sexta-feira, outubro 06, 2017

Bilhete para o céu [poema 158]

No céu não se entra sozinho
Connosco vão malas e malas de gente
Que sabe a nossa história no coração

Malas de roupas que eram nossas e não vestimos
Seguras em mãos que apertámos como se fossem nossas
Malas pesadas que transportámos como prédios habitados
por rosas

E malas como baús vestidos de livros antigos,
Na infância dos contos de fadas e de heróis que venceram
pelo bem, sem espada

Malas, e mais malas, malas que não cabem
Senão noutras malas de gentes
que sabem de cor a nossa história,
e vão connosco até ao céu,

Essa casa comum, de tanta gente,
Para que não entremos sozinhos.

4 comentários:

Anónimo disse...

Meus Deus, que reflexão.

Anónimo disse...

Que bom, também quero um bilhete.
Bj

Anónimo disse...

se um dia chegar a fazer essa viagem quero apenas levar na bagagem a saudade e o amor...as memorias mais doces e coraçao puro!
costumo dizer: nao tenho medo dessa viagem mas do sofrimento e da solidao que possam pesar...
vou vivendo dos sonhos,passo a passo saboreando estas férias...
c.c

Anónimo disse...

Sempre folheio o confessionário, me é útil, aqui de terras além mar. Quando saio do colégio ou da pastoral de fim de semana também fico a ver a vida e refletir sobre o que ensinamos. Talvez um dia crie um confessionário dum irmão religioso. Vai ter mais piadas de padre sim... E também coisas de irmão... 'Sessenta anos e o bispo não te deixou ordenar' ... 'Tão velho e ainda é seminarista'....Nossa vida é legal... obrigado irmão padre.