sábado, agosto 14, 2010

Que dizer quando apetece berrar ou calar?

Caminho a passos largos, desconcertados e rápidos. Vou ao confessionário falar com o padre. Entro e bato a porta. Não é com força, mas ouve-se bem a inquietação. Estou dum lado para falar. Estou do outro para ouvir. Dirijo-me a mim próprio e digo como é isso? Que dizer daqueles que vão acompanhar o falecido no funeral, mas que ficam do lado de fora da Igreja, acompanham o caminho até ao cemitério em amenas cavaqueiras com os parceiros que se colocarem ao lado e que precisam por as conversas em dia. Ou as mexeriquices. Chegam ao cemitério. Encostam às boxes. Do lado de fora do muro. Continuam a cavaqueira. Acabam as exéquias e regressam com a consciência tranquila para casa. Que dizer?! Que dizer daqueles que enchem as igrejas na bênção dos ramos, mas são capazes de sair após a bênção. Ou vão naquele dia e não aparecem em outro. Que dizer daqueles que querem e exigem baptizar os seus filhinhos queridos, de preferência quantos antes. O antes que aconteça algo. E não colocam sequer a hipótese de casar com a bênção matrimonial de Deus. Que dizer daqueles que enchem a praça para ver a procissão passar, porque tem de passar, e eu tenho de estar para ela passar. Tão só isto, que eu não preciso caminhar na procissão e muito menos ir à missa. Gosto mais dos santinhos a passear do que Deus lá na missa. Que dizer daqueles que batem no peito porque têm um peito do tamanho da religião, mas depois vivem apontando os dedos, atirando nos outros com os seus murmúrios e comentários?
Como é isso?! E como é aquilo?! E aqueloutro ou aqueloutra coisa?! Que cristãos são?! Que amigos são?! Que gente é?! Que respeito possuem?! Que rituais cumprem?! Que orações cumprem?! Que enganos professam? Que vida vivem?! Que fé é essa?!
Acho que a palavra Fé soou mais alto porque do lado de dentro dei um salto na cadeira. E, do lado de fora, esperei pela minha resposta. O que obtive? Um longo silêncio.

42 comentários:

Canela disse...

Oh Padre amigo... vivi algo do género recentemente, não na sua qualidade como é obvio...

O "senhor" da procissão "berrava" para o pessoal ANDAR: "Á ANDAR, Á ANDAR...", a sua voz fundia-se com a oração do terço... não interessava se era jovem, velho... tinha era que ligar o TURBO e andar. Só lhe faltava o chicote....


Vim de lá triste, desoladamente triste.... pequei mais indo á procissão, do que se tivesse ficado em casa com a familia, a descansar a usufruir desta...

Vale a pena ir á procissão?
Como chegamos a isto?

Creio que a lista dos "desistentes" ganhou mais um adepto (eu)....

Rezei para que não se dirigisse a mim... eu conheço-me... como me conheço!

Moçambicano disse...

Olá, Caro Amigo P.e "Confessionário".
Olá a Tod@s que por aqui passam.

Penso que o nosso Amigo "Confessionário" se colocou a questão fundamental acerca da prática religiosa dos Postugueses, sobretudo nos Distritos com maior representação do "rural".

A "vivência comunitária da fé" (está com "minúsculas" de propósito)exprime-se sobretudo em procissões. Em romarias. Em peregrinações.

A Vivência da Fé em Comunidade - em que, animados pelo Pastor, todos nos sentimos Irmãos uns dos Outros -, constitui muitas vezes uma "miragem".
E às vezes a culpa nem é do Padre, que tem de ser "tapa-buracos" noutras instâncias da Diocese. (é que, tal como noutras "organizações", há quem se "poupe", e há os "burros de carga" do costume...)

Surge-me agora algumas questões:
a)- Será que é com Padres mais virados para o Culto, e menos formados para o Acolhimento, que vamos inverter esta situação?
b)- Será que o uso do Latim na Missa vai auxiliar as pessoas a estarem mais concentradas na Celebração?
c)- Será que a Missa Tridentina - com o Celebrante de costas para a Assembleia -, diminuirá a percentagem dos que ficam à porta da igreja a cavaquear?

Bem sei que as hipóteses b) e c) são facultativas - e não são do agrado pessoal do nosso Amigo "Confessionário".
Mas já agora - e como anda para aí (até na Net), uma maré de entusiasmo pelo "Oh tempo, volta p'ra trás" -, valia a pena pensar nisso.

