Estou? Atende-se o telefone quase sempre com esta pergunta. Estou? Como se fosse uma pergunta para nós. E esperamos que a outra pessoa não responda à pergunta. Queremos que diga o que pretende. Ela diz também Estou? E ali ficamos a perguntar uns aos outros se estamos. E se acaso não ouvimos ninguém, repetimos Estou, sim? até ouvirmos do outro lado a mesma repetição Estou? Nunca havia pensado desta forma, mas olhando agora para a pergunta, não será que o fazemos para tentar perceber onde estamos! Com quem estamos! Se estamos presentes ou ausentes? Se somos nós que falamos ou se é alguém que fala do outro lado da linha por nós! Se estamos vivos e a viver ali!
Há dias aconteceu assim na igreja. Não foi por mal. A pessoa não tem essa maldade dentro de si. Dartacão dartacão. O telemóvel tocou a primeira vez durante a homilia, e saiu disparado porta fora. Como saiu dos primeiros bancos, quase todos os olhos dentro da igreja o seguiram, inclusive os meus. Da porta entreaberta três vezes se ouviu Estou? Mas depois voltou. Com certeza não estava. Perto do final da missa, a mesma melodia se ouviu. Dartacão dartacão. O senhor é pessoa para não saber desligar o telemóvel. Alguns colegas acham oportuno colocar um desenho de um telemóvel com uma cruz por cima, à porta da Igreja. Eu costumo pensar que o comum das pessoas sabe que há ocasiões em que o telemóvel deve estar desligado ou em silêncio. Mas aquele senhor é do grupo de pessoas que não faz por mal. Usa o telemóvel porque toda a gente usa. Porque é preciso usar. E isso não significa que toda a gente saiba usar. Vai daí, e porque já estava cansado de sair da Igreja, atendeu logo ali. Estou? Se até àquela ocasião, os olhos só procuravam o senhor, agora os olhos dentro da igreja riam e murmuravam. Eu ri e abanei a cabeça. Mais em sinal de estupefacção do que desaprovação. Estava sentado, ainda na acção de graças. Por isso, tive oportunidade de pensar na pergunta que o homem do telemóvel fizera. Será que quando estamos na Igreja, estamos mesmo?
Há dias aconteceu assim na igreja. Não foi por mal. A pessoa não tem essa maldade dentro de si. Dartacão dartacão. O telemóvel tocou a primeira vez durante a homilia, e saiu disparado porta fora. Como saiu dos primeiros bancos, quase todos os olhos dentro da igreja o seguiram, inclusive os meus. Da porta entreaberta três vezes se ouviu Estou? Mas depois voltou. Com certeza não estava. Perto do final da missa, a mesma melodia se ouviu. Dartacão dartacão. O senhor é pessoa para não saber desligar o telemóvel. Alguns colegas acham oportuno colocar um desenho de um telemóvel com uma cruz por cima, à porta da Igreja. Eu costumo pensar que o comum das pessoas sabe que há ocasiões em que o telemóvel deve estar desligado ou em silêncio. Mas aquele senhor é do grupo de pessoas que não faz por mal. Usa o telemóvel porque toda a gente usa. Porque é preciso usar. E isso não significa que toda a gente saiba usar. Vai daí, e porque já estava cansado de sair da Igreja, atendeu logo ali. Estou? Se até àquela ocasião, os olhos só procuravam o senhor, agora os olhos dentro da igreja riam e murmuravam. Eu ri e abanei a cabeça. Mais em sinal de estupefacção do que desaprovação. Estava sentado, ainda na acção de graças. Por isso, tive oportunidade de pensar na pergunta que o homem do telemóvel fizera. Será que quando estamos na Igreja, estamos mesmo?
23 comentários:
Caro amigo
Admiro o seu "fair play".
Pelo que me toca, acho o telemóvel é uma invenção diabólica. Pode ser muito útil em situações especiais, mas o que eu vejo é que se transformou numa autêntica dependência, como se de uma droga dura se tratasse.
Fico furioso quando, por exemplo, estou a conversar com alguém e, de repente, a conversa é interrompida porque tocou aquela maquineta infernal. Enfim, falta de chá!
Escusado será dizer que tenho um. Ofereceram-mo. Mas está quase sempre desligado. Para descanso meu, acima de tudo...
Muito bem reflectido!!
