quinta-feira, julho 26, 2012

Corda bamba

Quando era pequeno, experimentei uma vez o trapézio. Ou parecido. Não foi no circo, pois foi à porta de casa, numa corda suspensa e presa a duas varandas que ficavam no primeiro andar. A ideia era caminhar de peito erguido, como os artistas, numa corda suspensa. Foi uma tentativa apenas. Não podia passar de uma tentativa. E bastou para fazer um rasgão na cabeça que teve de levar pontos. É aquilo que chamaria de corda bamba. E hoje lembrei-me desta corda e desta experiência circense dos meus, para aí, sete anos. É que na minha vida de padre sinto-me muitas vezes desta forma, numa corda bamba. Mais parece um circo. Tocamos uma pessoa ou uma comunidade numa bela experiência de fé e sentimos que podemos avançar. Não só podemos, como é bom e dá vontade de avançar. São aqueles momentos em que alguém cresce para Deus com a nossa ajuda. E depois vêm outros momentos em que apenas nos sentimos a funcionar. Nos sentimos como funcionários e a fazer coisas. Uma festa de primeira comunhão que pode ser também a última ou apenas uma das muitas que podiam ser. Uma festa de baptismo para as fotografias e a refeição que vem a seguir. Um casamento para que conste que agora estamos mais juntos do que o que estávamos. Uma missa para não contrariar o ritual de ir à missa. Uma procissão que é tradição na terra. Um crisma que é para ser padrinho de outro crisma ou de preferência um baptizado. Uma burocracia na administração da paróquia que é mais uma empresa sem empregados. Uma papelada para constar que sabemos assinar. Não fazia assim Jesus. Não é isto ser padre. Isto mais parece um circo. E assim me sinto muitas vezes numa corda bamba e acabo por ter medo de, como outrora, fazer um rasgão na cabeça.

21 comentários:

Anónimo disse...

Ui...

Deixo-lhe este video, para meditar no que é ser Padre!

http://youtu.be/4TesayjPgUE

Beijinho fraterno. :)

Confessionário disse...

Já vi... chiça... Tens razão...
Mas olha que o problema não está no que eu sinto, mas na forma como os ditos católicos são!

Anónimo disse...

Eu sei...

Mas isto abana-nos ou não abana?

Filha de Maria s/ login

Peregrino disse...

Como te entendo tão bem o coração Padre!

Quantas vezes também senti-vivi-experimentei no coração a sensação de que muitas vezes na vida comunitária de uma paróquia muita gente agia e age como se Deus tivesse montado uma tenda cá em baixo ao estilo de um mercado onde se movimentam corações nessas trocas eternas dos mercados humanos!

E o mais difícil de acolher é que muitos corações que assim agem são gente sincera na sua fé, gente boa e cheia de vontade de amar e servir a Deus, mas parece que ali passou um tsunami empurrado pelos ventos daquele deserto onde o diabo tentou a Jesus e esses ventos tomaram agora a direcção e invadiram a maior parte das nossas comunidades cristãs…

E o pior é que coisa acaba por tomar tais proporções que vão moldando muitas consciências sem ninguém se dar conta, empurrando-os a uma rotina que no final, as coisas e caminhos que nada têm a ver com uma fé saudável e genuína acabam por ser acolhidas de uma forma totalmente inconsciente como coisas sérias e as certas no caminho da Fé!

E os(as) que por ali andam numa luta por vezes inglória a tentar desviar a força desses ventos, sentem-se completamente como trapezistas baloiçando numa corda tão frágil como é essa tua humanidade, a minha e a de tantos… (alguns julgam-nos deuses e por isso tantas vezes não admitem sequer as nossas quedas, esse “partir de cabeças” que falas…)… quando a alma já não aguenta a proximidade de tanto abismo!

