámos o novelo da sua vida, que desfiou devagar e com paragens, pois estava cheio de nós. Tinha-se divorciado. O marido não fora violento, nem nada que pareça. Não havia razões daquelas que os noticiários parecem adorar. Ela queria ser mais feliz do que era, e separou-se. Depois disso já teve vários namorados, com quem sonhara ser feliz. Nunca fora propriamente depravada. Nem propriamente feliz. E perguntava-me. Será que é mal ou pecado ter sentimentos e procurar ser feliz? Eu achei que esse era o anseio de todos. Não julguei. Não quis. Já chega o que os outros devem julgá-la. E embora não queira aligeirar o tema, digo que fiquei incomodado. De franja em pé. E às vezes penso que a Igreja tem de se sentir incomodada.

34 comentários:

Anónimo disse...

"...queria ser mais feliz do que era, e separou-se." parece que estamos a falar de alguém que não se sente completa, insegura quem sabe imatura.
Só ela saberá dos verdadeiros motivos que a levaram ao divórcio.

Cada caso é um caso com contornos únicos muitas vezes inexplicáveis e incompreensíveis para quem está do lado de fora da questão.
E normalmente a igreja (está do outro lado da questão) responde que o que Deus uniu pelo matrimónio não se dissolve é eterno.
No caso que relatou não há violência pelo meio, e aqueles casos em que existe de tudo um pouco, violência vicio à mistura, abusos sexuais associados a práticas menos éticas das próprias relações sexuais que deveriam ser uma das expressões visíveis do sentimento que "une" o casal, quando o divórcio apenas desencadearia uma decadência mais acelerada de um dos dois, (além de ser uma atitude condenada à priori pela igreja).
Nestes casos eu pergunto: É pecado sentir Amor por outra pessoa?
A razão diz-me que não está certo que num casamento deve haver respeito e fidelidade, mas quando o respeito falta à priori onde vamos nós buscar a força para suportar o tormento do dia a dia? Consegue-se alguma de joelhos em frente ao Sacrário... Verdade que se não fosse Ele e a força que d'Ele emana a vida há muito teria deixado de significar algo...
Mas falta algo indispensável, falta aquele olhar doce e terno aquelas palavras de conforto e de incentivo "Tu és capaz de seguir em frente ainda que dilacerada pela dor... Acredita, acredita que as coisas vão melhorar", falta o abraço firme e carinhoso.
Parece-me que o homem é ele mesmo e as circunstâncias, no entanto acho que as circunstâncias condicionam o homem ao ponto de este procurar fora em algo ou alguém, o tal ponto de apoio que não encontra nas pessoas que lhe são mais próximas fisicamente.
A minha franja não ficou em pé, não a tenho, mas se a tivesse andaria quase sempre "espigada" com a atitude de algumas pessoas da igreja relativamente a esta questão.

Anónimo disse...

Senhor Padre, a senhora divorciou-se e teve vários namorados. Depois do percurso consumado, procura-o, ou não, mas interroga-o, envergonhada (de olhos baixos, com a franjinha a tapar os olhos): “Será que é mal ou pecado ter sentimentos e procurar ser feliz?!”
Porque podia estar a ser castigada por Deus, e ser essa razão pela qual ainda não tinha acertado?! Ou, porque ia retroceder e pedir a anulação do divórcio?, Já não ia namorar mais? Namorava, mas confessava-se no intervalo?... Reflexão interessante…. Peço muitíssima desculpa, percebo as questões que pretende suscitar, mas faz-me lembrar uma cena daquelas novelas da TVI! Padre aguenta cada uma e depois ainda fica a pensar nisso!

Anónimo disse...

Para complemento ao seu post, do qual partilho essa inquietação, de uma leitura de hoje
http://expresso.sapo.pt/-perder-o-equilibrio-por-amor-faz-parte-de-uma-vida-equilibrada=f803503

HD disse...

Tudo isto faz parte das agruras da vida de muitos. Ainda bem que há padres que escutam e sobretudo não julgam , mas apresentam caminhos. E se calhar com fé e perseverança ainda vai descobrir como se busca a Felicidade, que não é mero prazer momentâneo.
Novelas da TVI? Analogia patética.
As histórias da vida de muitos, são mesmo assim. O que é lamentável é que cada vez menos se escuta e ampara, os que estão em dificuldades, na voracidade egocêntrica que o importante sou só eu, e os outros latas de coca cola para consumir em desamor… onde é que o pedantismo snob-cristão resolve seja o que for, da vida das “ovelhas”?
Aquele que indica onde é o pasto verde sem a obrigar a comer desta ou daquela erva ou no momento que apraz ao pastor.
Fazem falta “pastores, que cheiram a ovelha”….
Capiche?
HDias

Peregrino disse...

"Onde tu dizes lei,
Eu digo Deus.
Onde tu dizes paz, justiça, amor,
Eu digo Deus!

Onde tu dizes Deus,
Eu digo liberdade,
Justiça,
Amor!"


