terça-feira, abril 09, 2013

é assim que me apetece ser padre

Começou por pequenos desabafos. Continuou num grande desabafo. Prolongou-se por vários meses em inúmeros desabafos ou inúmeras vezes o mesmo desabafo. Todos os dias procurava em mim uma resposta, uma palavra, uma atenção, um refúgio. Algumas vezes era maçadora, cansativa, exigente. Eu respondia à medida da minha disponibilidade. Mas respondia. Penso que até correspondia. Já lá vão vários meses, e há dias a pessoa que me contactava por email perguntou porque é que eu não a abandonava. Porque é que eu ainda lhe respondia às canseiras e desabafos. Se e porque é que eu precisava dela. E eu respondi de coração. Não te abandono porque Deus não te abandona. Quero precisar de ti porque Deus quer precisar de ti. Depois perguntou porque motivo eu era assim e dizia aquelas coisas. E eu respondi. Porque sou padre e é assim que me apetece ser padre.

32 comentários:

Anónimo disse...

Boa! Porque é assim que sinto, que o é!

Anónimo disse...

E a vida dessa pessoa melhorou, com essa sua atenção, Padre? Ou criou-lhe ainda uma nova e mais perigosa dependência?

PR disse...

Bom dia!
Apetece-me dizer que há pessoas com sorte!
A pessoa desses desabafos teve sorte em se cruzar consigo. Você tem sorte em ser como é.
É uma "benção" de Deus ter a capacidade de ser autêntico verdadeiro, genuíno, poucas pessoas assumem essa condição, apetece-me dar-lhe os parabéns por ser como é.
Imagino-o um homem que se conhece muito bem (que se vai conhecendo diáriamente) e por isso conhece os outros e por isso mesmo é frontal e direto.
"E a vida dessa pessoa melhorou, com essa sua atenção, Padre? Ou criou-lhe ainda uma nova e mais perigosa dependência? " Anónimo desculpe o meu desabafo mas se foi criada uma nova dependência e como diz mais perigosa, não deve fazer parte das preocupações do confessionário.
Não há dependência que prevaleça quando é Deus quem comanda as situações.
Mais cedo ou mais tarde todas as fragilidades são postas a nú perante Ele, é nesse momento que se dá a passagem ou se permanece nesse estado ou se avança para um estado que há-de vir a gerar a nossa páscoa pessoal, isso depende apenas e unicamente de cada um nem Deus se pronuncia, creio que Ele apenas aguarda a nosso decisão.

Ouço pessoas dizer que somos responsáveis por aquilo que cativamos, eu digo que não temos responsabilidade alguma por aquilo que cativamos na nossa essência.
De acordo com o nosso "estado" atraímos a nós "o que precisamos" para ultrapassar mais um ponto de partida.

Já fiquei "surpresa" com determinadas afirmações do confessionário... depois de refletir, concluí que a minha surpresa ficou a dever-se ao fato de eu esperar uma resposta, e o confessionário, na sua autenticidade, me ter dado a dele.

"Não te abandono porque Deus não te abandona. Quero precisar de ti porque Deus quer precisar de ti... sou padre e é assim que me apetece ser padre." seja sempre dessa forma.

Pr

Anónimo disse...

Extraordinário!
Vives o ministério de forma bela. E não te canses de ser padre com as pessoas. Isso é ser "pastor" à imagem do único "Bom Pastor" que é Cristo. Ele também não abandona as suas "ovelhas".
Grande abraço

LPS

Peregrino disse...

Aleluia... que bonito... um dom muito belo que Deus te deu Irmão... oro por ti e pelo teu ministério...

Confessionário disse...

Olá, amigos

Pois é assim que quero ser padre. Mas não o consigo sempre. Por isso haja serenidade! lol

E quanto à dependência da pessoa, ela poderá falar, pois que se calhar houve alturas de dependencia do padre, mas hoje penso que já está mais voltada para o deus que o padre anuncia.

