Volta meia volta alguém se dirige a mim com as palavras do costume para contar aquilo do meu colega A ou B, o da terra vizinha geralmente, ou aquele que tem muita idade ou aquele que, sabe, ouvi dizer na televisão ou li no jornal. Quando querem dizer mal, que é a maioria das vezes, vêm com cara de enigma, assim com o rosto meio de lado à espera de perceber a nossa reacção. Os olhos também vêm de lado, para o mesmo. Boca igual, para se ouvir apenas numa direcção, para que ninguém dê conta quem é o autor de tamanhas palavras. Mas a verdade é que há um certo gozo escondido quando se ouve falar mal de um colega. Isso faz-nos sentir melhores. Como se a comparação com alguém débil nos faça sentir menos débeis. Isto é uma treta. Vai-se a ver, é o mesmo que nos acontece inversamente a nós. E às vezes pactuamos com a conversa, e damos opiniões de como deveria ser, como seria melhor, como eu faria ou faço. Como se essa fosse a balança ou a medida da bondade. Bem palermas que somos nessas ocasiões.
Quando querem salientar algo de belo e bom que um colega faz, vêm airosas, desafogadas, como os ardinas a tentar vender o jornal. Na ocasião esforçamo-nos por dizer que sim com a cabeça, mas alertar para alguns senãos. A cabeça fala uma coisa e a boca coloca reticências, pontos de interrogação. Podemos não dizer, mas pensamos sempre que o que ele quer é envaidecer-se. Como se o sucesso de um colega colocasse em risco ou em causa a nossa acção. Isto é uma treta. Vai-se a ver, é o mesmo que nos acontece inversamente a nós. E isso não é ser Igreja. E isso não é ser comunidade. Isso não é ser Corpo Místico de Cristo.
Hoje quero apenas alegrar-me com o sucesso do meu colega que vai editar um livro, e se amanhã me vierem dizer mal de um colega, vou esforçar-me por repreender quem o fizer.
Afinal quero fazer parte desse Corpo Místico de Cristo.
Quando querem salientar algo de belo e bom que um colega faz, vêm airosas, desafogadas, como os ardinas a tentar vender o jornal. Na ocasião esforçamo-nos por dizer que sim com a cabeça, mas alertar para alguns senãos. A cabeça fala uma coisa e a boca coloca reticências, pontos de interrogação. Podemos não dizer, mas pensamos sempre que o que ele quer é envaidecer-se. Como se o sucesso de um colega colocasse em risco ou em causa a nossa acção. Isto é uma treta. Vai-se a ver, é o mesmo que nos acontece inversamente a nós. E isso não é ser Igreja. E isso não é ser comunidade. Isso não é ser Corpo Místico de Cristo.
Hoje quero apenas alegrar-me com o sucesso do meu colega que vai editar um livro, e se amanhã me vierem dizer mal de um colega, vou esforçar-me por repreender quem o fizer.
Afinal quero fazer parte desse Corpo Místico de Cristo.
15 comentários:
ó sr. pe.
convenhamos que todos nós temos momentos de pouca felicidade. tenho de dizer-lhe que, por vezes, aqui o seu colega da terra insiste em algumas palermices. e ao contrário do que ele tenta fazer passar, há ali muito de narcisista. diria mesmo que assume formas distintas de tratamento para igual circunstância. e fico-me por aqui.
tudo bem, todos temos de cumprir o que temos de cumprir, mas se calhar, e com isso apremder /crescer. no entanto, julgo que em vez de negarmos de imediato o que o nos é dito, simplesmenet devemos fazer silêncio e pensar detalhadamento no que nos acabaram de dizer.
ou será que todas as pessoas à nossa volta são boas ou todas são más?
eu sei que é muito mais agradável ouvirmos coisas boas, mas os nossos amigos dizem-nos as verdades com doçura.
nem 8 nem 80. devo dizer que não sinto prazer em referir isto do dito padre, sinceramente lamento e por vezes tenho vergonha por ele em alguns momentos.
poucos padres são padres. gostam de protagonismo e de fazer "carreira" como funcionários da Igreja e não testemunhas de Cristo. é pena mas é assim.
Olá
Boa Noite,
Acho que não percebi a mensagem transmitida.