….bispo Pedro Casaldáliga

Anónimo disse...

Actualmente o amor, sobretudo aquele que é para ser vivido a dois, é procurado com uma sofreguidão tão grande, que onde não há imagina-se. Muitos dos amores que pululam por aí são inventados pelos próprios intérpretes, ansiosos por o trazerem para as suas vidas. É vendido como o exponente máximo da felicidade na terra. A ampola das emoções fortes, que depois de tomada, apaga automaticamente toda a infelicidade, tornando a vida um folhetim cor-de-rosa. Por isso, a amizade, o companheirismo, o enlevo, a paixão, tudo é colocado no mesmo saco do amor. Mas não me parece que assim seja. As vezes ouvimos descrever, pela boca dos próprios, estes grandes amores de dias… ou de semanas, de mãos dadas, com aquela cara de que nem os próprios estão ainda convencidos, enquanto dão muitos e ternos beijinhos na boca e se tratam por "amorzinho". Não acredito no amor instantâneo. Não acredito nos amores que se sucedem, com as estações do ano. Acho que o amor é raro, difícil e tremendamente valioso. Muitas gente não o consegue encontrar numa vida. Pelo que vejo em meu redor, inclusive entre amigos, o amor é cada vez mais descartável. Para partilhar a vida, basta alguém que faça alguma companhia, para ir aos jantares de casais, para emparelhar, para que a pessoa se sinta integrada e não “desasada”. Com o decurso do tempo, a insatisfação vem ao de cima. Geralmente é a insatisfação com o próprio, que é justificada com a insatisfação com o parceiro, que sempre soube que estava ali só para que o lugar não ficasse vago. E, ainda assim, as pessoas casam-se, com a base na premissa de que mais vale ficar com aquele ou com aquela, do que ficar sozinho. Depois vem a voragem de novas emoções, da substituição, das facadinhas no matrimónio, porque a emoção que havia esgotou-se. Pergunto-me quem pula de namorado em namorado, quais são os “sentimentos” que existem, dignos de tão elevada protecção?! Não falo em depravação, aqui interpretada como andar com mais de um ao mesmo tempo. Também com andar com um sem ter “sentimentos”. Não quero dizer com isto que as pessoas não tenham sentimentos umas com as outras. Eu tenho muitos sentimentos por muita gente, e nem por isso namoro com elas. Nem quero dizer que as pessoas não sejam livres de saltar de namorado em namorado e de retirarem algum prazer e felicidade nisso. Reitero, com as palavras bem pensadas e pesadas, que me faz lembrar uma novela da TVI, as pessoas perguntarem: Será pecado?! Tem mal?! Acrescento, faz-me lembrar também, algumas perguntas feitas na revista “Maria”. Por incrível que pareça, até nem estou a julgar ninguém. Estou sou a dizer que cada qual segue a vida que quer, procura a sua felicidade como bem entende. Aproveita a vida como gosta. Assuma-se então essa forma de estar na vida, com maturidade, em vez de fragilidade, do "não tenho sorte nenhuma". Ter sentimentos é anseio de todos, pois é. Nem todos têm é anseio pelos mesmos sentimentos. Nem a felicidade procurada penso que seja exactamente a mesma. Só isso. Mais nada. Porque não me apetece dizer mais nada, não porque não haja mais a dizer sobre o assunto. Há sempre.

Jose Tomaz Mello Breyner disse...

Senhor Padre,

O Senhor quando casa alguém pronuncia sempre estas palavras :

"Não separe o homem o que Deus uniu"

Nunca ninguém disse que era fácil viver a dois, mas se não acreditamos nestas palavras e não fazemos um esforço por as levar em conta, então o melhor mesmo é casar pelo Civil, e só casarmos pela Igreja quando estivermos dispostos a cumprir a promessa que fazemos perante Deus.

A nossa Religião não é fácil, mas foi esta a que escolhemos.

Desculpe o ir contra a corrente mas não posso deixar de dizer o que penso.


Anónimo disse...

[ GRAZIE MILLE!]

PR disse...


"Aquele que indica onde é o pasto verde sem a obrigar a comer..."
Estes são os verdadeiros pastores que amam a ovelha mas amam mais ainda o Deus que deu a vida à ovelha e que a todo o tempo a espera de braços abertos.
Não são muitos os que vêm para além do que a vista alcança, mas graças a Deus por esses poucos que vão fazendo a diferença na vida de umas quantas ovelhas.
"Fazem falta “pastores, que cheiram a ovelha”…."
PR

Ana Melo disse...

Não sei padre!! temos de voltar lá muito atrás, A CRIAÇÃO, á complementaridade para a qual fomos criados (tratarmo-nos como terreno sagrado criado pelo PAI).

Esta “felicidade” baseada no alimentar dos instintos, dos impulsos, na posse de pessoas e bens, é uma ilusão curtíssima. Não paramos um pouco para pensar, e o resultado é o passar em menos de nada, da euforia á frustração.

