A 30 de Junho colocámos online uma sondagem que perguntava sobre questões ético-morais. Depois, a 19 de Setembro, e porque foram sugeridas outras questões ético-morais preocupantes, fizémos nova sondagem. Esta apurou os seguintes resultados:
Hoje surge nova sondagem, com um assunto que tem preocupado alguns dos principais agentes de pastoral em Portugal, a Catequese. Embora não querendo reduzir a reflexão a estas opções, achamos oportuna a questão, e achamos que pode gerar um debate interessante. Já sabem que podem/devem indicar a justificação das vossas opções.
O que melhoravas na Catequese da
Infância e Adolescência em Portugal?
4 comentários:
Reverendo:
Em primeiro lugar gostaria de salientar que o Estado que devia melhorar o feito dos meninos e os jovens que frequentam a catequese. Sei do que falo, é para o estado que vão os nossos impostos, e é muito difícil a uma catequista ter mão em meninos tão irrequietos, desatentos e conversadores, capazes de envergonhar os próprios pais.
Aos meninos que frequentam a escola são admitidos castigos ou correcções disciplinares. Até certo ponto. Os pobres catequistas, que trabalham de graça, estão sempre de mãos atadas, o que é uma desvantagem muito grande. Há coisas que não se resolvem com paleativos, carecem de medidas tempestivas e enérgicas. Também eles, a seu modo, são educadores, estão a formar o Portugal futuro.
Eu ficaria horrorizada se soubesse que um filho meu tinha um comportamento menos digno, ou que faltava ao respeito a alguém, sobretudo tratando-se de alguém de mais idade. Infelizmente, muitas vezes é o que sucede, e não podemos dizer que somos melhores ou piores que as outras mães, até porque o mal aprende-se em todo o lado.
É triste, muito mesmo, a ausência de religiosidade nesta sociedade, carente de verdadeiros valores cristãos, de princípios estruturantes. Tudo demasiado brejeiro, por vezes mesmo ordinário, basta atentar na língua suja destes garotos, a total falta de compostura e educação elementar.
Estou em crer que num futuro não muito distante, irá sair um decreto a proibir a afixação de crucifixos ou de imagens de santos e de vultos da Igreja, nos espaços catequéticos. Talvez até nas próprias Igrejas. Espero não estar cá para ver. Só peço decência, de maneiras, no trato e nas matérias que se ensinam, para que possa haver um relacionamento são entre todos, para que tenhamos uma sociedade bonita e sã e possamos construir o amor sobre bases sólidas. À maneira do Nosso senhor Jesus Cristo.
Não é estarem-se sempre a picar, um diz «assim», o outro tem logo que dizer «assim mais isto» randar a fazer queixinhas a este e àquele e a apontar o dedo, o que é uma vergonha. Não. O que Deus ensina é verdade, amor e luz, em todos os lugares e ocasiões, para com todos os irmãos, sem nunca desmorecer-mos. Basta de andar de cadeias às avessas, tomais tino!
Se isto o bom, é escândalo para uns, outros dele fazem modo de vida. É um regalo ver tantos por aí tão compenetrados, entregues ao seu ministério, cumprindo o seu carisma, com alegria no trabalho, cheios de vontade de viver e de se darem bem. Tantas dádivas dão-nos a esperança de que haverá futuro, céu na terra, mais uma vez.
Relativamente às diversas sugestões que colocou, são de escolha múltipla, ou não?
Todas as hipóteses serão precisas, porquê então tomar decisões? Escolher é discriminar, relegar, pôr de parte, renunciar. Numa sociedade inclusiva, como a nossa, tenho dúvidas que possamos preterir uma qualquer alínea. Elejo tudo de bom para a catequese e muita saudadinha para o Sr. Pe. Confessionário. E muita, muita força para concluir a sua missão na terra, com braço de ferro e coração de pombinho, que as dificuldades são muitas e o diabo está sempre à espreita, ao virar da esquina.
Saudações fraternas
Os meus respeitos,
Diná
Não é de escolha multipla, mas compreendo, pois a mim também me parece que haveria muita coisa a mudar.
Talvez em dias diferntes seja possível votar em diferentes opções, mas não tenho certeza!
Eu votei mudar os catecismos porque de todas as opções me pareceu a mais simples de mudar para já.
Os catecismos são terríveis, o design é feio e pouco apelativo. E usam-se pouco... não sei até que ponto são assim tão necessários sobretudo nos primeiros anos de catequese.
É claro que existem problemas estruturais, a falta de adesão dos pais que se reflete diretamente no interesse dos filhos. Se os pais estão pouco interessados e são pouco participativos , não podemos esperar filhos interessados e participativos.
As catequeses são mais ou menos doutrinais consoante o catequista por isso não é algo que possa ser avaliado facilmente. Até porque em muitas delas os pais não entram, logo não tem como saber como de facto é a catequese dos filhos.
O tempo de catequese é curto, uma hora por semana é pouco para trabalhar ideias complexas como a fraternidade, o amor e a entrega. Se as crianças e os jovens não trazem algo de casa dificilmente em uma hora adquirem seja o que for. Daí ser importante que o tempo de catequese seja um momento de encontro prazeroso, em que os amigos se encontram, no qual há espirito de grupo.
A formação dos catequistas... pois é importante mas mais importante é não existir um desfasamento entre conteúdo e pedagogia. o catequista até pode ter muitos conhecimentos mas se for um pessimo pedagogo, se não conseguir trazer algo de bom para as crianças, talvez sejá um esforço inglório.
Por isso existem muitos problemas, com a agravante de que os catequistas tem a sua vida, dão aquele tempo, nem sempre se conseguem preparar devidamente. qualquer tema por mais simples que seja necessita de preparação, e os temas das catequeses não são simples... por isso mais preparação exigem quer ao nivel do conteudo quer ao nivel de atividades que possam ser realizadas.
E no final nem tudo corre igual para todos. para uns a catequese corre bem para outros mal. Há que aceitasr essa realidade.
Apesar de nem tudo estar mal na catequese, na verdade eu acho que há muita coisa que se deveria melhorar/modificar, assim:
1. melhorava os catecismos, que me parecem muito desatualizados (a vida e a sociedade mudam muito rápido, e os catecismos não acompanham)
2. Embora não reduzindo propriamente os anos de catequese, acho que os últimos anos (talvez 9º e 10º), se pudesse fazer um trabalho mais livre e mais à maneira dos grupos de jovens
3. potenciava mais actividades e dinâmicas extra catecismo para promover o verdadeiro encontro com Cristo (a catequese não deve cingir-se a 1 h de um encontro)
4. melhorava e intensificava a formação de catequistas, tanto ao nível pedagógico, como ao nível da profundidade espiritual e de fé
5. incidia a atenção da catequese nos pais (a ideia da catequese familiar agrada-me)
6. apesar de gostar da festas da catequese, propunha a sua revisão, porque a catequese tem servido quase exclusivamente para fazer festas
7. fomentava que os grupos de catequese fossem grupos mais pequenos, porque o trabalho deve ser tanto quanto possível mais personalizado, sem esquecer que deve ser tb de grupo
8. obviamente deve deixar de ser tão doutrinal e escolar; não é para passar conhecimentos, mas para dar a conhecer Jesus, proporcionando um encontro com Ele
9. não sei bem o que significa a palavra kerigmática, mas acho que tem tudo a ver com o que já disse, mas do que investiguei no Google, tem a ver com pregação, evangelização…
Tb não sei muito o que dizer sobre o crisma, pois muitos andam na catequese para se crismarem e poderem ser padrinhos. Se calhar tb mudava isso.
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