quinta-feira, novembro 27, 2008

Quer ser padrinho

O António vai a crismar porque quer ser padrinho. Foi à Catequese porque queria ser padrinho. Nunca foi de faltar muito porque queria ser padrinho. Sabe de cor os sete sacramentos que a catequista lhe ensinou porque quer ser padrinho. Sabe que o crisma confirma o baptismo e por isso se chama Confirmação, porque quer ser padrinho. Sabe inclusive que é mais do que uma confirmação. Disseram-lhe que tinha a ver com a maturidade da fé. Aprendeu os dons do Espírito Santo que, dizia, curiosamente também são sete, porque quer ser padrinho. Porta-se bem nos últimos encontros de preparação para o crisma porque quer ser padrinho. Vai-se confessar porque quer ser padrinho. Vai a crismar com um padrinho ao lado porque quer ser padrinho. Mas quando lhe pergunto porque quer ser padrinho, não sabe porque quer ser padrinho.

42 comentários:

Anónimo disse...

Sr padre
Já pensou que o António pode nunca ter sido ensinado a conhecer a Deus, e a amá-lo ao ponto de querer cumprir os sacramentos da igreja?
Neste caso Quem serão os responsáveis?

Anónimo disse...

O António penso seja um adolescente, tem muitos adultos que não sabem o que querem. O António ja aprendeu algumas coisas na catequese e uma coisa ele também sabe: "quer ser padrinho". Tem muitos que andam na catequese porque são obrigados, o António tem um motivo. Parabéns António hoje o teu objectivo é um dia seres padrinho, concerteza andas matutando na pergunta do Sr. Padre (porque queres ser padrinho) ja te estás questionando e a vida é assim um constante questionar-se.

Anónimo disse...

O António não está sozinho, existem muito jovens que estão na catequese até 10ano e depois recebem sacramento do Crisma, porque se depois quiserem ( e alguém os convidar) podem ser padrinhos de baptismo.

Onde vivo, este tema (crisma / padrinho) tem irritado muitas pessoas:
- uns não percebem porque é necessario ser crismado;
- outros percebem que sacerdotes "exigem" que sejam crismados, e tentam arranjar forma de ser crismado da forma mais rápida (sem ter de frequentar catequese 10ano) para puder ser crismado...

Porque querem ser padrinho???
poucos devem saber..
talvez seja estatuto, ou fiquem bem nas fotografias...

L!NGU@$ disse...

Eu queria ser padrinho. Dei duas garrafinhas ao padre e pronto, tive o crisma.

Anónimo disse...

Ola a todos. Passo aqui várias vezes, mas apenas hoje decidi comentar.

Parabéns pela iniciativa, sr padre.
... pela partilha, de vivências.
Um obrigada.

O António está num processo de crescimento, está a caminho (como todos nós..), está a preparar-se para confirmar o baptismo. Penso que 'o querer ser padrinho' não é suficiente para receber o Sacramento. É zero, nulo.. É preciso mais. Muito mais.

O António, com o Sacramento do Crisma, poderá ser um renascido no Espírito, ou poderá ser um daqueles cristãos que 'tem a caderneta com mais um cromo'. Isso a mim não me diz nada.. MAs nunca se sabe, pode ser um começo.

No meu caso.. Sou crismada à 1 ano e meio e posso dizer que desde aí.. Não sei, sinto-me, vou-me sentindo, continuamente renovada. Sinto-me nova pessoa. Nem sequer me lembro do que era antes. Apenas sei que estou diferente (e muito) desde as reuniões de preparação. E já neste ano e meio se vão notando diferenças. De dia para dia. O crescimento, o discernimento.. Com grandes, muitas dificuldades pelo meio, claro! A nossa fraqueza está sempre presente. Progressos, retrocessos.. Um caminhar em Igreja!

Eu talvez tenha sido motivada 'pelo preencher da caderneta', o António pelo 'querer ser padrinho', mas o certo é que eu hoje estou aqui. O António poderá também estar aqui, ou aí.., poderá vir a ser um grande cristão. Eu, antes de receber o sacramento do crisma, não sabia quem era Cristo!. Hoje, afirmo-O e adoro-O.

Eu tinha 14 anos, e agora com 16, (também já sou madrinha xD) agradeço a Deus o 'Ananias' (..já que estamos no ano paulino) - o meu pároco - que me pos no caminho libertando-me da cegueira em que me encontrava.

Quem sabe se não é (mais) uma missão para o sr padre!?..

Não vos acomodeis!
:D

Anónimo disse...

Quanto ao facto de padrinho/crisma..

Aqui na Diocese de Lisboa parece que houve algo de 'mais oficial'.., logo, na paróquia não há abébias. O meu pároco, graças a Deus tem o Espírito Santo com ele e anda 'a partir muita pedra' (como ele diz :D). É claro que os seus actos não são nada populares na comunidades (com os 'praticantes'), mas aqueles que verdadeiramente tentam viver em Igreja, apoiam-no, apoiamo-nos mutuamente.., remamos contra a maré, corrente!. É este o futuro da Igreja, os resistentes. É o nosso caminho..

Anónimo disse...

