A reunião demorou muito mais que o previsto. Quando eu esperava que o resto dos presentes virassem olhares e caras, cruzassem as pernas duas e três vezes ora para um lado ora para outro, abrissem a boca por detrás da cova da mão, fizessem ruídos da forma como pudessem, afinal o silêncio recortava-se apenas pela minha voz e pela do pai do Diogo. Ora um ora outro. Reconheço que a minha se fazia ouvir mais. Não porque eu berrasse, mas porque demorava mais tempo e usava mais palavras. Geralmente as respostas são mais longas que as perguntas quando as perguntas são perguntas de vida. Quando são apenas de coisas supérfluas, pode bastar um sim, um não ou um talvez.
Mas porque é que uns vão para o céu e outros não? Qual o critério de Deus?
O problema está em pensarmos Deus como um juiz à maneira humana. Ele não julga, premiando ou castigando. Ele acolhe quem O quer e acolhe de maneira diferente quem não O quer. Por isso o céu e o inferno não são negociáveis. Deus deixa-nos livres nas nossas opções. Se O abandonarmos, se prescindirmos Dele, se nos afastarmos Dele, Ele não impedirá que o façamos. Deus criou-nos livres. Ele não te abandonou nem abandona. Ele deixa que decidas se O queres amar. Fazem assim os pais verdadeiros. Ele é pai verdadeiro. Se o abandonaste, terás de viver com esse abandono. Depois é uma questão de sentires ou não sentires o Seu amor. Isso será a forma de se ter céu ou inferno.
34 comentários:
Mas que chata que eu sou, mas mais uma vez não concordo consigo Sr. padre. Nós iremos para o céu ou para o inferno consuante aceitarmos ou não Jesus Cristo como Senhor e Salvador das nossas vidas. É esse o critério de Deus, e está bem explicito na Sua Palavra.
E depois é perserverar até ao fim!
Sr.Padre sou um pecador na zona da serra do Açor mais propriamente no lugar do Goulinho freguesia de Aldeia das Dez no concelho de Oliveira do Hospital proximo do mais belo Santuário das Beiras Santuário de Nossa Senhora das Preces ´faço tudo para o divulgar o mais que poder e não só tambem as nossas vivências do passado e futuro visitei o seu blog hoje pela primeira vez gostei e vou voltar.
Um abraço de um pecador mas muito crente na Sagrada Familia Jesus Maria e José.
Antonio Assunção
http://vozdogoulinho.blos.pt
EU JÁ ESTOU NO INFERNO...
MJG
Cara MJG:
Que se passa? Sente-se pior? Aconteceu-lhe alguma coisa?
Seja o que for (e eu sei que a vida pode ser bem difícil) por favor, tente ler o post que o Confessionário colocou abaixo, sobre o QDP...
De resto, você terá sempre amigos! Eu, esta noite, rezarei por si! E sei que não serei o único!
Tenha coragem! Uma mulher com tanto valor como você, nunca poderá ir para o Inferno! E os infernos deste mundo serão sempre passageiros...
Abraços amigos
:)
Alma peregrina (Kephas)
Cara CrisR:
Você está a dizer exactamente o mesmo que o Confessionário. Nós iremos para o Céu ou para o Inferno consoante aceitarmos ou não Jesus Cristo como Senhor e Salvador das nossas vidas.
A única diferença é que o Confessionário não vê nisso um julgamento, mas antes uma consequência natural das nossas acções...
Pax Christi
Para mim o inferno, acontece: sempre que não estou em paz comigo e principalmente com os outros,sempre que olho à minha volta e vejo tudo escuro,sempre que de uma situação sem importância faço um grande drama e mais...não haverá uma única solução para a resolver.
Por outro lado o céu também acontece:se ao abrir a janela de manhã,mesmo se chove e troveja vejo nesses elementos beleza,se estou contente e não há uma razão especial para que assim aconteça, se tudo nesse dia me corre bem e se aquela senhora que se sentou no banco á minha frente no Metro sorri para mim como se nos conhecessemos há anos.
