sexta-feira, outubro 12, 2012

Os padres também amam

Necessito amar. Mas cortam-me as pernas do amor, para que o amor não ande. Digo-o com todas as primeiras e segundas intenções. Digo-o, porque neste exacto momento tenho uma mão aberta, com os dedos afastados. Fecho-a, e apesar de fechada, tudo me foge da mão, por entre os dedos. E fica apenas o punho fechado. Sai-me da boca e da vontade sem querer. Deus criou-nos assim, com esta vontade infinita de amar. Afinal, é o amor que nos traz a felicidade e Deus quer-nos felizes. Saímos do seminário com esta certeza de que temos de amar a todos, mesmo que isso implique não amar ninguém. E vamos fazendo assim o nosso sacerdócio. Convenhamos que alguns constroem essa casa com uma série de janelas abertas. E não aponto nenhum dedo, pois tenho a mão fechada. Aproveito e fecho também as cortinas. Dizem-nos que para o sacerdócio só há esta porta. E eu acredito nisso, em sentido figurado. Mas todos necessitamos amar, em sentido real. Faz parte da nossa essência de seres finitos que procuram o infinito numa entrega, numa partilha, numa forma de se não ser sozinho no mundo. E tu que fazes, Senhor? Dás-nos uma família. Mas precisamos mais. Dás-nos uma irmandade a que chamas presbitério. Mas é uma virtualidade do amor. Dás-nos uns amigos, como eu costumo dizer, do peito. Mas também esses a vida nos afasta. Porque mudamos de poiso e nada é eterno senão Tu. Porque a vida é simplesmente assim. O que eu acho bonito no meio disto tudo, é que o amor, para ser valioso, tal como tudo o que tem valor, tem de ser procurado. Mas estou para aqui há um ano, e sinto falta desses amigos do peito. Não os perdi. Só estão longe. E é assim quem, em nome de Deus, tem de ou devia ser perfeito.

83 comentários:

Anónimo disse...

Confessionario

"O que eu acho bonito no meio disto tudo, é que o amor, para ser valioso, tal como tudo o que tem valor, tem de ser procurado."

Eu achava que o amor não se procura, ele simplesmente acontecia... O amor acontecia fruto de um desejo colocodao no nosso coração e à margem do nosso querer, ele acontecia fruto de uma empatia ou de uma cumplicidade do olhar.

"...cortam-me as pernas do amor, para que o amor não ande. ..."
Eu estou do outro lado do amor, do lado oposto ao seu.
Sei por experiência própria, que depois de tocados por esse sentimento não voltamos a ser os mesmos.
Ficamos deste lado do Amor, amando com o coração inteirinho, mergulhados na saudade, divididos entre a alegria de ter acontecido e o dor da ausência.
Permita-me ainda dizer-lhe que não acho que Deus nos queira perfeitos, não enquanto caminhantes, acho que ele nos quer imperfeitos para podermos conhecer todos, os segredos do nosso coração, privilégio apenas daqueles que sem hesitarem amam de corpo de alma em espirito.

Força, gostava de lhe dar um forte abraço, sem uma única palavra.






Confessionário disse...

Será que um desejo não é já uma procura?!

Anónimo disse...

"Será que um desejo não é já uma procura?!"
Confessionário agora, a coisa complicou-se.
Será uma procura sim, a procura de algo que não temos, ou pensamos que não temos.(?)
Você coloca questões dificeis, não de entender mas de explicar.

Mar disse...

Li todo o partilhar compreendo perfeitamente,mas acredite que do outro lado também se sofre quando vemos o nosso «pastor»,amigo ir-se embora ,eu na altura que o Padre António foi embora da Paróquia, se pudesse pôr umas rodas na casa eu tinha posto.Como vê Confessionário são muito amados.

Mar disse...

E não me sinto sequer conformada...

Anónimo disse...

Padre,
Estás mesmo em crise! Quantos de nós também não estamos, ainda que um dia tenhamos encontrado o amor que sonhámos para toda uma vida?
Mas nada é certo e, de repente, esse amor passou a desamor... porque não foi bem estruturado ou simplesmente porque os intervenientes evoluiram diferentemente e aí o sofrimento e se calhar, a solidão esperam-nos.
Aí bom será que tentemos sublimar nossos sentimentos.É sempre difícil e pode-nos afectar grande parte da vida.
Quando abraçaste o sacerdócio sabias o que ia suceder, mas a realidade é bem mais dura que o esperado. A mudança de paróquia também não ajudou.
Certamente que Ele te vai ajudar a superar este momento, te vai dar força e coragem para prosseguires de acordo com os teus compromissos sacerdotais.
Que mais posso dizer? Gostaria de te oferecer um ombro amigo.
Um grande abraço
Ruth

Adalberto Macedo disse...

Confessionário.
Nada, ninguém e Cristo não quer (Ele é “O” Amor) recusar-te esse Dom! O Amor. Recuso-me a entrar em jogos florais com alguns teólogos que poem peias ao Amor. Como me recusei a dar a Deus uma cor. Pois se Ele é a Luz, a Cor! Como a Luz que se decompõem nas cores do arco iris, também o Amor se decompõem em várias tonalidades de Amores. Desprega Cristo da cruz, na tua igreja, e, com ele ao lado, celebra a alegria e a magia do Amor. Eu sou suspeito mas vou aqui deixar uma quadra dum soneto de que gosto muito! É do padre Abel Valezim. A citação pode não ser “ipsis verbis”, mas o espirito é.
“Que fazes Tu aí, oh Cristo antigo,
Pregado nessa Cruz, eternamente?
Usa o teu poder omnipotente,
Desce daí… e vem caminhar comigo!”
Confessionário, deixa a sacristia, vem com Ele para a rua gritar, celebrem o Amor de mãos dadas. É com Ele ao lado que consegues mudar o Mundo! Na cruz não te serve de nada … lembranças tristes … Tu que te dás melhor com Ele, convence-O, porque a mim, não liga muito …
Já não suporto vê-lo na Cruz. Não gosto de O ver “pendurado”. Parece que está sempre a acusar-me: -É por tua causa que estou aqui, e, - mostra-me uma fatura já com 2000 anos! -Chiça, quando é que vais considerar isso pago?! -Caramba! …. Também não gosto de O ver no trono julgando-me por um código que não entendo. Então como é?- És pai ou juiz? Já Te não lembras da parábola do filho pródigo que me ensinas-Te ?! Se tenho que Te gramar quero-Te a meu lado. - Vem comigo! Dá-me a tua mão. Quero saber-Te perto …
“…Eu quero amor decidindo a vida,
Sentir a força da mão amiga
O meu irmão com sorriso aberto,
Se ele chorar quero estar por perto…”
“…Venha comigo olhar os campos,
Cante comigo também meu canto
Eu só não quero cantar sozinho,
Eu quero um coro de passarinhos …”
(Roberto Carlos) http://www.youtube.com/watch?v=0uM7nDnGTY0&feature=related
Confessionário,quando fechares a mão tens lá muitas e a minha também

laureana silva disse...