Ò Sr Padre, estrei-me a comentar o seu blog no post anterior, mas se continua a dar-me tema desta maneira, receio bem que tenhamos uma longa relação bloguística pela frente, comigo essencialmente no papel de lhe fazer cabelos brancos.

Como já deve ter ficado com uma ideia nos meus comentários anteriores, Religião, Igreja Católica e já agora Querer Ser Madrinha, são as últimas das minhas preocupações, ainda assim, veja lá, sendo apenas baptizada (porque quando o fui ninguém me pediu a opinião) tenho 4 afilhados a cujos convites por parte dos pais fiz os possíveis por declinar: que não, que não acredito em Deus, não gosto de religiões e da católica um pouco menos que das outras, que nunca vou seguir tradições nenhumas de Páscoa, etc etc etc. Apesar disso, não sou é capaz de convencer os pais de que não serei a melhor sustituta de mãe caso os pais venham a faltar a estas crianças, veja lá. Daí que fui já madrinha de 4 crianças (e serei de mais 1 no ano que vem) sem nunca ir a um curso, nem primeira comunhão, quanto mais crismas e outros que tais, na verdade nem mesmo a umas reuniões que se costumam fazer na véspera e quem contornou estas questões foram sempre os meus compadres com os respectivos padres. Que tal, Padre?
Alexandra (xana2000_2000@yahoo.com)
Uma ovelha tresmalhada

Confessionário disse...

OLá, Alexandra. Não digo que seja desonesta, porque me perece de todo honesta consigo mesma. Os pais das referidas crianças é que não. Pelos visto fogem da preparação e da verdade das coisas apenas por interesse. Acredite quando lhe digo que as reuniões a que presido para preparar baptizados têm sido muito esclarecedoras para muitos sobre a verdade do baptismo. Ninguém é obrigado a ser baptizado (por princípio), mas a fazê-lo, devia acontecer com verdade. Imagino que tb queira essa verdade, não?! Pela forma como fala, parece-me querer ser coerente e encontrar as coisas com verdade e, talvez (mas isto já sou eu a pensar com os meus botões) com Verdade.
Obrigado por vir, Alexandra... é sempre bem-vinda.

Canela disse...

Ó meu rico Pe. C.;

Compreendo a sua inquietação.

Mas isso, é apenas o que lhe é dado a conhecer.

Cá por fora, o que se houve... chega a doer. Dizem sempre: "enganei o Pe.", podem realmente conseguir enganar o Pe., mas nunca irão enganar a Deus.

Não vale a pena, citar tamanhas "façanhas".

Quanto á questão do António, há tantos, tantos ... e adultos.

Há padrinhos que poucos anos depois do baptismo, desaparecem e nunca mais se sabe deles!

Já ninguém toma compromissos a sério.
Já ninguém assume o seu papel.
Aparecer na festa com uma farpela catita, tirar um monte de fotos para o albúm, comer e beber... e já está!
Dever cumprido.

É triste, mas começa a ser costume!

De quem é a responsabilidade?

Boa questão (acho).

Anónimo disse...

"Não sabe porque quer ser padrinho".

Não sabe? Ou não consegue explicitar o que está por detrás do seu desejo? Ou até consegue mas pensa que não vai ser bem entendido? Talvez por desconfiar que as suas razões não serão as mais consentâneas com as normativas eclesiásticas?...

Ou talvez o que não sabe é o que pode significar verdadeiramente ser padrinho. Por não entender as ambiguidades teológicas sobre o referido ministério, nem compreender as incoerências a nível da pastoral...

JS

Teodora disse...

OK! A formação religiosa é útil por várias razões.

Mas o que será mais importante: sabermos muitas orações, termos todos os "certificados de habilitações de formação religiosa enquanto leigos" ou efectivamente ser-ser bom cidadão? Claro que se pode ter as duas. Elas não são incompatíveis.

De que me vale ir à missa todos os dias se a minha atitude na vida é "chatear" os outros e "sacar-lhes o tapete"...?

Consigo perceber que ser padrinho/madrinha implica responsabilidades de carácter religioso. Mas para além de parecê-lo é preciso sê-lo.

De que me serve andar a querer incutir princípios cristãos no meu afilhado se eu não passar de um estupor?!

Penso que deve ser exigido coerência, uma atitude respeitosa e espiríto de abertura para a doutrina.

Para mim insólto é alguém dizer-me que não casa pela igreja porque não tem dinheiro.

Ou... quando alguém que eu conheço decidiu casar pelo civil e quis baptizar os filhos pela Igreja Católica. Ou, ainda, um casal em que ela diz-se católica e ele protestante (se a memória não me trai!) e vai daí casam cá pela igreja Católica e num país estrangeiro pela Igreja Protestante. E para que ninguém fique triste, no dia do casamento, baptizam uma filha pelo rito católico e a outra pelo rito protestante.

Pode haver um falhita quanto ao credo dele, mas a palhaçada é real e muito recente.

Teodora disse...

Eu só tenho a primeira comunhão quase sem frequentar a catequese. Nada mais!

Sou madrinha do meu querido, lindo, fantástico, maravilhoso sobrinho.

Há uns tempos comentava a minha irmã que ele tinha-lhe pedido para lhe ensinar a rezar. A minha irmã disse-lhe que não sabia e que deveria pedir à vóvó.