Este céu só depende do modo como eu enfrento o meu dia a dia e hoje mais uma vez tive a certeza que Deus estava comigo, mesmo se tantas vezes eu me afastei.
"O problema está em pensarmos Deus como um juiz à maneira humana. Ele não julga, premiando ou castigando. Ele acolhe quem O quer e acolhe de maneira diferente quem não O quer."
Porque é que será tão dificil, acreditar nesta verdade?!
MJG; fiquei feliz por te "vêr" por cá.
Ânimo! Ok?!
Tenho acompanhado a discussão sobre o Céu e o Inferno e para mim o critério do sentimento não basta (é subjectivo) embora seja importante mas o cristério da aceitação da pessoa de Jesus Cristo também não porque muitos não o conhecem (2 terços da Humanidade?) tem que haver um meio termo que estará algures entre a coerência de vida e a misericórdia infinita do Pai, perpassando pelo meio das duas partes as liberdades de Deus e do homem.
João
Em (Mat 5,29) podemos ler: - «Se, portanto, o teu olho direito te escandaliza, arranca-o e deita-o fora, porque é preferível que pereça um dos teus membros a teres todo o teu corpo lançado ao geena…»
O fogo eterno ou “ignis inextinguibilis” aparece igualmente mencionado em Marcos:
«Se a tua mão te escandaliza, separa-te dela, é preferível entrar com uma só mão na vida do que ir com as duas para a genna, o fogo inextinguível, onde nem o verme morre nem o fogo se apaga…» (Mc 9, 43-49).
Nossa Senhora em Fátima foi muito clara em relação ao inferno, quando o mostrou aos Pastorinhos. Acho que não se pode minimalizar a sua existência ou remetê-la para um simples estado de alma. Esta notícia de um jornal espanhol está muito interessante, em relação também a este tema: http://www.abc.es/20090106/nacional-religion/decano-exorcistas-vaticano-culpa-200901061832.html
M.
Alguém que é generoso com o próximo, que é amigo, que não só não prejudica ninguém como tenta sempre que pode ajudar, que não julga o seu semelhante, mas que não vai à igreja é merecedor do céu ou do inferno?
Olá,
Pelo que eu entendo, não existe o inferno exterior a nós, existe apenas o inferno que criamos em nós mesmos, muitos vezes com a ajuda de outros infernizados.
Como já li num livro e concordo, Deus é demasiado grande para o falharmos, e não há caminhos que falhem Deus, todos os caminhos de vida humana vão dar a Deus (Céu). Deixemos o inferno para quem quiser se infernizar.
E por Deus não entendo a santissima trindade católica, em que o filho é apenas Jesus Cristo.
Um até já vindo do céu.
Caro amigo
Para começar, os meus parabéns por ter tratado um tema tão polémico. E, o facto de já ser polémico, é já um avanço na direcção certa. Porque, quando há mais de 50 anos andei na catequese, não eram admitidas dúvidas: o inferno era tal como a irmâ Lúcia o descreveu...
De qualquer maneira, independentemente da realidade, tudo cai por terra se considerarmos que a fé é opcional. Ninguém pode ser obrigado a acreditar que uma mulher casada era virgem e teve um filho de um deus. Ninguém é obrigado a acreditar que beber urina de vaca faz bem à saúde. E, tanto quanto julgo saber, na Igreja Católica, não ter fé nem sequer é pecado, porque é um dom de Deus.
Sendo assim, os preceitos de cada religião só são aplicáveis aos seus próprios "filiados", chamemos-lhes assim. E quem diz preceitos, diz castigos ou prémios.
Alma Peregrina, não foi essa a conclusão que tirei depois de ler o texto do confessionário, mas sim de que o céu ou o inferno são sentimentos. Mas se interpretei mal, as minhas desculpas.
