quinta-feira, setembro 26, 2019

Cumprir a fé

Há gente que, na Igreja, vive uma relação com Deus como empregado. Vivem, como antigamente os escribas e fariseus, para cumprir coisas, numa relação interesseira do deve e haver. Nunca se assumem como filhos. Nunca agem por amor, mas só por obrigação. Nunca se sentem amados, mas premiados e ou castigados. É por isso que têm dificuldade em amar e perceber Deus nas suas vidas. Porque Deus é amor. E o amor não se pode merecer. Ou é gratuito ou não existe.

10 comentários:

Anónimo disse...

Sim, bem verdade.

Anónimo disse...

Que belo chacoalhão padre! Muito obrigada, precisava ler isso :)

Anónimo disse...

Gostei desta abordagem.
Em poucas palavras, disse muitíssimo.
De facto, às vezes, parece que os cristãos não se sentem filhos de Deus, fruto do Seu amor, mas negociantes do céu ou do inferno!!!
Obrigada, padre

Anónimo disse...

Verdade, amor Se for gratuito não é amor.

Anónimo disse...

Há uma coisa que falta imenso nos católicos....

Dar testemunho através da palavra. Todos os domingos a homilia, por melhor que seja, é um monólogo.
Talvez se fossem chamados a falar ajudasse a perceber Deus nas suas vidas e a alimentar essa lembrança

SL

Confessionário disse...

SL
Não é que eu seja modelo para ninguém. Mas procuro, nas minhas homilias, envolver as pessoas, tanto quanto possível. Pelo menos fazer com que façam raciocínios e tirem conclusões por elas mesmas. Vou perguntando e respondendo. Mas, claro que é diferente nas paróquias mais pequenas em que o diálogo acaba por acontecer com facilidade, do que nas grandes em que há um pouco mais de resistências. Mas há sempre quem intervenha!

Ailime disse...

Boa tarde Sr. Padre
Em poucas palavras, mas muito sábias, falou sobre o cerne da questão.
Mas, como fazer entender isso à generalidade das pessoas?
Não será que muitos de nós que nos julgamos praticantes e bons cristãos não o fazemos por tradição, ou seja, neste caso concreto, por obrigação?
Amar sem medida, sem esperar nada em troca, é o que o Senhor espera de nós.
Ailime

Anónimo disse...

Amor se não for gratuito não é Amor .... assim é que é.
Bj

Febe disse...

Mas parece-me que essa maneira de ver as coisas tem algo de ver com um olhar tradicional e pouco evangélico, que ainda permanece, separando a Igreja em abastecedores de Deus e abastecidos, comumente chamados de fiéis....como se do topo à base não fossemos todos chamados à fidelidade e não estivéssemos todos na mesmíssima posição de buscadores de Deus, cada um na sua vocação.

Ainda faltam passos no ensinamento do Amor gratuito.

Anónimo disse...

estou de acordo contigo, padre