Eu por acaso até já lhe ofereci a Bíblia "dos adultos, a completa, a séria" (telefonou-me a pedir-ma pois, já tinha lido a dos meninos pequeninos (que fui eu que lha tinha dado).

Assim sendo, ontem comprei-lhe um livro de orações que me saltou à vista pelo colorido da capa.

Sentei-me no sofá a "espreitá-lo" e deparo-me com uma oração para quando trabalho no computador. Ui disse eu?! Was?

Obrigado Senhor, pelo meu computador que me ajuda a fazer os trabalhos de casa e no qual também posso jogar. Isso ajuda-me a crescer e a tornar-me num adulto maduro e bom. É como uma janela, que me mostra o ciberespaço sem fronteiras. Envia-me o teu Anjo, como fizes-te a Tobias, para que me guarde dos sites maus e perigosos. Rezo para que esta inveção humana seja sempre e apenas um instrumento de conhecimento de liberdade e de bondade.

Devo dizer que li o livrinho (-inho porque é pequenino)e gostei das orações iniciais. Se não me falha a memória as mais antigas. A do Anjo da Guarda é giríssima. Sempre gostei desta ideia da existência de coisas invisíveis e simpáticas. Eu sempre achei que pairam coisas no ar. As últimas são um pouco modernaças para a minha pessoa.

Peço desculpa mas quando li a do computador tive vontade de rir. A minha mãe diz que é tudo muito bom. Eu estou enganada! Talvez?!

Eu não fumo e não gosto de substâncias psicotrópicas!

Alma peregrina disse...

Cara Daniela:

Obrigado pela sua história! Eu também deixei de ser a mesma pessoa depois do Crisma! É uma sensação diferente mas boa, um maior amor por Deus, um menor medo do mundo! Nem sabe como fico feliz por ver que existem pessoas que sentem o mesmo que eu!!!



Quanto ao post em questão... é um situação triste. Hoje em dia, os Sacramentos são mais meros rituais do que etapas de crescimento espiritual. Cerimónias ocas, sem qualquer alma ou sentimento. Fachadas douradas e pomposas guardando nada.

Parecemos aquelas crianças que não gostam da cerimónia matrimonial, apenas do bolo de casamento. Essas crianças esquecem-se que, sem o matrimónio, aquele bolo não era nada de especial e bem podia ser um bolo de aniversário ou coisa do género. Por que é preciso que um homem e uma mulher se sacrifiquem um ao outro para que uma centena de pessoas possam comer bolo?






Gostei bastante do contributo da Alexandre (xana, porque existe outra Alexandra neste blog, segundo me parece).
E concordo com o Confessionário. A culpa não é dos padrinhos que não partilham a fé. É dos pais, que deveriam saber o que significa o Baptismo e a função do padrinho.




Fico meio dividido neste assunto. Por um lado, acho que deveria haver um maior controlo por parte da Igreja sobre quem recebe os Sacramentos da Confirmação, do Matrimónio e, até, da Eucaristia (o Baptismo já será uma coisa diferente, uma vez que o cristão não deverá pagar pelos pecados e ignorância dos seus encarregados de educação).

Por outro lado, sei que vivemos numa sociedade facilitista e que tal radicalismo, embora preservasse a integridade da Fé, iria alienar muitas pessoas para longe da Salvação.




Mas, talvez... o problema não esteja aí. Talvez não se deva restringir o acesso das pessoas aos Sacramentos, porque tal estará a privar os cristãos da Graça Santificadora.

Penso que o problema está na catequese. E, lamento padre, vou dar uma turibulada na Igreja. É preciso parar com a catequese/palhaçada que quase só diz "Deus é Amor! Deus é Bom! Kumbaya!"

Isso a mim, parece-me o eduquês a proliferar na Igreja. A Igreja não é o Estado e não precisa (nem deve) alimentar-se de teorias pedagógicas experimentais e "iluminadas".

Depois, vêem-se pessoas(como se viu no post abaixo) incapazes até de conseguir compreender um simples comentário papal (o do Papa João Paulo II, em 1999, em relação à natureza do Inferno). E pessoas que não percebem nada dos dogmas (nomeadamente o da infalibilidade papal).

E vêem-se cristãos a pensar que podem fazer tudo o que lhes apetece porque "Deus é Amor" e, portanto, Deus consente em tudo.
E, no entanto, bastaria a esses cristãos saberem o que é uma encíclica e compreenderem o valor das encíclicas. Bastava isso para lerem "Deus caritas est" do Papa Bento XVI. Deste modo, esses cristãos saberiam diferenciar o Amor de Deus ("Ágape") dos restantes amores (particularmento o "Eros").

E também se vêem cristãos interessados que, como eu, precisam de ser autodidactas para crescerem na Fé. Eu tive de aprender, às minhas custas, quais são as fontes credíveis e quais as que não são. O perigo que foi!!! Como um cego a tentar atravessar uma ponte estreita!
Neste momento estou a ajudar uma amiga minha a compreender melhor o Catolicismo... foi ela que me veio procurar, cheia de dúvidas teóricas! Ela pensava que Maria era uma forma feminina de Deus!!! Seria culpa dela? Não!

