quarta-feira, fevereiro 01, 2012

As asneiras dos cristãos ou apeteceu-me dizer uma asneira

Descobri há dias numa das minhas paróquias que muitos dos meus cristãos não comungam por causa das asneiras que dizem. Aquilo que de forma culta chamamos de palavrão e que brejeiramente chamamos de carvalhadas. Aquilo que nalgumas zonas do nosso país fazem tão parte do habitat como a comida que comem. São as asneiras que saem da boca num qualquer momento mais desavindo. São as palavras deslocadas que saem da nossa boca e que devemos evitar porque denotam uma educação menos acertada. Pergunto se o dizem para magoar alguém, e respondem que não. Pergunto se o dizem com intenção de maltratar Deus, e respondem que não. Mas mesmo assim deixam de comungar, porque os padres antigos carregavam nessa observação. E apesar de continuar a achar que não são as melhores palavras dos momentos desavindos, não entendo como se transformam em pecados tão graves que levam um cristão que se preze a desistir da comunhão. Maior asneira é deixar de aproveitar a partilha de Deus na eucaristia. Maior asneira é andar toda uma vida com uma fé que não deixa ver a simplicidade do Amor de Deus. Garanto-vos que me apeteceu dizer uma asneira.

46 comentários:

Porthos disse...

Pois é... Os tais Padres deixaram-te uma herança pesada...

No entanto mais pesada ficou para aqueles que, como eu, passaram a infância a ouvir isso.

Peregrino disse...

Não podes.. não podes… não podes…! Habituámo-nos de tal maneira a viver com essas palavras nos caminhos da Fé fruto de muita “asneira” ensinada e dita por tantas catequeses absolutamente “terrorista” no sentido da GRATUIDADE do Pai, e por isso é que nos tornamos uns “famintos” eternos de Deus no paradoxo de nos sentarmos a cada Eucaristia em frente a essa Mesa abundante da Graça onde Cristo desce e se faz “Alimento”!

Muitos de nós, cristãos, comportamo-nos bem ao estilo daquela criança que atira a parte interior do Pão fora, e come apenas a “crosta” ficando assim saciada com essa parte ”envolvente” que simboliza todas essas “exterioridades” que vão mantendo o ritmo diário da vida cristã aos “soluços” e que apenas “enganam” a “fome” interior por mais uma semana até ao próximo encontro de Domingo na Igreja! E assim anda o povo de Deus faminto e a definhar com os celeiros cheios e a transbordar da Graça do Pai!

JS disse...

Calmex, minha gente. É preciso não esquecer que comunhões, há muitas.

Comunga-se a palavra (a Palavra) das leituras, claro, mas também das orações e dos cânticos, da homilia e das monições. Palavra enfarinhada no silêncio e também formulada nos gestos e movimentações rituais.

Comunga-se o sacerdote, a sua presidência (in capite Christi), a sua liderança, a sua autoridade, a sua acção de pontífice: falar a Deus em nome de toda a assembleia; falar aos homens em nome do Senhor.

Comunga-se o irmão e a comunidade, o encontro e a reunião em assembleia, o rezar em uníssono, todos orando por todos, a partilha da paz, a entrega das ofertas, até confessando uns aos outros a sua condição de pecadores; participando, enfim, da verdadeira "comunhão dos santos".

Cuidado, ó minha gente, com essa mania de reduzir a missa ao papar da hóstia, ou à insistência na dimensão material da coisa. Isso é entrar pelo caminho da magia...

laureana silva disse...

Senhor Padre...sempre com o seu bom humor. Pois é há zonas do nosso país onde dizer uma dessas asneiras é corrente e recorrente até em pessoas que enfim...pela sua educação deviam evitá-las, mas nem sempre é fácil sobretudo quando nos descontrolamos. Sou alentejana e os alentejanos eram conhecidos pelo chocarrilhos de asneiras que diziam, cada uma pior que a outra por tudo e por nada sobretudo nas classes menos instruídas.
Meu marido é do Norte e então aí eu figuei de boca aberta porque houvesse senhoras ou não, fazia parte da linguagem, e eu perguntava admirada se aquilo que eu tinha ouvido era mesmo aquilo ou eu estava a ouvir mal. Enfim tudo isto para dizer que não me parece,que se não é um hábito, deixar de comungar por isso. É uma tarefa para si Sr.Padre ajudar a mudar essa mentalidade antiga e transformá-la na nova igreja. Não será tarefa fácil, mas água mole em pedra dura, tanto bate até que fura...
Grande abraço,
Maria

Anónimo disse...

"EU SOU O PÃO DA VIDA" e tanta gente a .

MM

Joana disse...

É por essas e por outras razões, que muitas vezes tenho duvidas em relação à minha religião. Atenção, não tenho duvidas da minha fé em Deus, ou em Jesus, mas ponho em causa muitas das "regras" ou "heranças"que a igreja nos transmite, ou melhor, nos impõe. Afinal basta o homem, neste caso o padre, pensar de forma diferente, para as "regras" da mesma igreja, mesma eucaristia, mesma celebração, serem diferentes.
Afinal a lei da Igreja não é a mesma para todos, pois basta pensár-mos nos padrinhos de baptismo, casamento,etc.
Há padres que não aceitam padrinhos ou madrinhas se não possuírem o Crisma, no entanto há outros, que fecham os olhos a esse facto e celebram a cerimónia sem problemas.
Então afinal em que ficamos sr. pe, qual deles está mais perto da vontade de Deus, ou melhor dizendo da vontade dos homens da Igreja?
Realmente há situações onde também a mim me apetece dizer uma asneira. Bjs
Joana :)
Joana

Anónimo disse...