Olhe!! Que nos vamos ouvindo uns aos outros!! é o pão nosso de cada dia, nós, familiares, amigos, conhecidos, somos quase tantos quantos, ou mais, que os “zés tugas” casa sim casa também.

SABEMOS TODOS!!! que andar a mudar de camas! andar a mudar de relações! nos leva a lugar nenhum. Homens e mulheres!! a maior parte das vezes, estas corridas atrás da “felicidade”, deixam-nos a SENTIR, que somos pouco mais que lixeira uns dos outros.

Bartolomeu disse...

3 simples frases são suficientes para que coloquemos os pensamentos em ordem e encontremos a redução natural da dimensão humana: «Não julguei. Não quis. Já chega o que os outros devem julgá-la.»
Tal como proferiu aquele rapaz de Nazaré, depois de ter escrito na areia, algo que ninguém conseguiu entender: "Quem se achar livre de pecado, que atire a primeira pedra."
O essencial, é que desçamos ao mais profundo do nosso ser, e tentemos entender verdadeira e humildemente, o que é o pecado.
Depois... seremos felizes, sem que para isso precisemos de julgar os nossos iguais.

Teresa disse...

Olá a todos;
Sr. Jose Tomaz Mello Breyner, tem razão quando diz: "Não separe o homem o que Deus uniu." Até aqui tudo bem, concordo consigo.

Mas... e porque existe sempre um mas... esta frase, adapta-se melhor aos tempos, dos nossos avós, ou até mesmo, à geração dos meus pais, na casa dos 70.
Porque eu sempre ouvi dizer aos mais velhos, "que o casamento é uma carta fechada."

Deus é Amor, quer a nossa felicidade, o nosso bem estar, aliás como diz numa passagem das escrituras, "Prefiro a misericórdia ao sacrifício." E é isso que nos ensinam a viver em Igreja. Que Deus é infinitamente misericordioso e bom.

Então sr. José, vamos imaginar situações de violência doméstica, não só de mulheres, mas de homens, que apesar de raras tbém existem.
Veja nos noticiários, em empresas como a APAV, nas esquadras da PSP, repare, no sem nº de queixas de crimes e violência doméstica e cada vez mais a aumentar entre jovens casais de namorados.

Repare quantas mulheres morrem por ano, vitimas desses mesmo maus tratos, não só físicos, mas psicológicos tbém.
O namoro é a fase cor de rosa dos relacionamentos, mostramos ao outro apenas aquilo que queremos, para encantar, para enamorar, mas após o casamento, mts comportamentos se alteram, porque julgam-se donos, ou na posse dessa pessoa e então com o tempo, a máscara da sua aparente e linda personalidade e carácter, cai por terra.

E depois sr. José?! Só porque uma mulher casou por igreja, deve suportar tudo isso, muitas vezes até pagando com a própria vida?!

"A nossa Religião não é fácil, mas foi esta a que escolhemos."

Eu escolho o Amor de Jesus, a bondade, a felicidade, a misericórdia e o perdão.
E não o sacrifício de uma Religião, que me "obriga" a morrer nas mãos de um homem, que até então pensava ser o amor da minha vida.

Felizmente ou infelizmente, não sou casada, nem nunca vivi namoros violentos, nem nada que se pareça graças a Deus, nem na minha família, mas infelizmente, já conheci muita gente, que passa e passou por isso.

Portanto, na minha humilde opinião, acho mesmo que não só a Igreja, mas também toda a sociedade, deveria repensar, os valores da vida, do matrimónio e a forma como somos educados...

Bjs

Anónimo disse...

Anónimo 30-04
"Será pecado?!"
Aquele que coloca esta questão já sabe a resposta de antemão.
Se somos cristãos sabemos a resposta, no entanto ela acontece como se de um grito se tratasse.
"...Aproveita a vida como gosta. Assuma-se então essa forma de estar na vida, com maturidade, em vez de fragilidade..." não é simples dizer que se aproveita a vida como se gosta, eu diria que se vive um dia de cada vez o melhor que se pode e que as condições envolventes o permitem.
Sou o anónimo de 30-04 15:43, e apenas posso dizer que tenho plena consciência que apesar de nunca ter acontecido a traição, (objectivamente falando), estou em pecado, sinto-o dessa forma, porque existe um sentimento em mim que eu não consigo controlar.
Procuro encontrar força para suportar cada dia cada noite, em palavras, olhares gestos... algo que me impeça de sucumbir.
E essas palavras esses gestos esses olhares aconteceram naturalmente, relativamente a uma pessoa que ousou conhecer de perto a situação em que me encontro e decidiu ajudar-me, dando-me força indicando-me "...onde é o pasto verde sem a obrigar a comer.."
Como atrás disse objectivamente nada aconteceu, no entanto permito-me pensar/querer/amar essa pessoa de uma forma que eu própria desconhecia em mim.
E na minha cabeça esta questão ecoa: É pecado!!!???

Bartolomeu disse...