Realmente também acho que o senhor não deve ter essa maldade de levar intencionalmente o telemóvel para atrapalhar a missa! e é bem verdade que muitas pessoas têm telemóvel, mas nem todas o sabem usar socialmente. Pelos vistos os olhares de condenação de quem mais estava na missa não o atrapalharam em nada! eheheh... A mim esse tipo de pessoas parece-me ser daquelas corajosas que não temem as opiniões e críticas, que fazem as coisas com a vontade e com a naturalidade que lhes vai lá dentro... Oh senhor Padre, já pensou em "pegar" nesse tipo de pessoas e "canalizá-las" para algo útil?! É que às vezes essas pessoas aparecem assim e não é bem "por acaso" pois Deus sempre nos coloca "alguém" no caminho para fazer parte da nossa vida, do nosso dia-a-dia, das nossas acções para com os outros, essas coisas que sabes... alguém que se dá ao que está a fazer sem se importar com os olhares recriminatórios até pode ser bastante útil! Não?!
Paz e bem! :) (e já deixei algo para te pôr a pensar, coisa que já vi, gostas muito de o fazer eheheh).
Da próxima vez que lhe tocar um telemóvel a meio da homilia... aproveite e descontraídamente diga algo como: «Se for para mim diga que não posso atender agora... a não ser que seja Deus!!»
Sobre a sua questão... a verdade é mesmo essa... muitas das vezes NÃO ESTAMOS!
E não é apenas na Missa.
É em quase tudo do nosso quotidiano.
Está o corpo... mas falta-nos o espírito.
Aqui na minha aldeia, há uma senhora muito devota que também não abdica do seu telemóvel ligado. Só que a senhora tem o cuidado de se ajoelhar no banco mais próximo da porta.
Ora a senhora está ajoelhada, de terço na mão, liderando as orações cá do fundo. A voz dela eleva-se sempre relativamente aos outros e quando o telemóvel toca ela subitamente levanta-se, deixa as orações para os outros e sai para atender a chamada.
A senhora já tem alguma idade e é fortita. Na hora da comunhão carrega o seu netinho (lindo por acaso!) pequenito ao colo.
Fico sempre com a sensação que podem ambos cair.
Boa pergunta padre. Será que a maioria das vezes quando estamos na igreja estamos mesmo?
Aidna este Domingo após os cânticos peguei nos miudos e fui para uma sala conversar e brincar com eles para que as pessoas na igreja pudessem ouvir a pregação com alguma atenção, em vez de ouvirem o barulho de fundo das crianças que apanham uma grande seca!
E lá perguntei-lhes, porque vêm á igreja?
Todos eles tinham frases feitas, decoradas...mas a verdade é que o comportamento deles dentro da igreja não combinava com nenhuma daquelas afirmações, e tentei explicar-lhes isso. E são crianças!
E com os adultos que ficaram a ouvir a mensagem de Deus? Será que não se passará o mesmo com eles?
Serão que estão na igreja quando se sentam naqueles bancos?
Olá, anónimo de ontem.
Pois eu já o fiz... heheheh
http://eupadre.blogspot.com/2006/11/chamada-de-deus.html
Eu quando atendo o telemóvel digo sempre.Sim?Na espectativa de quem me liga se identifique e diga o que pretende.Por vezes há enganos e não me vou identificar logo à primeira.Embora já tenha havido diálogo mais ou menos prolongado com pessoas que percebo necessitarem de conversar.Mas mesmo assim, cuidado:).
Na igreja ou noutros locais onde supostamente não se deve atender o telemóvel, penso sempre que quem o faz é por falta de sensibilidade.Há muitas pessoas assim, que se verifica serem pouco sensíveis nas mais variadas situações.Agora que há alturas em que me fazem rir, como quando o telemóvel toca, olham para todos os lados e não se apercebem que é o seu:).
Deixo a pergunta:
Como sabe o senhor Padre que não é Deus a tentar contacto com o fulano?!
LOL
...coitado do senhor!
...na igeja acho que ás vezes "estamos" outra vezes "Divagamos"....
"Será que quando estamos na Igreja, estamos mesmo?" Cada um responda por si. Eu, em regra, estou... E quando sinto que não sou capaz de estar, saio. Ponto.
Desesperam-me os telemóveis a tocar em sítios e a horas inadequadas. Na Igreja, nas aulas, em reuniões...