Mas concluí isso pelo primeiro post sobre o inferno em que defendia que o inferno não é um espaço fisico.
Carlos,
Jesus deixou bem explicito de que ele apenas voltaria quando TODO a raça, e nação o conhcesse, por isso ele ainda vai dar oportunidade a todos.
Por outro lado, Deus disse que se aqueles que conhecem a Sua Palavra se calassem até a as pedras clamariam, por isso em qualquer lugar onde existe alguem com o desejo no seu coraçãod e se encontrar com Deus e de fazer Dele o Seu senhor e Salvador, por certo que Deus inventará forma de essa pessoa ter um encontro pessoal com Ele.
É essa a maravilha de Ele ser Deus e Omnipresente e Omnisciente!
Marta,
tens nome de uma amiga de Jesus Cristo, sabias?
Precisamente para que ninguem pudesse dizer que era melhor que o outro, ou mais bonzinho, ou mais ético, ou mais moral..ou mais...é que Deus entregou o Seu Filho, para que a salvação não fosse por obras mas pela aceitação desse grande acto de amor de Jesus.
Por isso podemos ser muito bonszinhos, ajudar muito os outros, etc...mas assim não ganhamos o céu! Apenas por Jesus!
Depois ir á igreja e servir a Deus ajudando os outros, ou louvando a Deus é algo que se torna natural como se fosse parte de nós, da nossa existência!
Olá, Marta
Não nos compete a nós dizer ou saber como vai Deus proceder ou salvar. O que sei é que vida do cristão tem de ser coerente com a sua fé, e a fé vive-se na vida e não apenas dentro de quatro paredes de uma Igreja.
No entanto é muito oportuno dizer-te que uma amizade que não seja cultivada, esmorece, desaparece. Precisa de ser alimentada. Como? Par isso é que Jesus fundou o grupo dos seus discípulos... para em comunidade alimentarem a sua fé. Seria quase como dizer que estou casado com A ou B, mas que não quero realizar esse matrimónio... enfim, comparações. Mas espero que te ajude.
beijoca
Nossa que benção este blog...
gostei demais deste post...meu nome é Renata, e faço parte de uma comunidade de vida: Comunidade Beatitudes...
Sempre é bom padre ver locais aqui na net evangelizando e anunciando as maravilhas de nosso Deus, não é mesmo???
O meu lugar é o céu...é pra lá que eu quero ir, portnto, os atos verão a consequencia , certo??tomare que um dia veja o Senhor face a face.
a paz padre....
conheça depois nossa radio, 24hs ao vivo, temos de seg a sexta programas ao vivo oracionais e tmb musicais...
www.radiobeatitudes.com
a paz de Jesus
Renatinha
te espero no meu blog
Cara CrisR:
Na minha intervenção, não me remeti à essência do Céu/Inferno (já discutida nos outros posts), mas sim à essência do julgamento de Deus (discutida neste post).
Se eu interpretei mal a sua frase, peço desculpa.
:)
Pax Christi
Iniciei uma cadeia de orações pelo episcopado português. Sejam bem-vindos todos os católicos de boa vontade.
Mais informações aqui:
http://cronicasdeumaperegrinacao.blogspot.com/2009/01/notcias-episcopais.html
Pax Christi!
No meu comentário anterior expressei-me mal. Não me referia a ir à igreja espaço físico, referia-me a ir à missa.
O meu problema em ir à missa são os sermões (pode ser um problema meu, ou simplesmente azar) que ouço de alguns padres e o diz que disse que ouço ao fundo. Acho sinceramente que muitos dos que lá vão deviam ficar em casa. Eu vou à igreja para "falar" com Deus, porque embora o possa fazer em qualquer lado, gosto da paz que retiro da igreja. Mas da missa retiro na esmagadora maioria das vezes apenas revolta. Não posso conceber a ideia de Deus castigador. Não entendo que ainda se confunda respeito com medo. Conheço gente boa dentro e fora da igreja e gente má idem. Não posso acreditar que Deus castigará os bons e justos porque não o veneraram numa missa e não andaram de joelhos. E premiará os que pecaram semana sim semana sim e pediram perdão outras tantas vezes.
