segunda-feira, janeiro 14, 2008

A pastilha

Crismada há uns dias e catequista e boa rapariga, participativa, interessada, coralista, esta jovem de uns 16 anos não falta à missa. Os seus sorrisos fazem-se notar habitualmente, ou por alegria interior ou por alegria exterior. Sente-se e vê-se. Mas no outro dia excedeu-se um pouco. Os nossos cristãos têm destas coisas. Mascava e mascava. Quase toda a Eucaristia a mascar. No início eu pensei que fosse um mentolito ou coisa do género. Mas a demora em se desfazer começou a distrair-me. Não digo que fosse sua a culpa. Ninguém me mandou olhar para as suas bochechas no vai e vem. Começou a perturbar-me. Começou a inquietar-me. Começou a repugnar-me, sobretudo porque me parecia ser uma cristã com alguma formação. Dez anos de catequese, formação de catequistas, boa aluna, criativa.
Mas tudo isto não passaria de um incómodo se não houvesse distribuição da comunhão durante esta eucaristia. Pois, porque ela saiu do seu banco para comungar, eu não me achei dono da sua comunhão, da sua intenção e do julgamento divino, e por isso, quando ela abriu a boca para comungar e não avistei a pastilha, acabei por lhe colocar a hóstia consagrada na língua. Entristeci-me.
Ao acabar a eucaristia estava murcho por dentro e por fora. Ainda falei com ela, expliquei, re-ensinei, mostrei o meu desapreço e, embora saiba que Deus tem coisas mais importantes com que se preocupar, achei que aquela atitude não era própria de quem sabia a etiqueta e dignidade de Deus.
Voltei para casa a pensar nos dias de hoje em que os nossos cristãos com facilidade facilitam: comungam em pecado, comungam sem preocupar-se com o jejum aconselhado, comungam sem dar valor ao que comungam. Ou então não comungam sem motivo aparente para não comungar.

28 comentários:

Anónimo disse...

Acho que antigamente as pessoas eram demasiado exigentes em relação à comunhao. A minha mae foi habituada a comungar apenas se se tivesse confessado nesse dia (ou dias anteriores).
Hoje em dia comunga-se muito por habituação (e eu falo por mim que também sinto uma falha nisso).

Anónimo disse...

Olá, amigo. Posso imaginar o quanto te chocou a atitude dessa tua paroquina. Tb me surpreendi há pouco ver uma senhora folhear uma revista enquanto aguardava o início da Celebração.Não é uma crítica, mas é que aqueles minutos são tão preciosos para prepararmos o nosso coração pedindo a Deus humildade, arrependimento, perdão para os pecados veniais, ajuda para me afastar dos pecados mortais,enfim...
A comunhão é um momento único, quase desfaleço de emoção. As lágrimas rebentam, o meu corpo estremece todo, o coração dispara...é uma sensação maravilhosa e indiscritível. Jesus é o meu senhor! Estou apaixonada!
Abraço. Filó

Lisa's mau feitio disse...

Padre,
com todo o respeito q lhe tenho, até pq gosto muito do seu blog e pq sou católica praticante, deixe-me q lhe diga q achei muito agrassiva a forma como terminou este seu post.
Independentemente da formação cristã da moça, ela n deixa de ser um ser humano, uma menina de 16 anos e sabe bem q hoje 16 anos representam mta mais imaturidade q há uns tempos atrás.
E mmo assim, terminar o post a falar de pecado e afins referindo-se a uma cristã... Ai Padre... :(
Desculpe-me a sinceridade... Mas fiquei alarmada, credo.

Um beijo em si com todo o respeito.
Boa noite :)

PDivulg disse...

Passamos do exagero de outros tempos em que tudo era tão sagrado para a banalidade total. MAs Deus dá-se a todos aqueles que o procuram e não apenas aquele ou aquela "perfeita" que acabou de confessar-se, que não como há pelo menos 2 horas, que vai (sendo mulher) tapada na cabeça e que se ajoelha no momento da comunhão...

Unknown disse...

concordo com as ultimas frases...vejo muito isso na minha paroquia......

Anónimo disse...