Já foram muitas as vezes que os ouvi tocar durante a Celebração. Assisti às mais diversas reacções dos Párocos. Desde a fúria até à (aparente) indiferença. Frequentemente o som surge devido à falta de educação do proprietário. Mas quando se trata de pessoas de idade idade mais avançada prevalece a inabilidade de lidar com a maquineta. Têm dificuldade em o calar e raramente sabem colocá-lo no silêncio. Segue-se a atrapalhação acompanhada pela humilhação servida numa versão light ou hard.
Sendo professora também me confronto com a situação nas aulas. Opto pelo olhar desaprovador e como, neste caso, a perícia dos proprietários é grande o problema rapidamente se resolve sem grandes alaridos. Há duas semanas atrás, numa sexta-feira, toca o telemóvel de um aluno do 11ºano que, sendo um jóia de miúdo, se distrai com uma facilidade incrível. Peço para o desligar, confisco-o e zumba para dentro da minha carteira. Silêncio geral. No final da aula pergunta-me o que iria eu fazer com o telemóvel. Digo-lhe que cumpro as leis. E as leis são entregar o dito na direcção e esperar três dias úteis para a sua devolução. Castigo pesado, reconheço. Numa sexta feira pior. Pede-me que não lhe faça tal coisa. Ignoro. Insiste. Ignoro. Acompanha-me ao longo dos corredores que, naquela Escola, são bem compridos. Subimos escadas, descemos escadas. Resolve invocar o nome de Deus não sendo, quase de certeza, crente. Devolvi o telemóvel. A lição estava dada e espero bem que tenha sido aprendida. Neste caso Ele não me influenciou nadinha. Não tens que Lhe agradecer, João. Bom fim de semana. Alimenta as tuas amizades e fá-lo, sempre que possível, sem telemóvel, pensei.
Um abraço
Fá
Como me identifiquei neste texto. Não porque sou dessas pessoas que deixa o telemóvel ligado, mas porque me entristece esse apego às tecnologias, que nos impede de "estar" mesmo, a 100%, onde estamos fisicamente.
Numa hora sagrada, como a Eucaristia, acontece muitas vezes ouvir telemóveis. Aliás, é raro o dia em que nenhum se faz ouvir. Não me causa raiva, mas entristece-me.
Quanto ao "será que estamos mesmo?", também já me fiz a mim mesma essa pergunta. Em relação a outras pessoas (que se vê claramente que não estão lá de corpo e alma), mas também em relação a mim. Tento sempre dar-me por inteiro, naquela comunhão sagrada, mas nem sempre é fácil. Porém, consola-me a ideia de que Deus sabe que não sou perfeita. E tentar melhorar, claro!
Um beijinho *
Está??
Não fosse o caracol (a que chamamos de ponto de exclamação) e tínhamos uma mera confirmação de presença, uma confirmação a alguém que, devido a limitações de comunicação (cada vez menos presentes graças a um avanço tecnológico cada vez mais "sofisticado"), não se pode valer da sua visão para confirmar a presença de alguém com quem pretende iniciar um contacto.
Mas aquele caracol...
Aquele Caracol põe em causa a presença de alguém. Se o sinal sonoro (datacão, datacão!!!!!!!!) indica claramente a presença de alguém algures neste mundo que deseja falar connosco, a pergunta em causa põe em dúvida essa mesma presença, uma presença que, para o bem ou para o mal,devido a uma alegria ou uma tristeza ou algo irrelevante vem quebrar e alterar o ritmo da vida num dado momento.
Está???
Existe alguém?
Está presente?
Um som, um toque como chamamos na gíria provoca o corte do ritmo da minha vida, eu próprio deixo de estar presente. Um som altera o rumo da minha vida no momento... Poderá mesmo, um som, comandar a minha vida? Poderão os outros cortar, alterar, o rumo da minha vida, do meu pensamento com um simples som?
Ao adquirir um telemóvel ensinamos de imediato as crianças, os idosos, todos; a ligar, marcar, enviar, ler, como se estivesse em causa o controlo total da vida de cada um por alguém, seja pai, mãe, filho, filha, esposo ou esposa, amigo, amiga estranho, publicidade... O desligar ou insonorizar fica normalmente para segundo plano e dependente mais uma vez das limitações da tecnologia (o fim das baterias).