O António pode saber recitar os 7 Sacramentos de cor... mas saberá o que significa cada um deles? Saberá que a Presença Real no Sacrário não é uma metáfora? Saberá o que é a Graça (para quê receber um Sacramento se não se sabe o que é a Graça)? Saberá qual é (no mínimo!) a função de um padrinho?




Por isso, peço perdão, Confessionário... mas esta é uma das poucas coisas cuja culpa eu não consigo atribuir ao laicado! No que diz respeito à catequese estamos muito mal servidos! E não me estou a referir aos catequistas! Estou a referir-me a quem escolhe os programas de catequese! Um pouco mais de rigor e um pouco mais de informação fariam milagres! A Educação não se constroi sem desafios! E a Fé também não!

Quando a Igreja resolver o seu problema catequético, o nº de "Antónios" decrescerá exponencialmente.



Abraços em Cristo (espero não ter de me ir confessar depois deste comment ehehehe)

Anónimo disse...

Isto fez-me recordar uma jovem que preparei para o crisma o ano passado. Desde o inicio que sempre dizia: eu quero apenas o crisma para ser madrinha! Levou o ano quase todo a dizer o mesmo. No nosso ultimo encontro, que foi um dia para reflexão no passo que iam dar, uma manha de silêncio, onde cada um ia reflectir sobre a confirmação, eu fui junto dela e perguntei-lhe: Então, continuas apenas a querer ser madrinha? Ela respondeu...já nem sei se quero ser madrinha! Confesso que na altura até tive receio de continuar a conversa...pensei que o meu trabalho ao longo do ano tinha sido tão mau que já nem madrinha ela queria ser.... Hoje ela é catequista e todos os Domingos gosto de a ver ali na missa...coisa que ela raramente fazia!

Fé e Esperança nos nossos jovens é aquilo que gostava que lhes transmitissem mais...Como catequista estou cansada de ouvir dizer mal dos jovens...EU TENHO ESPERANÇA NOS JOVENS

Teodora disse...

Hoje o meu lindo sobrinho visitou-me e ambos decorámos a árvore de Natal e o pequenino presépio conforme telefonicamente combinado.

O meu querido sobrinho tem oito aninhos.

Ora quando chegou a hora de organizar o meu presépio com elementos novos, o meu sobrinho colocou na casinha de madeira e musgo José (aquele carpinteiro que competia com o Teodorico na obtenção da herança da Titi!), Maria, o menino Jesus, o burro, o carneiro (estou a olhar para ele e tenho dúvidas se não é uma ovelha?!) e os três Reis Magos.

O meu sobrinho comunicou-me: titi, falta o Anjo para colocar atrás num plano mais elevado. E eu: ah! Pois é!

Seguidamente, pulou em direcção do tal livrinho de orações, que tinha acabado de lhe dar, e perguntou-me se lá encontraria orações de Natal. Eu respondi-lhe que não sabia. Leu em voz alta o índice. E nada encontrou que tivesse a ver com Natal. Perguntou-me se não existia. Eu disse-lhe que não sabia mas que iria tentar saber.

Não tem orações de Natal mas tem de aniversário. Titi, hoje levá-lo-ei para casa da Alda porque é o aniversário dela. Assim ela podererá lê-la.

A Alda é a mãe de um amiguinho do meu sobrinho. O filhote dela frequenta a catequese tal como os outros meninos da escola, com excepção do meu sobrinho.

Os meninos da catequese nem sempre respeitam as catequistas e o facto de estarem dentro da igreja. O amiguinho do meu sobrinho, só se lembrou de fazer uma tropelia uma vez. Foi mesmo no adro da igreja que a mãe dele resolveu o problema. Os outros meninos continuam igual a si próprios, isto é, iguais aos seus papás.

Coitadinhos.. são meninos pequeninos e nós somos tão giros, fantásticos e modernos!

Anónimo disse...

Correndo o risco de levar no meu frágil toutiço com pétreas carradas de teologia, permito-me fazer algumas observações.
Em primeiro lugar, esse adolescente (suponho eu que é), não foi consultado aquando do seu baptismo. Num assunto tão importante, como a religião católica diz ser, a decisão terá de ser individual e sem quaisquer pressões. Em meu entender, para a tomada de decisão, dever-lhe-iam esclarecer quais as hipóteses a ter em conta, pelo menos as mais importantes.
Dir-me-ão que é no crisma que a criança faz a sua profissão de fé e que só, nessa altura, passa a ser um verdadeiro cristão.
Porém, o que vejo, é fazer essa cerimónia demasiado cedo. O visado ainda não está na posse das condiçõoes intelectuais nem dos dados para fazer uma opção devidamente consciente.
Em suma, aquilo que nos conta na sua deliciosa história é esclarecedor.

Ver para crer disse...

Infelizmente não são só os adolescentes que arranjam motivos fúteis para se crismar. O conhecimento de Deus e os seus dons ficam de fora.

Anónimo disse...

Também eu sou crismado na fé de Cristo e sobre o texto e os comentários, senti como dever deixar também à consideração de todos o meu testemunho.

Tive uma formação católica em casa, na catequese e também na escola.