Haverá entre nós, quem seja capaz de identificar com precisão o pecado? Identifica-lo e coloca-lo no preciso lugar em que "ele" se encaixa?
E esse lugar existe?
Sim - afirmarão muitos - existe nas nossas consciências, nos nossos sentidos, nos nossos corações?!
Será que uma criança que viveu desde a nascença num meio a que chamamos de promiscuidade; um meio onde os valores morais, éticos, sociais, religiosos não lhe foram ensinados mas, somente aqueles que a sociedade julga, condena e pune; será que essa criança peca a cada instante da sua existência?
Sim. Peca, aos olhos dos que a julgam. Não peca, aos olhos dela mesma. A criança é pura, sem pecado, passará a deixar de o ser a partir do momento em que tomar consciência, a partir do momento em que perceber que a sua conduta causa prejuízo a outros iguais a si e que não tem o direito de o causar... da mesma forma que considera não ter a obrigação de aceitar que a prejudiquem.
Então talvez o pecado exista na incompreensão, mas não na incapacidade para compreender aquilo que de mal causamos e aquilo que de mal nos possam causar.
Ou então... posso estar a fazer um raciocínio absolutamente errado e no fim de contas, o pecado seja tudo e seja nada.

Anónimo disse...

Sim, as pessoas apaixonam-se. Mesmo quando não querem. Não tenho nada contra gente apaixonada. Nem contra casamentos. Nem divórcios. Neste momento, tenho, inclusive, alguns entre mãos. Mas entendo, que em muitas situações, as pessoas não se devem entregar à paixão. Nem devem andar a correr atrás dela. Devem procurar resistir-lhe. Trocar-lhe as voltas. Nadar contra-corrente. A paixão, o amor não é uma boia de salvação para situações desesperadas. Infelizmente. Pode é desesperar, ou fazer aumentar o desespero. Sobretudo em casos de paixões impossíveis, daquelas em que se tira o pé da lama para o enterrar na poça. Aquelas em que é pior a emenda que o soneto. Em casos de paixonite aguda, em último estado, sem salvação possível, depois de experimentadas todas as terapias, o último remédio é o divórcio. Sendo caso disso, avancem para a cura, meus senhores! Mas deixem-me dizer que se pode ter uma vida muito boa sem estar em estado de paixão, nem e paixonite. Garanto! Até porque paixão, tem a ver com doença, sofrimento. Daí a paixão de Cristo.

Peregrino disse...

“Até porque paixão, tem a ver com doença, sofrimento. Daí a paixão de Cristo.”…

«Anónimo 2:09» - meu Deus, mas nunca amou ninguém?! Mas nunca foi amado por alguém?! Realmente Mel Gibson fez mais danos do que ganhos à compreensão do Amor que se doa na Cruz! E olhe que sim, só no Amor se pode encontrar e dar sentido à vida... seja ele aquele que é redentor ou seja aquele que acontece entre dois seres humanos!

Jose Tomaz Mello Breyner disse...

Olá Teresa,

A Doutrina da Igreja tem 2000 anos. Não é a Doutrina que tem de se adaptar a nós mas nós é que a temos de seguir e cumprir. Jesus também foi torturado , cruxificado, por amor a nós, e podia ter-se salvo mas não quis.

Acredito que seja mais fácil desistir, mas conforme disse a nossa Religião não é nada fácil.

Que Deus a Guarde Teresa

Anónimo disse...

Para quem quiser consultar:
"O divorcio na igreja catolica"

É um relato comum de muitos casos da nossa sociedade.

http://www.paroquias.org/forum/read.php?1,45405,page=1

Anónimo disse...

Anónimo 03-05 09.00 – 2013
Essa foi mesmo muito engraçada! Pôs-me a rir sozinha! Obrigada, Peregrino, por essa boa disposição a começar o dia! Continua assim, que ainda me vou apaixonar por ti! Sexo masculino, certo? É que não sou a Daniela Mercury. Já levei a vacina contra o tétano. Estou em condições de ser pregada e crucificada. Nem me mexo, para não estragar o momento. Venha a paixão. Venha ela. De preferência bem tortuosa e doentia. Porque era disso que falava, certo??? LOL
Milhões de beijos docinhos e repenicadinhos, todos para ti!

Teresa disse...

Olá sr. José Breyner!

Primeiro que tudo quero salientar, que não pretendo fomentar aqui, discórdias e mal entendidos entre nós.

Nem quero julgar a sua forma de pensar e olhar este assunto, até porque reconheço que ninguém é dono da verdade absoluta, logo não serei certamente eu, pecadora e "ovelha tresmalhada", a fazer isso.
Principalmente porque desconheço muito da Doutrina da Igreja e aí "mea culpa" se só disser disparates, mas é fruto da minha ignorância sobre o assunto.

Sr. José, respeito o seu ponto de vista. E até concordo com algumas das suas afirmações, eu também não sou a favor do divórcio, mas não sei se leu o meu comentário anterior, existem excepções que nos fazem repensar os nossos valores e ideais.

