junto as minhas lágrimas salgadas, ao mar
salgado pelo teu corpo imberbe.
fumamos pela mesma boca o cachimbo da paz
que não mora perto nem subiu a barcaça
o vento não amaina, mesmo quando para
e voltamos a chorar de mãos dadas, para tentar
salvar a alma do teu corpo que o mar engoliu:
são as lágrimas de ter vindo ao mundo
na terra errada.
Mais de 400 migrantes morreram ao tentar atravessar o mar Mediterrâneo desde o início de 2023
2 comentários:
outro poema extraordinário, com temas actuais.
Boa tarde Senhor Padre,
Um poema fabuloso que nos fala das tristezas e martírios que grande parte da humanidade atravessa, mas que é um problema de todos nós.
Ailime
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