Há momentos que são nossos, que devemos controlar e viver, sozinhos. Outros que devemos viver com alguém especial e particularmente, temos ainda aqueles que devemos viver com Ele. Todos estes momentos devem ser vividos, planeados, meditados, rezados, por cada um, Deus e aqueles que são importantes na nossa vida.
Tenho as minhas dúvidas se esse "pobre ser humano" terá compreendido que ele comanda a sua propria vida ou pelo menos os momentos em que pode ou não ser interpelado por um mero som.
Cada vez mais parece vagear no mundo que nos rodea a ideia que a nossa vida pertence-nos cada vez menos. Seria bom lembrarmos que por vezes o controlo de pequenos momentos nesta nossa vida pode mostrar precisamente o contrário. O desligar do telemóvel não permitindo o controlo de dado momento da nossa vida por parte do pequeno aparelho é um desses gestos.
Ninguém precisa de cortar o diálogo de cada um com Deus e com os outros se assim não pretendo.
;) talvez fosse bom lembrar isso ao "pobre ser humano".
Hoje o pensamento foi por aqui... Está??!!!!
muito boa pergunta. dava uma grande reflexao.....
o «prestador de serviços» aqui da minha paroquia, dava uma grande descacasca s acontecesse isso e tinha «bocas» para 4 ou 5 domingos...lol enfim..
eu confesso que por vezes «ausento me»....
Parece-me que não estamos lá às vezes.Não concordo consigo Luisinha quando diz que se devem aproveitar pessoas que são corajosas que não temem as opiniões e críticas, que fazem as coisas com a vontade e com a naturalidade que lhes vai lá dentro..mas só por atenderem o telemóvel durante uma missa têm essas qualidades todas? E ainda acho mais inacreditável quando fazem a conversa toda dentro da Igreja e dizem três vezes a quem está do outro lado que estão na missa...não vejo nenhuma atitude de coragem nisso, desculpe...não acho que o padre tenha que levar isso a mal, é obvio, mas acho uma falta de respeito enorme para com os todos....
Um abraço
Mafalda
Bom, acho que depende do ponto de vista... O mal é que as pessoas criticam à primeira e não querem ver mais nada. Põem "rótulos" às pessoas. Só porque não soube estar numa missa não quer dizer que não possa ser uma pessoa de qualidades! E antes desse telemóvel tocar, será que ele estaria mesmo lá? Talvez sim... Talvez não... E se não, será que ele não estaria nessa missa a rezar por alguém querido entre a vida e a morte?! Esse telefonema pode ter sido uma triste notícia, por exemplo. De certo que o caso que o Padre relatou é mais um desses em que as pessoas atendem só por atender e nada mais de especial, mas era só para ajudar a reflectir que às vezes é muito fácil termos pensamentos de julgamentos instantâneos. Às vezes, nem tudo é o que parece!!
Claro que fazer a conversa dentro da igreja é falta de respeito, mas nessa falta de respeito há realmente coragem!
Ou se estiver a dizer alguma asneira, desculpem...
Paz e bem!
Bom! Já todos vimos que não é fácil!
Será que é necessário... a ASAE?
Com o tabaco resultou!
Pe. C.; desculpe o sarcasmo!
Muitas vezes (no passado), distrai-me na missa. Cumpria um dever (sómente), tinha dificuldade em recordar as leituras, homilia, etc..
Mas concerteza, escreveria um bom livro, sobre as "viagens" que tinha feito (ainda não havia telemoveis).
Hoje, irrita-me os cuchichos, o rezar em surdina, os telemóveis a tocar (ainda são alguns a atende-lo na igreja). Irrita-me, porque quero ouvir, quero rezar!
Olhe Pe., desejo-lhe paciência!
Continue com esse bom humor, e, boas doses de paciencia matinais.
N.B.: Todos os Santos, exercitaram muito a paciência.
Ultimamente vou pouco à missa. Faz-me falta uma missa a que goste de ir, em que goste de estar...
Pego no estou para contar o seguinte.
Há uns anos, numa assembleia do Renovamento Carismático Católico em Fátima, o Padre Joãozinho, dizia com graça, mas com profundidade também que era assim que Deus atendia o telefone, ou melhor, atendia o nosso diálogo, a nossa oração.
Deus diz sempre, «estou», e nunca, só um momento, ou estás em espera, ou desliga que eu volto a ligar, não responde sempre e em todos os momentos: estou!