Não sei se é pai, ou avô, de alguma jovem, mas gostaria de lhe colocar uma situação, vamos supor que a sua filha chega a sua casa, com um olho negro e alguns ferimentos no rosto e a chorar descontroladamente.

Obviamente ficaria assustado e quereria saber o que se passou, imagine agora, que ela lhe confessa que foi o seu genro, que num acto de ira e descontrole a agrediu e que já não era a 1ª vez que o fazia, mas como ela tinha vergonha de lhe contar, nunca tinha dito nada. Você descobria que a sua filha, era mal tratada continuamente ao longo de vários anos e nunca se tinha apercebido disso.

Mas nesse dia, a sua filha enche-se de coragem e como está exausta de aguentar tanto sofrimento, diz-lhe a si que se quer divorciar do marido.

O que lhe responderia sr. José?!
Aguenta filha, porque Jesus também foi crucificado e morreu na Cruz?
Ou diria apenas, filha tens todo o meu apoio decidas tu o que decidires?

A nossa Religião não é de facto fácil, segundo o seu ponto de vista, mas a vida para muitas pessoas e famílias, também não é nada fácil e justa.

Portanto não podemos olhar a vida de cada pessoa generalizando, mas sim tentando perceber as necessidades individuais de cada um, pois todos somos únicos e diferentes, assim como as experiências de vida que cada um traz consigo.

Sr. José, não quero ensinar-lhe nada, porque você é mais velho que eu e certamente terei muito que aprender com a sabedoria da sua experiência de vida. Mas apenas lhe exponho o meu ponto de vista, sobre algumas situações reais e cada vez mais frequentes na nossa sociedade infelizmente.

Para mim a vida não é só preto e branco, é uma paleta de cores, muitas vezes até desconhecidas de quem é daltónico e não consegue apreciar todas da mesma forma que o comum dos mortais.

Mas eu sou suspeita, porque tenho uma forma muito negra e própria de olhar a vida e o mundo.
Portanto como você mesmo diz, espero mesmo que Deus me guarde e perdoe, porque não sei se sou digna sequer de falar de coisas que desconheço, como é o caso da Doutrina Católica de há 2013 anos, nem usar o Seu Santo nome em vão.

Fique bem sr. José e não se esqueça que é apenas a minha opinião, que vale o que vale.

Bjinhos

Bartolomeu disse...

Peço um pequeno esclarecimento, sobretudo à Teresa e ao José: confirmem por favor; a doutrina católica tem 2013 anos de existência?
Repito; a doutrina católica?!
Perdoem-me a insistência, que deriva, suponho, de entender que se referem a várias e diferentes questões, usando somente duas palavras: doutrina e católica.
Existe com efeito, uma doutrina católica, inspirada no evangelho, e que se formou, no decorrer de vários concílios. Creio que esta doutrina não se acha ainda completa, talvez por isso, os sacerdotes que a ministram, recitem passagens da Bíblia, durante as suas homilias.
Existe também uma Igreja Universal, fundada pelo apóstolo Pedro, missão que lhe foi atribuida por Cristo.
Será um preciosismo da minha parte, mas como vêem, as datas não coincidem.
Pessoalmente penso, e peço perdão se especulo, que Cristo, ao pretender que Pedro fundasse a Sua Igreja, não estaria a pensar em construção de templos grandiosos, recheados de talha dourada, de colunas salomónicas, de vitrais, de paineis de azulejos e de pinturas a óleo retratando cenas bíblicas, tão pouco de paramentos bordados a fio de oiro nem em patenas de prata ou de oiro. A consagração do pão e do vinho, transubstanciando-os em Corpo e Sangue de Cristo, na Última Ceia, não ocorreu em palamentas feitas de nobres metais. Cristo, estaria a pensar numa Igreja sobretudo, catalizadora das energias humanas, em simbiose e equilíbrio perfeito com as energias naturais. Não lhes parece que se Cristo pensasse num templo com o propósito de congregar, de evangelizar, de apostular, te-lo-ia feito sem esforço, durante o tempo que permaneceu na Terra?

Teresa disse...

Bartolomeu, eu vou-me defender com uma frase do meu comentário anterior:
"Principalmente porque desconheço muito da Doutrina da Igreja e aí "mea culpa" se só disser disparates, mas é fruto da minha ignorância sobre o assunto."

Perdão pela minha falta de conhecimento, mas já agora podia elucidar-nos, quantos anos tem a Doutrina da Igreja Católica, que chegou à perfeição após a chegada de Jesus.
Obrigada.
bjs

Bartolomeu disse...

O meu comentário anterior, não constituia qualquer género de ataque, pelo que, não é necessário defender-se, Teresa.
Quanto a dar resposta à pergunta que coloca; aquela que poderei dar-lhe, encontra-se no referido comentário.

Teresa disse...

