quinta-feira, agosto 28, 2014

nascer [poema 22]

Cinco crianças de mãos dadas
Brincam no alvor da praia.
À sua volta as areias não param
Nada as olha, são livres.
Não pensam se há olhares sobre elas.
São puras, genuinidade do ser.
Hoje queria ser a sexta criança,
Ser livre na imensidão dos olhares
Que se cruzam com as vidas
Emaranhadas nos lençóis de água.
Voltar ao Teu ventre,
Nascer dentro de Ti,
De mãos dadas com os que nascem
No âmago de Ti.

4 comentários:

Anónimo disse...

Boa noite,
brilhante, lindo mesmo.
Bjs

PR disse...

Bom dia!
Também eu queria muito "Ser livre na imensidão dos olhares", mas há olhares contaminados e nada nesses olhares é puro.
hoje "a sexta criança," fala-me do que os outros ignoraram, fala-me de um amor maior... fala-me tão somente do que perdi quando finalmente cresci.
A praia hoje disse-me que me queria abraçar nas ondas que vão e voltam... sempre.
Hoje o Mar estava lindo à minha espera, descalça caminhei na praia pude sentir deveras o sabor do sal...
A praia hoje estava Formosa de nome e de essência.
Tão lindo e "arrebatador" este teu poema.
Ao lê-lo apreendo uma profundidade de alma que não consigo descrever.
PR

Anónimo disse...

Obrigado pelos seus poemas. São mais complicados que os textos prosa, mas fazem pensar muito. Continue

Anónimo disse...

Era bom ser livre!...
Mas as amarras de Deus, libertam-nos para o infinito do Seu Amor.
Creio que, nada nos pode prender a quem tem Deus no seu coração.
Que bom seria, voltar a ser criança.
Mas o passado, passado!...
Amigo, nunca te libertarás dos olhares que gritam dentro de ti. Quem, como Deus?...
Boa noite.