Obrigado pelas vossas palavras de incentivo

Anónimo disse...

Apraz-me saber que o Senhor Padre criou na pessoa em causa uma nova dependência, que se dá pelo nome de Deus.
Quanto ao perigo, já estou como ao outro:
"Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu".
E, não tem nada que agradecer as palavras de incentivo, foi com todo o gosto...

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Caro Confessionário! Felicito-o pela pessoa que é! Apesar de o conhecer apenas através deste blog. No entanto com este post, revelou toda a sua essência de pessoa frágil como qualquer ser humano e forte como quem é iluminado por Deus. Quanto a ter uma pessoa que durante algum tempo sentiu "dependência" do padre, e neste caso do senhor, só quer dizer que essa mesma pessoa, teve quem a ouvisse, quem a amparasse, provavelmente num momento de dificuldade em sua vida! Mostra que o confessionário, ao contrário do que geralmente acontece quando alguém precisa de ajuda, que todos se afastam, se cansam, etc. O Confessionário permaneceu ao lado de quem necessitava, respeitando e aceitando esse "pedido" de ajuda. Mesmo percebendo que poderia até haver uma certa "dependência" dessa pessoa. Mas tal como Deus na a abandonou, entendi que também o amigo não a abandonou. Hoje os problemas são muitos, as necessidades dos homens não são apenas materiais, por vezes essas perante as espirituais ou outras, são mínimas. Continue assim e será um verdadeiro padre! Obrigado por mim, por quem o lê, por quem "depende" de si!

Anónimo disse...

Ás vezes depender de alguém para depois caminhar de forma autonoma é bem preciso, quando o caminho é novo e desconhecido. Olhemos para as crianças quando são pequenas e dependem dos seus pais para aprenderem a ser e estar, a viver, independente das suas limitações. Sempre disponiveis e é bom perceber que existem outros seres tão especiais que vivem para se fazerem presentes na vida do Outro, dessa forma, quando e como o outro precisa. Obrigada pela disponibilidade

Maria Oliveira

Anónimo disse...

Joana, pode-te parecer mentira, mas acredita que nos últimos dois ou três dias pensei repetidamente, o que será feita da Joana? Sempre gostei muito dos teus comentários. Um beijo grande para ti. Muita força.

Anónimo disse...

Bom dia!
Teresa
Estou como a Teresa, também eu agradeço a Deus o ter-me cruzado com este confessionário, conhecido por mim apenas virtualmente.
Eu sei como é horrivel e monstruoso depender de outro para me sentir bem, vivi e de certa forma ainda vivo na primeira pessoa essa situação, no meu caso associada ao facto de morar numa ilha onde sou completamente estranha, as pessoas que me rodeiam, pouco conhecem de mim, e não é de estranhar puxam sempre por quem é da terra como se costuma dizer por aqui.
Momentos há em que por morrer é mais fácil do que viver, apenas o meu filho me mantém viva.
Neste percurso encontrei alguém que me compreendeu me deu carinho abraçou-me tão forte que ainda hoje são os braços dele que eu sinto quando o desespero quer tomar conta de mim, é o olhar terno dele e o rosto do meu filho que me têm impedido de por um fim.
Contrariamente à Teresa ainda não consegui encontrar o Caminho.
Também eu agradeço a Deus por este cantinho, também eu agradeço a Deus pelo padre confessionário, pela sensatez que expressa nas palavras que também ele já me dirigiu. O confessionário está presente nas minhas orações.
Este é o único espaço, onde eu posso escrever sem fingir, aqui eu posso dizer sem preconceitos que sou comprometida, que gosto muito de alguém comprometido também, que essa pessoa também gosta muito de mim mas que é pecado(!?), proibido(!?) este sentir este bem querer.
Escrevo como anónima não por medo do que me possa acontecer, mas porque não quero de forma alguma prejudicar a pessoa a quem eu quero tanto bem.
Desejo que tenha muita força, muita mesmo, que tal como encontrou o Caminho sempre e na medida do possível fale desse Caminho e desse Deus. Muito eu gostaria que alguém neste momento me conduzisse a esse Caminho.
Obrigada por partilhar o seu testemunho!
Pr

Ana Melo disse...