Comentei este post porque gostei do que li, neste e nos anteriores. O inferno interno pela falta de paz, de luz, pelo vazio, pela distância a Deus. A distância a Deus, na minha opinião, não é equivalente à distancia aos ditos homens de Deus.
CrisR,
Sabia, mas na verdade Marta é um heterónimo que uso para assinar o que escrevo e não o meu verdadeiro nome. Mas escolhi-o porque gosto do nome, a sua origem bíblica foi um acaso. (se é que os há :) )
se tiver interesse de add a radio beatitudes no seu blog , etra neste link...http://www.radiobeatitudes.com/beatitudesnoblog.htm
tem os passos certinho... 24h musica catolica e programas oracionais e musicais...a paz
Renata
Li as respostas dadas e confesso que fiquei algo baralhado:
Luís Carlos disse:
«Pelo que eu entendo, não existe o inferno exterior a nós, existe apenas o inferno que criamos em nós mesmos, muitos vezes com a ajuda de outros infernizados.»
- Acontece que durante os primeiros cinco séculos de cristianismo, doutores e padres da Igreja tão importantes como Orígenes, Gregório de Niza, Dídimo, Diodoro, Teodoro de Mopsuéstia ou Jerónimo defenderam, de facto, a existência das penas do Inferno, mas a título meramente temporário.
Esta doutrina entretanto totalmente modificada pelo Concílio de Constantinopla (543) que definiu a natureza eterna e definitiva dos sofrimentos do Inferno.
O I Concílio de Latrão (1123) impôs como dogma de fé a existência do Inferno, ameaçando quem o não aceitasse com pena de prisão, tormentos e, inclusivamente, a morte.
¬
«Ele não julga, premiando ou castigando»
¬
- Porque castigou Adão então?
«Por isso o céu e o inferno não são negociáveis.»
- Onde vive o Demo afinal. Passei eu a minha infância e adolescência na catequese a ser aterrorizado com medo do Inferno e você vem dizer-me que não existe?
- Porque se reza ainda hoje no terço: - Ó meu Deus perdoai-nos e livrai-nos do fogo do Inferno?
- E o pagamento das indulgências era para nos livrar do quê?
«Deus criou-nos livres»
- Então porque castigou Adão que apenas fez uso da liberdade, afinal livres, mas não muito?
«O problema está em pensarmos Deus … à maneira humana»
- Mas se Ele sofre do pecado da Ira por isso mandou matar todos os primogénitos do Egipto sem que tivessem culpa alguma do que o rei fazia, é ciumento ao ponto de não suportar que eu adore mais nada antes dele, sofre do mal mais humano que há, o arrependimento, chegando a arrepender-se de ter criado Adão (está na bíblia é só ler…).
Como não havemos de pensar nele à maneira humana?!
«Depois é uma questão de sentires ou não sentires o Seu amor.»
- Posso eu ser punido pelo simples facto de não sentir Deus, que culpa eu tenho de não o chegar O sentir? Não deveria ser o contrário, Ele, como omnipresente que é, apresentar-se-Me e depois eu optar, e aí sim poderia ser punido, mas onde fica a tal liberdade?
Isso será a forma de se ter céu ou inferno.
Ou mente você ou a Bíblia pois lá está descrito ao pormenor como é o inferno.
Ou mente você ou a Senhora de Fátima pois através da vidente Lúcia ela explicou muito bem o que era o Inferno. Em que ficamos?
