quarta-feira, setembro 16, 2015

A Árvore [poema 68]

As folhas caem da árvore, mortas ou a morrer
Chegou-lhes o Inverno mais cedo que o Outono
Largaram a árvore que as segurava, é a vida
Largaram o alimento que a Primavera largara
Caem devagar, planam, voam um pouco mais
Parecem vivas, mas já não fazem mais que ir
Olham-se com prumo, donas de si e demais,

E agora caem

Não há remédio maior que a Árvore

10 comentários:

Anónimo disse...

Belo poema!

Delicado, simples e cheio de cores. Me trouxe uma certa leveza ler o seu poema. Eu pensei comigo "Por que será que ele não faz um livro só com poemas?" essa tua simplicidade tem que ser sentida no mundo todo. Porque o mundo precisa de pessoas mais amáveis.

Bjs amigo.

Confessionário disse...

Coruja Sábia,
é uma ideia que alimento há bastante tempo.
Tenho esperado que Deus mo indique e conceda a oportunidade. Não queria fazer algo mais. Queria publicar algo que fosse deveras útil e com alguma qualidade!
Além dos poemas, gostava muito de publicar alguns destes meus textos. Mas ainda não senti que era a hora...ou melhor, na minha vida, tenho feito coisas que só as concretizo porque chego à conclusão de que valem a pena a outros!

bj agradecido

Anónimo disse...

Eu acho que compraria seus livros...

Paulina Ramos disse...

"Mas ainda não senti que era a hora..."
Saberás no momento certo.
A tua forma de comunicares Deus aos que te rodeiam, nas palavras que escreves, é única, é grandiosa e sublime.
Conheço uma pessoa que reuniu uma série de textos publicados no blog, fez com eles um livro muito bom, cujo titulo é 'Para que serve acreditar? O que a fé não deve ser', com um estilo diferente do teu, também esse livro me ajudou a encarar algumas situações do meu dia a dia à luz da fé e adquirir uma visão renovada acerca do tema.
Para o autor nem o produto da venda do livro lhe deve ter valido de muito pois revertia a favor de uma causa nobre, o mesmo não se aplica a quem o leu, falo por mim.
Na minha opinião se reunires o conteúdo do teu blog, alternando texto com poesia e comentários terias uma obra de eximia qualidade que ajudaria muita gente a ficar mais esclarecida, abrir-lhes-ia horizontes para uma vida mais completa mais autêntica mais verdadeira... em poucas palavras humanizá-los-ia de uma forma doce delicada mas muito forte.
Há algum tempo atrás passou-me pela cabeça, pedir-te autorização e com os devidos tributos / créditos fazer algo nesse sentido, até que acabei por perceber que essa tarefa te compete a ti e só a ti, tratava-se de um desejo teu, terá que ser um projecto teu.

Seria uma das tuas primeiras leitoras.

Muita força para concretizares esse teu sublime sonho.

Quando "o Inverno mais cedo que o Outono" e não se passa pelas fases todas pouca coisa resta além da certeza de que algo foi desperdiçado, no ciclo natural que nos conduz à árvore o outono precede o inverno preparando a sua chegada mas nunca antecipando-a.

Anónimo disse...

Então saberás a hora certa meu amigo. Cabe a ti este momento e ao nosso sublime Deus.
Me desculpe por ser intrometida, mas sou como uma criança curiosa, bom ainda mantenho este espirito depois de anos rs.

Abraço amigo.

Confessionário disse...

Olá, Coruja

Não foste intrometida. Pelo contrário, foste um auxílio para pensar de novo neste projecto. Foi animador.
Aliás, todos têm ajudado a pensar de novo nisto de publicar ou editar textos.
Já estive mais longe de o fazer... e se calhar tb pode ser falta de humildade, pois o que queria mesmo era que uma editora quisesse apostar em mim sem que eu fosse eu a propor! lol... era a certeza de que valia a pena e que não era so um sonho meu!

Anónimo disse...

Oh valha-me Deus!!!!
Cada vez que leio mais um poema, mais ansiosa fico por ler o próximo!!!
Este Inverno que chegou antes do outono... As folhas que caem devagar, planam, voam um pouco mais.. Parecem vivas
Só posso dizer que gostei, e muito.
Bjs
MM

Anónimo disse...

Fica a árvore

Há um pensamento que tarda
Em cada folha revolvida pelo vento
E uma experiência de espera
Na árvore que fica
Desfolhada

Anónimo disse...

Desprendimento

Aquela folha que ali vai
É manobrada pelo vento
Nunca mais se prende à árvore
Vai perder-se
No esquecimento

Anónimo disse...

Pausa

A árvore também é folha
Folha que ora se esvai
O vento nunca fica
No lugar em que a folha cai