Eu percebo a tua luta como percebi a luta do outro irmão sacerdote com quem fiz caminho de discipulado naquela comunidade paroquial que amo de tal forma que só o meu coração sabe e sente…

Confesso… (perdoem-me os egoísmos agora..) confesso que como não sou sacerdote… sei que como irmão consagrado ainda me é permitido (embora o preço a pagar seja terrível também…) “fugir” para o “deserto” uns tempos e procurar refúgio nos silêncios que nos desnudam e limpam toda a poeira desses caminhos da Fé… mas tu como sacerdote… aquele irmão Padre que me acolheu e tantos outros meu Deus…

….pois… como vos entendo a luta interior que travais… como escuto tão bem o vosso coração a dizer:

Irmão, e depois quem depois cuidará das ovelhas…?....

Esse tem sido um dos meus maiores combates … e por isso agora a Conversão a bater à porta… acho que é isso que está também a faltar nas nossas comunidades… para que o tal “circo” que aqui falas não trague e mate o caminho por vezes tão precioso e belo dos filhos(as) de Deus…!

Vi o vídeo também… e o Padre tem razão na resposta…

…a questão está em como somos e vivemos a Fé… seja nos momentos de perseguições ou provas seja nos momentos belos e de paz…não é o trabalho (embora não sejamos robots…) mas a resposta das pessoas …. Realmente só a Graça pode e faz tudo…

Perdoem-me mas estiquei o coração e falei demais…

Anónimo disse...

Bom dia, Padre Confessionário.

Uma sugestão que talvez o possa ajudar:

http://padrepauloricardo.org/episodios/por-que-os-padres-jovens-entram-em-crise

Abraço em Cristo.

A.

Porthos disse...

hummmm!

Três palavras para ti hoje:

Vai de Férias.

Até os faróis precisam de manutenção para poderem guiar os outros para porto seguro.

Abraço.

Mar disse...

A sociedade desenvolveu-se muito mas nem sempre para o melhor as pessoas são egocêntricas e pensam que tudo gira em torno delas ,Deus está lá e nós aqui,sem pensar muito que é para não preocupara cabeça ,e os Sacramentos infelizmente não são para estar perante Jesus lhe oferecendo tudo o que são ,mas sim para os outros ver,e isso porquê? porque agora todos alcançam ,o mundo está saturado,já não à nada para descobrira insatisfação é grande ,o vazio também,porque falta o essencial é Jesus,o desejo da água cristalina que nos sacia. e que faz tudo o resto ser acessório.
Não desanime Confessionário,porque deus bate à porta e à uma vez que entra e nesse caso as coisas ficam diferentes. Sempre em frente com os olhos na Cruz.

Peregrino disse...

Ò grande coração de Deus… vai… vai de férias que bem precisas… tira uns dias para ti… o nosso irmão Porthos tem muita razão… mas volta sim… safa, não quis atirar-te pela janela… faltava mais agora este peregrino palrador ser instrumento de desânimos e tentações…

Misericordias Domini cantabo in aeternum
In generatione et generationem
Anuntiabo veritatem tuam in ore meo.
Quoniam dixisti:
In aeternum misericordia aedificabitur
In coelis: praeparabitur veritas tua in eis.


As misericórdias do Senhor cantarei
Eternamente, de geração em geração
anunciarei a tua fidelidade com meus lábios.
Pois disseste:
Eternamente a misericórdia está firmada
Nos céus preparada a tua fidelidade

Anónimo disse...

Padre amigo;

Creio que já me vai conhecendo e sabe bem o que lhe quis mostrar neste video...

Jovem casal de namorados, foram falar com o padre para marcar a data do casamento... ela com a "caderneta cheia de cromos" - os sacramentos todos feitos em idade adequada - ele, apenas batizado... mas ainda assim a querer casar pela igreja, pela força da noiva, dos pais (porque assim é k deve ser).

Assim k foram pais, trataram de marcar o batismo... mas ir à missa, nem ve-los... na altura da criança ir à catequese, a mãe entrou de novo na Igreja e por Graça de Deus N. Senhor Jesus Cristo, nunca mais deixou de ir e de levar outros consigo...

Padre amigo... repito-me novamente, esta história é a minha... não se prenda com o que vê, nem todas as sementes germinam na mesma altura... bem sei k custa ver o ar brejeiro com k as pessoas querem os sacramentos... como quem cola cromos numa caderneta... eu fui assim, hoje quando vejo os outros a fazer o mesmo, peço a JESUS k os toque, como me tocou a mim!