Meu amigo, todos temos momentos em que nos falta o amor, em qualquer estado que tenhamos escolhido para a vida. Faltam-nos o amor dos outros, e como é bom encontrar esse amor...e falta-nos também força, coragem, para ir ao encontro do amor. Claro que temos sempre o Amor Dele, mas de pequeninos que somos, por vezes esse Amor parece-nos tão distante, assim como as estrelas do céu, sabemos que estão lá mas são inatingíveis.
Muita força, muita fé e não canse de procurar o amor, ele virá.
Um abraço fraterno, tem a minha mão aberta...
Maria

Anónimo disse...

Boa noite, não se esqueça da história das pegadas da areia.....

Joana ;) disse...

Padre, confesso que ao ler o título deste post, me assustei! Lol :)
Pensei: mas o que é, ou quem é um padre afinal?
Alguma espécie rara de ser vivo,ou uma raça desconhecida, ou ainda, um extra-terrestre por descobrir?

É óbvio que os padres também amam, eu atreveria-me a dizer, que amam até muito mais, pois conhecem muito mais gente do que o comum dos mortais...
Claro que de uma forma diferente, pois o amor sente-se de várias formas.
Existe o amor universal pela humanidade, onde se inclui o amor de pai, mãe, irmãos, filhos,familiares, amigos, conhecidos e desconhecidos.
E existe o amor entre um homem e uma mulher, ou como hoje em dia é moda (homem com homem e mulher com mulher).

A que forma de amor se refere neste texto padre? Ao dos amigos do peito, que não vê há mais de um ano?
Já parou para pensar, que nós os comuns dos mortais, quando somos mobilizados de serviço, também vamos trabalhar para longe de casa e dos amigos?
Mas graças a Deus, existem telefones e internet, parecendo a distância fisica ficar mais curta.
Todos de uma forma ou outra, passamos por essa experiência, eu por exemplo, tenho amigas do peito (como diz), que foram trabalhar para bem longe e passo anos sem as ver. Só falamos pelo telemóvel e trocamos fotos, dos filhos que ainda não conheço pessoalmente. Como vê padre, todos passamos por isso, não é exclusivo dos padres, é a vida...

Se se refere ao amor entre homem/mulher, pois aí, é um pouco mais complicado. É certo que ao sair do seminário, já sabem o que vos espera, mas por vezes os sentimentos na realidade são dificeis de gerir no terreno.
Até porque são confrontados com situações que no seminário não se podem prever.
Quem pode prever o futuro?
E no que toca a sentimentos, muitas vezes, fogem ao nosso controlo e como você mesmo diz, nascemos com uma vontade infinita de amar...
Os Homens, não são robôs, teem coração e cérebro para discernir, o mal do bem.
Será que é errado um homem (padre), se apaixonar, ou amar uma mulher ou homem?
Seria um escândalo para a Igreja e para a comunidade e sociedade, onde está inserido, obviamente.

Mas, muitas vezes pergunto-me, seria igualmente um escândalo para Deus?
Não sei, apenas conheço as regras impostas pelos Homens, não conheço a opinião de Deus...

Bjs

Ana Melo disse...

O padre é um romântico! !quer espicaçar-nos?! mas é bom que se fale destas coisas

Como somos, muitos e diferentes, aqui vai o que me apetece dizer sobre o assunto. Para mim tanto faz, celibatários, á procura, casados, ou mulheres, desde que se sintam Chamados e que a formação seja exigente.

Quanto ao desabafo - os outros! os amigos! aqueles de quem sentimos essas faltas e que em principio também sentem “muiiito” a nossa! poriam em causa?!mudariam uma palha nas suas vidinhas! Os anos de carreira, o emprego na repartição! os hábitos e as festas familiares, o aniversario da tia! está tudo preparado para esse social!!!!, as luas de mel acabam depressa.

Questiona-se o comum mortal?! quero + 30 anos disto!? Mas tem de de questionar também?! vou aguentar 30 anos daquilo?! nenhuma das cargas é fácil. E Deus dá-nos a liberdade de escolher, e se eu que tive a Sorte de me sentir Chamado, com base no Amor de Deus, Caminho.
“Convenhamos que alguns constroem essa casa com uma série de janelas abertas” em consciência, por enquanto, para mim a solução passa por aqui, se doi muito, tiremos o plural à expressão, e vamos deixando entrar a tal brisa. E que Deus me perdoe.
Bem haja

Anónimo disse...

Alguém disse aqui: “Estás mesmo em crise!”

Que me desculpe quem o disse, mas quem está em crise e profunda somos todos aqueles que achamos natural e ainda por cima “selado pelo santo” um homem normal e corrente como outros ter que viver fora do amor total só porque é sacerdote!

Mas há quem goste também de ser sacrificado em nome de uma qualquer obediência completamente idiota e fora de juízo normal!

O que me intriga é sermos gente capaz de pensar por si, e ainda assim continuarmos a dar a outros o poder de nos manterem prisioneiros de uma desumanidade que nada tem a ver com a humanidade que Jesus abraçou!

Anónimo disse...

Ó padre, tu andas triste. Os teus últimos textos mostram tristeza.

maria disse...

amigo J.

da minha parte, só tenho a agradecer-te a partilha destes últimos textos bem expressivos da tua humanidade.

Se tivéssemos, na Igreja, a coragem de actualizar e vivenciar os frutos do Concílio Vaticano II cujo cinquentenário celebrámos há dois dias, talvez, talvez, não posso ter certezas neste campo, tu não escrevesses neste blogue com um pseudónimo, sobretudo textos como este (e não é a primeira vez que o fazes).

