Estão no 9º ano de escolaridade e vinham directamente de uma festa na escola para o encontro da Catequese. A catequista recebeu-os como habitualmente e eles entraram na sala da catequese como habitualmente, isto é, com o alarido habitual. Eles próprios dizem que estão numa idade parva. Mas a catequista gosta deles. O alarido nem sempre acalma. Às vezes dura o encontro quase todo. Mas a catequista não desiste de gostar deles.
Naquele dia, o João, nome fictício, porque o nome acaba por ser o menos importante, abeirou-se dela com uma caixa de chocolates, abriu-a. A caixa era grande e só lhe restava um chocolate. Tome, catequista, disse o João, estivemos numa festa, na escola, e eu guardei este chocolate para a catequista.
Era apenas um. Mas a catequista ficou muito emocionada, muito sensibilizada com a ternura do gesto. Dizia-me ela que a atitude adoçara mais o seu coração do que o próprio chocolate.
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