Parabéns, amigo, pelos votos no Aventar.

Joana disse...

Eu Joana, concordo com a anterior Joana...também estou a passar pelo mesmo. Não sendo casada e vivendo em união de facto, fui impedida de Comungar, ou seja foi-me negado o "ponto alto" de uma Eucaristia. Contudo, faço voluntariado na Paróquia, rezo o Terço todos os dias e o Padre conhece a minha caminhada de Fé...ele disse: "Desculpa, há as leis de Deus e há as leis da Igreja...". Talvez seja isso mesmo...
Um grande beijinhos Sr. Padre.
:)
Joana

Anónimo disse...

Boa tarde!

Então se há a lei de Deus e a lei da igreija, porquê que os padres não podem casar?

Será lei de Deus ou imposição da igreja?

Assim como outras questões que fico muitas vezes com dúvidas, entre a lei de Deus ou a imposição da igreja.

Até uma próxima!!!

JS disse...

Para a Joana 2:

Segundo sei, a comunhão só está previsto ser negada no caso dos divorciados recasados (se o primeiro casamento foi pela Igreja). Ora, não parece ser esse o teu caso, pelo que é estranha a posição do senhor padre a teu respeito.
Ou tu terás assumido uma posição pública contra o valor do casamento enquanto sacramento (o que não bate certo com aquilo que dizes sobre a tua caminhada de fé); ou estarás numa situação considerada de "escândalo público", à conta do contexto familiar do teu companheiro.
Ou então, o padre estará a ser mais papista que o papa...

Rosa disse...

Eu tenho o Crisma feito à pouco tempo e digo de todo o coração foi a melhor coisa que fiz na vida, ,porque foi ai que comecei a conhecer Jesus,a amar verdadeiramente e a ter algum conhecimento ,porque sem conhecer não se pode amar.Antigamente a Catequese era muito diferente e nós ficámos muito além de Deus.Hoje sinto-me muito feliz por ter encontrado Jesus com consciência e verdade e penso que devia haver catequese para adultos.

JS disse...

Para a Joana 1:

Realmente, uma das coisas que mais chatices dá nas paróquias é a discrepância na aplicação das regras e leis. Fica muitas vezes a ideia de que os senhores padres não conseguem (ou não se querem dar ao trabalho de) concertar posições.

Claro que a chatice é relativa: se nos sai o padre mau (o rigoroso), a indignação é grande; se nos calha o padre bom (o amiguinho), já tudo está bem...
Também seria óptimo que o problema fosse apenas dos padres e da Igreja. Mas a verdade é que se o teu teste escolar for corrigido por dois professores diferentes, dificilmente a classificação será a mesma; se consultares dois médicos à conta da tua doença, sairás do consultório com receitas quase sempre diferentes; e se o teu caso de tribunal passar por dois juízes, é quase garantido que as decisões serão díspares, mesmo contraditórias.

O que nos leva a outra coisa: se as leis devem ser universais, devem também levar em conta as circunstâncias particulares de cada pessoa e de cada situação.
Por exemplo: para se ser padrinho de Baptismo tem de se ser adulto na fé; o que implica ter terminado o processo de iniciação cristã; o que significa ser baptizado, crismado e ter feito a primeira comunhão.
O problema é que o crisma só é administrado pelo bispo, pelo que as ocasiões para o celebrar não são muitas. Acresce que a sua celebração tem sido adiada para uma idade mais juvenil, onde as ocupações se multiplicam e o distanciamento relativamente à Igreja aumenta, complicando a necessária caminhada de preparação. Por fim, se é certo que a maior parte das paróquias já tem uma catequese de jovens bem estruturada, para os adultos as propostas de formação ainda deixam bastante a desejar.

Portanto: alguém pode não ter o crisma para ser padrinho; mas pode estar já em preparação e estar prevista a celebração dentro de alguns meses; ou então estar à espera da próxima vez que o bispo vier visitar a freguesia (o que pode demorar anos); ou então estar emigrado, ou deslocalizado à conta da universidade e ser-lhe muito difícil, até mesmo impossível, frequentar as reuniões de formação.
Como devem agir os senhores padres nestes (e noutros) casos?...

JS disse...

Regressando ao tema do post:

Pensando bem, não sei se se deve atribuir à Igreja ou aos padres a culpa dos palavrões ocuparem o primeiro lugar da lista dos pecados mortais. Acho que o assunto tem que ver mais com a educação no seio das famílias.

Explico: mesmo naquelas zonas do país onde o uso do calão e do palavrão é comum, uma coisa é certa: os pais nunca admitem aos filhos que digam asneiras. É como fumar ou beber café: é coisa de adultos; a criançada está proibida.
E, no caso dos palavrões, uma das censuras usadas (naquelas famílias onde a prática religiosa era coisa levada a sério) era dizer à criança: "Já vais ter de te confessar, meu malcriado. Já não podes ir à comunhão no domingo".