Porque está sempre, sempre disponivel para cada um de nós.
Lembrei-me deste episódio que nunca mais esqueci.
Não é propriamente o que diz o texto mas serve para aproveitar o "estou".
Abraço amigo em Cristo
Primeira visita a este Blog...
Confesso-me surpreendido. Por várias coisas... pelos comentaristas serem os "penitentes", pelo sentido de humor fino que desliza pelos vários post que tive oportunidade de ler, pelo "despretensiosismo" da linguagem...
Posso atrever-me a uma sugestão ?
Experimente pintar algumas cadeiras de uma cor viva, assim do tipo amarelo canário ou vermelho vivo, e colocar-lhes um dístico a dizer: Lugares reservados a portadores de telemóveis ligados.
Depois coloque essas cadeiras à frente da primeira fila, bem defronte do altar.
Adoraria ver o resultado da sua próxima homilia...
P.S. - Tenho todo o prazer em que me visite. Sensibilidade e sentido de humor são sempre bem vindos.
http://entremares.blogs.sapo.pt
Pois eu não desligo o telemóvel na missa.
E, se como diz um anónimo acima, Deus resolve fazer uso das novas tecnologias para se me manifestar?
Pelo sim pelo não, "eu não desligo", sou da opinião que o melhor é não arriscar!
Paula.
"QUANDO ESTAMOS NA IGREJA, SERÁ QUE ESTAMOS MESMO ?"
Questão simples (e muito oportuna) de colocar, mas complexa de responder.
Se é verdade o conceito, "igreja é a comunidade de fiéis", esta não precisa de paredes, mas "tão só" de saber ser e comportar-se à luz da doutrina como um bom católico, com ou sem equipamento de telecomunicações.
Já, no meu modesto entender, o caso muda ligeiramente de figura se o conceito "igreja" se reportar à casa de Deus e estando a realizar-se um acto litúrgico.
Duma maneira geral, não só aqui em Portugal, mas também em igrejas católicas pela europa fora, constacto um comportamento tipo "light" e muito descontraído nos templos, mesmo com avisos para o tipo de traje, etc.
Endereço ao gestor deste blogesta os meus elogios pela forma de colocar a esta questão, pois muitos que frequentam a igreja esquecem-se que ali é um lugar exclusivo de oração e para ouvir a palavra do Senhor, com o máximo respeito.
Eu trabalho perto de Sete-Rios em Lisboa e normalmente às Sextas-Feiras cruzo-me com muculmanos que vêm vestidos com os melhores fatos e perfumados para rezar a Deus. Na religião católica não vejo esse cuidado e respeito para entrar num templo. Quando era mais rapaz, lá na terra, de facto as nossas mães vestiam-nos os fatos domingueiros e era mais para piscar o olho a alguma garota engraçada do que se ter de facto um encontro especial de oração na casa do Pai.
Agora é a questão dos telemóveis ligados quando se está a celebrar um acto religioso. Há que dizê-lo frontalmente, é falta de respeito para com a comunidade ali reunida, para com o celebrante e para com ela mesma, porque para estas há algo de mais importante que Deus !
Tenho dito !
Fernando Gonçalves
Olá!
Desculpe, fugir um pouco do tema, mas nunca a palavra "Estou" esteve tão presente na minha vida. Estou!!! Por telemóvel, por mail, pessoas que não conheço e que me dizem, "Estou!!" Não com ponto de exclamação, mas na certeza de que estão comigo... Não estou sozinha! Como é bom!!! E se as pessoas Estão!! Então Deus ESTÁ mais do que presente, pois é através delas que Ele se me tem manifestado...
Contudo, na Eucaristia, ou simplesmente se entrar numa Igreja, o telemóvel está em modo reunião, não toca, nem vibra. Se Deus, como alguns penitentes se expressaram, nesse momento me quiser falar, fá-lo com toda a certeza, sem que eu precise de atender...
Beijinhos em Cristo
MJG
Gostei do blog.
Quanto ao celibato, como alguem dizia, a nós que podemos ter mulheres, também nos condenam pelo casamento a um tipo de celibato, penso que é uma questão de habito. Mas concordo que será difícil. No entanto quem se torna padre sabe de antemão dessa premissa, pelo que tem sempre a opção de... não o ser.
Faldo, até parece fácil, mas para quem é padre...
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