Tenho vergonha destas palavras 
Que são pequenas e o tamanho diminui de hora em hora 
Pergunto se é um velho a nascer 
Ou uma árvore a minguar 
Se é uma casa a ruir 
Ou a minha vida a crescer. 
Vou tímido pelo passeio das palavras que me ensinaram 
A dizer, e que escrevo como se as soubesse dizer por dentro. 
E a vergonha entra desavergonhadamente em casa 
E não sei onde dorme, para me deitar com ela.
 
4 comentários:
Boa tarde Confessionário. Ou me engano muito ou estás mesmo a precisar de um abracinho🤗
Gostei da vergonha desvergonhada, é melhor do que a falta dela🤔
Isto está mesmo mau, sintomas de velhice e não sabe por onde anda a vergonha, ó Padre Confessionário com um pastor neste estado...pobres ovelhas. Ou serão elas as culpadas deste estado?
Bom dia Senhor Padre,
Já li várias vezes este poema e fiquei sem voz.
Mas o poeta não tem que se envergonhar.
Por vezes as palavras não dizem o que sentimos e fogem como se o vento as quisesse aprisionar.
Ailime
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