Entretanto, Caro Amigo "Confessionário", não desanime.
Faça uma coisa: em conjunto com os outros seus Colegas Párocos do resto do País, façam sentir à Conferência Episcopal Portuguesa que é tempo de "passar das palavras às obras"... nomeadamente para que alguns Bispos mais atentos à situação do País não pareçam "francos-atiradores", enquanto o resto da CEP "assobia para o lado".

Um forte abraço, para Si e para Tod@s.

Moçambicano.

concha disse...

Olá!
E que dizer também da minha fé que à mais pequena brisa abana como se se tratasse de um vendaval?
Não sei como é que Deus "medirá" a fé de cada um,mas tenho cá para mim que deve possuir muitos instrumentos de medida para utilizar em cada situação.
E depois, ser "católico praticante", dá trabalho mas mesmo muito trabalho, por isso dá jeito ser "católico light" pois assim tal como na vida em sociedade,vive-se de aparências e cumpre-se a meio gás :).
Um bom dia de Domingo extensivo aos que aqui passam

laureana silva disse...

Olhe Senhor Padre, eu que sou muito emotiva e quando certas coisas mexem comigo eu tenho a certeza que berrava. Que Deus me perdoe, talvez mais tarde me arrependesse, mas na hora berrava...se as sementes são más nem o trigo nasce por melhor semeado que seja!
Vida de pároco não é mole não, como diriam os nossos amigos brasileiros.
Entretanto meu bom amigo tem que ir buscar as suas reservas de paciência, para ver e fingir que não vê, assim vai o nosso catolissismo, feito de aparências.
Infelizmente. Já agora aproveito para dar um palavrinha, ao Moçambicano. Meu amigo, se com a missa celebrada em portugês, tem a aderência que têm, imagine em latim e com o celebrante de costas para os fiéis. Eu ainda sou desse tempo- Todavia eu sou fâ incondicional do Concilio Vaticano II.Não esqueçamos que foi começado por um santo, e acabado por outro santo se bem me lembro. De facto aparecem internet, especialmente no facebook alguns adeptos do monsenhor Lefévre, que Deus o tenha em paz, sobretudo agora que lhe foi levantada póstumamente a excomunhão.
Paz e bem, abraço fraterno em Jesus
Maria

Margarida Laranja disse...

Queria apenas registar que me revejo totalmente nas suas palavras. Sou cristã e questiono-me muitas vezes sobre o modo como algumas pessoas vivem o seu cristianismo... Às vezes eu própria também não sou/faço o que devo e tenho que me chamar à atenção.

Já sigo o seu blogue há muito tempo e gosto muito. Obrigada por partilhar este espaço connosco.

Abraço.

Anónimo disse...

Olá

Que tipo de pessoa, que tipo de cristão, católico ou não, faz do que deveriam ser momentos sagrados em comunhão com Deus, em comunhão em reunião, em reflexão..., fazem apenas mais uma conversa ou um mexerico, e acredito, desconhecem a Jesus Cristo.
Assistimos a episódios destes todos os dias.
Este Sábado fui com o meu filho, de 8 anos à missa, entre sussurros e desatentos e quando o padre erguia o cálice um telemóvel toca, ainda por cima o de uma mulher que foi casada com o avô do meu filho...
Que vergonha.
Veio-me à mente uma frase que li algures e que dizia que precisamos urgentemente, passar a ver e sentir Jesus Cristo a Morar dentro de nós, casop contrário teremos igrejas cheias de gente vazia...
PR

Anónimo disse...

Caro colega Padre. Quando leio o que escreves....assusto-me....dizes tudo o que penso e sinto. Sou um Pároco no meio rural com 25 comunidades. Como te entendo.... mas....olha eu penso assim....vale a pena...nem que seja por um.
Abraço
um Padre

sónia disse...

Ninguém é perfeito...

pvfranciscanos disse...

Gostei da ideia...

Anónimo disse...