Eu sei que não era um ataque Bartolomeu. Mas a palavra defender, foi uma força de expressão.
Esta forma de comunicação não verbal tem destes problemas de interpretação.
Nós somos responsáveis por aquilo que escrevemos, mas não por aquilo que os outros entendem.
Não se preocupe, não me senti atacada.
Bjs

Anónimo disse...

Uma vez, certo padre disse-me que eu não havia casado para ser feliz!

No fundo, o que ele me disse é que a minha preocupação, não deveria eu ser feliz, mas a de fazer o outro feliz.

Quis responder-lhe... mas fui prudente e calei-me. Rezei e esperei que a tempestade da minha vida amainasse... amainou, chegou a calmaria, mas eu já não sou a mesma.
Não sei se fiquei anestesiada ou se me fechei... não encontro resposta, pelo menos agora.

Não é simples! Não separe o homem, o que Deus uniu! É uma verdade, á qual não coloco qualquer questão... até porque não tem lá qualquer ponto e virgula, ou até mesmo parêntesis... mas que tenho algumas duvidas na minha cabeça, aí isso tenho, sou humana!

Anónimo disse...

"Ter sentimentos é anseio de todos, pois é. Nem todos têm é anseio pelos mesmos sentimentos. Nem a felicidade procurada penso que seja exactamente a mesma. Só isso. Mais nada. Porque não me apetece dizer mais nada, não porque não haja mais a dizer sobre o assunto. Há sempre."

Depois disto não sei se há algo a dizer...
Penso sim que há uma certa negatividade nestas palavras, um certo desalento.
Para mim o amor tem uma vibração única que é um reflexo de Deus. E esta vibração sente-se no amor conjugal , no amor filial, no fraternal, em todos eles, mas em todos eles tem que vibrar genuinamente.
Simplesmente, às vezes, o que nos rodeia não nos permite sentir. Outras vezes, fomos criados de tal forma que não queremos sentir...
Não acho que todos sejam "culpados" pelo seu próprio desamor, alguns nunca conheceram o amor, foram bebés mal tratados, crianças negligenciadas, jovens em risco. Como podem em adultos sentir a vibração do amor? Reconhece-la devidamente? É preciso então uma reaprendizagem, ter a sorte de encontrar alguém que irá despender de tempo suficiente e de vontade inabalável. E no final pode nem mudar nada mas, às vezes, a magia acontece.
Eu acho que nem todos procuramos o mesmo (parece-me óbvio) mas as condicionantes dessa procura não são exclusivamente nossas e por isso, e em parte, temos o direito de nos sentirmos tristes se o amor pelo qual ansiávamos nunca chegou (porque nunca tivemos a capacidade ou as condições para o reconhecer e procurar devidamente).
E do pecado não falo porque desse não quero falar.

Anónimo disse...

Um palerma qualquer, num comentário pendurado lá em cima, disse: “Padre aguenta cada uma e depois ainda fica a pensar nisso!”. Mas passados três dias, já viu a quantidade de gente que pôs a pensar nisso, naquilo e naqueloutro,tudo à base disso?!

Jose Tomaz Mello Breyner disse...

Olá Teresa

Em primeiro lugar deixe-me agradecer-lhe a sua simpática resposta.

Em relação ao assunto que aqui estamos a debater deixe-me transcrever para aqui um texto escrito por um Sacerdote meu amigo e em que ele diz o seguinte a propósito dos Católicos que só aceitam os principios fundamentais do Igreja que lhe são convenientes :

OS ‘CATÓLICOS’ ADVERSATIVOS

A barca de Pedro é como a arca de Noé. Se esta providencial embarcação incluía toda a espécie de criaturas que havia à face da terra, também a Igreja congrega uma imensa variedade de almas.

Todas as gentes, qualquer que seja a sua raça, a sua cultura, a sua língua ou os seus costumes, desde que legítimos, cabe na barca de Pedro. Por isso, graças a Deus, há católicos conservadores e progressistas, de direita e de esquerda, republicanos e monárquicos, regionalistas e centralistas, etc.

Se, em política, tudo o que parece é, o mesmo já não se pode dizer na Igreja. Tal é o caso dos ‘católicos’ adversativos. Muito embora a designação seja original, a realidade é, infelizmente, do mais prosaico e corrente:

- Eu sou católico, mas...

E, claro, a seguir a esta proposição adversativa, seguem não poucos reparos à doutrina cristã. A saber: eu sou católico, mas creio na reencarnação; eu sou católico, mas defendo o aborto; eu sou católico mas, não acredito no inferno; eu sou católico, mas sou a favor da eutanásia; eu sou católico, mas concordo com o divórcio e com casamento entre pessoas do mesmo sexo; etc., etc., etc.

É verdade que a Igreja acolhe também aqueles que, por desconhecimento ou por debilidade, não conseguem ainda viver de acordo com todos os seus preceitos. Ao contrário do que pretendiam os cátaros, a Igreja não é só dos puros ou dos santos, os únicos que são, de facto, cem por cento católicos. Com efeito, a Igreja não exclui os néscios, nem os fracos que, na realidade, somos quase todos nós. Mas não aceita os nossos erros, nem os nossos pecados, antes impõe que, da parte do crente, haja uma firme decisão de conversão.