E isto, dito vezes sem conta às crianças desde pequeninas, entranhava-se de tal modo que, quando uma pessoa ia confessar-se, o primeiro pecado que vinha à cabeça era "Falei mal", ou "Chamei nomes", ou "Disse palavrões". E, mesmo que o padre achasse que isso não tinha nada de grave, a verdade é que não ele ia desautorizar os pais da criança. Pelo que a coisa ainda ficava mais reforçada na mente do catraio. De tal forma que ainda deve haver hoje muitos idosos que, no confesso, a sua aflição é com os palavrões ditos. E será pela mesma razão que comungam tão raramente...

Joana disse...

Olá JS!
Sou a Joana 1, vou ter que discordar num ou outro ponto consigo.

Isto porque, em 1º lugar se for um teste de matemática, será difícil duas notas diferentes, mesmo com diferentes professores, uma vez que a linguagem matemática é universal, ou seja, igual para todos.

2º se for a dois médicos diferentes, mas der a mesma informação a ambos, atenção "a mesma informação" tenho quase certeza absoluta que o medicamento pode ter um nome diferente mas é para o mesmo efeito, porque se disser que já vem de ser observado de outro médico e pedir uma 2ª opinião, aí é claro que ele vai alterar a medicação, para experimentar algo diferente e mais eficaz.

3º se for a dois Juízes, aí a situação é diferente, porque quando vai ser presente ao 2º, já será por um motivo de recurso, logo a situação ao ser analisada por outra pessoa, dentro das mesmas leis terá uma análise diferente, mas isso é óbvio, porque vamos investigar e rever a situação, porque podem ter surgido novos dados, ou nova informação importante, ou novas circunstâncias que possam ter escapado ao anterior Juiz e que possa alterar a sentença atribuída.
Basta pensar-mos nos casos americanos de sentença de morte, que muitas vezes se descobre que afinal a pessoa até era inocente.

É claro que todos somos únicos, por isso não há ninguém que pense da mesma forma, seria impossível e ainda bem, mas as regras da sociedade são iguais para todos, agora se todos as seguimos ou não, já parte da boa ou má vontade de cada um.
Dou-lhe um bom exemplo, eu sei que não posso estacionar o carro num local reservado para deficientes, no entanto se for o polícia mau (ou correcto), certamente vou ser multada, mas se for um polícia "amiguinho" meu (ou incorrecto), finge que não me vê e passa ao lado.

Afinal sr. JS as regras sempre são universais, nós é que somos humanos e imperfeitos e tornamo-las pessoais!!

Por isso não me guio pelas regras da Igreja, para mim a Igreja é imperfeita (é Humana), só Deus é perfeito e Santo.
Bjs Joana :)

Anónimo disse...

Cada vez fico mais desiludida. Tanta vaidade e ostentação que vejo na igreja não bate certo com aquilo que apregoam. Dentro é só amor e depois cá fora é o contrário. Os padres são os piores e não me estou a referir a essas asneiras inofensivas. Para mim basta. Mas triste.

JS disse...

Para a anónima:

Certamente terás as tuas razões para esse sentimento de desilusão que exprimes. Porventura terás vivido alguma experiência muito negativa ou uma situação de conflito com algum sacerdote. A ser assim, torna-se compreensível a tua generalização. Mas mesmo que estejas plenamente convencida de que a regra é os padres serem uns sacanas, deixo-te a sugestão: lê com calma os textos publicados neste blog. Pode ser que encontres aqui uma excepção à tua regra e, assim, a tua tristeza se suavize um pouco.

Anónimo disse...

concordo com a anonima de 2 de Fevereiro pelas 20,52h

A igreja só se tornará verdadeira igreja, quando os sr. padres viverem como nós, ou melhor, sentir como nós.Com preocupações, desemprego,dividas, divorcios....

É muito fácil dar conselhos!!!!

JS disse...

Para o anónimo(a) das 11:02

Os padres poderão não ter as dificuldades que apontaste; mas isso não significa que a sua vida seja um mar de rosas. Um exemplo: o dono deste blog foi há pouco tempo deslocalizado. E não foi por sua iniciativa nem se tratou do momento mais feliz da vida dele. Se leres o que ele escreveu na altura, verás que a mudança o afectou bastante e lhe custou muito.
A vida de padre também tem as suas dificuldades. Se fosse uma maravilha, certamente não faltariam candidatos. A verdade, porém, é que há regiões do nosso país que, se conseguem ter um padre novo por ano, já decretam uma semana de feriado.

Mas concordo contigo: há padres que, por não passarem por aquilo que o comum das pessoas passa, mostram pouca compreensão ou sensibilidade para certos assuntos e problemas; ou então, falam de cor, sem saberem verdadeiramente aquilo de que estão a falar.
Todavia, não caiamos no lado oposto: não é por um padre não ser casado que já não pode falar de amor; não é por não ter filhos que já não tem autoridade para falar de educação; não é por não estar afogado em dívidas que já não pode dar conselhos sobre poupança e sobriedade...