E daí o facto de não ter gostado, sei que não tenho de gostar nem deixar de gostar, sei apenas que venho aqui muitas vezes, para procurar algum alento (se é que isso é possivel), para a minha caminhada pessoal em Cristo, principalmente na igreja.
Sabe melhor que eu que o Corpo Místico de Cristo é composto por seres humanos que erram, falam mal, mas também se arrependem.
E quer acredite ou não, falta muita, muita humildade, nos nossos padres católicos.
Falam dos ensinamentos do Mestre como se o conhecessem, auto intitulam-se escolhidos por Deus.
Agem como leigos.
Só para concluir, uma pessoa que por norma não comenta o comportamento dos outros, também não o faço com o padre.
Uma bela lição de humildade.
Beijinho
Maria
o que todos nós sentimos com a opinião boa ou má do outro, revela sempre o nosso lado humano, que irá influenciar a nossa disposição e em relação ao outro, julgo que os Padres nos seus sentimentos terão de procurar também forças extraordinárias para resistirem a todas essas "tentações" do "nosso" mundo. Com a minha idade, 39, 2 filhos 13 e 14 anos, casado há 18, e dou catequese há 3 anos, com a profissão de padeiro, posso bem dizê-lo, sem bem o que é ser tentado por essas provações, nas opiniões sempre muito rápidas e concisas da minha esposa, quer em relação á Igreja, ou dos vários padres que conheço. Força, rezo por si e que a graça de Deus o acompanhe nesses momentos de reflexões. Luis Lopes.
Estou com a Maria: "uma grande lição de humildade"
Queira Deus guardá-lo sempre com essa vontade!
Só não entendi o anónimo de 30 Abril, 2011 00:00
O que é que ele queria?!
Se o senhor padre conseguir levar isso à séria todos os dias da sua vida, ainda o vamos ver beatificado e canonizado, como o Karol!
Devíamos ser todos assim com os nossos colegas.
Mas isso nao apetece, pois nao?
Adorei, amigo.
Podia nao comentar, mas quero entusiasmar-te a continuar. Não deixes de nos escrever!
An.
E quando alguem não entende "algo" que o Padre faz ou diz... e procura aconselhamento na paróquia vizinha?
Isso, é uma atitude má?
Olá, amiga Filha de Maria,
Procurar um padre para auxílio, seja ele qual for, nunca é mal. Como se costuma dizer, Deuz faz as coisas como quer.
Tb não sou de opinião que os meus paroquianos não possam ir a outras paróquias, nomeadamente à Missa; embora seja muito importante o crescimento em comunidade!
Mas podes crer que essa tua ideia pode levar a uma pequena inveja do teu pároco... não sei bem, mas...
beijitos
As Saudações em Jesus e Maria. Gostaria que adicionassem o blog Sinais no Céu ao vosso. Também já vos adicionei. Obrigado
Aguardo a Vossa Visita e Carinho em Cristo Ressuscitado.
Obrigado que o Imaculado Coração de Maria derrame sobre vós as Suas maiores Graças Santificantes.
Os padres têm invejas. É feio. E são vaidosos. Também é feio. E não gostam de agradecer. Também não é virtude. Só uma minoria foge à regra. Se os Srs Padres que por aqui passam reflectirem um bocadinho vão reconhecer que tenho razão. Por isso amigo Confessionário, amen só por razões corporativas, não. Definitivamente, não!
Amigo Pe. "Confessionário";
"uma inveja do meu pároco?"
Vamos colocar a questão de forma diferente.
Se o Pe. recebe alguns paroquianos com um sorriso e conversa com eles, e com outros isso não acontece.... não será isso, laços de amizade? Os restantes paroquianos não se devem sentir menosprezados, nem inferiorizados... não acha?
Filha de Maria s/ login
Cada paroquiano, não pode escolher assim o Padre que quer para seu confessor e/ou director espiritual?
Não é também aqui, importante que haja um sentimento de "confiança", em quem dirige a nossa alma?
Ó padre amiguito... esta sua questão, levantou muitas questões em mim...
Beijinho fraterno
Gostei tanto do seu texto... quando um padre cresce, crescemos sempre com ele! Nunca se esqueça disto.
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