Falas de algumas janelas que colegas teus deixam abertas. Presumo intuir a que te referes. Eu não lhe chamaria janelas. antes portas das traseiras.

Acho mais consequente e verdadeiro estas palavras que alguém inteligentemente já aqui escreveu:
"O que me intriga é sermos gente capaz de pensar por si, e ainda assim continuarmos a dar a outros o poder de nos manterem prisioneiros de uma desumanidade que nada tem a ver com a humanidade que Jesus abraçou!".

Tudo isto já é falar do amor...

Anónimo disse...

Um tempo atrás notava-lhe uma rabugice típica de pessoas desencantadas. Coragem Padre! A lei dos homens não tem de coincidir com a Lei de Deus. Não abra assim tantas janelas...:)))

Rezo por si. Que o Senhor lhe faça luz sobre o caminho. Santo domingo.

Anónimo disse...

Confessionário, já q estás sob anonimato, podes dar a tua opinião sobre algumas coisas q foram aqui escritas?

Anónimo disse...

Esta postagem deixou me intrigado.
Nao me parece que o autor deste blogger seja mesmo padre, pois estaria a assumir perante todos bispo incluido que ama alguem. E se nao ama parece ter um pequeno desejo disso, acho que tem vontade de abrir alguma janela, partindo do principio que é mesmo um padre real, estarei errado?

Anónimo disse...

A mim parece-me que o autor deste blogger é mesmo padre e só mostra que sabe o que é amar e que ama.

Anónimo disse...

Ao Anónimo(a) de 13 Outubro, 2012 22:08 – Não o percebi: “Não abra assim tantas janelas…”. E porquê, tem medo da luz do dia, de deixar o ar renovado entrar, de conhecer e sentir o bater do coração de um homem real, de carne e osso! Ou será porque se trata de um sacerdote a sua humanidade foi anulada totalmente!

Não somos toda parte da mesma comunhão no ES, então porque tentar isolar, silenciar ou manter escondido este irmão que busca pelo menos quem o escute! Ou é melhor continuar a deitar o “lixo” para baixo do tapete dos nossos medos para ver se a sala da nossa existência continua ao gosto dos hóspedes que recebemos como se a vida real fosse apenas uma festa!

A “lei de Deus” é única e insubstituível… é a LEI do AMOR… é nele e por ele que caminhamos, não escondidos dos nossos próprios fantasmas ou atirados por alguém que não consegue aceitar a sua realidade concreta de homem e por isso se esconde e acha que os outros também se devem esconder nesses sótãos onde continuaremos a exorcizar no silêncio que grita a nossa dor de homens essa coragem nunca abraçada de sermos de uma vez por todas totalmente livres, totalmente amados e dados a amar!

maria disse...

"A lei dos homens não tem de coincidir com a Lei de Deus."

e qual é o mandamento da lei de Deus que impede os padres de amar e viver em relação a dois o amor?

Joana disse...

Caro Anónimo
de 13 Outubro, 2012 23:14


Posso garantir-lhe que é mesmo Padre.
E não leio em nenhuma parte do texto, que ama alguém em particular, ou que esteja interessado em abrir alguma janela, como diz.
Apenas e só leio, que necessita amar, mas como já referi num comentário anterior, existem muitas formas de amar e neste texto parece-me que se fala da forma de amar os amigos.

Se interpretou o texto de maneira diferente da minha, também lhe digo que o facto de o padre dizer que tem vontade de amar alguém (abrir uma janela), não significa que o faça ou vá fazer.

Quantas vezes homens casados olham de soslaio para a beldade que passa na rua.
Desejam com o olhar, mas não tocam se tiverem consciência do seu compromisso, (pois existem mtos inconscientes, mas isso é outra conversa).

Todo aquele que respeita o compromisso que assumiu, seja com uma esposa/marido, ou Igreja/Deus, deve respeitá-lo, mas não podemos esquecer que o compromisso de um padre é mto diferente do compromisso de um marido, fisicamente falando.
Mas qualquer um dos dois fizeram uma escolha consciente e livre, acarretando todas as duras consequências que daí advém.

Mas é obvio que mtas vezes as coisas não correm da forma que idealizávamos e pensávamos, logo devemos parar e discernir o que achamos ser o melhor para nós, agindo em conformidade com aquilo que apregoamos e acreditamos.
No caso dos padres o ideal seria, abandonar o sacerdócio se optarem pelo amor de uma mulher/homem, nos casos dos maridos, pedir o divórcio se optar por outra pessoa.

Desta forma penso que todos seriam coerentes e verdadeiros naquilo em que acreditam.
Pois um padre que mantém um relacionamento com uma mulher, continuando o seu percurso sacerdotal não me parece um homem digno de confiança (seria pior a ementa que o soneto) e um marido que engana a esposa mantendo duas relações, na minha opinião, também apresenta um carácter bastante duvidoso...

Mas isso é a minha maneira de ver as coisas, é só uma opinião pessoal.
Bjs

Anónimo disse...

Nenhum mandamento, Maria. Foi isso mesmo que quis dizer:))) Não acredito num deus que queira a infelicidade dos homens. Se bem que o casamento não seja tudo. Limitar a liberdade é que não me parece acertado.
Abraço!

Anónimo disse...

Olá Conf,

Acho que ainda não conseguiste encontra o caminho certo nesta tua nova etapa.
E neste momento o amor/amizade está a fazer-te tanta falta como a necessidade de acreditares neste projecto que é Ele.
Encontra a força que precisas em pequenas coisas, em pequenos gestos dos teus paroquianos.
Ou então...
Olha para traz e pensa em todos os projectos que passaram na tua vida, nos bons momentos, nas alegrias, nas emoções. Volta a sentir isso, procura-os.
Embarca num projecto que te faça feliz.
Mas acima de tudo continua a ser o padre que és. Aquele jovem sorridente que encantou os amigos de peito....

Um abraço!
Alexandra

Anónimo disse...

Confessionário;
Deus não nos quer perfeitos, quer-nos felizes.
Se algo não te está a deixar feliz, devias tentar descobrir o que te entristece e ter a coragem de enfrentar os teus sentimentos reprimidos.
Abraço
Luís

Jose Tomaz Mello Breyner disse...