Anuncie JESUS e o Amor de Deus, com verdadeira Paixão por Ele... deixe que os demais se questionem e se sintam interpelados por tão grande amor a JESUS! Ame-os, como um pai que ama o seu filho mais "baldas"... deixe que seja o Amor por JESUS e com JESUS a refletir em si e a "incomodar" os demais...

Umas férias calhava bem, não?! :)

Rosa disse...

Como sempre concordo com o comentário de "Filha de Maria"à sempre um dia que somos tocados,que o nosso coração tem uma esguelhinha em que entra essa Luz de Cristo que nos faz tudo mudar,é preciso que aqueles que a tem e a sentem a transmitam ao irmão, não é fácil ,mas a semente lançada Deus faz o resto.
Força Confessionário,Deus está em Seu coração,leva tempo mas a seara vai brilhar.

Ana Melo disse...

Não sei do que se queixam!
Rio para não chorar!

Se calhar! não estão mesmo! no sito certo!
Existirá sitio certo!? as ferias resolverão isso!?

Lembro-me tão bem onde nasci!! Foi aqui no litoral (7min a pé, da entrada no auto estrada, 7 minutos a pé, da principal linha de caminho de ferro, a 5min a pé, da estrada nacional nº1).
Na minha lembrança de garota ( tenho 44anos), tenho a ideia de não ter casa de banho em casa, de ter o monte do estrume à porta da cozinha e logo ali muito pertinho os currais dos animais!
Tenho ideia que as miúdas da minha idade, era assim que viviam também.
O meu pai, já era um homem de rua, empreendedor, criou 4 filhos (eu sou a mais nova) com uma camioneta velha, a fazer fretes.
Éramos uns privilegiados, nós e os filhos dos vizinhos mais próximos! Já íamos à praia, (30km) de vez em quando, de camioneta.

Esta coisa do pedir sempre mais!! Esta insatisfação!!
O que vos falta mesmo é ter de voltar a lavar umas trouxas de roupa à mão no rio.

O que é que nos prende? são os estatutos? é o salário? É a vida social dos filhos? É o bispo?

A “corda bamba” de criança, não tem nada a ver com os “lenhos na cabeça” que ansiosamente fazemos hoje.

Como dizem os mais velhos, de quem vou arrancando uma “lérias”, estamos “todos uns regalões”, “queremos é gandaia”…..

Deus quer-nos livres, o que é que nos prende.

Confessionário disse...

Olha, Ana Melo, se bem leste o meu post, a mim o que me prende sem eu querer ou desejar é muitas mas muitas vezes esse supermercado de sacramentos vazíos.
O texto pode revelar alguma queixa. mas na realidade eu reflicto sobre uma Igreja que não é bem Igreja e que me entristece por não o ser. E digo-o, não porque eu seja melhor do que os outros, mas porque constantemente sou confrontado com isso! Digo-o, não porque antigamente era pior, mas porque este agora me confronta!

peregrino disse...

No seguimento do comentário aqui partilhado pela Ana Melo, permitam-me intervir novamente… embora peça desde já perdão por não ser mais sintético nas ideias neste espaço de comentários… pobrezas desta alma peregrina..!


Ana Melo, “Deus quer-nos livres…” é verdade sim…. e quem é “livre” nada… mas mesmo nada o “prende” ou pode prender porque, como diz Paulo:

“…foi para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5,1)…!

Resta-nos é saber-perceber de que “liberdade” estamos aqui a falar! A liberdade expressa na carta aos Gálatas relacionava-se com um certo tipo de jugo que tinha a ver com a questão da “circuncisão”…

Podemos mudar, trocar de lugar e situações… mas acabaremos sempre por ir bater à porta de uma nova prisão… sim… de que nos vale libertar-nos se depois vivemos uma liberdade assente em outro tipo de “circuncisões” que nos limitam e “castram” a verdadeira Liberdade!