Olá Padre...esta cultura está com uma palavra que já vem dos nossos antepassados " TRADIÇÔES ", porque o povo Português vivia este cristianismo "Balofo" de ir e deixar-se ir com os outros. O Padre era de procissões, e na rua tal e tal, e o santo tal e tal, e quanto mais flores melhor, foguetes, os bailes, e aonde estava o SANTO da Festa?Qual o valor da Eucaristia?Ainda á poucos dias estive num santuário Mariano, e de facto fico chocada com aquilo que o ser humano é capaz de fazer só para cumprir uma Promessa, e os outros dias, também se lembram do filho de Maria, Jesus Cristo que se encontra todos os domingos na Eucaristia. O Povo precisa é de ter formação cristã, e valorizar aquilo que é mais importante, á ainda outra, visitando um Museu da Vida de Cristo, ao sair dei com uma senhora que me apresentou um livro com tudo o que tinha visto, e com as leituras biblicas, dizia ela que era uma boa catequese, eu só lhe respondi, Tudo isso está no livro melhor que podemos ter "Sagrada Escritura (Biblia)". Meu Deus até nos lugares mais sagrados o povo humano faz dinheiro com tudo "Marketing Catolico ".Pergunto quando é que arranjam um MARKETIN de Chamar o Cristão para Cristo(O proprio).Meu Deus tenha compaixão de nós todos pobres pecadores. Dizem a "Igreja está mal!"... mas a igreja somos nós catolicos baptizados, sim o que fazemos de diferente para chamar a atenção e alguém dizer, VALE A PENA SER COMO ELES: VENDE COMO ELES SE AMAM.Hoje no (Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 22,34-40) '37Jesus respondeu: '`Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento!' 38Esse é o maior e o primeiro mandamento.39O segundo é semelhante a esse:`Amarás ao teu próximo como a ti mesmo'. 40Toda a Lei e os profetas dependem desses dois mandamentos." Tiremos as conclusões,façamos todos uma reflexão.Bem Haja Padre por nos deixar tantas reflexões.

JS disse...

Caro Confessionário, como eu te percebo!!

E no entanto... nem sempre há tempo ou disponibilidade mental para esmiuçar os porquês de certas atitudes dos nossos cristãos; e também não é fácil colocar-se no lugar do outro, mais concretamente um padre imaginar-se um destes cristãos.

Vamos a um exemplo: "Que dizer daqueles que enchem as igrejas na bênção dos ramos, mas são capazes de sair após a bênção. Ou vão naquele dia e não aparecem em outro".

Bem, concordarás que se trata de uma cerimónia especial: domingos de missa são todos, mas Domingo de Ramos só há um no ano.

Mas porque só assistir à bênção? Pois.
Pode dar-se o caso de a pessoa já ter participado na missa. Normalmente a cerimónia dos ramos só se celebra uma vez em cada paróquia, mesmo que haja mais missas. Alguns contentam-se só com a missa, mas há quem se dê ao trabalho de se deslocar novamente à igreja, para receber o ramo benzido.

Também pode acontecer que a pessoa esteja com manifesta falta de tempo. As cerimónias são mais longas que o costume; e por vezes implicam mudanças nos horários costumados da paróquia. E é início de férias para muita gente, o que pode significar estar de partida ou estar à espera de visitas em casa.

Trata-se também de um fim-de-semana rico em cerimónias religiosas, com vias-sacras ao vivo e procissões dos Passos com os tradicionais sermões. Alguns conseguem assistir a tudo; mas outros vêem-se na necessidade de fazer opções. E, como eu disse, missas há muitas...

Anónimo disse...

Obrigado Padre por tudo o que nos ofereces gratuitamente.

JS disse...

"Que dizer daqueles que enchem as igrejas na bênção dos ramos..."

Há também aquele pormenor de ser o Dia da Juventude. Em várias comunidades, a participação dos jovens resulta num enriquecimento das celebrações desse dia; mas noutras, a bota não dá mesmo com a perdigota.

Lembro-me que durante alguns anos, na matriz da minha cidade, a missa na (da) Paixão era acompanhada a órgão electrónico, violas eléctricas e bateria, num ambiente pretensamente festivo que destoava fortemente da ambiência litúrgica assumida pela eucaristia. Algumas pessoas simplesmente preferiam ir para casa mais cedo.

Lembro-me também duma peripécia contada por um senhor padre, dum grupo coral juvenil que ficou extremamente indignado com o celebrante por este não lhes ter deixado cantar o aleluia. Em domingo de Ramos...

JS disse...

Ainda sobre a prática no domingo de Ramos, é preciso ter em conta os dados litúrgicos e a sua evolução histórica.

