quarta-feira, dezembro 09, 2015

Queres e eu queria

Vens até mim e eu não te chamei. Bates-me à porta e eu não sei abrir. Queres entrar e eu não tenho espaço. Queres visitar-me e eu não sei estar. Queres estar comigo e eu não sei parar. Queres falar e eu não sei atender. Queres animar-me eu não sei sorrir. Queres dar-me a mão e eu não sei se dê. Queres abraçar-me e eu não sei que é. Queres amar-me, e eu não sei amar. Queres salvar-me e eu não sei viver. Queres sempre sem desistir. Eu resisto sem agradecer.

10 comentários:

Anónimo disse...

Nossa... Que texto mais angustiante. Senhor padre não precisa abrir nada para ninguém. Mantenha teu coração e sua cabeça onde estão. Não caminhe, nem se mova. Simplesmente se mantenha firme nas tuas verdades. Não sei. Qual foi a causa deste texto angustiante que o amigo escreveu. Mas a única coisa a escrever aqui é SE MANTENHA FIRME EM SUA PRÓPRIA TERRA. É assim o meu lema. Como todos me dizem, ''você é de titânio.'' Seja firme e duro como uma montanha. É como falo: Vai cantar no teu terreno, porque eu sou rainha do meu.

Anónimo disse...

Ó Coruja

Pois eu não vejo como tu vês este texto.
A mim parece-me antes uma oração de quem quer Deus na sua vida e acha que não merece!

Anónimo disse...

Anônimo 9 dezembro 2015 21:05

Sim, eu tirei na minha cabeça duas respostas. Então pelo jeito fui pela errada. Lol ah...Todo mundo comete uma burrice de vez em quando. Lol rsrsrs. Faz parte de ser humano. Desculpe...

Paulina Ramos disse...

Bom dia,
"A mim parece-me antes uma oração de quem quer Deus na sua vida e acha que não merece!" a mim parece-me o mesmo.
Padre,
O Deus que está em mim leva-me até ti, esta mensagem bate de mansinho à tua porta, preciso estar com alguém para não me sentir sozinha, arranja um espacinho para mim, preciso que me atendas, preciso do teu sorriso, por favor estende a tua mão e toca na minha, abraça-me forte muito forte para que eu sinta como é, ama-me, salva-me não me deixes desistir... Hoje, hoje mesmo, parece que o mundo caiu sobre mim...
Não desistas de mim a partir de agora que eu tanto precisarei de ti.

Anónimo disse...

O primeiro passo é de Deus e é dado em direcção a ti. E o segundo e o terceiro também. Deus não quer, quer-te. A ti. Sempre. Não o convidas, não sabes estar com ele, não lhe abres a porta, não o reconheces, não lhe retribuis, mas ele continua a bater à tua porta, à tua janela, com o dedo fincado na campainha, porque nunca desiste de ti, de te fazer sua morada. Tudo e todo por ti, em acto de amor. Apesar de tudo.

Anónimo disse...


“Não sei … abrir, estar, parar, atender, sorrir, amar, viver...”

Tanta coisa que não sabemos e que poderíamos aprender através d’ Ele se deixássemos de lhe resistir e abríssemos de par em par as portas do coração, o que também não sei fazer.

Anónimo disse...

Sábias e Verdadeiras Palavras!
Realmente Deus procura-nos sempre e chega até nós de tantos modos. Só que estamos tão ocupados com a "nossa vida" que, na maioria das vezes, nem damos pela Sua Presença.
Eu acho que não é que nós não queiramos Deus na nossa vida: a maior parte de nós quer. Mas muitas vezes queremos um "deus" feito à nossa medida, que faça e concretize o que nós queremos, quando, onde e como nós queremos; um "deus" que mais parece um comerciante tipo "tu dás-me isto e eu dou-te aquilo".
Falta aquela entrega total e incondicional, o atirar-se no escuro, aquela confiança absoluta proporcionados por uma Fé firme.
Acho que foi Santo Agostinho que disse: "A fé é acreditar naquilo que não se vê, e a recompensa da fé é ver aquilo em que se acreditou.

Anónimo disse...

Às vezes até damos pela sua presença, queríamos é que se mostrasse mais actuante na altura dos apertos que é precisamente quando ele se mostra mais discreto. Estou-me a lembrar daquela da travessia com os discípulos. Jesus deita-se, reclina a cabeça na almofada e cai um sono profundo. Sobrevém a tempestade. Os pobres discípulos geladinhos, apavorados, com a água à altura da cintura, noite escura, o bramido do mar e do vento, o barquito a abanar por todos os lados, prestes a afundar-se, todos em risco de afogamento, sem rádio, balsas, foguetes sinalizadores ou colete salva-vidas, só com Jesus e mais nada.
E este? Continua a dormir o sono dos justos. E foi preciso chegar às últimas - o que sugere que Jesus tinha mau despertar ou não era grande mareante – para os discípulos se viraram para Jesus e lhe gritaram: “Ó tu que aí dormes, tanto se te dá como se te deu, que morramos todos afogados?”, ou, o que vai dar quase ao mesmo: “Mestre, não te preocupa que pereçamos?”
É então que Jesus acorda. E com toda a calma, como se tudo estivesse já controlado, espreguiça-se e fala imperiosamente aos ventos e aos mares. De repente tudo pára. No fim, repreende os discípulos espantados: “Porque estavam com tanto medo, ainda não têm fé em mim?”
Porquê, Senhor??? Não te é óbvio????
É bem verdade que ainda nesse dia tinha feito uns quantos milagres, mas diacho foi a aflição quem falou mais alto. E se Jesus sempre estivera mesmo ao lado, se podia, se lhe era fácil, se se importava, porque deixou transparecer o contrário, porque deixou as coisas chegarem àquele ponto, porque dormiu durante a tempestade?

Confessionário disse...

Coruja, deixei mail no teu correi, mas ele foi devolvido

Anónimo disse...

Depois de ler várias vezes parece-me antes uma oração de quem quer e tem Deus na sua vida, e sabe ver e reconhecer as suas fragilidades e as suas capacidades e abre o seu coração a Deus.