A barafunda instalou-se. Os sete miúdos do nono ano da catequese faziam barulho como se fossem vinte e um. Três vezes mais. Alguns dos rapazes, ainda com pífias na voz, altercavam palavras, dizeres e frases que não se percebia se eram ou não donos e autores delas. Não me admirava que fossem apenas seus amplificadores. Hoje há uma crise de identidade enorme nos jovens. Por um lado querem afirmar-se com o seu Eu bem definido. Por outro, deixam-se arrastar pelo Nós que se tem de aparentar. As falhas na voz garantem que ainda são adolescentes. Mas perante a catequista eles sabem o que estão a dizer. E a barafunda estava instalada. Não é que se estivessem a portar mal. Elevavam apenas a voz para dizer de sua sentença. A catequese é uma seca. A catequista, que não gosta de encolher os ombros, lembrou-se de trocar os papéis e de lhes perguntar se acaso eles estivessem na sua posição como se sentiriam. E repetiram que isto é uma seca. Ou uma treta. Ou bazófias. Então, mas porque vindes à catequese? perguntou ela. Porque a minha mãe obriga, diz um. Porque quero ser padrinho, diz outro. Um deles, sorrindo descaradamente, insinuava que vinha fazer companhia aos outros, aos amigos. É por isso que não ides à missa? tornou a catequista. A missa é uma treta, diz o segundo. Mas então não acreditas em Deus? insistiu. Deus é uma treta. E ponto final. A catequista que não gosta de encolher os ombros, encolheu-os e decidiu apenas escutar. Quando me contou, para eu escutar também, não sabia bem o que sentir. Se desespero. Se pena. Se remorso. Se vontade de continuar esta missão. Padre, parece que andamos a gastar-nos desnecessariamente. No Sábado vou estar aqui às quinze horas com eles. E gostava que Deus também estivesse. Sabe, o que mais me custou foi ouvir que Deus é uma treta.
A mim também. Não entendo como estes miúdos vão à catequese onde, supostamente, se fala de Deus, se fala com Deus, se aprende a amar e a viver Deus, e depois afirmam que Ele é uma treta. Não o disse à catequista, mas apeteceu-me. Esta catequese é uma treta. E se pensarmos que muitos dos ditos cristãos, que enchem ou parece que enchem as quatro paredes das nossas igrejas, querem Deus para justificar as suas idas à missa ou às festas ou a determinados sacramentos, mas depois agem como se Ele fosse uma treta, deixem-me dizer bem alto, com a janela aberta. Esta igreja é uma treta.
26 comentários:
Um dia fiz a mesma pergunta a um grupo do 10.º ano e as respostas foram essas mesmas. Depois disse-lhes: "então se hoje os vossos pais vos disserem que não têm mais de vir, na próxima semana não está cá ninguém!" resposta unânime: "Venho na mesma para estar com os amigos!" Disse-lhes então: "Como assim, se andam todos na mesma escola (ou quase todos), e estão todos os dias juntos?" e responderam-me: "mas aqui é mais fixe!!!!" Só não me conseguiram dizer porque é que é mais fixe.
Um dia comentei com um padre se a falha não é também um pouco nossa (dos catequistas) e onde é que estávamos a errar para, a partir do 4.º ou 5.º ano a catequese passar a ser uma seca. Ele disse-me que os adolescentes estão numa fase que "não precisam de Deus: têm quem lhes resolva tudo, os pais e os amigos. Mas se o nosso trabalho for bem feito, mais tarde eles voltam. Espero que sim.
No fundo penso que eles até podem ter fé, até podem "gostar" de ir à catequese, até podem acreditar e confiar em Deus, mas só quando estão sozinhos. Em grupo não se admite isso nem com tortura. E depois, só quem nunca foi mãe de um adolescente é que não sabe como eles são mestres na arte do "ser contra".
Sou catequista da adolescência já há alguns anos e ainda não perdi a "fé" neles. Preocupam-me muito mais os pais quando, por exemplo, dizem que têm os filhos na catgequese para que "tenham os sacramentos todos", como se duma colecção de cromos se tratasse: chega-se o Crisma e já está, a colecção completa.
Sobre a catequese, na minha paróquia, já fiz diversos alertas do que achava que estava mal. A deficiente preparação das catequistas, a sua idade, demasiado jovens para serem catequistas, até acho que algumas delas ainda deviam andar na catequese. Mas também compreendo que não há pessoas mais velhas que se ofereçam para esta nobre missão.O meu filho vai à catequese e quando lhe pergunto o que aprendeu, ele encolhe os ombros, dizendo que passou o tempo a jogar ou a brincar, porque as catequistas nem sequer apareceram.
