quinta-feira, novembro 06, 2014

Encontra-me [poema 31]

Encontra-me, meu amigo
Afasta aquilo que nos afasta
Encontra-te onde estou, comigo
Não demores, que desgasta

Encontra-me, estou preso
Não sei como encontrar-me
Neste meu estar indefeso
Me quedo por não estares

3 comentários:

Anónimo disse...

Anda muito poeta o nosso padre, e pelos vistos,cada vez mais profundo. Gosto

PR disse...

Bom dia!
"Anda muito poeta o nosso padre, e pelos vistos,cada vez mais profundo."
:)
Concordo.
Acrescento o que ouvi na primeira pessoa "Amo as tuas mãos calejadas tanto quanto amo o teu coração de poeta"
A poesia é a "magia" mais real e bela dos sentidos.
O que o corpo não fala a poesia expressa.
Muito profundo este teu poema.
Sinto que estou presa à ideia de que Ele não está comigo...
Liberta da obrigação de acreditar nessa figura divina último escape dos fracos... presa a este absurdo que ganhou forma em mim "não conseguirei "percebe-Lo" na vida tão somente porque não sou amada".
Também eu me sinto indefesa.

Anónimo disse...

Cada vez mais profundo e muita inspiração, belo... bjs