Quando se colocou a questão de receber o sacramento do Crisma o argumento que me foi colocado foi muito simples: ser eu a renovar os votos que outros o fizeram por mim aqundo do meu baptismo, nem mais, nem menos. Continuo hoje, já com 56 anos, a pensar assim, de assumir de forma activa a vontade de pertencer na fé e comportamento à comunidade cristã.

Tomar como justificação maior: para ser tutor espiritual de outro que quer entrar na comunidade cristã, então tem que assumir perante Deus um compromisso, com um compromisso, até dá ideia de um negócio menor. Não, um membro tem que se assimir no compromisso com Deus e fazer desse compromisso um testemunho e só depois através desse compromisso de testemunho é que poderá aos "olhos" da Igreja assumir a tutoria na orientação espiritual de outro(os) afilhado(s).
Fica aqui o meu comentário.
Fernando Gonçalves

Fata Morgana disse...

Ser Padrinho é um objectivo bonito e bom.
Explicar porquê pode ser como andar de bicicleta na sala de visitas... Quantos objectos iria derrubar - se calhar muito menos valiosos do que a vontade de ser padrinho?

Se ele for um padrinho de verdade, não precisa de explicar porque o quer ser... Acho eu.

Saudações.

Anónimo disse...

Nem me dou ao trabalho de fazer o meu próprio comentário, no entanto, subscrevo na totalidade as palavras do Sr. Fernando Vouga. Assim, evito que O Selvagem de Huxley me caia em cima.
Deduzo que este Selvagem seja colega do confessionário, daí nunca concordar com quem não está de acordo com o conteúdo do post.
Até o Helder (também deve ser colega)se vê apertado com a fraca evangelização, segundo ele. Pois bem, defendem-se como podem.
Dá para notar que esses textos longos retirados nem sei de onde, são de quem estudou teologia.
De qualquer forma, gosto do que escreve e como escreve, embora nem sempre esteja de acordo.

Um abraço

José Manuel

Anónimo disse...

Hoje dou graças a Deus, por ter sido baptizada ainda um bébé de dias e ter sido crismada numa altura em que a religião para mim era só tradição.
Isso não impediu que me tivesse afastado da igreja durante vários anos, já na idade adulta.
Hoje voltei porque não recusei o chamamento que Deus me fez.
O Baptismo o Crisma e a tradição que segui, mesmo no desconhecimento de tanta coisa,são as bases que me dão força para O seguir,de um modo mais responsável e sempre tentando ir mais além na perspectiva de O conhecer melhor

manecas disse...

A minha pergunta é esta: Para que queremos nós os padrinhos? Porque é que a Igreja ainda não acabou com isto?

Alma peregrina disse...

Caro José Manuel:

Eu não "caio em cima" de ninguém. Limito-me a:

1) Dar a minha opinião (que é o que toda a gente faz)

2) Corrigir erros teóricos (infelizmente, parece que a maioria das pessoas que formam opiniões contrárias à Igreja baseiam as suas opiniões nestes erros, bastante divulgados).




Não tenho nada a acrescentar ao que Fernando Vouga disse, porque ele deu uma opinião válida (a idade do Crisma ser demasiado precoce, o que eu discordo, mas respeito). Quanto à sua noção errónea sobre o Baptismo das crianças, ele próprio deu a resposta "é no Crisma que se faz a profissão de fé etc..."




É pena que as pessoas pensem que as minhas intervenções são uma defesa incondicional do Confessionário, quando na verdade, são apenas informações que visam a manutenção da integridade intelectual do debate. Significa que a minha participação é inútil. Mas eu não posso, em boa consciência, voltar costas enquanto as pessoas continuam a sustentar inverdades e a filtrar os seus conceitos de Deus e da Igreja através dessas inverdades. Enfim, por isso é que a nova evangelização é tão difícil. A mentalidade pós-moderna reduz todas as ideias ao estatuto de "opinião", as quais são todas iguais, independentemente do grau de conteúdo e da sua veracidade.



E não... não sou padre. Não é preciso ser padre para seguir Cristo e a Sua Igreja. A única coisa que é necessária é "renunciar a si próprio" e aceitar a Verdade.

Abraços em Cristo

Anónimo disse...

Desculpem a ignorância.

Quando falou Jesus nessas coisas?

Obrigado.

Anónimo disse...

Boa tarde Sr José Manuel.

Suponho que o Helder de quem fala seja eu, assim sendo, quero-lhe dizer que está enganado, não sou colega do Sr. Padre, deve notar, que se fosse na realidade, não lhe tinha respondido de tal maneira, supondo que é a paula do post anterior.

Ah e se quer que eu me defenda de outra maneira, então continue a criticar e a refutar, o que de resto tem sido norma, mas mostrem-me aonde se basearam para fazer tais criticas e mostrem-me coisas válidade para justificar tais refutações.

Abraço

Canela disse...

Selvageeeeem!!!!!

Tenho andado ausente.

Acho que é a minha vez de te dizer: ..."não vale a pena", gastar palavras preciosas, com quem não está disposto... sequer a ouvi-las!

Anónimo disse...

Sr. Helder:
Apenas me baseei nas palavras que O Selvagem lhe dirigiu no post anterior.
Aqui estão copiadas e coladas:


Caro Helder:

Mau esforço de evangelização, meu caro... muito pobre mesmo...

