terça-feira, fevereiro 26, 2013

o verdadeiro amor

A Vanda, que trabalhava na cozinha do Hospital, descobriu há dois anos que tinha um cancro. A vida parou. Mas ela decidiu não parar. Pelo contrário, decidiu acelerar. Vou aproveitar a vida ao máximo, dizia. Como se o máximo estivesse naquilo que nós queremos e não naquilo que é uma vida com o máximo sentido. Por isso decidiu deixar o emprego, deixar o marido e os filhos, deixar a vida do dia-a-dia. Sempre que o tempo o permitia, passava-o junto à piscina. Quando vinha a noite, e se esta lho permitisse, passava-a na noite. Juntou-se, e com ela o seu corpo, a outro homem, um médico lá do hospital. Afastou-se dos amigos e não quis saber nem o que eles nem o que o comum dos mortais pudessem pensar ou dizer. Mesmo os filhos. Mesmo o marido.
Há dois meses, porém, a Vanda iniciou uma fase terminal. E o João, que era o marido, sem mas nem meio mas, foi busca-la para casa, para morrer junto dos que eram verdadeiramente dela e a amavam. Ele e os filhos. A Vanda acabou por falecer nos braços do grande amor que o João lhe tinha. Um amor que não se importou com a sua queda, com o seu pecado, com o seu virar de costas, com a sua escolha. É assim o verdadeiro amor que não olha senão para a pessoa que escolheu amar, que a ama porque isso lhe sai do coração e não porque saia de qualquer interesse ou contrapartida. Foi assim a história que costumamos chamar de Filho Pródigo. É assim que infinitamente nos ama Deus. Nós escolhemos os nossos caminhos, caímos, viramos-lhe as costas, e Ele escolheu amar-nos.

24 comentários:

Anónimo disse...

Muito bem escrito. Como sempre. Felizmente, o caso que contas é mais do domínio catequético /ficção! Cada vez mais as pessoas têm consciência de que o cancro não é uma sentença de morte e que pode ser vencido se o pegarmos pelos “cornos”.
Numa altura em que a vida me corria bem, sem qualquer tipo se sintoma, “tropecei”, num exame de rotina, com um cancro no fígado. Diagnosticaram-me 6 meses a 1 ano de vida. Fui transplantado, já lá vão 3 anos, e ainda cá ando. Espero eu que por muito mais tempo.
Confessionário, preferia que a tua estória tivesse acabado com o regresso da Vanda ao seio familiar e com uma lição de vida para contar aos filhos. Infelizmente, também há casos como os que contas, mas penso que são a minoria.
Da minha parte, fica um abraço muito forte aos que possam estar a passar por momentos destes e a certeza de que Deus, com a nossa ajuda, antes de chamar o Filho Pródigo, tenta outros caminhos.

Confessionário disse...

Olá, anónimo de 27 Fevereiro, 2013 11:59
Esta história é verídica. Aconteceu. Foi-me contada e, assim que a ouvi veio-me logo à ideia a forma de Amar de Deus!
Não é, portanto, ficção!

Engraçado como tanto nesta história como na do Filho Pródigo temos sempre a tentação de colocar o assento na pessoas que se afasta, e não tanto na pessoa que é capaz de amar desta forma! A parábola devia, inclusive, ter outro nome, mais ou menos do tipo " O Pai que ama".
Mas tb reconheço que gostaria mais que, pelo menos, a vanda tivesse regressado a casa pelo seu próprio pé.

Anónimo disse...

Por qual razão as pessoas que MAIS AMAMOS são as que MAIS MAGOAMOS? Interessante reflexão em http://www.universidadedavida.com.br

Anónimo disse...

