Sou pássaro velho, com asas sem penas,
Perderam-se no último voo, a caminho de ti
Ou regressando de ti, já não sei dizer como foi.
Se foram oferecidas, se foram roubadas,
Se voaram sozinhas, se te ficaram agarradas.
Sou pássaro perdido, sem as penas que perdi,
Me perdi com elas no tempo do voo perdido
Sou pássaro ferido, e por não mais voar,
Troquei minhas penas por penas que são minhas
Ainda me lembro de tempos vividos a voar
O mundo era meu, entre tudo o que era nosso
Essa distância que nos ligava, em cada voo
Em cada lançada de abraços para enamorar
Hoje sou pássaro sem ninho,
Pássaro de asas sem penas,
Pássaro com muitas penas
por não poder voar, mas vou.
Vou por elas, continuar
o caminho até ao ninho
a andar
5 comentários:
ó velho poema, que nunca desistes de continuar!
Nossa mui triste padre. Apesar da beleza das palavras
eu não sei se é um poema triste! a mim parece-me que está a dizer-nos que quando já não tivermos asas, mesmo por amor, ainda temos pernas... para andar
Pode andar com penas... será?!
Uhmm, o verso é bonito, mas um pouco triste...
Mas é verdade se não temos asas mas ainda temos pernas para andar...
As penas ás vezes caem, mas voltam a nascer, aos poucos, mas voltam..
Bj
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