segunda-feira, abril 07, 2025

verdade [poema 396]

acho que se fosse verdade, o tempo estaria mais claro 
as noites seriam como os dias, e a escuridão seria apenas 
mais uma cor 
 
elevo as mãos e pergunto onde estavas naquele dia.
aponto cada dedo na tua direcção, faço o sinal da cruz 
com a mão aberta, à espera 
 
não escondo que me apetece atirar a pedra 
atirá-la para longe da vista, se ela fosse a verdade 
 
com a mão fechada, lançava-a e dizia adeus 
para depois abrir-se durante a noite quando tem 
mais cor

1 comentário:

Ailime disse...

Boa tarde Senhor Padre,
Um poema repleto de metáforas belas, mas o meu conhecimento não me deixa interpretá-las, mas gostaria.
Emília