Toca longe. Toca ao lado. Toca perto. Cada vez mais perto. Um nódulo na mama. Um cancro no intestino. Uma dor estranha. Uma nódoa que não cura. Chama-se melanoma. Ou linfoma. Ou carcinoma. Nomes que há uns anos ninguém conhecia. Nomes que agora se ouvem, mesmo desconhecendo o seu real significado. É apenas mais um caso nos muitos que, diariamente, tocam perto, cada vez mais ao lado. E fica-se assim. Impotente. Há uma coisa chamada fé, que também há dificuldade em definir, que ajuda a aceitar. Há um Deus por detrás disto tudo. Respiro e deixo-me embalar pela respiração. Estou vivo. E há algo com vida que nos vai tocando!
6 comentários:
Nossa que preocupante tudo isso???⁉️🆘🛐
Boa noite Sr. Padre,
Um mal, infelizmente, dos nossos tempos.
Que não percamos a fé nem a esperança.
Ailime
Muita puramente verdade. Há um Deus por nós basta mantermos a fé viva. Isso é que nos toca e sentimos que estamos vivo.Chm.
Por tudo que temos que amarmos uns aos outros, quando há tempo neste momento. E no mundo que vivemos. Deus ficará feliz.
E quando toca em nós tira-nos primeiro, o chão dos pés, achamos que é o fim...
Depois carrega-nos com uma dor inexplicável, só compreensível por quem passa, caímos, prostrados em frente ao Sacrário sem palavras para dizer, finalmente lá nos abandonamos nas mãos de Alguém Superior, mais para acalmar o sentir do que propriamente como ato de fé!
E de etapa em etapa lá vamos nós tentando arranjar forças para acreditar que tudo passa tudo muda... até os maus momentos!
Modificamos muitos hábitos e quase sem nos apercebermos damos por nós criaturas novas, renascidas daquele Amor primeiro e puro que julgávamos já haver esquecido!
O grande êxtase dá-se quando finalmente aprendemos a aceitar a "cruz", esta já não pesa porque a levamos com compreensão e amor.
Passamos a agradecer cada partícula de tempo que nos é concedido viver.
É a paz a acontecer dentro de nós!
É a Vida a convidar-nos para a apreciar..
E se tudo isso não é Deus dentro de nós então nada mais o será!
É que quando é Ele a tocar-nos ninguém fica indiferente!
Gostei muito de te voltar a ler nesta magnífica reflexão!
Paulina,
Também eu gostei de te ler.
Ainda não cheguei a uma experiência tal e qual, mas é assim que eu quero imaginar que será!
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