Mas, é certo, há coisas que escapam aos padres, e que eles não dominam. Pelo que, pegando nas tuas palavras, "a Igreja só se tornará verdadeira Igreja" quando os leigos ocuparem de verdade o seu lugar, dando o testemunho cristão que só eles podem dar, nas circunstâncias em que vivem e nos problemas/desafios que experimentam, e que são comuns a muita outra gente. Que possa haver jovens cristãos para falar com os jovens; casais cristãos para dialogar com outros casais; médicos cristãos para partilhar com colegas os dramas da sua profissão; mães de luto que possam ajudar outras mães a passarem pelo mesmo a encontrar na fé cristã uma semente de esperança.

Talvez assim nos sentíssemos menos incompreendidos e isolados nas nossas dificuldades; e com mais disponibilidade para escutar os conselhos de que tantas vezes precisamos...

JS disse...

Olá, Joana 1.

Os exemplos que eu dava eram, sem dúvida, hiperbólicos; e, por isso, de fácil contraposição.

Se bem percebo a tua posição, defendes que as regras devem ser cumpridas por todos; e que quem está encarregado de zelar pelo seu cumprimento deve assegurar que assim acontece, sem favorecimentos ou discriminações.

Acabas, no entanto, por reconhecer que todos somos diferentes. Pelo que pode haver diferentes interpretações de uma mesma regra, resultando em distintas aplicações; sem que isso signifique má-fé por parte da autoridade ou intenção manifesta de fazer acepção de pessoas.

Por outro lado, como eu dizia, há que atender às circunstâncias concretas. Pegando no teu exemplo: não podes estacionar num lugar reservado a deficientes. Mas imagina que há um desses lugares em frente da escola do teu filho; e que te acabaram de ligar dizendo que ele sofreu um acidente no recreio. Se o lugar estivesse livre, certamente que o aproveitarias sem pensar duas vezes e sairias disparada para saber o que tinha acontecido à criança. Quando regressasses ao carro, se estivesse lá um polícia, qual achas que devia ser a atitude correcta do agente: multar-te ou deixar passar a infracção?...
Isto, para dizer que na vida as coisas raramente são branco ou preto. A justiça tem de ser cega; mas precisa de ter também algum coração.

Quanto à distinção que fazes entre Igreja e Deus, deixo o comentário para mais tarde. Apenas digo isto: toda a gente sabe que só Deus é perfeito e Santo. Já por isso é que Ele nasceu homem. :)

Anónimo disse...

Suponho que estas "asneiras", sejam aquilo a que se denomina gentilmente; "pronuncia do norte."

Cresci a ouvi-las, não em casa... mas por perto. Nunca repeti nenhuma e sempre me senti mal, ao ouvi-las! É o meu feitio!

Quando via, que pais e filhos comunicavam com esta "linguagem", ficava espantada... os pais não repreendiam os filhos por dizerem asneiras, mas sim por fazerem "asneiras".

Entendo o que diz, "eles" não sentem nas "asneiras" uma ofensa, porque na realidade não o é (para eles).

Quanto à Sagrada Comunhão, não sou padre... mas creio que entendo o que diz. Não estão fora da comunhão da igreja, apenas comunicam de uma forma muito "sui generis".

Não sei se isto está certo... pois há terras em que estas "asneirolas" são muitas... mesmo muitas...a batata quente, será sempre do Pe.

A Sagrada Comunhão, é mesmo um assunto muito sério!

Confessionário disse...

OLá, JS
Obrigado pelas palavras que escreveste em 03 Fevereiro, 2012 15:05

Eram as que eu utilizaria para responder. Mas tu até as utilizaste melhor.

Obrigado

Quanto à questão da diferença entre o porceder dos padres, tb sei que isso é um problema. Mas como em tudo na vida há quem seja mais "rígido" e quem seja mais "abandalhado". O ideal está neste equilibrio. Eu procuro ser bastante recto, coerente e seguir as normas com humanismo. Não crio muitas excepções, mas procuro ter já possibilidades em concreto que atendam às pessoas em concreto. Porém, reconheço que às vezes há coisas que me ultrapassam. Ainda há dias alguém me pedia que o seu filho podesse ter 3 ou 4 padrinhos de baptismo, quando a lei é muito clara e só permite 2. Mesmo assim lá foi dizendo que havia padres que aceitavam!... Bom, disse eu, eu presto contas a Deus dos meus actos, e os outros prestam contas a Deus pelos seus actos.

Joana disse...

Para si JS,
Pela avaliação de todos os seus comentários, deduzo que seja pe., ou diácono, ou leigo ao serviço da Igreja. E sinceramente estou a gostar bastante das suas intervenções e tentativas de demover as nossas posições.

Para que fique claro desde já, eu não tenho nada contra os padres, atenção! aliás admiro e muito o seu trabalho, dedicação e educação (claro que como pessoas, também há excepções). Mas no geral penso que são bons seres humanos, o confessionário é um bom exemplo disso, por alguma razão, comento e frequento este blogger desde que o encontrei.

Mas a instituição Igreja, nada tem a ver com as pessoas padres, pois muitos deles concordam que aplicariam as regras ou leis de forma diferente.
Pegando no seu exemplo das mobilizações constantes a que são sujeitos, causando sofrimento ao próprio e aos paroquianos, já para não falar do celibato, que certamente (penso eu) será um sofrimento atroz para muitos, o que faz com que abandonem a vocação, perdendo-se em alguns casos bons futuros padres.
Digo isto por experiência pessoal, em que um amigo meu, abandonou a Igreja porque se apaixonou, no entanto conhecendo-o como conheço, penso que ele teria sido uma pessoa extraordinária como pe. Hoje tem 2 filhos maravilhosos e é feliz. Participa como leigo na eucaristia e ninguém sabe que aquele rapaz um dia foi um grande orador ao serviço de Deus, muitos perderam a oportunidade de o ouvir e ver os seus bons exemplos.