Esta é, afinal, a diferença entre o pecador e o fariseu: ambos pecam, mas enquanto aquele reconhece-o humildemente e procura emendar-se, este justifica-se e, em vez de mudar de conduta, desautoriza a doutrina em que, afinal, não crê. O pecador que é sincero no seu propósito de santificação, tem lugar na comunidade dos crentes, mas não quem intencionalmente nega os princípios da fé cristã.

Na Igreja há certamente margem para a diversidade de pontos de vista, também em matérias doutrinais opináveis, mas não cabe divergência no que respeita aos princípios fundamentais. Um cristão que, consciente e voluntariamente, dissente de uma proposição de fé definida pela competente autoridade eclesial, não é simplesmente um católico diferente ou divergente, mas um fiel infiel, ou seja, um não fiel.

Conta-se que o pai de uma rapariga algo leviana, sabendo do seu estado interessante, tentou desesperadamente conseguir-lhe um marido que estivesse pelos ajustes. Para este efeito, assim tentou aliciar um possível candidato:

- É verdade que a minha filha está grávida, mas é só um bocadinho...

Ser ou não ser, eis a questão. Pode-se ser católico sendo ignorante e até muito pecador, mas não se pode ser ‘católico’ adversativo, ou seja, negando convictamente a doutrina da Igreja.

A fé não se afere por uma auto-declaração abstracta, mas pela opção existencial de seguir Cristo, crendo e agindo de acordo com os princípios do Evangelho. Não é católico quem afirma que o é, mas quem pensa e quer viver como tal. «Tu crês que há um só Deus? Fazes bem, no entanto também os demónios crêem e tremem. O homem é justificado pelas obras e não apenas pela fé. Assim como o corpo sem alma está morto, assim também a fé sem obras está morta» (Tg 2, 19.24.26).

Padre Gonçalo Portocarrero de Almada

Espero que este texto a ajude a compreender a razão pela qual nós Católicos não podemos divergir no que respeita aos princípios fundamentais da Igreja.

Um abraço

Teresa disse...

Boa tarde sr. José!!

Este assunto daria pano para mangas, pelo menos para mim...

Pelas palavras do seu ultimo comentário, deduzo que a sua resposta, para a sua filha, seria:
"Aguenta filha, porque Jesus também foi crucificado e morreu na Cruz?"

Sr. josé, imagino que seja um religioso convicto das suas ideias e pensamentos e que se rege até ao extremo, pela doutrina da Igreja.
Com isto, não quero no entanto dizer que seja algo mau, nem bom, simplesmente é a sua forma de olhar, a vida, a religião e a Igreja. Mas duvido que os extremismos, sejam eles de que natureza forem, políticos religiosos, relacionais, etc, nunca são bons conselheiros.
Eu que o diga. Por vezes chego ao extremo de precisar de atenção de outros, para me sentir bem comigo e isso nunca é uma boa opção.

Deixe-me dizer-lhe que desde há algum tempo, que tenho pensado seriamente na minha entrega à vida consagrada num convento.
Mas depois de ler este pequeno excerto, que acabou de publicar escrito por um padre, duvido se o meu Amor por Deus, é igual ao meu Amor pela Igreja e por quem a representa, neste caso o Papa, Cardeais, arcebispos, bispos, sacerdotes, homens, mulheres, crianças, etc, etc, etc.

O próprio padre confessionário, num post anterior, escreveu mas que tipo de Cristãos Católicos são estes, que seguem um Papa e não a Jesus Cristo?
Eu não sigo os Homens, mas verdade seja dita, que sigo e quero seguir os bons exemplos e atitudes, de todos aqueles que considero, serem bons exemplos de Jesus como seres humanos. Onde não excluo Ghandi e Dalai Lama e acho eu que eles nem são católicos.

Este actual texto "a franja em pé", foi escrito por um padre católico, neste caso, o padre confessionário, ele próprio como sacerdote ao serviço da Igreja, não quis julgar esta mulher, tal como Jesus fez no caso da mulher adúltera.
Eu escolho seguir as palavras e os textos deste meu amigo padre, se ele não se importar.

Imagino que o senhor condenaria a atitude da sua filha e a obrigaria a continuar a sofrer e quem sabe até chegar, ao limite da morte, em nome dos bons costumes da doutrina da Igreja.

Sinceramente e com todo o respeito, sr. José se é esta Igreja, que o sr. defende e representa, acusadora, machista e irredutível em termos de mudança e evolução de abertura de espírito de perdão e mentalidades humanas, então, não quero ser freira, num convento católico à imagem da "sua" Igreja Doutrinal.

Convido-o a ler a passagem das escrituras em que Jesus fala do divórcio sr. José.
Ele não o condena, apenas diz que no caso de um novo relacionamento com outras pessoas, esse casal já não poderá casar por Igreja com o/a novo/a companheiro/a.