Amei.

Que este caminho nunca se acabe. Sabendo todos que não há caminho sem buracos.

Teresa disse...

Olá Pr.
Pelo contrário, você é abençoada por Deus e encontrou esse Caminho, muito antes de mim.
O que eu quis dizer no meu comentário anterior, era isso mesmo, se tivermos Verdadeira Fé e confiança em Jesus Cristo e essa Fé e Amor se manifestar nas acções do nosso dia a dia com o próximo, como o fez e faz o padre confessionário encontrámos o Caminho.
Eu encontrei esse Caminho há muitos anos atrás, mas perdi-o, e demorei muito mais tempo que outros a recuperar esse Caminho e ainda não o comecei a percorrer.
Sei qual é o Caminho, mas ainda me falta alguma fé e confiança nesse Amor maior, porque não sei se o mereço.
Portanto você é mais abençoada que eu, pois a sua fé na Vida e na Palavra foi mais forte que a minha.
mesmo anonimamente.
Bjs

Ruth Bassi disse...

Caro Padre, também um dia precisei da tua fraternidade que foi uma preciosa ajuda. Continua a ser padre como até aqui e, mais uma vez, obrigada.
Abraço
Ruth

Anónimo disse...

Simplesmente maravilhoso! Força à Teresa e todas as "Teresas"! Que Deus continue a iluminar o Confessionário e outros "Confessionáios" que também existem, talvez poucos, que os caminhos se cruzem e que Deus seja o caminho! Forte Abraço

Anónimo disse...

Há pouco tempo atrás, ouvi da boca de um sacerdote que a perfeição é inimiga do amor. A perfeição assusta e, como tudo o que assusta, retrai e afasta. Dizia ainda, que atraímos os outros quando não receamos colocar a nú as nossas próprias fragildades. Segundo ele, o mesmo se passa na nossa relação com Deus. Quando está tudo bem, bastamo-nos. Apenas sentimos intensamente a intevenção de Deus, atraindo-o para a nossa vida, quando não nos sentimos suficientes. Pelos vistos, em ti Teresa esta insuficiência, foi proveitosa.
Quanto, à dependência, percebo esse teu sentimento que compartilho, mas não te amesquinhes. Bem vistas as coisas, a dependência e necessidade, em maior ou menor escala, até me parece que foi recíproca (deste ao Padre Confessionário, a oportunidade de se sentir um melhor padre, o que já deu para perceber que também não lhe acontece todos os dias).
Que a pior parte do caminho já esteja feita,
Abraço

Anónimo disse...

Gostei muito do post do Sr. Padre.
E não menos gostei de ler os comentários.
E, já que falamos de Caminho, eu tenho sérias dificuldades em encontrar o meu. A maior parte dos dias dou comigo a pensar qual é o plano que Deus tem para a minha vida. Bem sei que Deus só quer que sejamos felizes. Bem sei que Ele nos ama a todos e a cada um. Mas a verdade é que olho para a minha vida (se calhar deveria dizer existência...) e não consigo encontrar sentido. Ok, ok, Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida, eu sei! Mas, ainda assim, eu não consigo encontrar sentido...

Anónimo disse...