Bela imagem do amor, terreno e celestial. O estádio do amor pleno. O amor que não desiste, mas resiste. O amor que nada cobra, não se recusa, nem nunca se resigna. O amor como abandono de si próprio, em prol do outro. O amor que é procura e encontro. O amor que é pura dádiva. A voz que diz, “Andes por onde andares, aconteça o que acontecer, eu só vejo a tua essência. Estou sempre aqui, para ti. Dá-me a tua mão. Repousa a tua cabeça no meu peito. Confia. Podes construir em mim a tua casa, o teu lugar”. É, pois, um amor que purifica, redime e liberta, tanto quem ama como quem assim é amado. E, por ser prenhe de sentido, preenche e completa a vida.
Este amor, embora finito, é-nos pedido por Deus, e, cruza-se, na sua substância, com o próprio amor que Deus nos oferece: «O homem é redimido pelo amor. Isto vale já no âmbito deste mundo. Quando alguém experimenta na sua vida um grande amor, conhece um momento de ‘redenção’ que dá um sentido novo à sua vida. Mas, rapidamente se dará conta também de que o amor que lhe foi dado não resolve, por si só, o problema da sua vida. É um amor que permanece frágil. Pode ser destruído pela morte, O ser humano necessita do amor incondicionado. Precisa daquela certeza que o faz exclamar: “Nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separa-nos do amor de Deus, que está em Jesus Cristo, nosso Senhor’ (Rom 8,38-39)», in, Papa Bento XVI, Carta Encíclica “Spe Salvi”.É um amor exigente.

Anónimo disse...

Boa tarde!
Achava eu que já tinha perdido a capacidade de chorar e quase sem me dar conta ao ler esta mensagem estou a chorar.
Não falo de lágrimas que caem fruto da emoção de ler algo bonito, falo de uma dor que de tão intensa encontra nas lágrimas a sua única forma de expressão.
A minha história não se assemelha à da Vanda a não ser no amor que "...ama porque isso lhe sai do coração e não porque saia de qualquer interesse ou contrapartida..."
E neste caso eu posso afirmar, porque falo na primeira pessoa, que o meu "sentir" em relação ao outro não vem de mim, pois se viesse de mim já teria partido.
Nesta história que ainda não terminou, fui eu quem escolheu ficar.
Queria partir, às vezes sonho que parti.
Mas percebi que tinha que ficar para amar não com o meu coração mas com o coração daquele que me ensinou a amar.
Não me deixa partir uma profunda compaixão e a certeza de que se eu virar as costas alguém se destruirá mais rapidamente do que enquanto eu estiver por perto.




Anónimo disse...

Anónimo/a de 27/02 – 15:17
A tua história enterneceu-me mais do que a do João/Vanda. Apesar de triste, é muito bonita, porque dás um amor que já não tens, e vais “abastecer” a outro lado. Quem me dera poder passar-te algum consolo e alguma esperança. Posso-te dizer que nunca fui casada, mas em tempos, vivi uma situação semelhante à tua. Nessa altura, também me senti assim, encurralada, presa num beco sem saída, sem chão, sem ar, sem norte. Mas, sobretudo, sem a coragem necessária para suportar a dor da culpa do que poderia vir a acontecer ao outro, se eu partisse. A tragédia futura que me foi antecipadamente anunciada. Fui ficando. No meu caso, não foi pela nobreza do sentimento da compaixão, mas, como viste, por pura cobardia. Fiquei, até ao dia em que me apercebi que, se continuasse a ficar, deixaria definitivamente de ser eu. E, então, decidi partir. Já passou. Sei que nem sempre se pode ter esta liberdade. Nem sempre esta é a melhor escolha. Não te estou a dizer para partires, mas apenas que há sempre um jeito. Não desistas de buscar a melhor forma de lidar com a situação. Procura ajuda junto de pessoas de confiança. Não hesites em recorrer a pessoal habilitado. Abre o teu coração a Deus, que com a certeza virá em teu auxílio.

Anónimo disse...

Anónima, 27 Fevereiro, 2013 19:30
OBRIGADA pelas sua palavras.
Mais uma vez estou a chorar, (isto está a tornar-se demasiado comum para o meu gosto.
"...sem a coragem necessária para suportar a dor da culpa do que poderia vir a acontecer ao outro, se eu partisse..."
Pois é isto mesmo e para mim agrande questão é mesmo esta.
Será que eu tenho o direito de partir, para eu ficar bem fisica e psicológicamente, sabendo que a pessoa com a qual tenho um compromisso diante de Deus e dos homens, pai do meu filho se auto destroi?????????????
A vida foi madrasta para ele, e ele incapacitado de lidar com as próprias frustações afastou-se de Deus e da igreja, arranjou alternativas que o destroem a acada dia que passa.
Não aceita falar da dependência, não a reconhece não a aceita.
Já procurei ajuda junto do médico de familia. Não resultou.
Coloco-me muitissimas vezes a questão: Que faria Jesus Cristo no meu lugar?
Partia?
Ficava?
Não faço a menor ideia.
Actualmente e oporque não consigo vislumbrar uma alternativa que seja, entrego-o no altar de Deus.
E rezo desta forma:
Senhor!
Acabaram-se as palavras,
E não sei mais o que fazer.
Por isso
Entrego-me nas Tuas Mãos.
Recebe-me Senhor...
Vaso quebrabo...
Pó muito fino...
Um suspiro Teu e já era...
Se achares que vale a pena
E,
A partir deste pó
Deste nada que sou eu...
Molda-me!
Faz-me de novo!
E...
Então,
Enche-me somente com o
Teu Espirito de Amor.