O problema destes blogues sem os autores estarem perfeitamente identificados, é esse mesmo, como diz um dos anónimos que aqui escreve, pode deixar duvidas aos leitores sobre se o autor será mesmo Padre. Este post presta-se a deixar estas duvidas.

Sigo vários blogues de sacerdotes, que estão perfeitamente identificados. Sugiro assim ao autor do confessionário que passe de anónimo a "real" que assuma a sua verdadeira identidade.

Um abraço

Jose Tomaz Mello Breyner disse...

Siga aqui o exemplo do seu colega Padre António que escreve de "cara destapada"

http://blogdopadreantonio.blogspot.pt/

Idalina disse...

"...Porque a vida é simplesmente assim..." nem mais! para todos nós! Ao longo da vida vamos perdendo os "melhores amigos" da escola, os/as confidentes da adolescência, os "amores eternos". A vida afasta-nos. Mas encontramos sempre amigos, assim nós estajamos abertos a isso! Independentemente dos motivos que levaram o Confessionário e escrever este post, não gostei da frase "Mas estou para aqui há um ano...": demonstra um desânimo que terá a sua justificação, mas que me parece injusto para com os novos paroquianos. Na minha paróquia também "perdemos" o pároco há um ano e, por muito que tal nos custasse, recebemos de braços abertos aquele que o veio substituir, e fizemos o que pudemos para que se sentisse "em casa". Ausentou-se um amigo, mas temos espaço para fazer mais amizades, assim estejamos dispostos a isso. E actualmente nenhuma distância é grande! não se perdem "amigos do peito" pela distância. Devemos é estar abertos e permitir que sejamos amados por quem vem depois.
Isto tudo para dizer apenas: Confessionário, dê uma oportunidade aos novos paroquianos, eles poderiam não gostar de ler este post (eu não gostaria), deixe-se amar por eles, isso não fará com que esqueça os outros.

Unknown disse...

Me parece difícil tamanho relato de amor, sei o que isso significa pois apaixona-se por quem não pode ser amado é muito difícil. Quando o amor acontece não tem como se evitar, as vezes por mais que se evite, não há como, as coisas acontecem, e amar alguém como tal, é realmente lindo, por que sabem amar de verdade, sabem fazer de nós pessoas queridas, apenas pelo doce olhar. Ai como desejaria que fosse tudo diferente, amar eu tenho me sentido amada, não posso mas tenho, como é bom desejar, sentir e sentir se querida. Sr Padre ai do outro lado, sei como é difícil a solidão, mas continue amando, mesmo que só por pensamentos, pois não me escandalizo de teu amor, pois estou amando assim apenas nos olhares....
e tenho sido feliz assim, se as pessoas valorizassem o amor o mundo não estaria tão vazio de afeto, as pessoas hoje não sabem amar!

Força continue a caminhada, e reze a Deus pra que tudo seja da vontade e do desejo que Ele quiser em sua vida, tem uma frase que sempre gosto de repetir e que uma pessoa especial sempre me fala.." Deus não nos olha de acordo com nossos pecados." Ele é bom e suave!!

Confessionário disse...

Olá, Jose Tomaz Mello Breyner, já lhe expliquei os motivos deste meio-anonimato. E continuo a achar que as vantagens/frutos desta forma de escrever são maiores que as que poderiam existir sem anonimato.

Mais, gostava de dizer-lhe que tenho a "cara destapada". O meu bispo sabe da existência deste espaço e insistiu em que o continuasse e da forma como o faço.
Mais, há muita gente que sabe deveras quem eu sou, pelo simples facto de que precisaram de o saber.

abraço amigo

Anónimo disse...

ainda nao entendi porque é que este post pode parecer que nao é de um padre!! por falar em amor!?
será que os padres nao sao gente que precisa amar!? dahhh
ai que santinhos andam por ai...

Anónimo disse...

Boa noite!

Fui divorciada com um filho pequeno.O meu divorcio foi litigioso, sofredor...O padre da freguesia era novo, simpático, amável...Falei com ele várias vezes, confidenciei-lhe a minha vida, a minha desilusão...Ficava em paz.Passavam os dias e, nós cada vez mais próximos. Os nossos olhares, a nossa atitude não era a mesma. Fiz o compromisso de não o "provocar", "desafiar". Não era justo. Tenho muito respeito e uma grande admiração por esses homens. A vocação e a fé é um grande dom...

Hoje sou amada por esse mesmo padre. Largou o sacerdócio sem grandes alarmismos. Na paróquia não sabiam as razões pelas quais o padre pediu ao bispo um ano sabático.

Estamos juntos e muito felizes!!!
Pensamos ter um rebento, fruto do nosso grande amor.

Sacerdotes não tenham medo de amar uma mulher...
Amanhã pode ser tarde!!!

Os meus cumprimentos

Anónimo disse...

Conf.

Esquece essa cena do real, continua assim no meio-anonimato. É mais fácil exprimires-te. Da mesma maneira que nós que estamos deste lado é-nos mais fácil dar a nossa opinião. Imagina se as tias Marias, ou os tios Maneis, ou mesmo o homem de bigode da vindima, sabia que "andava" na nete. Bem, ai é que eles inventavam historias para aparecerem também.

Abracito.
Alexandra

Anónimo disse...

Anónimo de 16-10-2012, 21:45

Que testemunho!
Que coragem!

Felicidades.


Anónimo disse...

O celibato é sem dúvida um valor difícil, mas não deixa de ser um valor. O celibato não é uma negação do amor humano, não é uma negação de receber apoio e amizade de outras pessoas, mesmo do sexo oposto.
O celibato é um dom de Deus acompanhado pela Sua graça, é exigente e requer disciplina, renúncia e fidelidade à vida de oração.
O celibato não livra de tentações, mas estas surgem em todos os estados de vida, senão vejamos como a castidade não se encontra resolvida pelo casamento! Quantas trocas....!
O religioso celibatário pertence unicamente a Jesus Cristo.
Nada o obrigou, aceitou conscientemente este compromisso.
Trata-se da fidelidade a um compromisso feito a Deus e diante do Seu Altar.
Viver o contrário é enganar-se a si próprio.

Anónimo disse...

