quarta-feira, outubro 13, 2010

A maior dificuldade da Catequese hoje é...

No início de um novo ano pastoral, e enquanto os párocos, no meio de tantas dificuldades, tentam organizar a Catequese na Paróquia, veio-me à cabeça uma questão de todo pertinente. Gostava, pois, de saber a vossa opinião indicando qual a maior dificuldade que enfrenta a Catequese dos nossos dias. Refiro-me em concreto à Catequese da Infância e Adolescência, que vai do 1º ao 10º ano. Se acaso a tua resposta não se encontra assinalada nas opções, deixa aqui a tua opinião. Mais, poderás explicar aqui o motivo ou motivos para essa opção.
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deixei algumas pequenas observações às sondagens anteriores que agora estão aqui

32 comentários:

Nuno Alex F Rocha disse...

Na minha opinião o mais preocupante é a falta de formação dos catequistas.
É "fácil" arranjar uma pessoas para acompanhar um grupo uma hora por semana. Mas ser catequista é muito mais que a sessão de catequese.
Quando falo em formação, não penso apenas em conteúdos que ser apreendidos e memorizados, mas sim em para pensar, reflectir, encontrar novos rumos para novos desafios.
É imperativo, na minha opinião, que se motive os catequistas a apostarem na sua formação, é que todos ficam a ganhar,
primeiro o catequista que aprofunda a sua fé e esperança,
os catequisandos por terem quem os acompanhe rumo a Cristo de um modo mais estruturado
a comunidade que adquiri um irmão mais seguro da sua missão na Igreja

A catequese é o berço da comunidade cristã, temos de continuar a apostar na sua qualidade e dignidade, o catequista que aposta na sua formação é como aquele servo, na parábola dos talentos, pôs a render os talentos que recebeu.

Obrigado pela oportunidade de partilhar a minha opinião,
bem haja

Idalina disse...

Apesar de concordar com a opinião do Nuno Rocha votei na crise de fé nas famílias. É verdade que quando se prepara o novo ano e faltam catequistas, a falta de formação não é probloma, o problema é conseguir catequistas. É pena que assim seja mas é a realidade que temos e também é verdade que, mesmo sem formação há pessoas a trabalhar muito bem. Agora com a crise de fé nas famílias é muito mais difícil de lidar. É na família que começa a catequese e, por muito bem formado que seja o catequista seja, até pode conseguir óptimos resultados com as crianças, mas se na família não houver receptividade, todo o esforço será em vão. Não é uma hora por semana que compensa tudo o que as crianças não têm em casa.
E é uma pena que assim seja porque, como disse, há catequistas a trabalhar muito e muito bem.

Anónimo disse...

Olá
Creio, que a crise que se verifica na falta de catequistastem a ver com as transformações que a sociedade, em geral, está a sofrer, inevitavelmente essa situação reflecte-se no seio da familia.
Para falar das coisas de Deus, é preciso conhecê-LO, aquietar-se, ouvir o que Ele tem para nos dizer.
Para se falar em nome de alguém temos que conhecer muito bem essa pessoa, transmitir a "mensagem dessa pessoa" deixar de lado os nossos "acho", ou "penso"...
Esta função requer autênticidade.
E hoje em dia é raro encontrar esse atributo na maior parte das pessoas que nos rodeiam.
Graças a Deus por aqueles que admitindo as suas falhas não temem "despir-se" de preconceitos e aceitar o desafio da mudança pessoal, que se opera, à Luz da Doutrina de Cristo.
Que Deus Abençoe todos os que este ano aceitaram o desafio de dar catequese, são pessoas corajosas.
Bem hajam.

Unknown disse...

Tive de votar em 2 opçoes: a crise de fe na familia e os pais nao acompanham à catequese. Este ano ficarei afastada da catequese, apenas como observadora e coordenadora, mas tenho 10 anos cm catequista e sempre achei que quem precisa de catequese são os pais. É ve los a desfazer o que os catequistas fazem. eles não incentivam, nao procuram saber cm correu...
É o que mais desmotiva e o que cria mais entraves .

Unknown disse...

Votei em duas opçoes..:D
crise de fe na familia e os pais nao acompanham. São sem duvida o maior desafio e por vezes obstaculo ao nosso trabalho!

Anónimo disse...

Aqui no Brasil são apenas 2 anos de catequese e mesmo assim muitos começam e não terminam, e quando terminam é arrastando.. se fosse 10 anos com em Portugal, com certeza ninguem faria, não aqui no Brasil. Dois anos é muito pouco e já é dificil encontrar catequistas para esses dois anos. imagino a dificuldade para catequistas que acompanhem por 10 anos.

