Roguei aos céus que não voasse
Que não fugisse por entre os ramos
Que uma mão o detivesse, o parasse.
Mas o sonho partiu em papel com asas
O poema foi-se destilando em palavras
E as nuvens desenhando-se para as apanhar
Uma correria louca instigava as águas
E elas caíam tão juntas como a chuva
Por entre os ramos do meu sonho
de papel
E o sonho desapareceu,
amarrotado,
sem palavras,
sem asas
Ficou escondido,
guardado e esquecido
Por entre papeis que dobrei em mim
8 comentários:
O que dizer!!!!
Lindo.
E para começar o dia então ainda melhor.
obrigada.
Bj
Lindissimo.
Sem palavras. Caiu como uma luva no momento em que estou vivendo, como em muitos outros poemas seus. Triste. Saudade. Valeu!
Ó conf, e porque lhe deste este título? Não bastava ser um sonho teu? é que me fez pensar
Nossa!!! Amei, meu presente de hoje foi esse poema. E me fez pensar...
Eu ...
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho,e desta sorte
Sou a crucificada ... a dolorida ...
Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!
E ser o sonho que alguém nunca sonhou.
...
Ficou escondido,
guardado e esquecido
Por entre papeis que dobrei em mim
Onde sufoquei palavras,
que saíram de mim...
Hoje vivi um sonho, mas um sonho coletivo, que Deus possa me iluminar para concretizar o restante que ainda esta por vir. Que o que um dia foi só um sonho meu possa ser os sonhos de outros a serem realizados. Confiou em um Bem Maior. Ch M.
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