Queria também relatar um aspecto para o qual já alertei, mas caiu sempre em saco roto. A escolha das pessoas que vão ler as leituras deve ter em conta a sua capacidade para ler bem, alto e bom som que é para todos escutarem a palavra de Deus e não para as pessoas acharem que é lindo e parece bem.
Ir à eucaristia e não ouvir as leituras, é preferível não ir, penso eu.
Não tenho nada contra as crianças leram as leituras, desde que o façam com clareza e que se façam ouvir.
Concordo que esta igreja da missa do domingo é de facto uma treta.
Quanto aos miúdos da catequese, como nunca fui catequista, não sei o que os motiva ou não a lá ir. Só sei dizer que quando a família pertence ao grupo dos que, ser católico é ir à missa ao domingo é de esperar que os filhos vão à catequese porque é um local de encontro com os amigos e até nem há que dar grandes provas de que se está empenhado.Para alguns pais será ainda uma maneira de os manter ocupados sem pagar um centimo.
Cara anónimo das 15:34
Discordo na totalidade. As catequistas são na maioria das vezes caquéticas, caquéticas mesmo.
O sentido de responsabilidade das mais jovens deve variar como tudo.
Deixe as crianças fazer as Leituras em paz: bem, mal ou assim assim. Os adultos que quiserem apreender melhor façam a preparação em casa. Isto de querermos ser perfeitos impede-nos de ser bons.
"Mas se o nosso trabalho for bem feito, mais tarde eles voltam. Espero que sim."
Pego neste excerto da Idalina e digo, concordo a 100%! Volto algumas décadas atrás e partilho a minha vivência.
Fiz todo o meu percurso de catequese de forma normal e seguida, ainda não tinha 18 anos e já estava Crismada. Anos mais tarde, afastei-me da Igreja. Em todo o tempo que estive afastada, senti falta da Sagrada Comunhão, e grande parte das vezes, no meio do sofrimento... fui recordar-me da algumas coisas que tinha ouvido na catequese e isso sustentou-me... no dia em que regressei, identifiquei as "parábolas" que estava a viver naquele momento... um dia, alguém "perdeu" tempo comigo... e eu, nem parecia estar lá... tudo me pareciam "histórias", pois o que eu vivia em casa, era desunião, o desamor, a rejeição. Se a criança não vive "Deus" em casa, também não O vai "viver" na catequese ou até na Missa.
Coragem. Que se faça a sementeira, o fruto virá a seu tempo... sabe-se lá quando!
Quando comecei a ler o texto, parecia tratar-se do grupo de catequese do qual sou catequista: 9.º ano, 7 catequizandos (número reduzidíssimo, após várias desistências ao longo do percurso catequético).
Este é o primeiro ano que dou catequese a adolescentes e estou a adorar!! :)
Um grupo complicadíssimo, todos muito mal comportados, grupo há anos "experimentado" e posteriormente "negado" por vários catequistas. Uns autênticos "diabretes", segundo parecia.
Talvez seja pela reduzida diferença de idades entre mim e estes catequizandos, mas são os melhores que "enfrentei" até hoje. Muito sossegados, atentos e participativos.
Portanto, Anónimo de 23 de Janeiro, 2011, 15:34, as catequistas novinhas podem ser (e são-no, geralmente, pelo que sei) uma mais-valia para a paróquia :)
Não estou, com isto, a gabar-me, mas penso que é tudo uma questão de dom.
Idalina, também eu inquiri os 7 meninos e meninas (adolescentes, relembro). Só uma admite estar na catequese por lhe ser imposto pela mãe. 3 dizem gostar de ir para estar com os amigos e outros 3 dizem gostar de ir para "ouvir falar de Deus" e, igualmente, estar com os amigos.
No entanto, não posso estar mais de acordo consigo: talvez eles estejam na catequese com a motivação certa - Deus. Mas talvez o neguem a eles próprios por quererem transmitir aos amigos/colegas auto-suficiência e por ser "normal", naquela idade, associar-se a crença em Deus a algo pouco «in»....
Pela experiência que tenho, todos participam activamente, mesmo a que está lá obrigada pela mãe.
Acredito que não trabalhamos em vão, caros catequistas.
Tarde ou cedo, surgirão rebentos naquilo que parece areia no deserto.