Nuno Alex F Rocha disse...

Também concordo quando dizem que a crise na família influência a qualidade da catequese.
Saímos de uma era, em que toda a sociedade respirava cristianismo, por isso antes a catequese tinha o nome de doutrina, e mais não era preciso, tudo o resto era vivido em família.
Mas a verdade é que agora estamos diferentes, não só os pais, os filhos, mas também nós, catequistas e diáconos (e também os padres).
Não votei a crise da família, por ser uma problema que não se resolve facilmente, já quanto à formação de catequistas está mais ao nosso alcance.
Sei para todos os que pensam na problemática da catequese do nosso tempo analisa todas estas questões. Que na minha opinião faz parte da formação do catequista.

Anónimo disse...

A falta de preparação das catequistas é MAIS que MUITA. Reconheço a sua boa vontade mas HOJE NÃO basta. Os meus filhos quiseram sair. Não lhes faço as vontades mas esta fiz. Apercebi-me que só estavam a estragar. Uma catequese doutrinal enfadonha e actividades que nem para entreter cadáveres dava.

E se os Srs Padres em vez de se enfiarem nos gabinetes pusessem mão à obra? Não seria boa ideia???? Poderiamos evitar o exodo que temos pela frente!!!

Anónimo disse...

Eu só posso escolher 1 opção??!

Eu sou opinião que se devia apostar na catequese de adultos, que inclui os pais, e assim eles seriam bom exemplo vivo do que é ser cristão para os filhos.

Penso que muitos que são cristão não percebem sequer os rituais da Eucaristia, se conhecessem os significados o porquê das coisas, iriam Eucaristia com maior entusiasmo e "sede da Palavra de Deus" assim parecem robos...

Quando ouvimos pais dizerem na frente dos filhos que não vão lá fazer nada... para que levam/obrigam os filhos a ir catequese.

:(
pc

Anónimo disse...

Para anonimo de 17 Outubro 22h22:

mude de posição ou seja calce sapatos do catequista:
na catequese temos grupos com elementos que estão lá obrigados pelos pais, por razões por vezes questináveis, basta olhar para eles para perceber que faça o que fizer eles não vão gostar;
quando se tenta fazer actividade por muito simples que seja o grupo "dá cabo da actividade" os catequista acabam por desistir e usar tal como as escolas debitar matéria;

é ciclo vicioso, se grupos catequese não estão motivados e implicaram com catequese isso reflecte-se na catequista e forma como se actua, perde-se vontade de inovar e fazer um pouco mais...
é difícil motivar apenas com 1h por semana..

Eu sábado só me apetecia arrumar coisas e vir embora e deixar grupo na sala ... perdi vontade de fazer actividades com eles, mais vale apenas rezar com eles.

Paula

disse...

Este ano deu-me para ser catequista. Estou a iniciar-me nestas lides e, por isso, manda o bom senso que use de ponderação. Mas atrevo-me a fazer algumas considerações. As crianças são amorosas e sinto nelas muita vontade de colaborar. Complicado (e absurdo) é pedirem-nos que motivemos crianças de 8-9 anos trabalhando conteúdos que exigem elevado poder de abstracção para serem apreendidos. Sem catecismo publicado, orientamo-nos, em cada sessão, por uma enorme resma de folhas que demoram imenso tempo a ler, a assimilar e a traduzir em ideias que possam de facto acrescentar sentido ao quotidiano da vida daquelas crianças. Amanhã, por exemplo, trataremos a Ascenção de Jesus e se tivermos tempo falaremos do Espírito Santo. Tudo simples, verdade? Não seria melhor começar pela base e seleccionar passagens do Evangelho que dessem a conhecer a humanidade que enche a Vida de Jesus e abre caminho à felicidade de cada um de nós?

Abraço amigo!

helena azeredo disse...

Eu também votei na crise de fé nas famílias, mas concordo em absoluto com o "anónimo" das 12:58 do dia 14 de Outubro. A catequese não é uma lição que se aprende e se ensina... é uma mensagem que se conhece e se transmite, é amor que se recebe e se dá.

Anónimo disse...