Por favor, esse tipo de comentários não dignifica a nossa Igreja. Pode criticar, mas construtivamente. Pax!

Não quero entrar de maneira nenhuma em "guerra" com ninguém.
Apenas acho que o selvagem quer sempre ter a razão do lado dele.

Um abraço para Si também

José Manuel

Anónimo disse...

Já agora, se fosse possível, gostaria de perguntar em que se baseia a Igreja Católica para baptizar as crianças, visto que Cristo foi baptizado em adulto e antes Dele, na Bíblia, se não estou em erro, apenas se relata a entrega das crianças no Templo e também, qual o "papel" dos padrinhos ...
Obrigada.

Alma peregrina disse...

Cara anónima (4/12/08 17:52):

Vou partir do princípio que você está a fazer uma pergunta honesta e não a procurar argumentos para ridicularizar a posição da Igreja Católica (que é o que os anónimos frequentemente fazem). Baseio esta minha noção no respeito que demonstrou à divindade de Jesus ao referi-lo com maiúsculas ("Dele").





Para já, a Igreja Católica não tem que se basear APENAS na Bíblia. Cristo disse aos Apóstolos (de quem os bispos são os sucessores):
"tudo o que ligardes na Terra será ligado nos Céus e tudo o que desligardes na Terra será desligado nos Céus".
Mt 16:19
Mt 18:18

Não nos podemos esquecer que a Igreja é o "pilar da verdade" (1Tim 3:14-15) e que as "portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela" (Mt 16:18)

A Igreja tem certamente a autoridade de definir quem é "baptizável" e quem não é.




Posto isto, você refere muito bem que, na Bíblia, se relata a consagração de crianças no Templo. Na verdade, este é o ponto mais forte na argumentação a favor do Baptismo de crianças.

De facto, as crianças do sexo masculino eram apresentadas no Templo ao 8º dia. Mas essa apresentação tinha a ver com a circuncisão ritual.
Deus ordenou a Abrãao que todas as crianças do sexo masculino fossem circuncisadas ao 8º dia, de acordo com Gn 17:12.

No Novo Testamento, S. Paulo afirma que o Baptismo substituiu a Circuncisão (Col 2:11-12).

Portanto, será lógico pensar que o Baptismo de recém-nascidos não só é permissível como desejável.

A Circuncisão era a forma através da qual a criança passava a pertencer à nação judaica. O Baptismo é a forma através da qual a criança passa a pertencer à Igreja. A Circuncisão é um sinal da Antiga Aliança. O Baptismo é um sinal da Nova Aliança. Os paralelismos entre ambos os rituais são bastante impressionantes.





É precisamente devido a esse paralelismo que, na Bíblia, a maioria dos baptismos ocorre numa idade adulta. A maioria dos baptismos da Bíblia são frutos de uma conversão na idade adulta. Também a circuncisão deveria ser praticada na idade adulta dos recém-convertidos à fé judaica.




No entanto, pode ser incorrecto afirmar que, na Bíblia, não existem baptismos de crianças.
S. Paulo terá baptizado TODA A CASA de Lídia (Act 16:15), do carcereiro filipense (Act 16:33) e de Estéfanas (1Cor 1:16).
Quando se fala em toda a casa (i.e. toda a família), pode-se deduzir com alguma probabilidade que existiriam crianças.




Penso que Baptismo "como escolha" não faz muito sentido. Deus criou-nos sem que nós o escolhêssemos. Deus deu-nos os Seus Mandamentos sem que nós o escolhêssemos. Jesus sacrificou-Se por nós sem que nós o escolhêssemos.

O que nos é dado a escolher é se, perante estes dons, nós os aceitamos ou não: daí a Confirmação.

Além disso, ao privar a criança da Graça Santificante que decorre do Baptismo, a criança permanece no Pecado Original, o que tornará mais difícil a sua profissão de fé. O Baptismo não é um ritual simbólico: é verdadeiramente o renascimento daquela pessoa para uma nova Humanidade. Sem esse renascimento, acolher Cristo será mais difícil.





Não nos podemos esquecer que é pelo Baptismo que a criança passa a pertencer à Igreja.
A Igreja é o Corpo de Cristo (Ef 5:26)
E Cristo disse: "Deixai vir a Mim as criancinhas..." (Lc 18:16).





Quanto ao papel dos padrinhos é serem testemunhas. Testemunhas que aquela criança, recebida agora na Igreja, receberá verdadeiramente uma educação cristã. Se os pais falharem, os padrinhos compromentem-se a prosseguir a educação cristã dessa mesma criança.

Daí ser um contra-senso as pessoas desejarem ser padrinhos/madrinhas de Baptismo, quando não querem oferecer uma educação cristã à criança.

A Alexandra, por exemplo, assumiu um contracto que não pensa cumprir. Na verdade, ela parece ter assumido esse contracto sem o saber.
As pessoas podem discordar da natureza desse contracto... mas então não o assumam.

Mas, mais uma vez, a culpa não é dos padrinhos... mas dos pais que não compreendem o que é o Baptismo. Por isso concordei com o Confessionário.