Se por acaso o autor do blogue se identifica-se não haveria tanta gente a escrever, é lógico!
Assim põe as pessoas a pensarem e a dialogarem o que só lhes faz bem.
Obrigada ao autor do blogue!

Anónimo disse...

Boa noite!

Em resposta ao anonimo de 17 de outubro às 10.11h

Apenas relatei a verdade, apenas isso.

Como o meu, muitos outros...

Ao anonimo de 17 de outubro às 18.06
Não confunda celibato com o amor de uma mulher. Só quem ama é que sente o valor deste sentimento.Não consigo entender ou melhor, acho que vou desistir de explicar enumeras vezes neste blog, que quando se fala de AMOR aparece alguém a confundir sentimentos (amor/celibato), são sentimentos completamente opostos

Cumprimentos

Anónimo disse...

Ou melhor o celibato é uma condição/estado

O amor é um grande sentimento (apenas para os mais fortes)

Desculpe, não sei o que aconteceu, mas não consegui concluir o texto, ficaram apenas estas frases

Muito obrigada

Anónimo disse...


"...Apenas relatei a verdade, apenas isso.
Como o meu, muitos outros... "
Revi-me no seu relato, apenas o desfecho será diferente.

Anónimo disse...

À anónima de 17 Out, 22:01:

Respeito as suas opções de vida e a sua liberdade de escolha.
Mas algo lhe digo, compreendo muitíssimo bem a que se refere exatamente porque passei por isso e pude optar, mas as minhas opções não têm forçosamente que ser como o mundo acha melhor.
Também, na minha vida tive um sacerdote como acompanhante espiritual, tendo havido a comunhão de almas, mas cada qual seguiu sempre com os seus próprios compromissos em relação a Jesus Cristo. A situação para mim foi tanto mais difícil, tanto quanto eu queria afastar-me do acompanhamento e na minha oração Deus não me permitia, dizia-me apenas: confia em Mim.
E eu confiei.
Hoje é das mais belas amizades que tenho, e aprendi de Deus o seguinte:
-que as mais belas e puras amizades passam pelo crisol da cruz;
-que a comunhão de almas é um dom de Deus, para auxílio no caminho da santidade.

O amor centrado em Jesus Cristo é sempre oblativo, respeitador e auxiliador dos compromissos do outro.

E perdoe-me por esta pergunta: - Não será que muitas das nossas escolhas, que pensamos serem as mais corretas, não mostrarão a busca de nós próprios?

A anónima que escreveu acerca do celibato.

Anónimo disse...

E acrescento que também eu tenho um divórcio com muito sofrimento.

A mesma anónima que escreveu sobre o celibato.

Anónimo disse...

"Hoje é das mais belas amizades que tenho, e aprendi de Deus o seguinte:
-que as mais belas e puras amizades passam pelo crisol da cruz;
-que a comunhão de almas é um dom de Deus, para auxílio no caminho da santidade. "
Um muito Obrigada do tamanho do mundo a quem escreevu estas palavras.
Fez toda a diferença lê-las.


Anónimo disse...

Ao anónimo das 11h25:

Foi com verdadeira emoção que recebi as suas palavras, pelo bem que me fizeram.
Rezarei por si ao Senhor, todos os dias da minha vida.
Agradeça apenas a Deus rezando por mim.
Que Deus derrame sobre si abundantes graças.

A anónima que escreveu sobre o celibato.

maria disse...

quando aprenderemos que o caminho de cada um é único?

o que o determina são as escolhas que se fazem.

não há valores humanos absolutos.

o celibato na Igreja é desciplinar. nem sempre foi assim.

o amor é mais do que um sentimento. os sentimentos não têm valores.

Anónimo disse...

Anónima que escreveu sobre o celibato.
"Rezarei por si ao Senhor, todos os dias da minha vida."

Obrigada!

Estou perante uma daquelas crises profundas.
Deus parece indiferente ao sofrimento.
Chego às vezes a pensar em antecipar a chegada, e até isso me parece um perfeito disparate.
Parece que me movimento num mundo de sombras.
Quando parece que atingi a tão almejada paz, vem um vendaval e agita todas as certezas ou decisões tomadas.
Duvido até da própria salvação.

Obrigada pela sua oração, farei o mesmo por si.

Anónimo disse...

Oh anónimo das 14:54;

A Salvação é para todos! Que é lá isso... toca a caminhar... mesmo devagar, com paragens, quedas até... olhe para as crianças... caiem e levantam sucessivamente e não desitem da brincadeira!

Jesus morreu por todos nós pecadores, eu pecadora, tu pecador, etc...

Abraço em Cristo

P.S.: Arranje um bom amigo, de confiança e desabafe!

Anónimo disse...

Filha de Maria
Não é assim tão simples arranjar um amigo e desabafar.
Neste momento é imposssivel.
Verdade que é.
Sei que me sinto sem forças para trabalhar, pensar, sentir.
Dói-me o corpo, dói-me a alma.
Não consigo perceber o Espirito em mim.
Estou sentada em frente ao computador e não consigo concentrar-me nas tarefas que me estão confiadas, que tenho que levar a bom termo.
Acho que me perdi de mim e não consigo encontrar o caminho de volta.

Anónimo disse...

Anónimo (a) das 17:27;


Já pensou em falar aqui com o confessionário em provado?

É amigo e Padre, 2 em 1!!! E anónimo!!!

Pense nisso, mas não desista de caminhar. :)

maria disse...

Anónima das 17h27

não sei nada de si (como é óbvio)mas o seu comentário deixa claro que aquilo que precisa neste momento é ajuda especializada. É que a situação que descreve, não é a fé ou os amigos que poderão fazer alguma coisa por si, só a sua vontade (que parece já não ter e precisa de algo que a restabeleça)e um apoio clínico especializado.

Confessionário disse...

eu estou disponível por email...

Anónimo disse...

Depois de ler, fiquei a pensar. Afirmar, em relação ao padre, que a promessa da sua fidelidade e a humilde preocupação por mantê-la a partir dos seus próprios recursos, é a expressão de um amor, acolhido como dom e reconhecido como transcendente, não nos deve distrair dos possíveis sobressaltos que essa promessa lhe pode causar. Há que estar por perto e servir-lhe de apoio, com afecto, mesmo sabendo que nunca poderemos assegurar-lhe a permanência dos seus sentimentos, e inclusive da sua vontade, pois isso há-de depender sempre da sua determinação e confiança em si próprio, sustentada em Cristo cuja Palavra ressoou nos seus ouvidos interiores. (LdO)

Anónimo disse...