O problema da catequese é um entre muitos que hoje a Igreja enfrenta. Se por um lado, atribuímos as culpas às famílias, por outro teremos de reflectir sobre a forma como comunicamos a mensagem de Cristo Jesus. Estamos num tempo de grandes mudanças. Na Europa, o Cristianismo está a deixar de ser a religião das multidões para ser a fé de uma minoria. Mas ainda temos a mentalidade de que todos devem ir à catequese, todos devem receber os sacramentos, todos devemos ir à missa... E eu pergunto: que exemplo estamos a dar àqueles que tendem a afastar-se? Que acolhimento fraterno estamos a fazer? Com que convicção defendemos a nossa fé?
Desejo a todos os catequistas que tenham a capacidade de testemunharem a fé de Cristo junto das suas crianças e que o Senhor lhes conceda a fortaleza e a paciência necessárias para tão nobre e difícil missão.

Anónimo disse...

Fá eu também não a estava a ver na catequese mas foi por Deus. Não desista. Como tive oportunidade de lhe dizer na missa o meu rapazola anda todo entusiasmado. Só temos que agradecer.

Ana Loura disse...

Sou Catequista há alguns anos. Faço o melhor que sei, procuro na net, preparo as sessões. Já tive grupos mais e menos atentos e aprendi que basta um dos miúdos não querer que se faça seja o que for para que nada se faça. Este ano tenho pela segunda vez o mesmo grupo. Pequenino, de 14 miúdos. Suei as estopinhas com eles o ano passado, o Pároco acompanhou grande parte das sessões e no início deste ano sugeriu que eu ficasse com outro grupo. Bom, continuo com eles. Convoquei uma reunião com os Pais. Dos 14 compareceram uma Mãe e uma avó, ambas as ÚNICAS responsáveis por cada um daqueles dois miúdos, o único sustento da casa... Eu no caso das outras 12 crianças teria o seguinte raciocínio: se nem o meu pai nem a minha Mãe foram à reunião porque terei de ir à catequese? Portar-me bem? Para quê? Ontem mais uma sessão...saí de lá triste, foi um desatre. Vim à net, mandei vir material dos Salesianos na esperança de conseguir de alguma forma interessá-los. É o 5 ano. Alguém tem sugestões?

Anónimo disse...

Mas será que a Ana não merece resposta? Com tantos padres e catequistas a passar por aqui. Isto é fraternidade da pura.

Então Confessionário, nada? Olhe, se quer saber a minha opinião é esta: largue-os e as mãezinhas que os aturem.

Os padres são muito comodistas. Dizem a santa missinha onde dão uns recados para os outros cumprirem e ala que é tarde. Nunca vi nenhum a ajudar e vou levar a minha sobrinha muitas vezes à catequese. É que aquilo dá trabalho e os senhores padres só estão habituados a falar no púlpito. Não percebem?

Anónimo (pq não quero ser escomungado)

Confessionário disse...

ó anónimo último, heheheh, nunca serás escomungado. Quando muito serás excomungado. heheheh. Lol
Fartei-me de rir com a tua observação. E olha que eu nao sei se passam por aqui muito padres. Eu passo. E já tentei quase de tudo... isto para responder à Ana. Esquemas, reuniões, incentivos. Alguns resultam. Outros não.
Se for preciso, Ana, diz-me algo em concreto que eu tentarei dizer como faço. Ok? podes até dizer por mail...
E obrigado, anónimo, pelo reparo.
Tenho muito trabalho... mas ala que se faz tarde. hehehe

disse...

Tem razão anómimo de 2 de Novembro... Há muito de comodismo (e carreirismo)entre os padres.

A minha experiência de trabalho com jovens diz-me que é difícil reverter um processo continuado no tempo. Teria sido melhor começar com outras crianças tentando estudar muito bem as características individuais e perceber o modo de funcionamento do grupo. Nesta altura do campeonato sugiro, por exemplo, que invista em actividades verdadeiramente significativas para elas. Há sempre um caminho!

Bom trabalho, Ana:)

Um abraço amigo

PR disse...

A maior dificuldade da Catequese hoje sou eu mesma.
Comprometi-me no domingo passado, mais um ano...
Na reunião de preparação do compromisso manifestei o meus estado de fragilidade, perante os presentes admiti que precisava de respostas concretas, esclarecimentos... alguma orientação.
Responderam-me que temos o guia do catequista que contém as melhores orientações... Não fiquei nem convencida nem satisfeita...fiquei ainda mais apavorada.
É que há situações que precisamos partilhar verbalmente com alguém que nos ouça do lado de fora e nos oriente de uma forma isenta.
Como vou eu orientar os jovens que me foram confiados se eu não me sinto orientada?
Como faço para tentar transmitir-lhes que só unidos conseguimos ir mais longe?
Como faço para não deixar transparecer a minha descrença na igreja em que vivo a pouca fé que me assiste...
Hoje, sinto que não consigo ser fiel ao compromisso que assumi sinto uma vontade avassaladora de continuar com os jovens à margem da igreja... Agora mesmo tenho vontade de telefonar a cada um deles e dizer-lhes que o primeiro de muitos encontros vai ser à beira mar... vamos descer a "fajã dos padres" e lá daremos inicio ao nosso projecto... um projecto que nos leve mais além... ou não. Daremos as mãos e cantaremos canções compostas no momento, cantaremos o desafio de viver que nos dá a alegria e a certeza de acreditar.
Deus, por favor dá-me força para não desonrar o compromisso que assumi e se não o conseguir cumprir fielmente concede-me a coragem de desistir... Agora mesmo antes de começar.