Abraços em Cristo.

Anónimo disse...

Uma boa maneira de captar o que pode ser o papel dos padrinhos é através do processo de iniciação cristã dos adultos. Aí, eles têm como missão serem testemunhas, fiadores e ajudantes dos catecúmenos.

É o padrinho que apresenta oficialmente à comunidade o candidato e que dá testemunho perante ela das disposições que ele possui.

O padrinho é escolhido pelo catecúmeno, mas ao mesmo tempo é delegado pela comunidade local; e deve ser aprovado pelos presbíteros.

A função principal do padrinho é acompanhar o candidato em todas as etapas da iniciação, sendo testemunha da fé da comunidade. Cabe-lhe dar opinião sobre a instrução e o progresso do catecúmeno, e deliberar sobre a idoneidade do mesmo.

É ainda missão do padrinho disponibilizar-se para, após a recepção dos sacramentos, ajudar o neófito a manter-se fiel às promessas do baptismo, amparando-o no exercício diário da vida cristã.

JS

Anónimo disse...

Percebendo-se a importância da missão do padrinho, percebe-se também as condições para o seu exercício.
Assim, será compreensível o estabelecimento dos 16 anos como idade mínima requerida (a fim de garantir uma base de maturidade humana); bem como a exigência de que tenha completado o seu próprio processo de iniciação cristã (de que a recepção do crisma tem sido vista como etapa final); e ainda que se requeira um testemunho de vida consentâneo com a fé que se professa.

JS

Confessionário disse...

Anónima das 17.42, salvo erro,

A tradição de baptizar em criança proliferou sobretudo no sec XXVI e por causa do Pecado Original, para que a criança podesse ser salva.
Pessoalmente, discordo desta teoria, porque Deus quer salvar a todos e não só os baptizados. Deus ama todos. Podíamos ainda falar muito do Pecado Original, para o qual tenho umas "desconfianças". Um dia explorá-las-ei. Não agora.

Pessoalmente acho que a estrutura que a Igreja encontrou para a caminhada da pessoa baptizada em criança é plausível. Aceito-a. Se ela fosse levada a sério por todas as partes resultaria 100%:"Baptizado, formação, conversão e confirmação". Mas o ideal seria mesmo "conversão, formação, baptizado".

Por isso discordo do Selvagem nalguns pontos da sua última reflexão.
A fé é-nos dada por Deus, mas só é verdadeira se assumida. Por isso passa por uma escolha e se possível consciente desde o primeiro momento.

Daí a importância dos padrinhos e o seu papel: são o garante da fé do afilhado e têm como principal missão não só apresentá-lo à comunidade (como disse o JS), mas acima de tudo, ajudar o seu afilhado a caminhar na fé. Se o ajudar no resto (caminhada integral) é óptimo. Mas acima de tudo, na caminhada de fé.

Anónimo disse...

Para esclarecer um ponto do comentário do Selvagem:

A apresentação de crianças no Templo de Jerusalém nada tinha que ver com a circuncisão.
Tratava-se, isso sim, do oferecimento ao Senhor dos filhos varões primogénitos, conforme prescrição da Lei judaica.
Os pais podiam proceder ao resgate da criança através de uma oferta sacrificial (v.g. um par de rolas ou pombas).

JS

Jorge Oliveira disse...

Ihihihihih,
Engraçada a posta.

Às tantas o António quer ser padrinho por causa do Marlon Brando ou do Al Pacino. São cismas...lol


(O que eu não sabia é que para ser padrinho na ig. Católica eram preciso essas exigências todos, que complicação!)

Anónimo disse...

Nunca é demais lembrar que muitos dos equívocos à volta deste assunto (ser padrinho) surgem do facto de não se reconhecer que a questão se joga em duas esferas distintas e autónomas: a dimensão social (familiar, civil) e a dimensão eclesial (espiritual, religiosa).

Podem estas duas esferas estar em convergência; porventura, idealmente, em conjugação perfeita. Mas é (cada vez mais) frequente apresentarem-se como campos separados, mesmo opostos.

O problema surge quando ambas as esferas competem, digladiam-se por uma mesma ritualização, teoricamente pertença de determinado mundo religioso, mas à qual o mundo arreligioso (mesmo irreligioso) sente ter direito de acesso.

Isto, à conta do significado e peso social de tais ritos, tanto mais elevado quanto mais hegemónica se tiver mostrado certa tradição religiosa.

JS

Alma peregrina disse...

Caro JS;

Agora que você fala nisso estou a recordar-me... é isso, o oferecimento do filho varão e o seu resgate, instituído, se não me engano, por ocasião da Páscoa Judaica (a história do cordeiro imolado pelos primogénitos israelitas no Egipto).




Ainda bem que interveio para me corrigir. Se eu sabia tinha-me mantido calado. Ao contrário do que as pessoas aqui dizem, eu não tenho prazer nenhum em corrigir os erros dos demais, nem em "ter sempre razão". Simplesmente sinto o dever de ajudar os meus irmãos a aperceberem-se dos seus erros.
Preferia não ser eu a fazê-lo, porque, sinceramente, ainda me considero demasiado imaturo para estes debates. Mas que devo fazer, calar-me quando alguém diz que o "purgatório foi inventado para enriquecer os bolsos da Igreja"?