Paula
Tenho pena de dizer isto, Paula. Mas de facto não entendeste nada! Mas tb não procuraste entender com simplicidade o que se pretendia dizer. Apenas tentaste esgrimir ideias que tens (ou não) para contradizeres o que foi dito. Bem, eu não costumo entrar nestas pequenas quezílias (nem entendo que esta seja). Mas gostaria de dizer que eu não menti. Tentei explicar de forma bem humana o que é difícil de explicar. Nada mais. Tudo o resto são especulações. Essa da Bíblia ou da senhora de Fátima, como muitas outras coisas mais, são sobretudo apanágios para interpretarmos tudo da maneira como queremos e esgrimirmos argumentos para nos justificarmos. Seria bom que pretendessemos acima de tudo crescer, ir mais longe, com a ajuda dos outros. É o que tento fazer neste espaço quando leio os coments...
Beijinho, Paula. Amigos na mesma.
Não se zangue também comigo, Padre... As questões que a Paula colocam são pertinentes ou, no mínimo, inquietantes. Por vezes tb tenho dificuldade em aceitar a grandeza de Deus. É infinitamente bom e misericordioso e o mundo cheio de desgraças... O Dr. Fernando Nobre tem, no seu blogue "Contra a Indiferença", uma carta maravilhosa dirigida a Deus com o propósito de O confrontar com dilemas desta natureza. E fá-lo de um modo sensível e ao mesmo tempo contundente...
Não sente, Padre, que Deus gosta de jogar connosco às escondidas...? Vá, não me bata:)
Bjs
Fá
Olá Paula
Todas visões de Lúcia coincidem com as figuras que apareciam nas pagelas, vulgo"santinhos", que nos distribuiam na catequese. Que, por sua vez, representavam pinturas medievais (ou quase) das nossas igrejas. O que esta criatura descreveu não tem qualquer credibilidade. É fruto de séculos de crendice e obscurantismo a que o nosso povo foi sujeito durante séculos.
Nem sequer pretendo dizer que ela era uma mentirosa compulsiva. Porque penso que ela acreditava que tinha visto tais coisas, inclusíve a Virgem. Quem ler com atenção e nas entrelinhas os dois livros com as memórias dessa mulher, fica abismado com muitas incoerências das descrições. Por exemplo, disse que o manto da senhora era mais brilhante que o sol, o que é um disparate. Porque nem sequer conseguimos olhar para o sol, quanto mais para algo mais brilhante...
Fátima foi um embuste que, de início, foi devidamente combatido pela Igreja. Mas depois, passou a aparecer muito dinheiro e ouro debaixo da azinheira. E tudo mudou.
ó Fá, não bato em ninguém e tb não bato na Paula.
Só me custa que a gente parta para um raciocínio ou para um pensamento ou para uma opinião de mãos fechadas... entendes. Parece que se vêem as coisas, mas só com os nossos óculos. Não nos permitimos sequer ver as coisas como elas são porque as queremos ver com os óculos que já nos deram. Isso não é a liberdade que Deus nos ofereceu. A Paula falou inclusive de Adão sem tentar perceber se ele se insere ou nãop no grupo dos que se afastaram de Deus. Entendes?
Quanto a Fátima, é diferente. ó fernando, não concordo com o que dizes ser Fátima um engodo. Há muita coisa que eu não consigo explicar nem concordo. Mas acredito nas aparições. No entanto, cada um explica as coisas com aquilo que conhece para as explicar. Aliás, foi o que eu fiz. Tudo o que escrevi sobre o céu e o inferno nestes 3 posts não são de maneira nenhuma uma nova doutrina. São apenas a minha forma de explicar as coisas.
«Existe uma infinita contradição entre o amor de Deus e a justiça divina.
Que classe de pai é esse que, segundo os teólogos, nos ama com um amor infinito e nos perdoa com infinita misericórdia, mas que, ao mesmo tempo, sendo infinitamente justo, e perante o pecado do homem, (que lhe causa uma ofensa de dimensões infinitas) necessita uma vítima de valor infinito, o próprio Filho, para harmonizar no seu desígnio salvítico, a intima contradição entre misericórdia e castigo a que o pecado o homem o levou, a Ele, sabedoria infinita e suma inteligência.»