Confessionário disse...

PR, vou-te dizer: vais no bom caminho. Leva os teus jovens à beira mar... deixa-os apaixonarem-se por Cristo. É isso a Catequese

PR disse...

"Leva os teus jovens à beira mar..." "deixa-os apaixonarem-se por Cristo."
Obrigada por esta expressão.
Pensarei muito bem, tenho ainda umas horas para decidir.
Tenho vontade de "criar" o "clube dos poetas vivos" que é o que eu acho que os "meus" jovens são... acompanhá-los tão longe quanto possível... arranjar meios de alargarem os horizontes mentais e geográficos levá-los a querer atravessar o atlântico por forma a conhecerem outras realidades a maior parte deles nunca saíram da ilha... temo no entanto que um dia me coloquem as malas no aeroporto e me despachem em tarifa económica. :(
Obrigada

PR disse...

Aqui estou eu de novo.

Tenho um aluno sobredotado, com 16 anos acabados de fazer está no 12º ano é um aluno brilhante um jovem admirável, pela postura educação, e acima de tudo pela leveza e jovialidade até agora demonstradas.
Na catequese está no 9º ano.
Está lá porque é obrigado pelos pais, os catequistas anteriores foram-no reprovando.
"Compreendo é que não se está (facilmente) à altura de uma mente assim." isto digo eu.
Interessa-se por "grandes" temas como a guerra entre a Rússia e a Ucrânia - o médio Oriente, de momento a guerra dos jhiadistas.
Acha que a guerra resulta da ausência da paz.
Acha que a paz pessoal é o resultado de um conjunto de regras mentais que exige treino e disciplina para ser alcançado.

Tem como objectivo conseguir acreditar em Jesus Cristo e em Deus e sabe que para o conseguir tem que por de parte alguma teorias existencialistas.

Sabe que se falhar o objectivo anteriormente descrito terá fracassado e ficará com a certeza de que Deus não existe.

Sabe que a catequista pela atitude demonstrada talvez o consiga orientar e sabe que em caso afirmativo terá como recompensa um "bem estar intenso" dito mesmo desta forma.

SOCORRO...

Hoje sei que sei que an maior dificuldade da nossa catequese é cada um de nós com as suas limitações e sem capacidade, sem orientação para dar a este tipo de jovens... BRILHANTES!!!

Confessionário disse...

Sê apenas tu mesma. O que muda os corações não são as teorias, mas as experiências de fé, os testemunhos autênticos

PR disse...

"Sê apenas tu mesma."
Pois... é também disso que eu tenho medo... sou pouco convencional e receio "despertá-lo" e não estar à altura para o orientar.
É que ele mesmo sendo superdotado o grupo admira-o... esta situação só por si já me preocupa, são 33 jovens que não demosntrando grande interesse nos encontros de catequese sei que de certa forma tentarão imitar aquele jovem.

Confessionário disse...

Ok...

Então acrescento: Sê tu mesma, na autenticidade da tua fé... e confia em Deus(mais que em ti)...
Tu so tens que ser tu mesma; o resto fará Deus!

PR disse...

Bom dia!
Mais uma vez venho a este espaço para escrever porque preciso de alguém que me "ouça" especialmente que não me dê uma resposta só para não ficar calado.

Sou catequista do 9º ano, tenho ou tinha duas pessoas que começaram este ano a sua "formação" para catequistas.

São trinta e dois jovens, estão na catequese porque são obrigados.
As catequeses decorrem dentro do que eu considero normal para seres humanos.

Dentro da sala não há palavrões, não assumem uma postura como se estivessem na praia e também já pedi que puxassem as calças para cima uma vez que não estávamos interessados no colorido dos "boxers", também não andam em cima das cadeiras não atendem telemóveis nem vão para a janela ver quem passa, situações que me parece terem sido "normais" e habituais em anos anteriores.