A minha mãe este Domingo fez uma genuflexão antes de comungar e o senhor padre que lhe deu a comunhão não gostou muito da atitude dela, fê-la esperar um pouco antes de lhe dar o Senhor e antes perguntou-lhe a viva voz: "Já posso?"
Creio que há padres que não transmitem (sem ofensa, rezo muito pelos padres e penso que nem o conheço a si a quem escrevo) que estamos perante Jesus Cristo quando vamos comungar, a atitude dum padre durante a consagração e comunhão deve passar para os fiéis a importância de Quem está ali, é Ele, o nosso Deus, o nosso Salvador... "longe de mim ensinar a missa ao padre", só escrevo o que observo na missa e na atitude das pessoas. Aquele padre que deu a comunhão à minha mãe estaria certo? será que se sentirmos que nos devemos ajoelhar ao nosso Senhor não o devemos fazer porque é despropositado e já não se usa?
um abraço e obrigada por ter aceite o convite de Jesus para segui-lo.

Anónimo disse...

Bem, isto é como a história dos chapéus e bonés, as mãos nos bolsos, as pernas traçadas, o vestuário super-informal, os telemóveis...
Não são propriamente falhas de fé, até porque a igreja não é o único local onde se constatam tais comportamentos. Basta pensar nas salas de aula...

A falha parece ser mais básica, a nível dos códigos de conduta, de etiqueta e boas-maneiras, e das dificuldades na sua transmissão.
Uns dirão que se trata de uma questão de pormenor; outros dirão que são os pormenores que fazem a diferença...

Seja como for, valerá a pena ter em conta que, para se ser um bom cristão, é preciso antes ser-se um bom ser humano. E daqui fará parte o saber comportar-se perante as diversas pessoas com que se cruza e diante das variadas circunstâncias que lhe são dadas viver...

Pensador disse...

Meditei...Pedi ao Divino Espirito Santo que me iluminasse e deparei com esta cena: terminou a eucarístia e a Adolescente bem como o nosso Caríssimo Amigo foram ter com Jesus em tempos diferentes!

(...)Quem não tiver pecados que te atire a primeira pedra.
Mulher ou Padre quem vos condenou?

Ide em paz e não volteis a pecar!

TUDO É GRAÇA...

Teodora disse...

Começo pelo fim. Não comungo porque não sinto necessidade e, talvez mais ainda, porque não tenho cara para ir lá cima ao altar abrir a boca para o padre. (sei que é uma iditice mas é verdade! Bem... também com o meu padre corria o risco de ficar de queixo caído e ainda acabava ele por empurrá-lo para cima!!!) Ai a região do esófago do homem é muito aconchegante!!! Bela paisagem... reconfortante...aquela camisola de de lã e aquele blusão tão fofinho!!! Dá mesmo vontade de acoplar. Eu escrevi bem a palavra... não atentei contra o dogma da queca, pois não?!) Onde ia eu? ah!

A propósito da genuflexão, lembrei-me de algo que observei numa das últimas missas e que achei verdadeiramente estranho (se calhar até é normal visto que eu não entendo nada de rituais religiosos). Não estou a compará-las, apenas lembrei-me de uma senhora que recebeu a hóstia na mão e veio com ela até ao seu lugar bichanando palavras. Quando rodou para se sentar junto à parede discretamente fez tipo uma cruz por cima dela e levou-a à boca.

Quando vejo coisas deste género fico a pensar se aquilo é normal ou bruxice?!

Quanto à falta de boas maneiras há de tudo e em todo lado. É gente a mastigar a pastilha elástica de boca aberta até se conseguir ver o esófago, óculos de sol no cocuruto (efeito painel solar), pessoas que caminham e aproveitam para fazer sapateado, gente que entra atrasada ou sai mais cedo e bate com as portas, telemóveis que tocam repetidamente (não são crianças nem idosos com problemas em manipular o equipamento), meninos e meninas que têm que ir à casa de banho a meio da missa.

Tempos modernos, pais modernos logo filhos moderníssimos.

Beijos no meu padre

Anónimo disse...

Quando eu era miúda, ir à missa era um verdadeiro sacrifício! Quietinhas, caladinhas , etc.
Houve na altura um padre novo na paróquia que, na catequese, nos ensinou que, se Jesus era o nosso melhor amigo, não havia necessidade de tanta cerimónia com Ele.Isto passou-se nos anos 60.
E eu achei que ele tinha toda a razão. Com os nossos amigos , estamos à vontade, não estamos intimidados.
Também não comungo porque penso que a comunhão deve ter um significado que eu não consigo atingir. Mas também não me preocupo. Se Jesus é meu amigo, e disso não tenho dúvidas, não me vai penalizar com isso.
Estar à vontade não tem nada a ver com falta de educação.
Leonor

erute disse...