"...junto de pessoas de confiança..."
Quando se está longe da terra que nos viu nascer, longe da familia, depois de nos sentir-mos traídos pelas pessoas que julgávamos de confiança, dificilmente muito dificilmente se volta a abrir o coração a alguém.


Peregrino disse...

Obrigado amigo e Irmão....

...è isso... o Amor... “...é paciente… Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” 1Cor 13,4-7

Unido em oração....

HD disse...

Uma bela história de Vida...

Ana Melo disse...

A outra maneira de ver a coisa!!

Como eu compreendo a Vanda.

Compreendo os que resolvem largar tudo. Admiro muito os que resolvem ficar. Nenhuma das decisões é caminho fácil.

A Ana, é uma mulher como outra qualquer, por volta dos 25/26 anos, numa manhã em nada diferente das outras, acorda (as hormonas femininas dão às mulheres ciclos de incha e desincha) com uma das mamas, não “desinchada”!!!! Oh diabo!!! Qualquer coisa não está bem!!?Pode ser que passe!! Mas não passa!!

É preciso pedir ajuda, a Ana não gosta de médicos, não fuma, não bebe, mal come para não engordar, a Ana “jejua” de tudo, e todo ano, a palavra definitiva de personalidade da Ana é não, não, não…………..mas sim! a Ana tem de mostrar isto a um médico.

Muda-nos a vida, outras questões nos são impostas, não vivemos sozinhos, nem é tanto a família, que já nos conhece os jeitos – esta não pode nunca dar atenção demais - porque senão a veia! Malcriada vem ao de cima, e as expressões como; a “doença” não é nas mãos! nem nas pernas! nem na cabeça – assumem tom, do não me chateiem!!

Mas na cabeça da Ana o namoro de 5/6 anos, é um “verdadeiro” problema. Tantos castelos que têm de cair! Na cabeça da Ana o que melhor resolve a “situação” é fazer um intervalo na vida amorosa…. a Ana não quer “penas”, não quer e não sabe dar explicações (não pensa nas explicações que o namorado têm de dar a outros) e as coisas começam a descambar.

(se a Ana, tivesse deixado a intimidade para depois do casamento! como manda o namoro católico, o caso seria mais parecido com o da Vanda! mas a Ana não é de casamentos, é de namoros longos - o casamento está guardado para o homem perfeito)

Se a vida fosse de botão!! A maior parte de nós desligava-o numa altura destas.
(continua)

Ana Melo disse...

A Vanda foi à procura de “Deus” por um caminho mais longo, mas eu consigo “Vê-lo” no percurso.

Para a Ana tudo passa por deixa-la sozinha, ela quer ESPAÇO, SILENCIO, E TEMPO, a Ana quer DEUS rápido.

Os próximos, pelo contrario, com as suas preocupações/opiniões/soluções, “querem ver as mamas, ajudar e apoiar”, querem que os nossos minutos sejam passados, nas filas dos hospitais na procura dos melhores especialistas (se os do país não chegarem, temos também de ir ao estrangeiro, que as auto estradas passam perto).

São processos que levam meses, anos, desgastam, tem de ser feitos reajustes na caminhada, temos de parar, temos de fazer alguns lutos, deixar morrer algumas sementes para que fruto novo surja -é confuso este processo – mas necessário nos é nascer de novo.

Se nalgum momento, não nos ZANGAMOS, até o direito de decidir se queremos todos os tipos de tratamento, nos é questionado, toda a gente tem opinião. Tendo a certeza que se houvesse a cura milagrosa de uma semana, qualquer um de nós a aceitava imediatamente, e tudo se mantinha perfeito.