Bom dia!
Anónimo 12-04 - 00:27
Também dou "comigo a pensar qual é o plano que Deus tem para a minha vida.", o plano o propósito.
Por muito que me interrogue a mim e a Ele, ( a Ele já desisti de o fazer), porquê eu?... que vivo num emaranhado de dúvidas e hesitações, que não fui desejada... a resposta não surge.
Só deveriam nascer pessoas decididas sem fortes e sem hesitações.
Pessoas que a cada dia não buscassem um propósito de vida, nem mesmo o de buscar a um Deus que parece brincar às escondidas quando fortemente procurado.
E eu procuro-O, e esforço-me por O ver quando sou solicitada para ajudar a preencher declarações de IRS, esforço-me por O ver quando preparo as sessões de catequese, esforço-me também para O ver quando sou solicitada para substituir o leitor que não preparou as leituras. Esforço-me por O ver quando após uma ausência prolongada da o "padre rabugento" me diz que sentiu a minha ausência.
No entanto não O vejo quando a dor se instala e as lágrimas caem, ou quando cai o corpo a mente e não consigo conter as lágrimas que caem também.
Porquê pergunto eu?
Porque fui eu nascer desta forma, com esta "sensibilidade" pouco comum e com a qual tenho dificuldade em lidar, uma vez que põe a nu todas as "fragilidades" tanto próprias como alheias, e disso ninguém gosta nem eu nem os outros.
Jesus Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida, digo eu aos jovens que acompanho, mas como é que lhes ensino, como é que eu ensino a outrem, se o caminho que percorro é feito de curvas e contra-curvas, íngremes subidas e alucinantes descidas.
Concluo que não passo de um ser fingidor que tal como o poeta finge... finge um sorriso para disfarçar a amargura... finge tão completamente que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente.

Deus não gosta de gente que finge que é forte e feliz quando na realidade não o é.

Anónimo disse...

A minha fé também não é inabalável. Tenho dúvidas acerca da existência de Deus, mas já O vi. No rosto do sacerdote da minha paróquia. No da vizinha da frente da casa da minha avó. Noutros rostos. Posso conta-los pelos dedos das mãos. Não tenho nenhuma dúvida que Ele está lá. Às vezes aparece também noutros rostos, mas em situações pontuais. Não é possível esconder O seu brilho. Mas já não sei se Deus existe fora dessas pessoas.

Como em dados momentos da minha vida tenho uma violenta necessidade de Deus, aprendi a ser prática e a descomplicar. Assim, deixei de procurar um Deus transcendente e passei a bastar-me com um imanente. Eu explico. Por norma, não O procuro no céu, nas estrelas, na origem da criação ou em locais onde sei que Ele pode facilmente escapar-me. Por vezes vejo-o também aí, mas não O procuro. Busco-O apenas em mim e nos outros. Tento fazê-lo cada vez mais presente em mim. No meu coração, na minha mente, nas minhas palavras e nos meus mais pequenos gestos. Na maneira como vejo e trato os outros. Procuro domar a minha vontade à Sua vontade. No meu dia-a-dia e hora-a-hora. Tudo para ver se Ele se sente em casa e encosta por aqui. Mas estou a tentar e a falhar.

Mesmo assim, não é nada fácil. A minha natureza é rebelde. Vai devagar, devagarinho. Mas foi este o caminho que eu escolhi. Faço-o pé ante pé. Não sei ao certo onde me vai levar. É para ir abrindo à medida que se avança. Estou mais preocupada em fazê-lo acompanhada por Ele, do que em saber o destino final. Já agora, pelo menos que me guie pela mão.

Escolhi este caminho porque penso que seja o mais simples e adequado ao meu caso. Não me resolveu a vida de forma milagrosa. Continuo a ter que me confrontar com os meus conflitos interiores que não são nada pequenos. A ter necessidade de me encontrar. Este Deus imanente, não é um Deus remédio. É apenas um Deus que procuro fazer presente em mim em todos os momentos da minha vida. Não me caiu nos braços. Não senti que tivesse vindo à minha procura, nem que tenha por mim uma especial afecto e predilecção. Aliás, tenho que estar sempre a puxá-Lo para mim. Às vezes pergunto se valerá a pena tanto trabalho. Apetece-me mandar o caminho às urtigas e seguir na auto-estrada, com via verde.