Agora… se Cristo já vive em nós… então a liberdade está dentro de nós… não está fora de nós ainda que o espaço humano e físico que nos rodeia possa ter-se tornado numa espécie de “prisão” com janelas blindadas por “grades” que podem significar todas essas teias de interesses, trocas e agires humanos que nos impedem a todos de ser um pouco mais livres a cada gesto.. a cada palavra… a cada viver…!

A questão vital da liberdade está no interior de cada um de nós, não fora de nós nem sequer nos outros… quando muito eles podem ser parte do problema mas não são o problema…!

Viver a “insatisfação” … expressar a “insatisfação”… também pode significar alguma “saúde espiritual”… mantêm-nos pelo menos despertos-atentos para perceber e reconhecer que ainda falta algum caminho por percorrer que nos levará à Plenitude da Liberdade… e isso, Ana Melo, acontece apenas no ENCONTRO pessoal entre a Ana, eu, o Padre e todos com o PAI…!

Interessante o conteúdo deste desafio de Jesus logo agora quando estamos a falar aqui de liberdade:

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.”
(Mt 11,28-29)

Rosa disse...

Força confessionário, o partilhar para mim não é um queixume, é apenas um constatar da Sociedade em que vivemos, de aparências ,e o que faz preocupar-se é ter o coração cheio do amor de Deus, e verificar que as pessoas estão longe, apesar de pensarem que estão com ELE,porque só quem se importa é um bom Padre.
Bem-haja

Anónimo disse...

Tenho 40 anos, todos os Sacramentos, mas o que é isso dos Sacramentos? É explicado aos cristãos, ou eles não estão atentos? Casado há 20 anos fez agora no dia 20 de julho, alguém me explicou o que era de facto o casamento? Não. Fui padrinho 2 vezes e cumpri naquilo que me propús no momento dos seus Baptismos (outro Sacramento), Não. Quando foi o meu Crisma, eu soube nesse dia que seria um novo cristão para anunciar Cristo. Não. Poderia alongar-me em muito mais, mas a semente só germina quando nós deixamos, mas precisamos de alguém como o sr. Padre que nos regue, cuide, e estime, como o sr. Padre merece. Sabe, aos 35 anos a convite de uma catequista, que teve deixar de o ser devido a problemas de emprego, fez-me o convite, eu aceitei porque achei que muitos já tinham dado testemunhos aos meus 2 filhos e achei que era a minha hora de o fazer. Desde então até agora posso dizer que sei, que nada sei, e porquê? Padeiro (7 dias por semana), vida familiar e 2 filhos de 16 e 15 anos, mas mesmo assim fiz estas formações:Jornada Diocesana da Catequese em Peniche com Padre Paulo Malícia:Catequese e educação vocacional,Retiro vicarial de catequistas em Alcobaça,retiro, recolecção dos catequistas na Vigararia, na Maiorga, na qual retive algumas frazes: Deus não escolhe os mais capacitados, mas capacita os escolhidos*A solidão é a pior das pobrezas*O catequista é o rosto da Igreja*E se Nº. Senhor desistisse à primeira? Ele não desistiu da cruz!*Na hora da Verdade quem é que o ajudou?Um desconhecido.Onde estavam os seus descípulos? No Retiro dos Catequistas vicarial, na Benedita, Orientado pelas Irmãs Servas de Nª Srª de Fátima. Curso de Iniciação para Catequistas em Alfeizerão.
,catequeses para jovens e adultos promovido pelo Caminho Neo-catecumenal, Encontro de "Leccio Divina" para catequistas com D. Anacleto de Oliveira em Alfeizeirão. Formação de catequistas e crianças: ensinar a rezar diante do SSmo em Cós, Formação para pais sobre "inteligência emocional", Curso Geral de Catequistas -nível I e o de nível II,Formação para leitores na liturgia paroquial, Do Instituto Diocesano da Formação Cristã, fiz 3 anos na Escola de Leigos, iniciação bíblico-teológica, Curso Geral de nível II., Jornada de Catequistas do Oeste no Vimeiro de Alcobaça. Adolescência com Pe. Tiago Neto,Iniciação Cristã e Comunidade com o Dr. Gonçalo Patrocínio. Estes são nestes quase 5 anos as voltas que dei para compreender que realmente nada sabia... E como digo aos meus filhos continuo a apreender todos os dias, principalmente com as dificuldades. Abraço forte. a.casa-luisemila@hotmail.com

Jose Tomaz Mello Breyner disse...