A cerimónia dos ramos é distinta da missa, mesmo que actualmente esteja transformada em solene rito de entrada desta. Ela surgiu como dramatização, encenação teatral desse episódio da vida de Jesus que foi a sua entrada triunfal em Jerusalém. Enquanto que a missa funciona como resumo e antecipação do que será celebrado durante a semana santa. Ou seja: há relação, mas também autonomia.

Isso era mais bem visível antes da reforma. Então, a cerimónia dos ramos era quase uma missa em si mesma: tinha cântico de entrada, colecta, profecia, gradual, evangelho, homilia, orações de bênção, prefácio e sanctus; seguindo-se a procissão. Havia ainda uma série de elementos que tanto enriqueciam como complicavam o cerimonial, tornando-o ainda mais longo e enchendo as medidas da piedade dos fiéis. Pelo que se foi tornando hábito regressar a casa quando o cortejo entrava finalmente na igreja para se celebrar a missa do dia. Até porque é preciso lembrar o quão maçadora era essa missa, com a leitura da Paixão em latim, se não fosse mesmo cantada.

Depois há a questão do ramo bento e do sentido que se lhe dá. Pode-se ver aqui alguns indícios de superstição. Mas podemos estar a ser injustos. Porque o cerimonial, no passado, estava precisamente centrado no benzer dos ramos, com uma cadeia de oito orações, algumas das quais sublinhavam tão só o poder de protecção desses ramos para as pessoas e para as actividades agrícolas. Por esses campos fora podem-se encontrar muitas oliveiras que nasceram a partir desses ramos benzidos, colocados na terra por exortação dos sacerdotes e da Igreja.

Apesar dos anos já decorridos sobre o início da reforma, o passado ainda pesa muito nas práticas das pessoas, mesmo (e sobretudo) de forma inconsciente. Tem a ver com uma formatação de infância, por observação e cópia dos comportamentos dos pais e avós, a que se junta uma catequese incipiente que não permitiu criar bases para evoluir.
Por outro lado, há os que estão presos ao presente (incluindo muitos jovens sacerdotes), com um enorme desconhecimento e mesmo aversão ao passado, o que os leva a não entender muitos comportamentos e a deixarem-se envolver em situações de tensão e conflito que poderiam ser facilmente evitáveis.

Anónimo disse...

Olá Conf.

Há cerca de um ano atrás fui a Lisboa ao funeral de um tio meu que vivia lá á cerca de 30 anos.
E sabes o que mais me chocou?
Foi a falta de pessoas do lado de fora da igreja.
A falta de conversa no caminho para o cemitério.
A falta de pessoas fora do muro.
O que mais me chocou não foram as conversas, não foi o barulho dos telemoveis, não foram as crianças a brincarem.
Foi o silencio.
Foi o caminhar de meia duzia de pessoas atrás de um corpo.
Foi a falta de um calor humano.
Foi a falta de cristãos.

Conf. experimenta fazer um funeral assim, e depois vê qual daqueles é que tem mais fé.

Um abraço!
Alexandra

Anónimo disse...

BISPOS EUROPEUS TEMEM BAPTIZAR CONVERSOS NORTE-AFRICANOS
Foram já registados vários casos, em França e em Itália, de bispos franceses e italianos que se recusam a baptizar apóstatas do Islão norte-africanos que se querem converter ao Cristianismo... por medo de represálias contra a Igreja... EM SOLO EUROPEU!

Anónimo disse...

há mais de três décadas que a formação de padres não é permitida na turquia

Confessionário disse...

Alexandra,
Já tive funerais desses e também doeram. Mas pelo menos nesses não reinava a hipocrisia!

Anónimo disse...

Conf.
Ok!Tudo bem...

Mas chatiou-me bué não ver ninguem.
Não estava habituada!
Eu não chamo hipocrisia, não gosto dessa palavra.
Talvez mais um habito, não um fingimento.
Tambem não me perguntes porque é que alguns velhotes,
só vão á igreja nos dias de funerais. E porque é que os jovens não vão aos funerais.
No assunto de funerais, penso que não é uma questão de fé, ou falta dela,
mas sim uma questão de amizade.

Uma abracito!
Alexandra

Anónimo disse...

Olá Boa tarde,

"Já tive funerais desses e também doeram. Mas pelo menos nesses não reinava a hipocrisia!"

Na realidade o que está em questão é a hipócrisia daqueles que auto-denominando-se de Cristãos, não reconhecem a Jesus Cristo como habitante, dos seus próprios corações, perturbando muitas vezes a Paz dos que a pé percorrem os caminhos, nem sempre fáceis, da Fé...
PR

Anónimo disse...