Então, quando tenho urgência de Deus, do tipo, preciso muito, muito de Ti e quero-Te aqui e agora… vou mesmo ao fundo. Desanimo com tanta lentidão. Penso: isto não é nada para mim. Recuo, interrompo… retomo. Mas com a continuação, constato que tenho vivido mais feliz comigo e com os outros. Modifiquei por completo a minha visão da vida e do mundo. Tenho fortalecido a minha confiança em Deus. Estamos mais íntimos. Pode ser que um dia veja reflectida em mim uma nesga daquele brilho que vejo nos outros… que um dia até deixe de ter quaisquer dúvidas acerca da existência de Deus. Ainda mantenho essa fé.

Anónimo disse...

Anónimo de 12-04 as 20:28
Como gostei de ler o seu testemunho.
Li e reli e voltarei a ler mais vezes.
Um relato enriquecedor. Muita força.

Anónimo disse...

Bom dia!
Eu sou a anónima de 12 Abril, 2013 00:27 e identifiquei-me com vários pontos dos testemunhos que deram os anónimos depois de mim.
Eu acredito em Deus. Acredito a sério. E consigo olhar para o meu passado e encontrar sinais claros da Sua presença. O verdadeiro problema é não conseguir encontrar o Caminho. "O Caminho faz-se caminhando", mas eu sinto-me a caminhar à deriva. O tempo passa por mim e a minha vida não desenvolve, sinto-me a estagnar, parece que não consigo avançar. Procuro e nada encontro, vejo o caminho que fiz até chegar aqui e não tem sentido. Às vezes parece um beco sem saída, às vezes parece um labirinto em que estou completamente perdida. Se calhar é as duas coisas.
É difícil fazer a leitura do que Deus escreve certo, por linhas tortas. Pergunto-Lhe frequentemente o que quer de mim, peço-lhe que abra os meus olhos e me faça ver o caminho e que me abra os ouvidos (o coração) para o escutar. Tenho a certeza que não fugi, eu coloquei todas as questões e equacionei todas as possibilidades para a minha vocação. Acho, sinceramente, que tenho estado disponível para que Ele me guie, mas não consigo concretizar nada, continuo na mesma ao fim de tantos anos.
Ainda há pouco tempo, refletindo sobre a passagem do encontro de Jesus com a Samaritana, marcou-me o "Sou eu, que estou a falar contigo." que Jesus lhe dizia. Comentei com alguém que eu não consigo ouvir, escutar, sentir o que Ele me diz.
E, por tudo isto, fico triste, frustrada, cansada.
Desculpem-me todos por mais este desabafo, têm sido alguns ultimamente. Obrigada, Sr. Padre, por este espaço em que podemos ser anónimos e mostrar as nossas fragilidades e em que podemos ler e partilhar testemunhos. Obrigada sobretudo pelos seus textos que nos fazem refletir, orar e procurar respostas para tantas questões que surgem na nossa alma. Obrigada pelos conselhos que nos vai dando nas entrelinhas de tudo o que escreve e que nos ajudam a fortalecer a nossa Fé. Rezo por si.

laureana silva disse...

Meu amigo, li e reli mais uma vez o seu texto e vou ser franca, emocionei-me e perguntei, oh meu Deus, porque que não fizeste todos os sacerdotes assim? É isso que é ser padre, é estar ao serviço de Deus através do próximo, é ir em auxilio dos outros quando o mais fácil é arranjar uma desculpa e deixar para lá, cada um com os seus problemas.Graças a Deus que é assim, e mais que gosta de ser assim, os seus textos revelam uma pessoa muito sensível, franca e disponível, que se esquece de si mesmo, para doar alguns minutos do seu tempo aos outros que recorrem a si.Que Deus o abençoe, quem nos dera ter mais padres assim.
Abraço amigo
Maria

Anónimo disse...

Que lindo!!!
Se um padre consegue ter um coração de ouro assim, imagino o enorme coração de um Pai.
Estou neste momento a imaginar Deus a dizer, "é assim que me apetece ser Deus."
E como está essa pessoa padre?
Gostaria de ver aqui exposto um comentário e testemunho na 1ª pessoa.
Fica a sugestão.