É muito claro, nas cabeças da Ana, da Vanda e de muitos outros, a expressão do “ tudo passa”, e realmente e passa, uns morrendo, outros definhando, e outros curando, mas nós queremos que passe tudo depressa, queremos a nossa vida de volta - mas nestas coisas não há pressas – tudo tem de ser vigiado muito analisado, e mesmo que desta se resolva, é bom não voltarmos a erguer muitos castelos, porque o mais certo é que volte tudo ao principio (faça-mos a festa porque o filho voltou). Portanto entre perdas e ganhos, a Vanda ainda viveu um romance , ainda se sentiu desejada, ainda se deixou amar, em principio sem cobranças, sem medo de partir (porque coisa adoentada parte com facilidade). Bom!! Porque os nossos olhares têm sempre condenação – procuremos o olhar de Deus , que não condena, pelo contrario acolhe-(que não deixe-mos todos de viver os amores adultos e responsáveis que connosco se cruzem no caminho).

A Vanda morreu, a Ana está bem,( também porque nunca chegou a ser nada de mau) no entanto a mama teve de ser ”desinchada” à força. Continua desinteressada, pouco quer saber de vigilâncias, continua a achar que se lhe doer, procura o médico, e depois logo se vê.

Também o namoro não resistiu, entretanto “outro” completamente externo ao período conturbado, lhe despertou a vontade, de voltar a viver emoções mais “frescas”. Também não tem tido qualquer cuidado em selar nenhuma relação, de modo a que tenha alguém que lhe faça o funeral, porque acha que é cristão enterrar os mortos, e quando alguém lhe chama a atenção para estes pormenores, ela ri e vai dizendo, que não gastem muito dinheiro com o funeral, que ela não gosta de festas!!!

Mas agora, Há uma coisa que me preocupa!!! Cresci a pensar que corpo e alma eram distintos, pelo menos na hora da morte, mas agora a explicação para este mistério não os separa nunca (tenho de interiorizar isto melhor). Já tinha previsto começar poupar no creme das rugas, mas devo adiar mais um pouco esta decisão. “viver para mim é cristo, morrer pra mim é ganho”

Anónimo disse...

Só para ser diferente, Obrigadinho!

MS disse...

No período de início da minha juventude estive às portas da morte, fui salva "in extremis", não foi um cancro. E senti, sim...que algo se estava a separar do meu corpo. Nesse momento, o medo de morrer que eu sentia, desapareceu por completo dando apenas lugar à consciência da minha prestes presença,face a face,diante d'Aquele que tudo julga com sabedoria e misericórdia...Vi que o que me separava de Deus eram os meus pecados... confesso que na altura não confiei na misericórdia de Deus. O Amor Divino é muito diferente do amor humano, O amor divino em nós, vem engrandecer o amor humano, dar-lhe sentido, responsabilidade, profundidade, porque enraízado em Deus. E quanto mais cresce o verdadeiro amor, mais ele aprofunda as suas raízes, por isso, muitas vezes não se sente com os sentidos físicos. O amor apenas humano está mais preso às nossas fragilidades e fraquezas do nosso humano sentir e viver....

MS disse...

No final da nossa vida seremos julgados pelo amor. Pelo Amor Divino em nós. Quanto mais Luz de Deus tivermos em nós, tanto melhor vemos as situações, os caminhos, o nosso interior, as nossas escolhas...com os "Olhos de Deus"...e este Olhar é tão diferente do nosso olhar...Quanto mais avanço na minha vida de experiência de Deus, mais verifico que os dez mandamentos são um caminho de amor e de felicidade e não de "lei". E que a sua realidade é sempre atual. Um abraço terno a todos.

Anónimo disse...

Peregrino, esta história de Amor não te fez pensar na forma como Deus está a olhar a Igreja que a comunicação social tem falado nos últimos tempos? A mim tem-me feito pensar muito.

"o Amor... “...é paciente… Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”

Unknown disse...

Padre, suponho que,ser confrontado com uma notícia de morte iminente e de forma dolorosa, deve deixar qualquer um num estado de espírito deplorável. Será, por certo, muito difícil continuar a sobreviver a uma notícia dessas. Tudo vai depender da força interior de cada um e da sua relação com Deus. Mas também é muito importante encontrar, desde logo, amor e compreensão por parte da família e amigos. Porém, quase sempre, há a tendência para encobrir o verdadeiro estado físico e os outros acabam por se afastar, porque o próprio também se afasta.
Este caso será mesmo um caso limite em todas as suas circunstâncias. Também não foi, por certo, fácil ao marido e aos filhos providenciarem pelo retorno da Vanda. Foi, sem dúvida, um grande e último acto de amor, proporcionando-lhe aquilo que ela havia desprezado. Terá,certamente, apaziguado todo o seu desespero nos últimos tempos de vida.
Beijinho
Ruth

Anónimo disse...