É claro que na vida nem tudo é preto e branco, eu mesma sou uma pessoa com muitas cores, mas em relação a algumas regras (celibato por exemplo), penso que são iguais para todos, muitas vezes não se pode agir só com o coração, temos que agir conforme a razão e aquilo que lhe está associado, não se podem abrir excepções nestes casos. No exemplo que deu do estacionamento realmente podemos agir com bom senso e coração, mas e no caso do celibato, o Papa também pode abrir excepções e agir com o coração?
Quem diz o celibato, diz outros exemplos, mas acho que este se aplica a este blogger.

Acho que já me alonguei demais neste comentário.
Quanto a Deus fez-se Homem é verdade, mas os Homens felizmente ou infelismente não se podem fazer Deus :)
bjs Joana

JS disse...

Confessionário:

Não tens nada que agradecer. Basta que vás aguentando este fantástico blog e já todos nós te ficamos agradecidos.

Quanto à história dos 3 ou 4 padrinhos, acho que sei do que se trata, porque já tive um caso familiar assim.
É que no casamento na igreja não se coloca esse problema. Costuma acontecer cada noivo escolher os seus próprios padrinhos (o que dá 4) e os senhores padres não colocam obstáculos e até os deixam todos assinar no livro.
Ora, com a escolha dos padrinhos de baptismo também pode dar-se a mesma situação. Os pais da criança até escolhem só um elemento de cada lado da família (o que dá 2). Mas acontece muitas vezes que essa pessoa é casada. E é uma chatice convidar o marido e excluir a esposa (ou viceversa). Pelo que os pais do bébé, mesmo não querendo, acabam com 3 ou 4 candidatos a padrinhos.

Eu sei que padrinhos de casamento não têm a mesm função que os padrinhos de baptismo; mas há muita gente que não percebe a diferença. E mesmo que sejam compreensivos para com as regras da igreja, às vezes há razões familiares que se alevantam: é que é um instante para se criarem desentendimentos ou ressentimentos no seio das familias com esta história de se ser escolhido ou preterido para padrinho.

O que há-de fazer um padre? Regras são regras. Mas já ouvi falar de um truque, que me parece batota, mas pode servir de escape para algum caso mais delicado. É distinguir entre padrinhos de baptismo e testemunhas de baptismo. Disseram-me que já se usa no estrangeiro. Palermices...

Anónimo disse...

Pois é carissimos, sendo catolica e sentindo que Deus tem estado sempre comigo em todos os momentos da minha vida, entristece-me profundamenteque aqueles que deviam ajudar-nos a aproximarmo-nos do nosso Pai. Mas ao invés, insistem em querer manter a sua posição com tal superioridade, que me lembro ainda de um pecado que me era transmitido quando pequena, e não sou velha, tenho 40 anos. FUMAR era pecado, porque dava prazer! Claro que achava que amigos e colegas tudo andava em pecado. Em casa nem pai ou mãe, não fumavam. Claro que quando vi um padre fumar, fiquei chocada e achei que me tinham mentido na catequese. Isto é apenas um exemplo entre tantos outros. Neste momento vemos as nossas igrejas quase vazias e apenas as pessoas mais idosas tentam que as mesmas não fechem as portas. É mt triste. No entanto continua o clero a fazer encontros e jornadas, mas de pouco deve servir. Como é possivel que consigam corresponder às necessidades actuais dos paroquianos, através de palavras e exemplos, se entre eles proprios(padres) são maus, intriguistas e falsos. Bem sei que como o proverbio mt sábio, nos diz:"faz o que digo, não o que faço", tudo muito certo. Mas então e a confiança, o respeito a lealdade? Como é que alguém pode ensinar ou pedir, aquilo que não conhece? Tudo o que ensino ou transmito á minha filha, são valores que eu faço pautar na minha vida, aqueles pelos quais fui educada e tento transmitir. Era incapaz de pedir respsito se não o tivesse pelos outros. Desculpem se me alonguei, mas foi um desabafo por conhecer casos de falsidade e desrespeito dentro do clero, uns pelos outros. Não é isso o que Jesus quer para os homens!

Anónimo disse...