A muito custo colaboram em alguma actividade a não ser o "cientista" como eu secretamente lhe chamo, porque o rapaz é relamente sobredotado.
No sábado passado descemos as escadas que levam ao salão onde nos reunimos, fazemo-lo sempre com algum tempo de antecedência a fim de preparar o espaço. O grupo estaria quase completo à espera, estranhámos, ao abrir a porta reparámos que tinham urinado na porta, a avaliar pelas marcas deveriam ter sido três.

Ao entrarem dentro da sala, nenhuma de nós se apercebeu, lançaram uma bomba de mau cheiro (esta foi a segunda vez que aconteceu) e queriam a todo o custo sair, não saíram.

No final perguntei se tinham alguma explicação para o que havia acontecido... a medo foram dizendo que as catequese anteriores duravam entre quinze a trinta minutos que tinham liberdade para fazer tudo... não compreendiam porque é que eu estava "empenhada" em que emitissem a opinião, era melhor fazer como as catequistas normais... falavam o que tinham a falar e mandavam-nos embora.
Olhei-os demoradamente um a um... Cancelei todas as actividades extra que tínhamos agendado e disse-lhes que não teriam a oportunidade de colocar uma terceira bomba de mau cheiro, não comigo.
Preocupam-me mesmo duas situações em particular. A primeira é que uma das pessoas que me acompanha afirmou que não voltaria mais ainda que eu continuasse, a outra diz que volta se eu voltar.
A segunda é o nosso "cientista".

Estou convencida que o problema sou eu e isso é o que realmente me tem tirado o sono.

Confessionário disse...

A catequese tem de mudar em muitas coisas, de facto. Porque hão-de esses miudos andar aí obrigados?!

Mas daí a afirmar que a culpa é tua, só esquecendo aquilo que deve ser a catequese! A culpa não é tua!

Não sei até que ponto têm um coordenador da catequese ou mesmo o teu pároco. DE qualquer forma isso deveria ser conversado com alguém com maior responsabilidade. Para os meus lados, isso seria inconcebível! Eu não permititiria, nem sequer que os catequistas, pese embora compreenda as suas dificuldades, que houvessem catequeses de 20 minutos a despachar!!
força

PR disse...

Bom dia!
Oficialmente não temos um coordenador de catequese.
Moro numa paróquia marcada por alguns precalços com os padres que anteriormente estiveram a tempo inteiro. E segundo se comenta o bispo não manda mais ninguém para lá.(?)
Ontem depois de ler algumas vezes a resposta que me deste arranjei força e telefonei ao padre que acompanha a paróquia.
Ele foi até à paróquia ao meu encontro e conversámos abertamente.
Falei-lhe do que acontece nas nossas salas de catequese e das situações que vivi na primeira pessoa.
Resumindo o homem tinha conhecimento de algumas situações "mas nunca pensei que as situações fossem tão graves".
Olhámo-nos durante algum tempo em silêncio, depois de uns minutos pediu para que nos reuníssemos no sábado depois da missa, todo o grupo do 9º ano e as catequistas.
Só adiantou que depois do que nos diria, não iria "obrigar" ninguém a ficar, poucos ficariam mas os que ficassem seria para respeitarem.
Reticente assenti.
Acho que nenhum arredará pé, têm medo da família.
Ficam, prometem respeitar mas pouca coisa mudará.
E quem não está bem é que se muda, eu não estou bem, provavelmente serei eu a afastar-me.
Obrigada!

Confessionário disse...

Embora te tenha custado, fizeste bem. Partilhaste o que sentes e só isso bastava para ser bom. Mas além disso, fizeste o que devias fazer.

Quanto ao que vem a seguir, não problematizes com antecedência. que até tenhas razão, mas a seu tempo se verá.

Algo vai mudar... e não deves ser tu! Mantem-te íntegra e coerente. Mesmo que agora eles não gostem, um dia vão admirar-te porque foste íntegra e coerente, tanto na vida como na fé.

Anónimo disse...

"Mantem-te íntegra e coerente.","Mesmo que agora eles não gostem..."
É mesmo disso que eles não gostam.
Queria tanto poder ter um abraço forte sem palavras,um ombro onde pudesse encostar a minha cabeça e chorar, sem mais palavras chorar.
PR

Confessionário disse...

abraço

Eliete Gomes disse...

Faz alguns meses que ouvi Dom Tolentino dizer que a crise atual é a falta de Pertencimento. Penso ser essa uma das dificuldades da Catequese. A Catequese não se sente pertencente as suas paróquias, Dioceses, por não serem devidamente valorizadas, ouvidas ou acolhidas.