quarta-feira, fevereiro 29, 2012

a entidade máxima desta terra

A discussão fora acesa por alguém que dizia Não, desfavorável a alguém que dizia Sim, numa reunião de gente nomeada para decidir alguns rumos da paróquia. Várias vezes deitei água na fervura, pois ambos tinham a sua razão, que não estava longe do equilíbrio da minha. Mas às páginas tantas, um deles fala que nós, a paróquia, precisávamos de todas as instituições, em especial da Câmara, que era a entidade máxima da terra. Não querendo retirar qualquer mérito à observação da necessidade em si, nem à entidade referida, pois que lhe reconheço um papel enorme na terra, não hesitei, nem um mero segundo, e disse nuns decibéis acima do normal, mas sem exagero. Para fazer uma afirmação clara. Eu não me subjugo nem me subjugarei a nenhuma entidade, a não ser a máxima entidade que conheço e que é Deus. Todos precisamos uns dos outros, umas entidades das outras, e precisamos aprender a fazer comunidades integradas, se assim lhe quiserem chamar. Mas Deus é que é a minha entidade máxima desta terra. E de todas as terras. E da Terra

15 comentários:

Anónimo disse...

E ficaram todos esclarecidos!

Por vezes é preciso elevar o tom, para que oiçam... será que ouviram?

Rosa disse...

Bem haja ,pela Sua atitude,porque o mal é a Igreja subjugar-se muitas vezes aos que tem,esquecendo o que Jesus nos ensinou,somos todos iguais.
A entidade máxima é Deus, e as pessoas ainda custam a aceitar que sem DEUS somos vazios, e que a terra é apenas uma preparação para o caminho de DEUS.
Só o amor,a dádiva valem e se todos nos déssemos uns aos outros, o Mundo não estava como está.

HD disse...

Parabens!:)
Curto,conciso e absolutamento verdadeiro!

HDias

laureana silva disse...

Quem fala assim...que mais se pode acrescentar?
Abraço
Maria

Joana disse...

Pronto! Já me pôs a chorar com o novo vídeo... Já conhecia, mas choro sempre que o vejo. Bela mensagem de vida deste jovem e a letra da canção então, sem palavras.

Quanto ao post, reconhece que todos precisamos uns dos outros, não se esqueça disso.
Pois apesar de Deus ser a sua entidade máxima nessa terra, não se esqueça que também representa uma "entidade", ou, instituição chamada Igreja, nessa terra.
Subjugar-se a um semelhante quando precisamos da sua ajuda, é sinal de humildade e sensatez, sem nunca perder de vista o que é realmente importante.
É verdade que Deus está acima de tudo e todos, mas infelismente vivemos no planeta Terra, onde existem mais Homens do mundo do que Homens de Deus :)
Vale a pena pensar nisso!
bjs Joana

Anónimo disse...

Há gente que se vende por 5 tostões dentro e fora da igreja

Anónimo disse...

Hum.......
Acho que hoje a entidade maxima é o meu Porto!!!
É pá! Não sei porquê mas continuo a sorrir.

Um abrajito conf.
Piores dias virão, desculpa quiz dizer melhores....

Alexandra

Confessionário disse...

Lá estão, Alexandra, os árbitros a subjugarem-se às entidades...
lol

Anónimo disse...

Jesus tb foi tentado. Uma das vezes pelo poder mas resistiu:) Coragem!

Peregrino disse...

Padre Irmão… trabalhar juntos para o bem comum não é por aí que vem mal ao mundo… certamente é preciso agir como pede Jesus “simples como as pombas e prudentes como as serpentes”… mas parece-me que caminhamos cada vez mais para o aumento das tais “ilhas que só servem para separar ainda mais os homens…

… não sou ingénuo, sei por experiência própria do aproveitamento sobretudo em altura de contar votos e de recolha de louros por coisas que (às vezes até se ajudou a pagar mas que foram as mãos de outros a erguer sozinhos só “Deus sabe como”)… infelizmente eu sei da tentação que é fazer festa com o suor e a doação alheia… em momentos em que é necessário contar “espingardas” mesmo no próprio terreno onde se movem essas “entidades” mais terrenas… mas fechar totalmente as portas acho que é extremar posições que não vão a lado nenhum a não ser criar ainda mais distâncias…

Pode-se servir sem vender a alma… “Dai a César que é de Cesar e a Deus o que é de Deus…”… e acho que já estamos em tempo de “saber a QUEM servimos…” mas percebo… as armadilhas são muitos e bem dissimuladas…

…mas são riscos que ainda assim vale a pena correr pois a Igreja deve estar como fermento e sal no meio do mundo e não isolada… por isso estamos a perder tanto… já para não falar aqui da força do eleitor cristão… nem imaginam o que faria essa força bem direcionada… talvez não estivéssemos tão mal agora… mas ainda temos muito medo de meter as mãos na massa até ao fundo… isso traz consequências que muitos de nós não estamos dispostos a viver-assumir…! Afinal, como podemos mudar assim o mundo para melhor!? Só com orações… ou dentro dos “muros” das nossas Paroquias.

Bom caminho de Quaresma ….

Anónimo disse...

Pois é conf.!
Os arbitros e as subjugadas...
Tens razão, toda a razão.
Mas agora não me estou a referir ao futebol,neste momento não é facil contradizer os benfiquistas, estão demasiado sensiveis.
As vezes temos de nos subjugar a determinadas entidades, e muitas vezes dentro da propria igreja temos de parar e ficar calados, temos de nos subjugar. E neste caso a tua entidade maxima é o teu bispo.
Não é facil conf. nada facil.
Um abracito!
Alexandra

Confessionário disse...

Realço, para que perecebam o alcance real da minha afirmação: "Todos precisamos uns dos outros, umas entidades das outras, e precisamos aprender a fazer comunidades integradas".
Reaço sobretudo que todos devemos rumar para o mesmo sentido na construção de uma boa e verdadeira comunidade...

Anónimo disse...

Jesus também foi tentado pelo PODER e resistiu. Mas era Jesus, pois!

Porthos disse...

Meu caro:

O que, a meu ver retrataste mais uma vez de forma exemplar, foi uma singulares da burocracia organizacional...

É mais uma vez o equilíbrio entre a igreja de Deus e o trato dos homens que será necessário encontrar... Acho eu.

Abraço.

JS disse...

Ó Confessionário, no que te foste meter...

Quando alguém se refere à Câmara como entidade máxima, devias encarar isso como um alerta. Significa certamente que é daquelas autarquias que têm os "tintins" (perdoa-me o calão) do povo na mão. Ou porque é quem dá emprego, ou porque é quem distribui o guito; e usa isso em sua vantagem. E o povo, a bem ou a mal, lá se vai sujeitando.

Não é que tenhas toda a razão naquilo que dizes, no teu grito de independência. E que faça muita falta dizê-lo. O problema é que um padre pode dar-se a certos luxos que o comum dos mortais não pode. Ou melhor: até podem (e devem); mas a factura a pagar é bem mais elevada (represálias no emprego, concursos que passam a ser entregues a outros, subsídios que são cortados...).

Ficam-nos os ensinamentos bíblicos: enquanto o Apocalipse desancava na Besta, os evangelistas tratavam de lavar as mãos a Pilatos...