(xiii... hoje, sinto-me inspirada)
Olá, [é muito dificil prender a atenção e o interesse, principalmente de adolescentes por muito tempo, eles não tem muita paciência. Aqui no Brasil são 2 anos de catequese para a Primeira Comunhão ( apartir dos 8 anos de idade/2º ano da escola), depois da Primeira Comunhão tem mais 1 anos opcional, que chama-se Perseverança (mas bem poucos o fazem), depois por volta dos 14/15 anos tem a Catequese do Crisma que até pouco tempo erá de 1 anos e agora é de 1 ano e maio.. e mesmo assim é dificil convencê-los a participar, muitos vão por imposição dos pais, principalmente os menores, msa mesmo assim é menos tempo, é mais dificil deles ficarem acostumados. Eu não sei, mas acho que 10 anos (não sei se é isso tudo) direto de catequese para crianças e adolescente é muito cansativo e acabam perdendo o interesse, afinal tem tantas coisas mais divertidas para fazer (é o que pensam).
Teresa, aqui é 10 anos, de facto. mas nem em tods as paróquias acontece. Ultimamente, anda muita gente a pensar acabar a catequese mais cedo...
Mas o problema pode persistir, caso a catequese não forme cristãos e seja apenas um trampolim para festas...
Olá Padre,
Esta igreja é uma "treta" porque durante tantos e tantos anos castrava os fiéis, ensinava-lhes a ver um Deus que estava só lá no alto e a quem só os ditos padres e eruditos tinham o acesso.
Hoje colhem o frutos de tantos e tantos erros passados.
É certo que Deus esquece-se dos nossos erros passados, e certamente já esqueceu as falhas da organização católica, quem julga, e neste caso o padre não se pode esquecer que está ligado a uma organização religiosa que durante séculos, fez questão de dominar os crentes, aliás para copmpreender isto basta observar que a igreja sempre caminhou ao lado do poder politico.
Quanto mais "ignorantes" em termos de fé as pessoas forem mais controladas, se matêm as pessoas, e isso foi o que aconteceu durante estes séculos passados.
Vamos é começar a educar os nossos crentes actuais para que comecem a ver que estão em Deus, e Deus está em cada um de nós.
Permita-me fazer aqui uma observação contem a história do peixe a quem falam do oceano, e ele pergunta, mas o que é o oceano?
Ajudem cada pessoa a ver que está dentro do "Oceano".
Ajudem cada cristão a Ver o OCEANO, a sentir-se dentro do OCEANO, parte integrante d'Ele.
Deparo-me quase todas as semanas com um cenário parecido ao que descreveu.
O meu filho já foi apelidado de "anjinho" porque ensinei-o a ver e a praticar Deus no seu dia a dia. Durante muito tempo não queria frequentar a catequese.
Esses episódios de rebeldias por parte dos nossos catequisandos, no meu entender tem duas vertentes a falta de educação que hoje em dia se verifica a nivel geral (a sociedade,a família, etc... estão em crise), logo quem não tem não pode dar, por outro lado tem a tal falha da organização católica.
Eu costumo dizer sou cristã, sou de Cristo, frequento a igreja católica romana, actualmente é a que mais me completa, mas não sou de nenhuma organização.
ORGANIZAÇÃo só a de DEUS, o tal "OCEANO", no qual todos estamos mergulhados.
Paulina
Paulina
Tens toda a razão. A IGREJA é a organização terrível. Arrogância 100 acolhimento ZERO! DEve ter os dias contados salvo raríssimas excepções mas como têm sempre pão na mesa não se ralam. Pacovios somos nós que aguentamos tudo. Farto. Mas atenção sou crente em Deus.
mas afinal o que não é uma treta no mundo actual?!
resta muito pouco se olharmos com atenção!
Quando não houver separação entre a hierarquia e as bases,quando não houver elitismo entre os consagrados especificamente e o geral do povo de Deus,mas diferença de ministérios,quando todos e cada um formos chamados a ser efectivamente a carne e o sangue de Cristo,o Seu corpo, então a Igreja não será mais considerada de treta, como não o era nos primeiros tempos.Era então,verdadeiramente,a noiva do Cordeiro,unida a Ele em amor de esposa.
Olá Teodora
Discordo
Tudo o que existe foi criado por Deus.
Nada do que Deus criou para nós, é uma treta.
As tretas quem as faz somos nós com as nossas inclinações.
Seja Feliz
Paulina
Pe. de facto estamos com jovens de geração Y, quem está a criar estes jovens assim?
Somos nós os adultos, o ensino, a educação que os psicologos dizem que têm que ter, são os pais ausentes, que não se sentam com os filhos a falar, são pais que pensam só no trabalho, no ter para lhes dar "monetário", pais separados, pais com vidas paralelas, etc....