Nem mais a propósito...no domingo passado houve baptizados dos meninos do 4º volume na minha paróquia, eu estando no altar a acolitar, consigo observar uma grande parte da assembleia e vi TANTA gente a mastigar pastilha que me apeteceu chegar ao microfone e pedir que as deitassem fora...

Agora percebo que não grave, eram pessoas que só lá estavam pela festa do baptizado do ente querido e não porque entendessem alguma coisa da Eucaristia.

Eu faz-me bastante confusão ver certas coisas a acontecerem na Eucaristia, até mesmo que quem tem obrigação de saber o minimo, mas tento sempre pedir ao Senhor que me faça entender que sou pecadora e que o outro é um ser humano que tem os mesmos direitos que eu para falhar.

Anónimo disse...

Mas ainda ninguém falou da comunhão... alguém sabe o que é a comunhão? Acreditam que é Cristo vivo que ali está?
Se morrerem hoje e virem Jesus, acham que deitavam a pastilha fora, ou não? é disso que se trata.

Anónimo disse...

Os comentários demonstram que realmente os padres (ou a maioria deles, ou aqueles que são párocos dos que escrevem neste blogue)não transmitem aos fiéis que na Eucaristia estamos perante Jesus VIVO, se calhar nem eles acreditam...
Em Santarém há uma igreja, a Igreja de S. Estêvão para onde foi levada uma hóstia que sagrou profusamente, isto em 1247. Em 1997 a relíquia foi novamente analisada comprovando a autenticidade do milagre... e há tantos casos pelo mundo fora, acho que anda tudo muito distraído... talvez com as pastilhas...

Anónimo disse...

Ó anónimo das 10h54:

Longe de mim contrariar o teu julgamentlo sobre a falta de fé dos padres. Mas a minha pergunta é: acreditas TU que na Eucaristia estás perante Jesus VIVO?!

É que fica a ideia de que tu acreditas, sim, que estás perante um Deus terrível e medonho, diante do qual só caberia desmaiar ou atirar-se ao chão, ou bater no peito compungidamente, ou chorar copiosamente...

Não tenho direito de estabelecer juízos sobre o teu sentimento religioso, que de certeza é sincero e profundo. Mas achas mesmo que ninguém poderia mastigar uma chicla diante de Jesus de Nazaré? Talvez te tenhas esquecido do borrego que foi comido na primeira missa. Será que Jesus lhes mandou lavar os dentes e desinfectar as gengivas antes de comungarem?...

É bonito que te sintas tocado pelo fenómeno de Santarém. Eu, pessoalmente, fico-me pelos relatos bíblicos. É pena que não se fale aí de pães a sangrar; apenas se conta que Jesus curava doentes e dava de comer às multidões e andava com os pecadores...

Em resumo: não te preocupes tanto com o que está na boca das pessoas, mas com o que nos vai no coração...

Anónimo disse...

Já agora: terá sido este o motivo para o Papa ter celebrado de costas no passado domingo? Evitar ver algum dos cardeais a ruminar pastilha elástica?... É que é preciso dar um desconto aos idosos: pode parecer que estão a mastigar chicla, mas normalmente estão só a ajeitar a placa dentária...

Ou talvez fosse apenas o receio de se deparar com alguma das mamãs a botar um seio de fora para amamentar um dos baptizandos... :)

Anónimo disse...

Meu querido irmão js,
pelo seu comentário vejo que não sabe o que é a comunhão. A comunhão é o próprio Cristo que se imolou por nós: agonizou no horto das oliveiras, foi flagelado, injuriado, coroado de espinhos, carregou a sua cruz e morreu crucificado como um criminoso numa cruz. Ele morreu por todos, por si e por mim... que amor Ele nos tem que até nos disse, na última ceia com os apóstolos, que nos deixava o Seu Corpo e Sangue para remissão dos nossos pecados e pediu para o fazermos em Seu nome, só assim nos salvamos da morte eterna... é complicado compreender, não é? Mas está na Bíblia. é claro que no tempo de jesus "os pães não sangravam", porque Jesus ainda não tinha passado pelo suplício da cruz. Só com a sua ressureição é que "os pães começaram a sangrar", porque estamos perante Ele, Aquele que morreu por nós...
Se calhar não vai perceber nada do que eu disse, mas acredite que lhe quero bem. Faço-lhe um desafio: durante um mês abeire-se de Jesus, vá até uma igreja até junto do sacrário e fale com Ele, bastam cinco minutos por dia... garanto-lhe que não se arrependerá. Se for de Lisboa vá até à Igreja de S. Nicolau, Ele está à vista de todos 24 horas por dia.
Fique em paz e que Deus o guarde

Anónimo disse...