Porque esta necessidade de olharem para como os outros vivem o seu cristianismo? Se tem fé, se não tem, se vai à missa se não vai! Sinceramente não entendo!

D. R. disse...

Não posso deixar de comentar.

No entanto, no fundo, nem comentários me merecem estas atitudes... Porque deixaram de merecê-los.

Por muitos, a religião é vivida como uma obrigação. Vou ao funeral daquele porque foi ao funeral do meu tio, vou ao baptizado do filho daquele porque me convidou para a boda e parece mal não aparecer à igreja,...

Em dias de festa, todas as igrejas são pequenas. Mas, infelizmente, os dias de festa não reflectem a verdadeira fé. Mesmo quem a tem a acaba por perder nesses dias. :(

Beijinho

Teodora disse...

relativamente à presença ou ausência dos mais novos nos funerais, julgo que muito se deve ao regime de faltas por nojo em vigor e os condicionalismos para que se possa faltar ao trabalho.

claro que há pessoas que arranjam desculpas para lá não estarem. mas se isso nos acontece, significa que serão "amizades de circunstância", isto é, muito pouco se deve valorizar. felizmente não me lembro de conhecer esse tipo de personagens.

há pouco tempo faleceu uma minha familiar directa. apesar de eu não ter divulgado afixando aviso, foram muitas as pessoas que apareceram. da família mais afastada até a amigos e conhecidos. acho que todos que souberam apareceram. os outros sentiram-se a cometer uma gaffe perguntando-me pela familiar nos dias e meses após. ainda hoje aconteceu.

temi que durante a missa não houvesse quem soubesse rezar. enganei-me. sempre houve um grupo que "liderava" as orações e os cânticos. os restantes tentavam acompanhar empenhadamente. julgo que foram familiares mais velhos e pessoas amigas da minha mãe. os outros acompanhavam. julgo que o padre ficou surpreendido. julgo apenas. é que não tenho memória de ter assitido a funerais em que as pessoas participassem assim, ou que tenham cantado ou rezado o que ouvi. se calhar estava avariada do juízo?! talvez.

nós mais novos não fomos educados a rezar, a conhecer a liturgia, e acho que nestes momentos sentimos que é uma falha. olhamos para os mais velhos como uma tábua de salvação.

no percurso entre a igreja e o cemitério imperou o silêncio. não penso que seja errado. entendo o silêncio como uma forma de recolhimento, de respeito, "de puxar o filme atrás".

julgo ter sido uma cerimínia digna. sem vaidades, doirados, e floreados. foi digna pela atitude dos presentes. o padre também esteve muito bem, no registo certo. é que tenho assistido a outros funerais em que não considero que o presidente da cerimónia tenha assumido o tom, o ritmo e as palavras mais ajustadas.

Teodora disse...

relativamente à presença ou ausência dos mais novos nos funerais, julgo que muito se deve ao regime de faltas por nojo em vigor e os condicionalismos para que se possa faltar.

claro que há pessoas que arranjam desculpas para lá não estarem. mas se isso nos acontece, significa que serão "amizades de circunstância", isto é, muito pouco se deve valorizar.

há muito pouco tempo faleceu uma minha familiar directa. apesar de eu não ter divulgado afixando aviso, foram muitas as pessoas que apareceram. da família mais afastada até a amigos e conhecidos. acho que todos que souberam apareceram. os outros sentiram-se a cometer uma gaffe perguntando-me pela familiar nos dias e meses após. ainda hoje aconteceu.

temi que durante a missa não houvesse quem soubesse rezar. enganei-me. sempre houve um grupo que "liderava" as orações e os cânticos. julgo que foram familiares mais velhos. os outros acompanhavam. julgo que o padre ficou surpreendido. julgo apenas.

nós mais novos não fomos educados a rezar, a conhecer a liturgia, e acho que momentos há em que sentimos que é uma falha.

no percurso entre a igreja e o cemitério imperou o silêncio. não penso que seja errado. entendo o silêncio como uma forma de recolhimento, de respeito.

Anónimo disse...

andaram a restaurar a catedral de saint-jean em lyons (frança) e deixaram lá uma gárgula que representa um muçulmano com a inscrição allahu akbar que significa allah é o maior (na arabia politeista o allah era o deus da lua).

porque é que estas coisas estão a acontecer? é repugnante! estou farto da atitude da igreja.

retirem essa gárgula!