Pois é carissimos, sendo catolica e sentindo que Deus tem estado sempre comigo em todos os momentos da minha vida, entristece-me profundamenteque aqueles que deviam ajudar-nos a aproximarmo-nos do nosso Pai. Mas ao invés, insistem em querer manter a sua posição com tal superioridade, que me lembro ainda de um pecado que me era transmitido quando pequena, e não sou velha, tenho 40 anos. FUMAR era pecado, porque dava prazer! Claro que achava que amigos e colegas tudo andava em pecado. Em casa nem pai ou mãe, não fumavam. Claro que quando vi um padre fumar, fiquei chocada e achei que me tinham mentido na catequese. Isto é apenas um exemplo entre tantos outros. Neste momento vemos as nossas igrejas quase vazias e apenas as pessoas mais idosas tentam que as mesmas não fechem as portas. É mt triste. No entanto continua o clero a fazer encontros e jornadas, mas de pouco deve servir. Como é possivel que consigam corresponder às necessidades actuais dos paroquianos, através de palavras e exemplos, se entre eles proprios(padres) são maus, intriguistas e falsos. Bem sei que como o proverbio mt sábio, nos diz:"faz o que digo, não o que faço", tudo muito certo. Mas então e a confiança, o respeito a lealdade? Como é que alguém pode ensinar ou pedir, aquilo que não conhece? Tudo o que ensino ou transmito á minha filha, são valores que eu faço pautar na minha vida, aqueles pelos quais fui educada e tento transmitir. Era incapaz de pedir respsito se não o tivesse pelos outros. Desculpem se me alonguei, mas foi um desabafo por conhecer casos de falsidade e desrespeito dentro do clero, uns pelos outros. Não é isso o que Jesus quer para os homens!

HD disse...

“ mas e no caso do celibato, o Papa também pode abrir excepções e agir com o coração?”
Joana

Sobre o Celibato, o Papa mantém-no para o Clero!
Mas o próprio Papa acedeu a excepções:
exemplo
1 -O rito oriental católico (coptas,etc) em união com o Papa, tem casos de sacerdotes casados…desde há muito – o código canónico de rito Latino obriga ao Celibato , o do rito Oriental só obriga ao celibato os Bispos.
2 –Mas se pensamos que o código canónico Latino obriga todos ao Celibato, voltamos a ter “estranhas “ excepções. Por exemplo os diversos sacerdotes anglicanos casados, que integraram recentemente a Igr Católica…
Será isto o “coração” do Papa?.....
Creio haver diferentes critérios , que cada vez mais fragiliza e baralha ,sobre a justificação da dita “regra” sobre o celibato….
O futuro na Igreja Católica:
Haver a opção pessoal nos diocesanos, pelo celibato ou não.
Nas ordens monásticas, haver o celibato.
E há quem ache, que mais depressa vai haver padres casados, do que ordenação das mulheres…
Mas até lá o Espirito Santo, tem que “berrar” muito aos ouvidos de alguns moucos ….
Mas isto vai lá!
HDias

Anónimo disse...

Desde tenra idade, por menor que fosse o 'pecado' cometido, tínhamos que nos confessar, caso contrário, 'não éramos dignos' de poder comungar, iríamos para o 'inferno'... E assim fazíamos, tal qual mandava a poderosa Igreja. Os anos passaram, começamos realmente a enxergar. Nós, leigos, sempre tivemos que nos afastar da eucaristia, nos confessar por qualquer pecado ridículo. Enquanto que os imensos e reais pecados cometidos pelos próprios sacerdotes, eram/são omitidos e encobertos. Porém, eles podem estar lá na frente, vestidos com a cor da 'pureza', podem comungar à vontade, por mais podres que estejam por dentro... eles sim, podem apontar o dedo e dizer 'tu não podes comungar'... enquanto que eles, nadando no lodo, se eximem da auto análise. E ainda afirmam agir na pessoa de Cristo... quanta prepotência. Jesus Cristo não merecia isso, e nem os leigos! Alguém já presenciou algum padre deixando de comungar na missa, após a consagração??? E, estariam todos eles tão puros, tanto quanto sempre exigiram que os leigos estivessem para que pudessem participar da Eucaristia? Então, se os leigos não comungam mais, é porque cansaram-se de tanta hipocrisia. E digo que, ainda hoje em dia, há muitos padres inúteis que só sabem acusar o erro do outro e ainda dizem 'não comungues', enquanto todos sabem o que esse padre faz fora do altar... Seriam eles melhores em que do que as demais pessoas? Porque ele pode e os outros não? A Igreja está colhendo o que sempre semeou. As pessoas estão distantes das paróquias, da eucaristia, das celebrações por culpa dos próprios padres (do passado e atuais também). Ela que conserte o que ela mesma quebrou... ela que busque todos os que ela mesma afastou... se conseguir. Eu duvido.

Confessionário disse...

Concordo, até determinado ponto, com o último anónimo: Os padres são uma pequena parte da culpa do afastamento de algumas pessoas da Igreja.

Porém, francamente, essa razão é minoritária. A sociedade, os valores (ou não) da nossa sociedade pesam bem mais nesse afastamento. E mais, a desinformação dos leigos.
Precisamos de leigos que saibam por que o são. Um leigo será um cristão, não por causa dos padres, mas por causa de Deus.

Mais, acrescento relativamente ao assunto da comunhão dos padres: há um norma, que agora não consigo precisar, que por razões maiores, indica que o padre deve comungar como testemunho. Pode dar-se o caso de não o ser, mas...

Queria ainda referir-me ao "lodo" que somos todos nós, e ao facto de, por isso mesmo, precisarmos de Deus. Eu acho que não devemos abordar a questão do ser padre num sinal de puureza, perfeição, integridade e santidade, mas numa base de alguém que quer crescer e ajudar a crescer.

Obrigado pela atenção

Confessionário disse...

Queria acrescentar algo ao JS e ao que ele disse relativamente aos padrinhos do Baptismo versus casamento.