Esqueci-me de terminar, perguntando: como é que me pode apetecer mascar uma pastilha perante Jesus crucificado? ou atender um telemóvel. Não se está aqui a julgar ninguém, só Jesus pode julgar, só ele conhece os nossos pensamentos, mas não acho que seja possível ter certos comportamentos com a consciência plena de que estamos perante Ele.

Confessionário disse...

Olá, Lisa.

Venho responder-te à tua dificuldade! O último parágrafo do texto não se refere à moça de 16 anos, mas às pessoas que comungam indiferentemente se estão ou não em graça. Há muitas que o fazem e a gente vai sabendo. O mais comum é aquelas pessoas que sabemos que faltam constantemente à Eucaristia e quando aparecem comungam.
Eu sei da importância da comunhão. Para mim é. Mas tb não acho bem (lá está o problema do relativismo) que se receba o Senhor num espaço menos limpo, o nosso coração.

Esta é para todos os penitentes:

No que se refere à pastilha, para mim o problema não é a pastilha, mas a banalidade do acto.

Confessionário disse...

Anónimo do dia 15, certamente que a tua mãe não fez mal algum. E tb não é uma questão de estar errada ela ou estar errado o padre.

Não posso falar da situação em si... mas às vezes podemos ser incorrectos, não porque a nossa atitude seja incorrecta, mas porque naquele momento essa atitude pode ser menos apropriada. Imagina que ficou gente a olhar para ela, à espera, e ela de joelhos... Há momentos em que a comunidade se sobrepõe à nós próprios.
Espero ter-me explicado...

Confessionário disse...

Teodora, é bom ler-te... não pelo que dizes do teu pároco (hehehe), mas porque já há muito não sabia novas tuas...

Pois, é bruxice. Pelo menos parece. E há gente assim. Devemos comungar em frente ao ministro. Eu já me apercebi de coisas parecidas!!

anamaria disse...

Penso e repenso o acto de comungar...
Noutro tempo, mais pequenita, arrepiava-me pensar que pudesse ter algum pecado que me fizesse ir directa ao inferno se comungasse!
Agora, mais madura (e mais pecadora...!), comungo quase sempre...faz-me falta! Mesmo se faltei à missa anterior, mesmo se chego atrasada, o que é frequente, mesmo se a minha vida não é a de um modelo de virtudes...
Penso no que disse Jesus: "Tomai e comei..." E sei que Ele me ama, mesmo assim, atrasada à missa, pecadora...
Desculpe, Padre, mas creio mesmo no que digo!

Anónimo disse...

Bom dia padre! Que bom ver o seu regresso - e em força!
Gostaria de pedir um favor ao anónimo que falou do Milagre Eucarístico de Santarem: onde é que posso procurar referências aos estudos de que fala (1997)? O assunto sempre me interessou muitíssimo!

Teodora disse...

As regras de etiqueta e boas-maneiras baseiam-se praticamente sempre no bom-senso, no princípio de dignificar o comportamento humano e demonstrar respeita pelo(os) outros.

Não são actos de pura exibição ou vaidade. São atitudes de respeito e consideração pelos outros.

O eu não se deve sobrepor aos outros, por isso, se partilho um determinado espaço devo ajustar as minhas atitudes.
Eu não vou para a praia com um vestido de cerimónia, como não vou trabalhar de fato-de-banho, eu ajusto o meu registo ao meu interlocutor etc.

Alma peregrina disse...

Caros amigos:

Há aqui alguma confusão, porque está-se aqui a discutir se é má-educação ou não mascar pastilha elástica antes de se comungar, ou não guardar jejum, ou ter pecados graves sem se ter recebido a Penitência.
Se tal fosse oa questão, cair-se-ia no subjectivismo que radica nos conceitos individuais de Jesus Cristo. De facto, Jesus é o hierofante da nossa civilização ocidental, pelo que todos nós tendemos, através do nosso instinto de auto-preservação, a identificar Jesus com a nossa própria imagem. Ou seja, nós tendemos a não querermos tornarmo-nos iguais a Ele, mas sim a torná-Lo igual a nós.
Deste modo, uma pessoa rigorosa verá Jesus Cristo como alguém soturno que exige boa educação quando se vai comungar, enquanto uma pessoa descontraída dirá "yoh, no problem".