Senhor Padre, estas palavras não são minhas, são de Eugen Drewermann (este nome não lhe é totalmente desconhecido penso eu).
Paula.
Pois, amiga Paula
Não concordo nada com ele... e agora, que li o seu nome, entendo melhor o porquê das tuas questões!
Confessionário, não gaste o seu latim! Qualquer pessoa pode depreender que você não pode demover o Fernando Vouga, porque ele pensa com base em dogmas! Admitir a veracidade das aparições de Fátima quebra pelo menos 3 dos dogmas dele:
O dogma da Materializada Conceição
"Tudo é matéria e nada pode acontecer que quebre as leis da matéria"
O dogma do Pecado Eclesial:
"Tudo o que a Igreja faz é para ganhar dinheiro à custa da ignorância das pessoas"
O dogma da Assunção do Fernando Vouga:
"Penso, logo é."
Deixe o Fernando em paz, que ele já está atrasado para a missa dele. É lá que os ateus se reunem para declamar o seu credo: "Creio que Fátima é um embuste, porque se houvesse um manto mais brilhante que o Sol que eu pudesse ver, então isso seria uma incoerência ou um milagre. Creio na inexistência de um milagre, logo Fátima é um embuste. Nós, pessoas inteligentes que pensam por si próprias, cremos todas nisto. Amén."
Devemos ser tolerantes com as outras religiões!
LOL! Estas intervenções divertem-me sumamente! Gosto quando um ateu saca da frase do "manto mais brilhante como o Sol" como se tivesse dito uma coisa muito inteligente, como se os crentes fossem abrir a boca de estupefacção e proclamar: "Caramba! Como é que eu não tinha pensado nisso? Oh não, a minha fé está a ir-se... a ir-se... a ir-se... foi-se... oh, Fernando Vouga, obrigado, muito obrigado por me ter libertado do obscurantismo em que me encontrava! Oh, meu salvador!"
LOL! Ainda me estou a rir!
Só dou um conselho ao Fernando Vouga. Não quero ser "magisterial", nem por sombras! Apenas vou dar-lhe um conselho, que penso que o ajudará na sua missão de proselitismo ateu... porque se foca em Fátima? Você pode libertar-se da religião judaico-cristã desde a sua raiz! Você pode provar que a religião judaico-cristã é um embuste! Ora veja: o Judaismo começou com a aparição de Deus a Moisés numa sarça ardente que nunca se consumia! E o Cristianismo com a ressurreição de Jesus!
Ora, é óbvio que Moisés e os Apóstolos eram apenas pessoas simples e bem intencionadas, cujos delírios foram mais tarde aproveitados pelas dinastias israelitas e pelo Imperador Constantino! Mas como é possível existir uma sarça ardente que não se consome? Como é possível que Jesus tenha ressuscitado? É óbvio que o crente nunca pensou nisso! Quer dizer, é impossível, não é? Andam os crentes a pensar que é possível quando não é! Hum, se os crentes descobrissem que essas coisas (chamadas "milagres") são impossíveis, então já não seguiriam a Igreja! E ela deixava de nos chupar dinheiro, para alimentar as suas gananciosas máfias malévolas como a Cáritas, por exemplo! Deste modo, os crentes poderiam gastar o seu precioso dinheiro em causas que valem a pena como, sei lá, o McDonald's do shopping da esquina, por exemplo.
Eu, pelo meu lado, vou continuar a acreditar, sabe, porque tenho um QI da ordem dos 10 e porque tenho um fétiche por autoflagelações e cilícios, que é o único prazer sexual que me resta dado que a Igreja (mázinha!) acredita que o sexo é pecado(ameaçando-me com o Inferno, mázinha!).
LOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOL!!!
Cara Paula:
Se você reler a frase de Drewermann, compreendendo que o Filho mais não é que o próprio Deus, então você talvez compreenda o significado do Amor Divino (pista: "auto-sacrifício").
