interrogação? |
Por isso não faz sentido que alguém venha pedir uma declaração de idoneidade para que um adolescente de 12 anos, sem maturidade e sem ter o sacramento da confirmação, com uma vida de fé que podemos designar de afastada, ainda que frequente a catequese, possa exercer a missão de padrinho. Mas a mãe do adolescente pede, quase exige, porque o pároco do local onde vai ser baptizado aceita, desde que apresente uma declaração de idoneidade, sabendo este colega, à partida, que o adolescente não possui a tal idoneidade. Passa a bola para canto. Lava as mãos como Pilatos. Sossega-se e à sua consciência, na esperança de que outros decidam por ele, a favor ou a desfavor. E lá vamos nós ao mesmo de sempre, desbaratando sacramentos. Na verdade, eu não sou ninguém para garantir ou não garantir a idoneidade de alguém. Nem as leis o podem garantir. Porém, ao menos que este sacerdote assumisse a decisão, por uma questão de assumir uma coerência. Por isso é que sou de opinião que, se não se consegue proceder com autenticidade nesta matéria, que se reveja a necessidade da figura do “padrinho”. Ao menos, deixamos de fazer de conta…
A PROPÓSITO OU A DESPROPÓSITO: "Um dia os baptismos ainda hão-de ser baptismos"
7 comentários:
Muito bem, o senhor padre acabou de comunicar ao mundo o que é um 'mínimo legal'. Será este exequível?
Sugestão: Título alternativo . «Ainda haverão padrinhos?».
(Vou ver se reservo uns para mim).
Bjs
Obrigada por partilhar os requisitos, pois não os sabia.
Parece-me que fazem algum sentido
Boa tarde Senhor Padre,
Infelizmente há muitos casos semelhantes em que numa igreja se pode fazer o batismo e noutras não.
Depois há comentários que não abonam nada a favor da Igreja.
Uma pena que alguns sacerdotes não sigam as regras com o preceito devido e, como neste caso, ainda deleguem para colegas a responsabilidade.
Não está bem.
Ailime
Olá, Confessionário.
Uma série de dioceses em Itália decidiu suspender a figura do padrinho de Baptismo ou de Crisma. Haverá algum bispo português que queira arriscar tal passo?...
Quanto ao documento, entendo a tua irritação com a postura do teu colega (mesmo que, imagino, não tenha havido contacto directo e possam faltar alguns pormenores nessa história). Mas, no jogo dos papéis, também dois podem jogar. Há a possibilidade de preparar uma declaração que constate a vontade de fulano em se tornar padrinho, indique as desconformidades existentes e reconheça ao colega que organiza o baptizado a responsabilidade final de decidir se a tal pessoa é ou não aceite.
Também há na net formulários diferentes, em que é o próprio candidato que preenche uma declaração de honra assumindo que cumpre (ou não) as condições previstas. Ou então, são os próprios pais da criança, que escolheram os padrinhos, a terem de dar testemunho por escrito de que eles apresentam os requesitos necessários. E o padre apenas dá o visto.
Quanto ao adolescente em causa, haveria a hipótese de o propor como testemunha. Ou que fosse representado pela mãe ou pai dele até as condições estarem reunidas para poder assumir o cargo de facto (à semelhança da figura do regente, nas monarquias).
JS,
"Mas, no jogo dos papéis, também dois podem jogar. Há a possibilidade de preparar uma declaração que constate a vontade de fulano em se tornar padrinho, indique as desconformidades existentes e reconheça ao colega que organiza o baptizado a responsabilidade final de decidir se a tal pessoa é ou não aceite." - faço isso muitas vezes. A mãe aqui, neste caso, acabou por não insistir!
Acho estranha a opção dos "formulários diferentes". Pode ser útil nalguns casos, mas na maioria é dizer que tudo depende da opinião privatizada da pessoa ou das pessoas.
melhor mesmo é mudar a postura da Igreja diante deste tipo e sacramentos-evento
ó padre, eu tb gosto de ter o meu padrinho e ele não tem fé.
Quem não gosta de ter padrinhos?!
Caro anónimo do 18 junho, 14h31
Que bom gostares do teu padrinho, e gostares de ter um. Embora (ainda) associemos normalmente a figura do padrinho a um contexto religioso, tal papel social pode também ser assumido em contexto civil (laico). Por exemplo, o padrinho de um curso universitário.
A questão é que, se estás a referir-te a um padrinho de Baptismo, e pelo que descreves, aquilo que ele prometeu não está em condições de cumprir. E se tal discrepância era já existente no dia em que a cerimónia foi realizada, estamos perante um erro ou uma simulação. Não é correcto nem é justo.
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