À anónima que se encontra em crise profunda:

O ideal seria encontrar um sacerdote que ajudasse em acompanhamento espiritual. Já colocaram a hipótese de ser o próprio confessionário.
Compreendo perfeitamente pelo que está a passar, mas como nada mais disse (o que compreendo) também, nada mais lhe posso dizer. A sua situação requer um discernimento. Contudo posso adiantar-lhe que uma situação dessas é normal nos caminhos de Deus. Não se pode é desanimar e sobretudo confiar, confiar n'Ele que tudo conduz com segurança.
Caso queira conversar comigo, criei um e-mail apenas para este efeito: caminhanaluz@gmail.com.
Um abraço fraterno.

A anónima que escreveu s/celibato.

Anónimo disse...

Em vez de "provado", deve ler-se "privado"!

Foi a pressa.

Anónimo disse...


Não sei o que fazer, sentir ou pensar... Tenho diante dos olhos uma realidade pouco digna.
A verdade é que não sei mesmo o que fazer.
Não é simples estar só,
não é simples confiar ou voltar a confiar em alguém, diferente da pessoa em quem nos habituámos a confiar, soa a traição!?
não é simples escrever a alguém que não "tem rosto" e não conhece a realidade que enfrento, só mesmo conhecendo-a para a poder entender e ajuizar acerca dela... e isso eu posso afirmar com toda a certeza é impossivel às pessoas que se têm dirigido a mim neste blog.
Obrigada confessionario por este espaço, fui eu que lhe escrevi em privado.

Obrigada

Ana Melo disse...

Ó José Tomaz! esta cambada nova (onde me quero incluída, na parte que ela tem de melhor, e tem muito), não se identifica em nada com blogs que, na sua maior parte são transcrições!! Repare, que nem dentro do dito blog encontra respostas/opiniões, sobre palavras que todos os dias são procurados nos motores de busca/net , tais como; retiro - catolico, confissão -,pecado - , mulheres -sacerdócio, celibato - , castidade -, destino - , sacramentos... Etc.
Sabemos todos, que estão muitos e bons cristãos dentro das igrejas; mas não estão todos lá! –todos os dias nos apercebemos que para guardar os “bens materiais” é preciso mante-las ( as igrejas), normalmente fechadas!!!
Padre, o seu trabalho neste blog é caminho………………………………………………

Confessionário disse...

Olá, anónima de 19 Outubro, 2012 11:22

Já lá vou ver assim que tiver disponibilidade!

Anónimo disse...

Perante tantas opiniões e pontos de vista, só me apraz dizer uma coisa.
Caro confessionário e a todos os "confessionários", vivam a vossa vida, da forma que se sintam felizes!Pois quanto mais felizes, melhor poderão mostrar Deus ao mundo. Essas leis da igreja, como o celibato ou outras parecidas foram e são impostas pelos homens, não por Jesus! Devem amar e sentir-se amados. Pois isso é uma condição para que qualquer ser humano seja saudável. O AMOR É TUDO!

Anónimo disse...

Saudações!
Bom, somos humanos! Amar e ser amado faz parte da humanidade. Criar laços. Ter vontade de estar com o outro.
Também ando triste. Sinto que amo muito mais do que sou amada. Seja por minha mãe, irmãos, filho, tios, avós, amigos, colegas de trabalho, vizinhos... e o meu "primeiro e eterno amor". Mas ai me pergunto: Será que eles se sentem amados por mim? Como diz Saint: "somos responsáveis por aquilo que cativamos". Então tento mostrar com atitudes o quanto são importantes para mim.
Sinto que sou amada, mas de repente, ninguém me ama.
Pensei muito nestes dias e conclui que o amor que sinto é meu. De mais ninguém. Ou seja, se amo o outro, o outro não sente. Nem com as mais constantes atitudes (ações). O amor é meu. Eu quem sinto.
Então AME. Quanto mais amar melhor será. Deixe que o amor, e principalmente Deus, façam o resto.
Abraço caloroso.

Anónimo disse...

A lei sobre o celibato não é imposta, é livremente aceite por quem segue o sacerdócio.
E antes de ser lei da Igreja foi um convite de Jesus: ..."...há aqueles que se fizeram eunucos a si mesmos, por amor do reino do Céu"..-Mt 19,12.
Jesus propõe uma vocação especial como Dom de Deus. Estes estão possuídos pelo absoluto do Reino de Deus.
Deus não propõe impossíveis, acompanha sempre com a Sua Graça para a sua realização.
Não livra de dificuldades.
Nós como católicos deviamos auxiliá-los e não incentivá-los a deixarem o sacerdócio. Isto não realiza a Vontade de Deus.
A quem recorremos quando não temos a consciência tranquila? A um sacerdote!
Quando temos um familiar às portas da morte, quem procuramos? Um sacerdote!
Quando queremos casar pela Igreja, batizar os nossos filhos, sermos crismados....quem procuramos? Um sacerdote!
E etc...etc...etc...
Por outro lado, quantos sacerdotes abandonaram o sacerdócio por causa de uma mulher e são felizes? Serão assim tantos?...
A felicidade que Jesus propõe não é a mesma do mundo, basta ler o evangelho. Mas sem dúvida que é uma felicidade interior que tudo ultrapassa e que nos preenche totalmente!
O celibato, também, não é exclusivo dos sacerdotes (mas só se ouve falar destes), tantos religiosos e religiosas que se entregam completamente a Jesus Cristo!
E todos os que seguem estes caminhos com amor e fidelidade são bem FORTES NO AMOR!!!!!

joaquim disse...

Meu caro amigo Padre, porque sei que és sacerdote, que não haja dúvidas.

Também te sei um pouco provocador por isso mesmo ia responder-te mas afinal não o faço e apenas te deixo um grande abraço.

Adalberto Macedo disse...