Estes jovens não têm a culpa, mas sim a sociedade aonde estão inseridos, que os leva a ter estatutos de estudante que podem maltratar quem tem autoridade de ensino"professores", podem matar os pais, podem até roubar, mas as leis estão a favor desta sociedade de Libertinagem, em que se atropelam os direitos e deveres, e andamos a criar Monstros, para sociedade, com desenhos animados para serem guerreiros, com caixas de televisão para os confundir, metem-se nos quartos a falar com o mundo...
Deus não está na sociedade dita modernizada, Europa está sem Deus. Enquantos os paises ditos America Latina, E.U.A, e na China, Deus está a crescer,nós não precisamos de Deus, só para o negocio de eu necessitar de alguma coisa, aí eu vou até Deus, mas deixo o grande sol que é a Eucaristia, não tenhamos ilusões... Mas a obra não é dos Homens é de Deus, e
Ele sabe o quer para cada um de nós...
Olá, confessionário, que se passou com os votos da sondagem? Se não me engano, ontem estavam mais de 60 votos e hoje não chegam a 40!!!
Pois não sei, amigo/a
Tb me parece estranho. Tenho essa ideia. Alguém confirma?
Se confirmarmos, garanto que não sei que se passou.
Bom, mas o que interessa é a reflexão que cada um possa ter feito.
Temos muitos cristãos como se a Igreja fosse um clube!
Também sou catequista e vivo "angustiado" com a falta de interesse dos adolescentes na catequese. Passo a semana a "macacar" como lhes devo dar a volta para lhes despertar o interesse e lhes testemunhar o Amor infinito de Deus que nos acolhe e conforta...
E sofro quando recebo como resposta o desinteresse... Interrogo-me será de mim? Será da barriga cheia de tudo, de uma vida sem dificuldades, de viverem numa redoma que os pais lhes criam, da alienação da TV, da net, e dos videojogos?
Por cá ando com estas interrogações e procurando dar testemunho da minha Fé...
Acredito que a Igreja Católica está a fazer uma travessia do deserto..em especial na Europa…
Há que reflectir em caminhos “out of the box” – aceitar uma perspectiva externa sem preconceitos,sobre o problema…
Quanto mais nos fecharmos no “edifício” e olharmos só para as paredes ,sofremos a tentação de achar que só há um modo de evangelizar, reproduzindo modelos inadequados ao contexto da sociedade que corre ao nosso lado…
Jesus era um hábil comunicador actualizado ao seu tempo ( e ainda hoje a sua palavra nos interpela e rompe-nos por dentro)
Se quem evangeliza , repete mecanicamente “formulas” que não são explicadas ,como querem “cativar” seja quem for? Se quem evangeliza é um burocrata da Fé como querem “cativar”???
A Fé não é uma ideologia , é uma vivencia de Deus INCARNADA na vida. Pelo exemplo diário diante da comunidade , de que o Reino de Deus começa aqui a construção e não é uma imagem idílica para nos confortar após a morte….
Teologias assentes na recompensa da Salvação Final se fores um bom ritualista, não dá futuro nem Deus quer de certeza….isso já os fundamentalistas de qualquer proto-religião vendem e vejam o mal que inunda certas partes da humanidade.
Se tiverem dúvidas coloquem-se sempre na pele de Jesus – o que faria ele agora? Deixemonos guiar pela sua presença e o resto acontece….
Todos os que incarnam a Fé na Vida, vão conseguir “cativar” alguém…
Já estive em locais, templos e orações das mais variadas sensibilidades cristãs e culturas, onde a maioria eram jovens …e aqueles jovens rezava, reflectiam e eram gente da ressureição…
Não desanimemos, O Espirito Santo está a actuar e sobretudo através dos que se inspiram actualizam e vivem em comunhão com o Pai…o resto acontece na dimensão e contexto que só ele sabe…mas CONFIEM )
Procuramos resultados e desesperamos por não os ver, mas o que importa é Aprender a Semear bem (coisa que muitos de nós ,alguns com responsabilidades, só damos tiros no pé) …depois SEMEAR, semear, semear…
-por vezes o terreno é mau , mas nunca desprezem a terra árida, pois por vezes ELE surpreende-nos se for bem tratada….depois não é conta nossa esperar pelos frutos- ELE sabe quando e como…. e como tal devemos confiar, confiar, confiar….