Eu escolho esta Igreja para mim, a do perdão e compreensão do nosso semelhante, olhados através dos olhos de amor, bondade, piedade e misericórdia da Madre Teresa de Calcutá.
Desculpe dizer-lhe sr. José, e não quero que se ofenda, isto são apenas pontos de vista adversativos, mas realmente a sua religião é mesmo muito difícil.

Desculpe ter-me alargado tanto no assunto e no meu ponto de vista, mas como lhe disse no início, para mim alguns temas e assuntos de Fé e olhares cristãos, dão pano para mangas e muito que pensar e reflectir.
Por isso obrigada, padre confessionário, por esta minha reflexão e forma de sentir Deus, através dos seus olhos.

Bjinhos

Jose Tomaz Mello Breyner disse...

"Convido-o a ler a passagem das escrituras em que Jesus fala do divórcio sr. José.
Ele não o condena, apenas diz que no caso de um novo relacionamento com outras pessoas, esse casal já não poderá casar por Igreja com o/a novo/a companheiro/a."

Olá Teresa,

Conhece os 10 Mandamentos? Já ouviu falar de Adultério? Sabia que é pecado Mortal e impeditivo de se aproximar da Mesa da Comunhão?

Acredito que gostasse que assim não fosse, mas não me condene a mim, pois não sou eu o autor do 10 Mandamentos, mas sim Jesus Cristo.

Por favor não mete o mensageiro.

Um abraço

Teresa disse...

Olá sr. José!
Não o condeno, apenas dei a minha opinião pessoal, tal como você.
Vamos ficar por aqui, não vale a pena o debate, porque ficaríamos aqui eternamente a tentar ambos ter razão e não era isso que eu pretendia.

Obrigada pela atenção das respostas, fiquemos em paz e cada um siga o seu Caminho, como melhor ditar a sua consciência.
Todos somos diferentes e sempre haverá pontos de vista diferentes, sobre tudo e todos e ainda bem que assim é. Senão tenderíamos todos para o mesmo lado e isso seria algo impensável e impossível de fazer.

Fique bem sr. José.
Boa noite!

Anónimo disse...

Anónimo disse...
Exmo. Senhor José Tomaz Mello Breyner


Identifiquei-me muito com a sua exposição. É exactamente assim que eu penso. Somos católicos, somos católicos. Para o que der e vier. Até às últimas consequências. Mesmo quando há pancada a torto e a direito. Digo mais, até à morte. Olhos negros, braços partidos, cabeças rachadas, feridas suturadas, pernas engessadas, fracturas expostas... Temos de ser radicais na nossa fé. Se Jesus morreu pregado na cruz, os esposos que aguentem. Até que há esposos-crucificadores muito sexys… Que o façam por amor, não foi o que V. Exa. disse? Concordo. A indissolubilidade do matrimónio é isso mesmo. Aliás, era precisamente isso que Jesus estava a pensar, quando se referiu à união entre os esposos dizendo: «Não lestes que o Criador, desde o princípio, fê-los homem e mulher e disse: ‘Por isso o homem deixará o pai e a mãe, e se unirá à sua mulher, e serão os dois uma só carne. Pois, bem o que Deus uniu o homem não separe.» Sublinhou a união, como chave da indissolubilidade, ao ponto de constituírem “uma só carne”. Mas não disse se a carne era picada ou não. Afinal é um Deus de amor, não é assim? Pois, bem, eu e o meu marido, também nos amamos muito. Ele tem um coração grande, bate, bate. Apanho muito tau tau todos os dias, com o cinto. Mas eu sou masoquista. O meu querido marido é sádico. Desconhecia era que V. Exa. era cá dos nossos. Dou Graças a Deus por me dar a prazer de o conhecer neste nosso espacinho. Bem-haja, a V. Exa., pelo seu enorme coração. Ficamos ambos felizes de saber como ele bate, bate, bate pelos mais fracos!

Isabel Real

Anónimo disse...

Jesus não julgou a mulher adúltera e proibiu-nos de julgar, pois, todos somos pecadores, qualquer pecado nos afasta de Deus, Suma Pureza, mas, também, lhe deu uma recomendação e condição de vida, a qual normalmente é esquecida: Vai e NÃO TORNES A PECAR!

Claro que esta recomendação aplica-se a cada um de nós, principalmente após o sacramento da confissão.

Anónimo disse...

"SABEMOS TODOS!!! que andar a mudar de camas! andar a mudar de relações! nos leva a lugar nenhum. Homens e mulheres!! a maior parte das vezes, estas corridas atrás da “felicidade”, deixam-nos a SENTIR, que somos pouco mais que lixeira uns dos outros."

Muito bem dito. Uma grande verdade. Já a vinha percebendo, e percebi-a melhor nesta altura. Temos que ser umas para as outras, querida. Os seus comentários abriram-me os olhos-