Anónimo do dia 23, às 09.31,
discordo em absoluto:
- Não é livre porque não é opcional
- Não é convite porque não é explícito
- Se é lei é contra Natura
-“ Deus não propõe impossíveis, acompanha sempre com a Sua Graça para a sua realização."
E quem me garante que é uma proposta de Deus e não mais um erro da Igreja? Se fosse com diz este problema nem se punha ….
Abraço

Ana Paula disse...

Continuação do sr Adalberto para anônimo:
Desde quando uma pessoa se torna melhor perante Deus só porque vive no celibato?
Se os sacerdotes pudessem casar, ou fossem casados, eu não os deixariam de procura-los devido o fato. Meu filho foi sacramentado pelo diácono. Então não vale? Só porque ele é casado e tem três filhos?
Pela misericórdia!
O que importa se "sigo" as leis de Deus perante os homens e esqueço que o importante não é a sociedade e sim O PAI. É fácil apontar o outro. Só que esquecemos de nós mesmos. O que é fundamental.
As vezes penso que é mais fácil uma pessoa que não conhece a palavra de Deus, mas que o teme, ser salvo, do que uma pessoa que conhece a BÍBLIA do início ao fim e nega ao outro a busca da felicidade. Seja ela encontrada onde for.
Não devemos ser tão rígidos. O importante é ser feliz!
Abraço forte.

Anónimo disse...

"Não é livre porque não é opcional."
Um sacerdócio é como um casamento. A pessoa que escolheu ser sacerdote sabe que existem condições, assim como a pessoa que escolheu casar sabe que existem condições. É liberdade casar com alguém e depois ir escolhendo outros parceiros e deixando para trás filhos em grande sofrimento, só porque entendeu que encontrou uma outra pessoa que o faz mais feliz? Por onde passa a felicidade? Não passará pelo assumir dos compromissos com tudo o que eles comportam? Felicidade implica sempre responsabilidade. Responsabilidade pelos nossos atos. Que quer dizer: "Quem quer ser meu discipulo tome a sua cruz e siga-me..." Não significará tentar encontrar caminhos para a felicidade mas respeitando os compromissos que assumiu? Deus auxilia sempre. O que Ele respeita são as nossas escolhas.
Por outro lado: pecador e pecado é diferente. Não se trata de julgar quem quer que seja. O pecador nunca pode nem deve ser julgado por cada um de nós.
Sendo mais explícita, dou um exemplo: Nunca posso julgar quem quer que seja por ter cometido um aborto, mas posso dizer que um aborto é um crime. Vou passar a dizer que não é um crime só porque se pratica e bastante o aborto?
Comtinua a não estar correto incentivar os sacerdotes a abandonarem o sacerdócio.
Todos nós somos chamados à santidade de vida.
Independentemente do estado de vida que escolhemos, todos somos chamados a amar a Deus acima de tudo. E não é este assunto que está aqui neste post em questão!

Adalberto Macedo disse...

Anónimo das 10,19
a) “Um sacerdócio é como um casamento” - Logo, não há incompatibilidade! Dizia S. Paulo: “Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar.”
b) “ É liberdade casar com alguém e depois ir escolhendo outros parceiros …?” -Porque vai buscar maus exemplos de casamentos? Quando os há bons! Não há também maus exemplos em padres celibatários? O celibato obrigatório do sacerdócio não é, também, abrigo de sexualidades duvidosas, cujos padrões a sociedade estigmatiza, e que o celibato disfarça?
c) O celibato é uma disposição hipócrita que já teve muitos matizes (não quero entrar por aí, mas quem tem dúvidas procure saber a vida de Rodrigo de Borgia – Alexandre VI). Torná-lo uma questão de princípio, como é a defesa da vida — e, pois, a rejeição ao aborto —, é superestimar uma (o celibato) e rebaixar outra (a defesa da vida).
d) Denunciar esse fardo castrador, contranatura, que exige mortificação permanente (para os que cumprem) e retira tranquilidade, alegria e disponibilidade (porque obsessiva) não é “incentivar os sacerdotes a abandonarem o sacerdócio”, mas exatamente o contrário! Pode crer.
e) Na Igreja Católica Maronita do Libano (a Igreja Maronita é uma Igreja católica, de rito oriental, em plena comunhão com a Igreja Apostólica Romana), onde a maior parte dos padres são casados, e de acordo com o bispo El Hage, esses padres não criam problemas e são excelentes sacerdotes. Só para ter uma ideia, no oriente, essa Igreja, não tem problemas com homossexualismo ou pedofilia entre esses padres. Nos últimos dois anos, somente dois sacerdotes abandonaram a batina.
f) É evidente que o primeiro efeito positivo do fim do celibato seria atrair para a Igreja vocações que não estão dispostas (e muito bem) a abrir mão da bênção que é ter uma família. Essa sim, muito mais importante que o celibato castrador.
Abraço.

Anónimo disse...

Boa noite|

Eu não acredito no que li!!!!

Quantos sacerdotes abandonaram o sacerdócio por causa de uma mulher? serão assim tantos?

Fico sem palavras perante tal "provocação"

É de lamentar!!!

Não conheço muitos, apenas dois. Frequentam a minha casa, convivem com a minha família, são meus amigos...
Foi muito infeliz nas palavras que escolheu!!!

Muito obrigado!

Padres sejam felizes!!!

Cumprimentos

Adalberto Macedo disse...

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/05/070508_padrescasadosvalss.shtml - Vaticano diz que 69 mil padres abandonaram batina para se casar - de 1964 a 2004 – BBC-BRASIL.com

Anónimo disse...

