a tempestade caiu nos degraus da casa
enquanto a manhã os subia
os pés ficavam marcados na escada, como o barro se marca com uma mão
e o pincel
Era lama da tempestade. Era terra. Era lugar
Não te importas que a tempestade seja o nosso morar?
a manhã não queria acordar nos degraus. A tempestade avultava-se
Tens medo, perguntou a escada, que era o lar
da tempestade e do barro. A terra
onde nascem as manhãs
a pincel
Mc 4,35-41
3 comentários:
já tinha saudades de uma poesia. Grata, padre.
Já estava em tempos de uma bela poesia, gratidão. Abçs
Boa tarde Senhor Padre,
Lindíssimo este poema composto por belíssimas metáforas.
Gostei imenso.
Bom fim de semana.
Ailime
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