O problema é que não é esta a questão... e uma grande percentagem de pessoas não compreende realmente o que se passa.

Durante a Consagração, a Hóstia torna-se verdadeiramente o Corpo de Cristo (e o vinho o Seu Sangue). Não é uma metáfora, é a sério! Jesus está a oferecer-Se como Se ofereceu no Calvário há 2000 anos... daí a evocação da Última Ceia durante a Consagração. Ou seja, tal como os Apóstolos tiveram a oportunidade de receber a graça do Seu Sacrifício para a remissão dos pecados deles, também nós, como discípulos, recebemos essa oportunidade. Não somos discriminados por termos nascido milénios depois do evento.

Trocando por miúdos, a Paixão de Cristo torna-se presente no meio de nós. Nós somos "transportados" para o pé da Cruz.

Ora, se Jesus ficaria zangado se nós falássemos com Ele com uma pastilha na boca pode ser discutível. Todavia, penso que Jesus não ficaria contente se nós estivéssemos no pé da Cruz, perante a Sua morte excruciante, com uma chicla a ouvir mp3.

Mais ainda: Jesus Cristo morreu pelos nossos pecados. Foram os nossos pecados que O obrigaram a encarnar, a adquirir esta forma mortal e a sofrer uma agonia atroz. É de bom tom exercer o Sacramento da Reconciliação antes da Comunhão... caso contrário estaremos no pé da Cruz dizendo: "Olha, estás aí a sofrer por causa dos meus erros, mas eu pratiquei-os e não tenho vontade nenhuma de me redimir". Basicamente, estamos a dizer na cara de Jesus que o Seu sofrimento não valeu a pena!

A Comunhão é um acto de intimidade! Jesus torna-se Um connosco e nós Um com Ele! Quando temos um momento íntimo com um ente querido, apenas nos concentrámos nesse momento e nessa pessoa! Não queremos distrações! E não queremos ressentimentos (convém estarmos reconciliados com essa pessoa)!

É tudo uma questão de conhecer o verdadeiro significado das coisas!

Cumprimentos

P.S. Caro J.S. O Papa celebrou de costas por 2 motivos:
1) A missa celebrada foi no rito tridentino porque:
2) O Papa pretendeu salientar a maravilha arquitectónica da Capela Sistina, utilizando o verdadeiro altar da mesma em vez do altar portátil colocado aí por causa das modificações introduzidas pelo Concílio Vaticano II

Anónimo disse...

Kephas, obrigado pelo teu esclarecimento. E desculpa-me a rectificação: a missa não foi celebrada no rito tridentino.
Como sabes, o rito ordinário permite a postura "ad orientem" do celebrante...

Anónimo disse...

É mesmo isso Kephas! Mas como diz o Papa, hoje em dia, lamentavelmente, estamos na era em que tudo é permitido, porque relativizamos tudo, o que é verdade hoje, amanhã já não é. Somos orgulhosos e achamos que cada um tem a sua razão e que não existe UMA VERDADE e por isso caímos no abismo de acharmos que tudo está correcto. Já nos habituámos a expressões como: "A minha consciência diz-me que não faz mal, por isso faço!" Mas a consciência também se pode educar, basta um pouco de humildade e Jesus ensina-nos, mostra-nos a verdade, molda-nos... ensina-nos a amar. Não foi ele que disse "aprendei de Mim"?
Um grande abraço a todos.

Ps: Que tal irmos todos pedir perdão a Jesus, através da confissão, e no próximo Domingo comungaremos mais conscientes? Depois vamos ver se o nosso irmão com a pastilha nos incomoda, ou não.

Alma peregrina disse...

Confesso a minha ignorância nesse aspecto litúrgico, não sabia que no rito ordinário tal era possível. Assim sendo, quando li a notícia, parti do pressuposto que se tratava do rito tridentino.

Boy is my face red!

Teodora disse...

Apresento as minhas maiores desculpas pelo uso da palavra coplar. De facto não foi nada elegante.

Sinceramente pensei que embora tivesse o sentido de unir ligar, e neste caso abraçar, mas não copular.

Só hoje verifiquei o significado de ambos os termos. Foi grave.

Não estou a brincar. Desculpe padre o meu erro e da próxima não precisa de colocar hehehe basta que me peça para verificar o significado da palavra.