Teresa disse...

Olá anónimo/a de 24 Abril, 2013 12:12

Li o seu comentário e queria apenas dizer e testemunhar que sim, que o padre confessionário me ajudou bastante, numa fase mt complicada da minha vida.

Não foi fácil para mim e mt menos para o amigo padre, uma vez que teve que aturar os meus desabafos e canseiras durante mt tempo.

Neste preciso momento encontro-me melhor, graças a Deus e à ajuda de amigos e familiares.
É verdade, que tive mta sorte em conhecer alguém neste cantinho, que se preocupou e me estendeu a mão, quando eu mais precisei.
E estou-lhe imensamente grata por isso.

Mas são águas passadas e a vida é feita de passado, presente e futuro.
E neste momento todos temos que olhar a vida, a nossa e a dos outros, com um olhar de esperança de que melhores dias virão e que não podemos perder a Fé na vida, nos outros e em Deus.

Deveriam existir mais pessoas no mundo como o padre confessionário, pois certamente a vida seria mais justa e bela, se todos nos apoiássemos mutuamente, tal como fez o Cireneu.
E espero que continue sempre assim e consiga ajudar mt mais gente, como fez comigo.

Uma vez o pe. confessionário ensinou-me com as suas palavras, "que nunca nos devemos arrepender do bem que fazemos, mas sim do mal."
E acho que não existe nada de mais verdadeiro e autêntico nesta afirmação.
bjs

Anónimo disse...

Bom dia Teresa.
Sou a anónima do dia 24 Abril, 2013 12:12.
Gostei muito de ver que aceitou a minha sugestão, obrigado por responder.
Fico feliz por saber que se encontra melhor e tem toda a razão, ainda bem que existem pessoas na nossa sociedade como o sr. padre do confessionário que se preocupam com o bem estar do nosso semelhante.
Um bem haja por isso e a si Teresa desejo-lhe as melhoras e muita força de Deus e receba um grande abraço meu, irei certamente incluí-la nas minhas orações.
Boa sorte.

Anónimo disse...

Essa pessoa teve muita sorte, já eu não tive de si a mesma sorte e se calhar teria problemas bem mais graves, mas reconheço que é afinal Deus quem escolhe... ou terá sido o padre?

Anónimo disse...

Eu gostava de saber porque é que o Sr padre não abandona uma pessoas, mas ignora outras. Entretanto li a publicação no correio da manhã e achei-a totalmente falsa. Creio que não é tão disponível como diz. Não responde como diz. Não ampara como diz, e é pouco atento. Creio que se centra muito em si mesmo, e que viverá realmente para o que “lhe apetece”. Sei que não vai gostar, mas tinha de ser dito. E na verdade tinha isto atravessado na garganta e fazia-lhe já aqui uma descrição que se prolongaria várias linhas a respeito da sua generosidade mais ainda do que evangelização.

Anónimo disse...

Ficam-lhe muito mal as palavras: "Algumas vezes era maçadora, cansativa, exigente" não sei de quem fala, mas há palavras que uma pessoa de Deus (não um padre) mas de Deus não deve dizer, mas muito menos sentir. Isso é horrível.

Confessionário disse...

Cara ou caro anónima ou anónimo dos últimos comentários, para perceberes o alcance dessa frase, convém leres o que a pessoa em causa expressou em comentários acima.

De resto, agradeço a tua chamada de atenção. Considero-me disponível, mas nem tanto, amparo como dgio mas nem tanto, respondo como conto ou pelo menos penso-o, mas nem sempre consigo agir de acordo com o que digo. E muitas vezes centro-me em mim. Não queria... mas reconheço que centro. Obrigado pela chamada de atenção.

Anónimo disse...

Sr padre, uma coisa é a humildade e reconhecimento de quem é ajudado porque está mal, outra é a sua. Tem de limar umas arestas. Os elogios não lhe podem tapar a visão da perfeição.

Confessionário disse...

Tenho muitas arestas a limar! Imensas...