Na praia passa-se muito tempo deitado, de barriga para cima ou para baixo. Numa toalha quase sempre descolorida ou desbotada pelo sal, pela areia e pelo sol. De olhos fechados, e com a mente vazia. Vazia de preocupações. A mim ocorre-me assim e deixo-me levar pelo sol. O sol é coisa que se nota, que não se disfarça, que às vezes se afasta, mas que se deseja. É assim comigo. E deixo a sugestão de que sintam como eu sinto.
Experimentem então, numa dessas ocasiões, de preferência com a barriga para o ar, deixar os olhos fechados e abrir os restantes sentidos ao que está ao nosso redor. O som das ondas que vão e que vêm, que batem, que inspiram. O mar como se fosse um comboio a correr para algum lado. O sol a preencher-nos a pele, e a entrar para dentro de nós. O ruído das conversas que não se percebem mas que estão lá. A algazarra das crianças que se divertem com as areias. O vento a bater no guarda-sol com a força necessária para não o derrubar. Passados uns minutos que não se conseguem contabilizar, talvez consigam dizer, como eu disse ainda no outro dia. Isto é uma autêntica experiência de Deus. Tão simples, mas tão de Deus.
3 comentários:
Em agosto não da muito jeito fazer isso.... Muda se a cidade para a praia.
Na verdade faço muitas vezes essa experiência, mas nunca o tinha sentido dessa forma.
Adoro o mar...
Todos os dias o admiro e me deixo preencher pelo que ele me transmite...
Ele chama por mim em cada onda e eu deixo-me embalar por esta melodia mágica, indizível!
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