Mantem-se à tona. A vida que leva não lhe assenta nada bem, nem no corpo, nem na alma. Não dá conta. O trabalho deixou de lhe servir, mas ainda o veste. Só usa dias que sejam exactamente do mesmo tamanho. Não tem tempos mortos. A agenda está preenchida de alto-a-baixo. A sua pressa é sempre mais urgente do que qualquer outra pressa. Desembaraça-se da vida, juntando cada dia gasto à pilha dos dias que ficaram para trás. Mais um. Menos um. Faz as contas ao seu valor residual. No corre-corre do dia-a-dia, segue com vários penduras. Nos poucos dias livres, partilha só consigo a sua própria e salutar companhia. De manhã, avança frenético para o que der, sem se importar com o que vier. À noite, agarrado ao controle remoto, fixa o seu olhar no da menina da TV. Enrubesce. Tem o seu momento alto. Não dá conta. Adoece. Transforma-se num enorme bloco monolítico. Cai a pique. Vai ao fundo. Parte-se. Tudo é breu. Não está bem. Dá-se conta. Pára. Toma o pulso à vida. Sente a dor. Rola uma lágrima. Quer tornar-se puro cristal. Ajoelha. Tem o seu momento com o Alto. Abre-se. Aquece. Refulge. Renasce. Emerge.

Confessionário disse...

Último anónimo, não percebi tudo. Reconheço. Faltou-me ali saber que era a pessoal tal e tal, e no tal e tal estado. Mas adorei a forma da escrita que, desculpa, é um pouco parecida à minha. Fiquei encantado com a sensibilidade, os trocadilhos com sentido, as poucas palavras para dizer muitas coisas. Gostei...

Confessionário disse...

... e acrescento: pensei muito em mim...

Anónimo disse...

Será que nós escolhemos mesmo os nossos caminhos, ou algo, seja destino ou outro nome que lhe quizermos dar é parte fulcral e decisiva dessa escolha?!
Será que a Vanda escolheu ter cancro e morrer?!
Talvez o seu afastamento dos seus fosse de certa parte para não os ver/fazer sofrer com o seu proprio sofrimento.
Talvez ela tambem se tivesse afastado por amor, ninguem sabe ao certo o que passa pela cabeça de alguem que de uma hora para outra descobre que vai perder os que mais ama e que eles tambem a irão perder para sempre e com isso sofrer.
Linda esta historia diferente da do Filho Pródigo a meu ver, porque este é amado por um amor de Pai que a todos nos é familiar e aqui é o João um marido e amor diferente que nem todos tem o previlegio de sentir nesta vida e desta forma, um amor verdadeiro que tudo perdoa em nome desse sentimento.
Eu sei e tenho a certeza que Deus nos ama mas será desta forma tão humana e carnal á nossa medida?! nahh, não me parece, Deus deve ser ainda melhor, com um amor totalmente verdadeiro mas completamente diferente que nos preenche totalmente!
Porque Deus não pode nunca amar-nos de maneira humana!!!

Anónimo disse...

Lindíssimo!

Anónimo disse...

fez a vanda muito bem ir dar umas voltas! Ganda rapariga!

Paulina Ramos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

O que faz um ser humano a ter amor pelo outro^? Esse amor não é só aquele que tira o folego e o coração dispara. E sim, o respeito mútuo, a credibilidade, a harmonia, paciência e a prestabilidade em fazer uma boa companhia, ou mesmo em ajuda-lo, nos momentos de grande precisão. Existe sim o AMOR, DE DEUS aos homens com sua infinita misericórdia, dando ao ser uma oportunidade de se refazer diante dos outros homens no plano terrestre as missões a cada um estabelecida por ELE.
E EXISTE SIM. O amor de forma afetiva entre duas pessoas contanto que DEUS vêem em primeiro lugar, a fé a esperança envolve esse sentimento lindo nos dado por DEUS. Caso Ele tem mais bonito esta bem guardado com ELE. O AMOR, nos motiva,criamos coragem em algumas ações que desconhecemos. Realmente, faz sentido as ações de quem ama alguém,nada é complicado. É nós que complicamos de forma estranha, com reações inerentes diante de certas situações. Amar faz bem.