Gostaria ainda de comentar a sua frase:
"Então porque castigou Adão que apenas fez uso da liberdade, afinal livres, mas não muito?"
Existe aqui uma noção errónea de liberdade que está muito em voga nos dias de hoje... a de que só somos livres numa decisão se formos livres das consequências más da decisão.
Mas se nós retirarmos as consequências más de uma decisão, então a decisão não faz muito sentido (afinal, uma das consequências más de optar é deixar de usufruir do bem da opção que não foi escolhida). Sem decisões, não há liberdade.
A sua liberdade assemelha-se à das crianças. Quando se diz a uma criança para escolher um brinquedo, ela escolhe todos. Mas nós somos adultos, Paula! O que quer dizer que escolhemos e aceitamos a responsabilidade pela nossa escolha!
Deus deu a Adão a escolher: "Ou não pecas e vives em graça... ou pecas e vives em desgraça."
Adão escolheu.
Deus respeitou a escolha.
Se Deus lhe tivesse permitido pecar e depois não houvesse consequências, então Adão não seria livre. Seria uma criança. Um bom pai quer que os seus filhos cresçam. Mesmo que os filhos não compreendam por que razão o pai faz aquilo que faz.
As suas dúvidas são bastante pertinentes, mas são facilmente respondidas por qualquer tratado de teologia. Você já leu Drewermann, leia agora o outro lado da questão. Senão, você está apenas a fazer perguntas de retórica que não visam ser respondidas e que, no fundo, não têm verdadeiramente nenhum objectivo (a não ser afirmar diante de todos que você não compreende, o que é absurdo se não desejar compreender).
É o que eu penso...
"Devemos ser tolerantes com as outras religiões!"
Para "Alma Perigrina"
Da mesma forma que devemos ser tolerantes com as outras religiões, também devemos ser tolerantes com quem não tem religião nenhuma.
Tendo todo o direito de discordar das opiniões, já não terá esse direito para atacar as pessoas que não pensam como a senhora. É que aqui, o que está em causa, é o debate das ideias e não catalogar ou humilhar seja quem for. Fazer ataques pessoais é, no mínimo, deselegante e contraproducente.
O padre disse:"Deus deixa-nos livres nas nossas opções. Se O abandonarmos, se prescindirmos Dele, se nos afastarmos Dele, Ele não impedirá que o façamos. Deus criou-nos livres. Ele não te abandonou nem abandona". Mas as coisas não parecem tão simples. E quando nos actos de cada um não existe liberdade? E quando uma doença mental leva a cometer um homicídio ou um suicídio? A igreja não perdoa. A igreja ainda não perdoa por completo os suicidas. Logo, o pecado não afasta de Deus, sem que a pessoa esteja totalmente ciente e detentora da possibilidade de escolha? até é dito que se retiverdes eles serão retidos... Então o homicida é perdoado, mas o suicida não... está bem... sim, porque se não lhe querem fazer o funeral pela igreja um suicida é considerado pior que um homicida arrependido. Mas não afasta o pecado de Deus? Logo posso afastar-me dele sem o desejar, só porque não consigo deixar de pecar ou não?
E também não entendo, se dou converte uns manifestando-Se porque não converte outros de igual maneira? Porque se Se manifestar as pessoas não de afastam. Claro que não pretendo mandar na acção de Deus, só gostaria de entender, deve haver uma explicação que eu entenda.
Faz sentido, se amar a Deus é um chamamento e permanecer n'Ele é uma graça então, porquê apenas a uns e não a outros? Porque não respondeu?
Não respondi porque nem sequer entendi bem a pergunta. A vida é um dom que nos foi dado por Deus e por isso não devemos usá-la como se Deus não podesse ter participação nisso. Tb nunca podemos dizer que o suicídio é uma coisa boa. Mas daí a confundir com homicídios e coisas do género vai muito. E hoje em dia não são propriamente proibidas cerimónias exequiais para quem se suicida!
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