Olá Caro Confessionário!
Só o facto de teres escrito e exposto o que escreveste valeu pela coragem, transparência, humildade e verdade que transmitem...Fui seminarista teólogo nos anos sessenta. Uma diferença abismal daquilo que hoje se vê e se aceita. O teu escrito seria uma sentença de morte que te apareceria no dia seguinte ao acordadres...Serias expulso por " falta de vocação manifesta"...Tudo rodou, àas vezes, noventa graus. Eu sentia vocaçãpo verdadeira mas não aguentei aquele espartilho, cheio de contradições...e desisti, livremente. Foi o primeiro acto de muita coragem e acertado que tomei, nos alvores da minha caminhada longa. Casei. Orientado por valores os mais puros e castos possível. Mesmo assim, com tantos freios, que trazia das masmorras do seminário donde me libertara...Tive quatro filhos todos eles hoje, adultos e bem formados. A prova evidente de Que Deus não levou a mal o meu não ao convite que me fizera, foi que, o primogénito, sem eu dar conta, quando frequentava o 3º ano de engenharia,,,se entregou a uma ordem muito conhecida e, ao cabo duma quase, dúzia e meia de anos, se ordenou..e é um sacerdote arrebatador. Um orgulho e uma prenda...de valor incalculável. Não fui padre mas vi as coisas com os teus olhos, até certo ponto. Sou casado e pai. Conheço portanto o amor humano, naquela vertente de que falas...Sou feliz...e não sou feliz...O amor é uma chama que uma vez acesa rtem de ser muito bem cuidada e alimentada. Mesmo acesa, não nos aquece completamente...e temos de recorrer a outras energias renováveis do verdadeiro Sol...É n'Ele que está a garantia da plenitude possível...para a condiçaohumana. Estou convencido que, todas essasnecessidades de amor físico que como homem sentes, - é inquestionávelmente natural- podem se integralmente supridas com a tua entrega a esse múnus admirável dum sacerdócio em favor dos outros, muito concretos, que vais encontrando ou te vão procurando...o calor humano que deles te vem...ou devia vir...basta. Porque o principal, esse, está na tua entrega a Deus que te chamou...e esse nunca falha...como no amor humano tanta vez se falha..Tem coragem e avança...sem laivos de qualquer pena..pelo que possa parecer teres perdido. Num e noutro campo, há sofrimento...e espaços que parecem mortos ou vazios...
Um abraço amigo. O sacerdócio é a arte sublime de semear amor...

Anónimo disse...

Bom dia!

Adorei o que escreveu anonimo de 26 de outubro pelas 16,10h

Continuo a acreditar no AMOR de um homem e de uma mulher.Como disse e é verdade, todo o amor tem de ser alimentado (sacerdócio/casamento).Também concordo que num e noutro campo há sofrimento.Disse também que foi um ato de GRANDE CORAGEM.Essa é que é a grande QUESTÃO A CORAGEM.

Muito obrigado pelo seu testemunho

Anónimo disse...

acho que os padres amam e muito e acaba levando vantagem pois tem todas que eles querem e ficam sempre na boa curtido todas e solteiros sem compromissos acho que uns ficam ate confortaveis e se devertindo com as mulheres que acreditam que eles só tem uma, puro engano,

Anónimo disse...

os padres são pessoas muito perseguida na igreja amos meu paroco é um padre maravilhoso estou do lado dele pois conheço como pessoa e como padre.. abraço lucia

Anónimo disse...

Eu amo um padre e ele me ama tambem. E peço a Deus que o novo Papa ponha um fim a essa história de celibato obrigatório pois isso não é a realidade da ICAR nos primeiros dez séculos....

Anónimo disse...

Confessionário disse...
Será que um desejo não é já uma procura?!

12 Outubro, 2012 13:02

Desejar não é querer!
Deseja-se o que se sabe que não dura.
E queremos aquilo que sabemos que é eterno.

Anónimo disse...

Fiquei comovida pelo Grito!
Fiquei comovida pela Coragem!
Fiquei comovida pela Frontalidade!
Fiquei comovida pela Humildade!
Fiquei comovida pela Honestidade!
Fiquei comovida pela Carência!
Fiquei comovida Zelo!
Fiquei comovida pelo Sacrifico!
Fiquei comovida pelo Diligência!

Anónimo disse...

O desejo é uma característica dos seres finitos e imperfeitos. Por vezes esta tendência é inconsciente ou reprimida. A carência é natural em nós e em formas variáveis. Uma minoria lida bem com a falta de afecto e de uma relação afectiva gratificante. Essa minoria, muitíssimo reduzida, por algum motivo, parece ser favorecida com essa graça Divina, ao longo do tempo. De um modo geral devia dar-se o fim da proibição do matrimónio para os sacerdotes católicos, uma vez que a imposição do celibato é inadequado em pleno séc XXI e inviável para a maioria do clero. Obviamente o mais sensato parece-nos que seria dar opção de escolha, se bem que essa mudança, alteraria muitíssimo toda a estrutura da Igreja.

Anónimo disse...

Você acha possível um padre amar uma mulher como mulher hoje em dia? Tipo...viver uma historia como o Padre Pio e Cleonice? E ao mesmo tempo amar a Deus e a igreja?

Confessionário disse...

...Ou Francisco e Clara?!
Acho que sim. Acho possível amar sem pensar no egoísmo de obter algo desse amor. Amar sem esperar o prazer ou a satisfação do amor...

Anónimo disse...

01 Setembro, 2013 02:41
Sim como de Francisco e Clara também por que não...mas existem diferenças... Cleonice não era freira...e Clara sim...
Eu acredito também que este amor possa existir...ate que enfim nos entendemos em alguma coisa confessionário...já estava ficando chateada com tantos pensamentos diferentes. Agora você consegue entender que uma pessoa pode ser amar um padre de uma forma bonita e verdadeira. Afinal existem amores e amores...amor de filho pra pai, de irmão para irmão, de amigo para amigo, etc...por que não amor de fiel para com seu padre?! Ufa...já estava revoltada com você! RSRS

Anónimo disse...

"Acho possível amar sem pensar no egoísmo de obter algo desse amor."
Também eu acho que isso é possível, é real... verdadeiro.

Anónimo disse...

Nao entendo... Se o amor entre um homem e uma mulher é abençoado por Deus pelo casamento... Entao porque os padres nao podem casar? Isso chega ser ate um pouco contraditorio. Eles sao como qualquer um de nos... Com sentimentos e necessidades...

Anónimo disse...

Isso chega ser ate um pouco irreal...ceifando vida

Anónimo disse...

Agora desce me as lágrimas

Unknown disse...

Estou cá a pensar, como amo um padre, que sacrifício é o meu por sentir que estou presa.

Anónimo disse...

Tv claro, que amam, todos com a mesma intensidade de um amor que Deus lhe proporcione a cada momento.

Anónimo disse...

Obrigada a todos pelos comentários...
Me ajudaram muito a lidar com minha dor...
Estou apaixonada por um sacerdote e acredito seriamente que ele por mim.
Só o tempo dura o que será...