A verdade é que no casamento os que chamaos de padrinhos são apenas testemunhas. Eles devem assinar a acta. Não têm que assegurar a fé de ninguém, mas testemunhar que houve de facto casamento. Por isso podem ser mais...

JS disse...

Para a anónima de 05 de Fevereiro, 20:37

Desculpe se a chocar, mas acho que foi bem ensinada quando era pequena: FUMAR é pecado; e o problema tem que ver com o prazer.
Ter visto mais tarde um padre a fumar não significa que lhe tenham mentido; apenas quer dizer que os padres também são pecadores.

Anónimo disse...

Para o JS de 05 de Fevereiro, 20,37

Não me choca! Deixe que lhe diga que fico é perplexa com a sua resposta. Fumar é pecado! Entao caro amigo, comer algo de que se gosta muito também ? Dá prazer. Fazer uma massagem de relaxamento porque o dia de trabalho foi extremamente cansativo, é uma forma de aliviar a dor, mas também dá prazer, é pecado?

A ter razão, não há padres, bispos, cardeais, e nem o papa, que consigam absolver tantoooooooooos pecadores! Estamos perdidos... Desculpe um pouco de ironia, mas a so entendo a sua observação como irónica ou de brincadeira também

JS disse...

Cara anónima:

Vamos por partes:
Que a questão do fumar começa pelo prazer (independentemente das razões por que se iniciou), é evidente: fumar dá prazer. Se não desse, não estávamos aqui a falar disso. Para aquelas pessoas a quem o fumar causa incómodo ou mesmo repugnância, o problema está, a priori, resolvido.

É simplesmente por dar prazer que fumar é mau? Claro que não. O problema é que colide com outros prazeres, os condiciona ou até os põe em causa. Desde pequenos prazeres como ter um bom hálito e dentes brancos, até ao grande prazer de se ser e sentir saudável. E quando os prazeres colidem, há que fazer uma escolha; o que implica valorar uns como bons e outros como menos bons ou mesmo maus.
Poder-me-ás dizer que os pequenos senãos são fáceis de resolver; e que até nem sentes que a tua saúde esteja a sofrer com o fumar. Mas sabes melhor que isso. Podes é não ter muita vontade de o considerar ou de o aceitar, pois que tornaria o fumar bem menos prazenteiro. Se dissesses a ti própria, sempre que puxas por um cigarro: "Mais um prego para o meu caixão", viverias permanentemente irritada contigo própria. Por isso, a pessoa opta por silenciar a voz da consciência. Mas nem sempre é assim: acredito que dificilmente te apanhariam a fumar junto de um bébé de dois meses; nem admitirias que a tua filha de nove anos andasse a fumar à tua frente.

Então, porque se fuma? Porque, como em muitas outras coisas, preferimos um prazer imediato e garantido, a um prazer mais vago, de longo prazo e sujeito a muitas outras variáveis. A verdade é que há quem morra de cancro do pulmão sem ter fumado um único cigarro na vida. Significa isso que estamos a fazer a escolha certa?

Há ainda um outro ponto a considerar: é que o prazer que se retira do fumar é viciante. O fumar causa dependência, tolhendo a tua autonomia e liberdade, pondo em causa o teu auto-domínio. Mesmo que digas a ti própria: "Eu fumo porque quero", a verdade é que muitas vezes te apanharás com um cigarro na mão sem te dares conta; e mesmo que não queiras, sentes em ti algo mais forte que tu, a reclamar mais uma pequena dose de nicotina, mais um bocadinho de prazer. Um fumador é, em maior ou menor grau, um escravo do cigarro. Isso é bom?

Por fim: que é que tudo isto tem a ver com o pecado? Nada. A não ser que Deus faça parte da tua vida. Que sintas a vida como um dom, a saúde como um bem precioso, o saber escolher bem como um desafio existencial; que seja teu objectivo o descobrir e saborear os prazeres que te fazem mais mulher, mais humana, mais livre e feliz. E que aches que quando te desvias disto estás a trair-te a ti própria, a todos aqueles que contam contigo e te querem bem, e Àquele que já te amava ainda antes de existires.

Claro que, na lista de pecados, fumar nem de longe nem de perto ocupa o primeiro lugar. E mesmo havendo tantoooooooooos pecadores tabágicos, o perdão de Deus chega para todos. Porque é dado sempre na esperança: talvez algum deles sinta ter chegado o momento de mudar esse aspecto da sua vida. O que, penso eu, seria bom.


P.S.: Ao escrever o texto, parti do pressuposto de que és fumadora. No caso de não corresponder à verdade, peço-te que não leves a mal as alusões directas à tua pessoa, e que as consideres a título hipotético.

Anónimo disse...

