Uma catequista perguntou aos seus meninos do primeiro ano se conheciam como era uma igreja. Era uma pergunta de retórica, como se costuma dizer, porque estava convencida de que as respostas daqueles meninos que haviam entrado na catequese, pela primeira vez, seriam todas positivas. No meio da confusão natural destes miúdos e dos olhos arregalados daqueles que diziam que sabiam mais ou menos como era, um deles respondeu que nunca tinha entrado numa igreja. Simples, directo e genuíno. E a catequista ficou sem palavras.
3 comentários:
Ora aqui está o problema:
Precisamos urgentemente de catequistas (e outros agentes eclesiais) que não fiquem sem palavras ou surpreendidas, que não se mostrem escandalizadas ou frustradas, que rejeitem saudosismos ou atribuições de culpas, que metam os lindos manuais de catequese na gaveta, pelo menos durante uns tempos.
Precisamos de gente capaz de ver e ler a realidade do hoje, capaz de abraçá-la e de agir nela de forma pertinente. Precisamos de trabalhar prioritariamente no anúncio kerigmático, e de nos formarmos para isso.
E teremos também de recuperar a arte da apologética.
Esta lembra um episódio, contado por uma minha amiga do Norte, com uma criança da Primeira Comunhão. Num encontro de catequese, falando de Jesus como o melhor Amigo, contou a passagem do bom pastor que deixa, noventa e nove ovelhas para ir procurar uma que se perdeu. Resposta espontânea de uma das crianças:"pastor burro, depois ficou só com uma! " Assim são as crianças, transparentes, dizem o que pensam sem rodeios.
Bom dia Senhor Padre,
Há sempre uma primeira vez e a Catequese poderá ser o início de uma bonita caminhada...
Ailime
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