No céu também se morre
A água deixa de ser água para ser fonte
A terra deixa de ser terra para ser húmus
O fogo deixa de ser fogo para ser paixão
O ar deixa de ser ar para ser eternidade
Tudo deixa de ser para se tornar a ser
Não sabemos, aqui nesta casa de pedra,
Amuralhada com flores sem raízes,
O que o céu esconde, por detrás
das nuvens imaginárias nos nossos sonhos.
Mas sabemos que deixamos de ser cada um
para sermos um ou mais que um num só
Afinal,
e sem final,
No céu também se morre.
4 comentários:
que bonitinha.,essas coisas lida vindo de ti. Esta azul tua imaginação.
Perfeição nos andas das palavras.
gostei desta parte, ...o fogo deixa de ser fogo e vira paixão. E as cinzas???as lembranças a saudades que se derrete nas aguas da chuva, como lagrimas wue desce dos olhos com ardor da fumaça...
Bom dia Sr. Padre.
Simplesmente belo! Um dos seus melhores poemas que, como toda a sua poesia, merecia estar editada em livro.
Ailime
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