Senhor Padre,

Daqui a cerca de três meses a Igreja iniciará aquilo a que o Papa Bento XVI designou de "Ano da Fé".

Na Carta Apostólica que o Papa publicou a anunciar e a convocar esse mesmo "Ano da Fé" sublinha veementemente a urgência da "hora" inadiável para que esta nossa fé seja proposta ao mundo quando este, progressivamente, se afasta de Deus, da Igreja, numa indiferença crescente da Pessoa e do Mistério de Jesus de Nazaré.

Faça o Senhor Padre como os Apóstolos e reze assim : "Senhor, aumenta a nossa fé"!

Eu vou também rezar por si.

joaquim disse...

Mas é em Igreja, meu amigo, que construímos a Igreja.

Um abraço amigo em Cristo

Maria Carminho disse...

Quem se entrega com seriedade ao apostolado é difícil que não sinta essas frustações. Mais difíceis, ainda, para um sacerdote cuja missão é altíssima. Mas pensemos no modelo Jesus Cristo: as multidões seguiam-n'O e quantos verdadeiramente seguiram os seus ensinamentos? Ele melhor do que ninguém para chegar aos corações! E que dizer dos discipulos? Andaram 3 anos com Ele e fugiram todos...Mas depois da Sua Morte e Ressurreição quantas conversões não terá havido? Se o grão de trigo não cair à terra...Muitas vezes gostavamos de ver os frutos da sementeira...até aqui precisamos de fé e abandono....Se cada sacerdote procurar ser Santo (e cada um de nós...mas o exemplo de um sacerdote arrasta muito mais), mesmo que nada veja, Deus fará conversões e aproximará corações d'Ele.
Quanto aos ossos do ofício, vou partilhar como faço parte da minha oração, que me ajuda a elevar o coração até Deus. Começo o dia por dizer: Em união com os merecimentos da Divina Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, às lágrimas da Mãe Maria e às intenções do Papa ofereço o meu dia de hoje com todas as suas alegrias, sofrimentos, trabalhos e dores...(acrescento uma ou mais intenções), depois durante o dia nos demais afazeres vou orando: Jesus assim como estamos (eu e Ele) a conduzir este carro, conduzi-me (ou digo uma outra pessoa) nos Vossos caminhos, quando passo a ferro, digo-Lhe que cada peça é alguém e que o ferro é o Espírito Santo a queimar os pecados desse alguém que entreguei a Jesus, etc...
Santo Sacerdote,quando assinar esses papéis porque não dizer a Jesus que assine o seu nome ou o nome de alguém no Seu Sagrado Coração...ou no Livro da Vida? Não liberta das dificuladades mas dá um outro sentido.
Um abraço fraterno.

Maria Zete disse...

Olá carissímo.

Hoje só quero deixar-te um abraço e dizer que, se alguém consegue enxergar a Deus, por meio de tuas obras, ainda que seja apenas um, já terá valido a pena.

Eunice Fomm disse...

Olha isto padre! Estais a perder a alegria de comandar uma comunidade!
Não vês a Deus agindo nestas horas atraves do teu Servir e seguir!

lembre-se de jesus nas Bodas de Canaá!
Talvez te sintas mais inspirados com teus convivas de paróquia.
Boa sorte!

JS disse...

As tuas palavras, Confessionário, fizeram-me lembrar aquela parábola do maluco semeador. O sujeito parece que é doido: semeia por tudo quanto é canto, nas estradas, nos penedos, nas silvas... Um autêntico desperdício.
Mas a verdade é que ele só sabe semear, e é só isso o que lhe importa. Se a semente não der fruto, não será por ele ter incumprido. E ele acredita que, por muito que se perca, também haverá muito a ganhar.