Para JS de 21 de Fevereiro 13:44

Claro que não levei a mal as alusões feitas á minha pessoa. E deduziu mal, na verdade não sou nem nunca fui fumadora. Diz que toda a vida é um dom de Deus, pois tem toda a razão já que foi Ele que no la deu. Que devemos preservar a saude e não fazermos desvios, se Deus faz parte da nossa vida. Concordo com tudo isto, mas digo mais, não me considero melhor ou pior que ninguem, desvios graças a Deus nunca fiz, mas a saude é fraca. É a que Deus acha que devo ter, uma vez que tenho uma doença crónica, sem cura e progressiva. Também nunca perguntei, porquê a mim? Essa resposta tê-la-ei um dia quando partir. Penso sim que, se tenho a doença é porque Deus me vê com forças para a suportar, e talvez através de mim outros que se seguem percebem que a vida é para continuar. Mas como entendo Jesus unica e exclusivamente como fonte de puro amor, não entendo o conceito de pecado. Deus Gosta de nos ver felizes, Ele não é o recriminador que está sempre á espreita para nos punir. Ensinar, com sinais que nos envia acredito, os quais são é dificeis de perceber. Mas a punição,não é assim. Essa maldade é coisa nossa dos humanos. Eu amo a Jesus, sem Ele a minha vida não tinha sentido. Mas é um Jesus CHEIO DE AMOR, CARINHO, que me limpa as lagrimas quando teimam em cair e me faz sorrir quando a vontade é chorar. Fico triste com muitas coisas que vejo na igreja, e isso sim revolta-me, porque não vejo respeitar a Deus, vejo cumprir a vontade dos que pensam ser donos dela. Posso dizer que tenho uma familia abençoada por Deus, e sou Feliz

Confessionário disse...

essa do tabaco... humm

Anónimo disse...

Este seu confessionário fez-me muito bem....Aprendo sempre que é preciso crescer na fé, ver para além das pessoas da Igreja, que nem sempre estão isentas de defeitos, como qualquer um...Que Deus o ajude neste apostolado, e seja sempre a sua força. Como diz um médico meu conhecido e que tem sofrido bastante pela sua família "a vida nem sempre é um mar de rosas"....mas os espinhos também fazem parte dela. Ser pároco, é a alegria e a cruz de mãos dadas....

Lídia disse...

Gostaria só de deixar a minha opinião relativamente ao fumar. Acho que o fumar, tal como qualquer outro vício, droga, alcool, pornografia, etc, são condenados na medida em que ao não passarem sem ele tornam-se escravos do mesmo, ou seja, o vício passa a ser o seu Senhor. Ora, como disse Jesus, só deveremos servir a um Senhor, Cristo!!!!

Anónimo disse...

O texto está demais! Eu acho que além do peso de consciência da intenção da asneira lá no subconsciente, subida ao consciente pela pergunta do padre, ainda têm a somar o facto de terem tido vergonha de admitir ao padre as suas verdadeiras intenções :)) até porque isso podia distorcer a imagem que um padre pelo que leio, tão carismático entre o seu rebanho, tem de mim enquanto paroquiano.
Falando a sério... por vezes não é só a intenção que impede a comunhão é o sentimento que se experimentou, talvez o sentimento chegue a pesar mais do que a intenção. Pois é ele que arrebata o coração e deixa um gosto smi amargo por algum tempo.

Confissões a Jesus disse...
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Confissões a Jesus disse...
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Confissões a Jesus disse...
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Confessionário disse...

Confissões, nós somos humanos e distraímo-nos facilmente. A mim tb me acontecem coisas parecidas com as tuas. Apesar de nos devermos esforçar por nos concentrarmos, tb não devemos ser tão preconceituosos ou minuciosos, que nos deixemos afectar por essas pequenas coisas. Deus está a olhar mais para o teu coração que para elas.

Confissões a Jesus disse...
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Confessionário disse...

Ó "Confissões", quando quiseres, tens o meu mail bem visível do lado esquerdo do blogue em cima, para me contactares de forma pessoal... Tu sabes a que me refiro!
bj

Anónimo disse...

Sim, claro confessionário. Talvez já tenha amenizado. Não hesitarei posteriormente se for necessário e agradeço.

Anónimo disse...

A asneira maior não é aquela que toma recorte na palavra inadaptada ao lugar, hora e situação. A asneira muda pode ter muito potencial mas será inócua enquanto se mantiver naquele estado. No meu caso, a asneira que mais me sai sai no recato do meu lar e por ali se fica. Se eu com a asneira, de quem me sinto mãe, partilho esta intimidade, parece-me bem. No entanto o Senhor Padre ao ter puxado para aqui este tema, enrolando-o com a da comunhão pôs-me a cismar. Será a “asneira discreta" pecado a submeter a confissão? Causa-me desconforto repetir a asneira entre dentes e entre paredes; dita em confissão como um duplicado mais perceptível da versão original não é pecado? Contará a original e o duplicado como um ou mais pecados, tantos quanto as cópias, ou haverá atenuação?! Mas diga lá, qual o verdadeiro mal de dizer uma asneira, e porque será asneira “bullyinguizada” nestes moldes…? Quantas asneira não são “bengala” dos seus titulares? É bonito tirar a bengala a um coxo e a um cego? Lastimo que nem todos pensem assim, como eu, mas tenho muita esperança que isso ainda venha a acontecer, embora ainda não consiga precisar o meu pensamento.Mas a mudança leva caminho.Vê como são as palavras...? Pensei escrever uma breve uma ou duas linhas, mas depois… entusiasmei-me! Como diz o povo "Não há fome que não dê em fartura". E é assim!


Confessionário disse...

07 junho, 2021 18:04

em algumas zonas do nosso país, os padres enchem a boca deles como os restantes cristãos!
A asneira só é pecado, por si, quando é dita para ferir alguém... nas restantes ocasiões, é mais uma falta de educação!