Aceitar que a árvore é árvore e não floresta
Que a floresta está na terra e não no mar
Que o mar tem peixes e não pássaros
Que os pássaros debicam e não mordem
Que as pessoas não devem morder a árvore
Que a árvore, a floresta, o mar e os pássaros
Não são pessoas de um conto de Andersen
É ser-se assim como se é e assim aceitar
Para além do que é aceitar em mim ou em nós
Longe do que se pode simplesmente aceitar
5 comentários:
Padre, fez-me lembrar a "casa Comum" do Papa Francisco
Que as pessoas não devem morder a árvore
Que a árvore, a floresta, o mar e os pássaros
Não são pessoas de um conto de Andersen
É ser-se assim como se é e assim aceitar
Verdadeiro. Preciso ler isso várias vezes... aceitação.
Por querer parecer simples é que se torna intrigante!
Com este poema veio-me à mem+oria esse grande nome da poesia portuguesa, Fernando Pessoa e o seu heterónimo Alberto Caeiro.
Quer-me parecer que as tuas poesias estão a deixar aquela vertente da sensibilidade (que me levavam a querer ser a protagonista), para retratarem um "eu" que vive num "emaranhado" numa busca intensa por vezes desesperante de respostas complicadas.
É apenas a minha frágil e duvidosa opinião.
Paulina, não sei que te diga. Agradeço a comparação com Alberto Caeiro. Penso que é excessiva, mas gostei mt dela.
O resto, não sei que te diga. Os poemas escrevem-se, tão só porque sim...
Mas, como alguém, dizia, é "aceitação"
Confessionário,
Bem eu sei que os poemas se escrevem sem porquê, muito semelhante às lágrimas que muitas vezes surgem como forma de rezar, representam uma oração.
De resto sê tu mesmo e continua a escrever os teus poemas dessa forma linda e espontânea, tal como os sentes, sem porquês.
Fica bem!
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