Anónimo disse...

estes não são católicos, pois não?

Austria: Pax Christi Backs ‘More Mosques’ Appeal

A Catholic peace movement has come out in support of the construction of further mosques with minarets in Austria.




hoje em dia há cada um!

Anónimo disse...

Se OIC conseguir o que quer, o Cristianismo «lixa-se»:

"Religions" (plural) is a deception because under Islam it is in fact apostasy to believe in the validity of other religions because they have been in effect nullified by Islam. See, for example, w4.1(2) in Reliance of the Traveller, which states, among other things, that "previously revealed religions were valid in their own eras, as is attested in many verses of the Holy Koran, but were abrogated by the universal message of Islam. Both points are worthy of attention from English-speaking Muslims, who are occasionally exposed to erroneous theories ... affirming these religions' validity but denying or not mentioning their abrogation, or that it is unbelief (kufr) to hold that the remnant cults now bearing the names of formerly valid religions, such as `Christianity' or `Judaism,' are acceptable to Allah ... This is a matter over which there is no disagreement among Islamic scholars...."

Anónimo disse...

Não houve um unico canal de tv que tivesse mostrado este video. O Papa no Reino Unido:


http://www.minutodigital.com/noticias/2010/09/21/video-lo-que-no-nos-contaron-de-la-visita-del-papa-a-inglaterra/


«El Papa recibí la ‘bienvenida’ de los musulmanes que viven en Inglaterra. Este video, firmado por una organización denominada M.A.C, Muslims Against Crusades (Musulmanes contra los Cruzados), recoge una manifestación de musulmanes vociferantes de barba y turbante: “Papa Benedicto, tú pagarás”.


Es importante comprobar como estos musulmanes pedían la muerte del Papa a escasos metros de donde se encontraba, tal como se ve en el video a partir del minuto 5, cuando se ve pasar el ‘papamóvil’. En los carteles puede leerse:

” Jesus is not God ” ( Jesús no es Dios)

” Shariah for the vatican” ( Shariah para el vaticano)

” God curse the pope” ( Dios maldice al papa)»

Anónimo disse...

basta de imigração:


«Muslims will become majority in Europe, senior Vatican official warns
European Christians must have more children or face the prospect of the continent becoming Islamised, a senior Vatican official has said.


From the Telegraph:
While many European Catholic bishops often defend the rights of Muslims to worship publicly others are more keen to protect the Christian heritage of their continent.

Italian Father Piero Gheddo said that the low birth rate among indigenous Europeans combined with an unprecedented wave of Muslim immigrants with large families could see Europe becoming dominated by Islam in the space of a few generations.
"The challenge must be taken seriously," said Father Gheddo, of the Vatican's Pontifical Institute for Foreign Missions.
"Certainly from a demographic point of view, as it is clear to everyone that Italians are decreasing by 120,000 or 130,000 persons a year because of abortion and broken families – while among the more than 200,000 legal immigrants a year in Italy, more than half are Muslims and Muslim families, which have a much higher level of growth."
He said: "Newspapers and television programmes never speak of this. However, an answer must be given above all in the religious and cultural fields and in the area of identity."
The priest blamed Christians for failing to live up to their own beliefs and helping to create a "religious vacuum" which was being filled by Islam.
He predicted that Islam would "sooner rather than later conquer the majority in Europe".
"The fact is that, as a people, we are becoming ever more pagan and the religious vacuum is inevitably filled by other proposals and religious forces," he said.
Father Gheddo also said that Christians who lapsed were also making themselves vulnerable to attacks by secularists.
He said when "religious practice diminishes in Christian Europe and indifference spreads, Christianity and the Church are attacked".»

Anónimo disse...

Bispos Franceses defendem a imigração.

Mas será que estes Bispos não fazem ideia do que significa uma invasão islâmica como a que está a acontecer?!


Les évêques français au secours de l’immigration, y compris musulmane

http://fr.novopress.info/67667/les-eveques-francais-au-secours-de-l%e2%80%99immigration-y-compris-musulmane/

Anónimo disse...

porque é que estas coisas estão a acontecer? é repugnante! estou farto da atitude da igreja.


«Italy: Catholic Church Backs Muslim Struggle to Build Milan’s First Mosque»

Anónimo disse...

«"Slavery is a part of Islam," says Sheik Saleh Al-Fawzan, according to the independent Saudi Information Agency, or SIA.