O Confessionário discordou de mim neste post, o JS discordou de mim no post abaixo e eu sinto-me feliz! Sinto-me feliz porque aprendi algo novo, porque já não vou incorrer em alguns erros, e porque finalmente vejo um debate com ideias válidas.

Agradeço-lhe do fundo do coração, JS!

joaquim disse...

Como diz o JS e muito bem, penso que a maior parte do "problema" passa pela confusão entre a festa social e a festa religiosa (celebração do Sacramento).

Se o padrinho/madrinha não tem vivência da fé, não está em comunhão com a Igreja, como pode ele/ela ser "testemunha" de algo em que não acredita, e "acompanhante" da vida de fé do baptizando?

Por isso muitas vezes os padrinhos/madrinhas são escolhidos por amizades, por "obrigações", para agradar, até por razões materiais, o que nada tem a ver com o ser padrinho/madrinha de Baptismo como aqui já foi largamente explicado.

Como termo de comparação conto a história verdadeira de uma rapariga que me disse:
Vamos casar pelo civil, porque não temos dinheiro agora para a festa. Depois quando tivermos dinheiro casamos pela Igreja para podermos fazer a festa.

Abraço amigo em Cristo

Anónimo disse...

O nosso amigo "O Selvagem Huxley" disse:


«Eu não "caio em cima" de ninguém. Limito-me a:

1) Dar a minha opinião (que é o que toda a gente faz)

2) Corrigir erros teóricos (infelizmente, parece que a maioria das pessoas que formam opiniões contrárias à Igreja baseiam as suas opiniões nestes erros, bastante divulgados).»

Concordo com o primeiro ponto. Toda a gente, sem ter em conta a sua formação ou deformação religiosa, tem direito a dar a sua opinião.
Porém, no que respeita a "corrigir os erros teóricos, tenho fortes dúvidas. Porque, como disse, o "erro teórico" é apenas um erro em relação a uma teoria. Que, como todas as teorias, está sujeito a confirmação.
Mais ainda, ninguém pode ser obrigado a raciocinar segundo o modelo religioso, em que a existência de um deus é um dado adquirido. Pelo que, ao emitir uma opinião que fuja a esse modelo, não está a errar.
Em suma: todos devem respeitar todos e ninguém estará autorizado a dar lições...
Caso contrário não haverá debate, mas apenas magistério.

noctivaga disse...

Sr Padre, a história do António é um pouco parecida com a minha. Também fui Crismada porque queria ser Madrinha. Fiz o Crisma e foi um momento de extrema importância na minha vida, na verdade, o Espirito Santo desceu sobre mim. Abençoada afilhada que me convidou para madrinha.Hoje não consigo conceber um Domingo sem que assista á Santa Missa. Participo activamente na paróquia ( Catequese, Grupo de Jovens. Tudo isto porque, inicialmente, apenas queria ser madrinha. Tudo isto também pode acontecer ao António que, para já, só quer ser Crismado para ser Padrinho.

Canela disse...

Noctivaga;

Parabéns pelo teu testemunho.

Confessionário disse...

ó pessoal, quero fazer uma emenda. devem ter dado conta dela.

Onde escrevi XXVI queria dizer XVI. Ufa...
heheh

Anónimo disse...

Caro Padre, peço desculpa por só agora aqui voltar, mas foi de todo impossivel antes. O Padre até foi directo ao que eu queria exactamente focar: quantas das pessoas que se dizem cristãs e católicas o são de facto? Quantas cerimónias de baptismo, casamento, etc são feitas em plena consciência do acto e não apenas pela festa? Quantas das pessoas que andam sempre com o "credo na boca" temem realmente o Deus em que dizem acreditar? Quantas destas se compadecem realmente com o próximo?
Como já lhe disse não sou cristã, nem acredito em Deus, mas isso não é sinónimo de ser isento de moral e o que a minha vivência de 35 anos, me mostra é que, não sendo nenhum ser exemplar, sou mais humana e verdadeira que muitas pessoas que se dizem católicas e que até me olham de lado quando eu digo que não o sou.
Qual é a sua opinião sobre esta vã prática religiosa? E como é que a Igreja vê pessoas como eu?

Caro Selvagem (não me leve a mal a redução do nome, acredite que estou apenas a poupar nas letras), deixe-me só corrigir que eu não assumi nenhum compromisso que não faço intensão de cumprir, ou melhor, sob uma certa óptica até talvez sim, mas não sinto qq peso na consciência em relação a isso, porque fiz questão de deixar bem explicita aos pais a minha posição e o facto de não comparecer às reuniões de preparação seguramente pode ser lido pelo respeito que apesar de tudo acho que devo à Igreja Católica: eu não vou a uma reunião prometer coisas com que não concordo e que não vou cumprir. Em ultima análise é verdade que talvez a minha ultima palavra devesse ter sido "não", mas com certeza tb sabe que mais do que assegurar a educação católica, muitos pais vêm nos padrinhos as pessoas que tomarão conta dos filhos caso os pais lhes faltem e nesse sentido não fui capaz de o negar.

Alexandra/Xana
(xana2000_2000@yahoo.com)