Eu sei que o deserto é longo , as contrariedades são muitas, mas pergunto será que o Espírito Santo não nos está a obrigar que esta igreja Católica ,
a ajoelhe,
seja humilde,
a “ressuscitar” de uma Igreja Velha para um Igreja Nova – tal como S.Paulo nos pedia – ressurgir o Homem Novo…….meus amigos da forma como as coisas vão, muito nos havemos de surpreender e espantar com aquilo que Deus vai fazer mudar na Igreja Católica ( e não só) nos tempos próximos!
Acreditamos em Cristo redentor, o mesmo que guiava, os primeiros cristãos perseguidos e assassinados nos circos do império romano…eles confiaram, não fugiram nem renegaram e o resultado foi que a Palavra , o corpo e o sangue de Cristo, não desapareceram da humanidade…
Deus espera algo de cada um de nós…estejamos atentos , apesar do terreno pedregoso!
Força!!!
H.Dias
Eu vivo é angustiada com a falta de interesse dos srs padres. Em vez de ajudarem empurram para a valeta. Autênticos anti-cristos arrogantes e presunçosos. Trabalho, vai lá vai. Querem é que se faça tudo por eles e como lhes parece. Há por aqui uns que não fazem cerimónia e dizem-no mesmo na Eucaristia. Suas altezas dizem o trabalho deles é só ministrar os sacramentos -a correr pq têm pressa. Tb faço de conta que sou catequista porque não me dão condições para fazer melhor. Começo a fartar-me mas qd estou para desistir agarro-me aos miúdos e à importancia de evangelizar. Mas não sei até qd.
Nem mais.Concordo inteiramente com cada palavra, com cada desabafo.
Sou catequista e fico indignada com tudo isto, é como se o meu esforço e o meu trabalho não servisse para nada!
Torna-se contraditorio que os nossos jovens pensem assim, se sempre foram educados na Igreja Catolica.
Obrigada por partilhar com todos nós as suas ideias.
Itália - muçulmanos invadiram uma catedral quando se celebrava a missa aos mártires de anauniensi em Sanzeno...
IGREJA CATÓLICA NA POLÓNIA DEDICA UM DIA AO ISLÃO
porquê que isto está a contecer???
isto é que uma treta:
na catedral de manchester (reino unido) transformaram o são jorge num muçulmano, até lhe chamam al khidr.
é só tretas destas ultimamente.
Já hà algum tempo que por motivo de saúde não tinha o prazer de visitar este blogue e este tópico de reflexão, pela riqueza na diversidade/qualidade/desabafos dos comentários de leitores, senti a necessidade de contribuir também com estas breves duas notas:
1º Será possível que participantes activos em actos relevantes (ex. missa, catequese) se questionem se estes actos sejam uma treta ? treta !, possivelmente pelo desconhecimento, desmotivação, desinteresse e outros que vêem?
Reflectir sobre o que se está a fazer vale a pena, julgo que é sempre positivo. Mas, tal como numa estrada “com o carro em andamento, é mais perigoso para a circulação rodoviária, andar a uma velocidade inferior à da velocidade média que a faixa de circulação se circula”, os novos ídolos e apelativos tecnológicos que a malta nova tem hoje, é de facto muito complicado fazer acções sem factores alternativos de interesse. E na NET – que se resume só a jogos – se pode com comodidade descobrir e aprender mais e melhor sobre os grandes lideres da Igreja, história, textos que ainda são hoje de referência inapagável.
2º A Igreja foi criada por Cristo e deixou a missão de espalhar a Boa Nova aos seus discípulos, os apóstolos. A igreja, enquanto comunidade, ao longo dos séculos e governada por homens, não foi alheia aos modelos de sociedade que lhe foram sucedendo.
A história documenta erros da Igreja católica que do ponto de vista actual, surgem como incompreensíveis, mas se atendermos ao enquadramento sócio político e do pensamento da época, alguns já seriam discutíveis e ou mesmo justificados.
"A história documenta erros da Igreja católica que do ponto de vista actual, surgem como incompreensíveis, mas se atendermos ao enquadramento sócio político e do pensamento da época, alguns já seriam discutíveis e ou mesmo justificados."diz Fernando Gonçalves
dos erros cometidos nesse tempo pela IC, também houve quem tivesse o discernimento para ver mais longe e não pactuar com os "pecados" cometidos em nome da Fé, basta lembrar S. Francisco e muitos outros....
também hoje há quem justifique absurdos da IC , com a conjuntura e o pensamento actual da estrtura eclesial...felizmente existe católicos que não se reveêm nessa tese e têm o discernimento vindo do Espirito Santo , para ver mais ao largo...
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