In a lecture recorded on tape by SIA, the sheik said, "Slavery is part of jihad, and jihad will remain as long there is Islam."

His religious books are used to teach 5 million Saudi students, both within the country and abroad, including the United States.»

Anónimo disse...

catolicos descafeinados ...

Anónimo disse...

na suécia a igreja Católica e os muçulmanos vão contsruir um espaço que é Igreja e mesquita ao mesmo tempo...

se isto continuar assim, prefiro juntar-me ao Lefbvre.

Anónimo disse...

Anónimo disse...
catolicos descafeinados ...

29 Setembro, 2010 15:11



quem é que é descafeinado? :)

Anónimo disse...

o islão:


Christians continue to disobey Allah and perform uncivilized and depraved acts of cannibalism and vampirism on a dead Jew’s corpse and call it “religion”. Christians are being willfully ignorant, as they all know it was Allah and NOT Jesus who parted the Red Sea to allow the Jews to escape the pursuing Egyptians and the vampires also know that it was Allah and NOT Jesus who spoke to Moses on Mt. Sinai; yet the low-life, racist, cannibalized vampires continue to worship a murdered, Jew Messenger, “SLAVE” as their god...


http://hidf1.wordpress.com/2010/09/27/islamic-nut-case-example-do-read-it-to-understand-the-nutcases-of-islam/

Anónimo disse...

No Reino Unido a
the Sacred Heart RC Primary School
corre o risco de se tornar uma escola islâmica como a que se tornou na Tauheedul Islam Girls’ High School. Eu sou pela deportação.

Anónimo disse...

O Peter Stilwell não sabe que os versos pacificos do islão foram anulados pelos versos VIOLENTOS quando o maomé já tinha poder e passou a cometer genocidios. O Peter Stilwell podia poupar-nos a ter de ouvir tanta treta que ele lê nos livros dos jihadistas «moderados»!

Confessionário disse...

OLá, amigo anónimo dos últimos comentários.

Independentemente da minha opinião ou da tua ou a de quem quer que seja, pois respeito (como respeito a minha), gostava de te perguntar de onde vem tanto ódio aos muçulmanos!

Anónimo disse...

Agora chamam ódio à falta de ignorância em relação às barbaridades do islão?!

LOL :)

Anónimo disse...

isto é uma pouca vergonha:

Muslim preaches at Oxford college chapel


TWO religious leaders are claiming an historic first after an Islamic Imam preached at a Christian chapel.

For the first time in Pembroke College’s 500-year history, a Muslim, Dr Taj Hargey – from the Summertown Islamic Congregation in Oxford – was welcomed to deliver a sermon at its chapel.

The service was preceded by the Adhan, the Muslim call to prayer traditionally carried out by a man, which was read out by an 11-year-old girl from Marston.

The Rev Dr Andrew Teal, of Pembroke College, said he had been trying to get a Muslim Imam to deliver a service at the chapel for many years and he believed it was a first.

He said: “We wanted to do something which brought together Christianity and Islam, but not to create a third thing.

“I think what we are doing today is very unusual, certainly it’s the first time I have heard of it being done at the college.

“The two faiths are actually very close.

“Abraham is a key figure in both Islam and Christianity.

“But I think there’s been a reluctance in the past. I think people may have felt afraid to do something like this.

“I’d hoped for this to happen for a long time. We just needed the right man to do it.”

Christianity and Islam, as well as Judaism, are sometimes referred to as the Abrahamic religions because of the role that Abraham plays in each of the holy books.

All three faiths consider him father of the people of Israel.

During the service, in which Dr Hargey spoke of the links between Christianity and Islam, songs and Psalms from the Bible were read before a reading from the Holy Qur’an.

Dr Hargey, who is also chairman of the Muslim Educational Centre of Oxford, invited 11-year-old student Nadia Zamri, from Marston, to call the congregation to prayer.

Nadia, who was one of a few pupils who was able to read the Qu’ran when she joined the school, said she was ‘excited’ about being chosen.

Dr Hargey added: “There is a nexus between Christianity and Islam. We both revere Abraham as a very important figure, a father figure. It is up to Muslims and Christians in this great city of ours to show the way for the rest of the country.”

http://www.oxfordmail.co.uk/news/8474153.Muslim_preaches_at_Oxford_college_chapel/

Anónimo disse...

quello che stavo cercando, grazie