terça-feira, abril 10, 2018

E se os padres fizessem greve?

Li há tempos que um pároco em Itália afixara um cartaz na porta da Igreja a dizer algo mais ou menos do tipo "A missa foi suspensa por falta de fiéis. Padre tal estará disponível quando for chamado". A informação foi publicada num jornal e alvo de muita conversa, sobretudo nas redes sociais. 
Pessoalmente não me parece que a sua opção tenha sido a mais indicada. Um padre, à partida e como servo de Deus, deveria também ter a disponibilidade de coração para qualquer necessidade do foro da fé, mesmo quando à sua frente está um número reduzido de fiéis. No entanto, com a carência de sacerdotes, com as notícias que nos vão dando conta da sua debandada, das depressões ou similares na vida de tantos sacerdotes, o assunto merece a atenção de todos aqueles que se interessam pela Igreja.
A paróquia é, desde tempos imemoráveis, o território por excelência da acção de um sacerdote a que se chama pároco. Mas o número de padres tem diminuído e o mesmo não ocorre com o número de paróquias, ainda que muitas delas tenham perdido parte dos requisitos básicos de uma comunidade paroquial. O mais comum é a diminuição drástica de paroquianos. Nunca me aconteceu colocar-me diante do altar sem fiéis para celebrar a missa. Mas já celebrei bastas vezes para menos que uma dezena de pessoas. Contudo, os bispos teimam em dividir os padres pelas paróquias como se fossem fatias de um bolo, as comunidades costumam tratar-se como consumidoras e os padres aqueles que estão do outro lado do balcão. Temos esquecido que é mais importante a transmissão da fé que a divisão de territórios por párocos. Estes têm cada vez mais a seu cargo lugares para cuidar, lugares para realizar sacramentos a correr, Igrejas a cair por dentro e por fora, sem tempo para a real missão que assumiram na sua ordenação. Na verdade, e embora possa ser apenas minha opinião, um padre não se ordena para ser pároco, mas para ser padre. A sua missão não se confina a um território. A sua missão é anunciar a Boa Nova. 
Qualquer dia é bem possível que também os padres comecem a fazer greve para exigir que a vocação que abraçaram volte a ser a vocação sacerdotal.

24 comentários:

francisco disse...

Porque não conseguem anúnciar a Boa Nova nessas paróquias que estão a morrer? Não faltam pessoas fora do rebanho do Senhor.

3/5 das promessas na ordenação sacerdotal mostram a importância de celebrar a missa mesmo que não tenha fiéis. São os que não estão os que mais precisam dela.

Se calhar falta mesmo isso, colocarem-se diante do altar sem fiéis e celebrar a missa só com o Senhor, os Anjos e os Santos, os que partiram para o Pai «admiti-os na luz da vossa presença», todos os que estão no Céu e todos os membros da Igreja, quando repararem têm afinal a igreja cheia.

Confessionário disse...

Francisco, a Eucaristia não é só sacrifício.
Nesse caso, como o propões, onde ficaria a comunhão?!
Vai lá dar uma vista de olhos à Sacrosanctum Concilium.

francisco disse...

Pode comungar o sacerdote que é filho de Deus e os frutos da missa também são para ele, pode-o fazer unindo-se a Cristo para que o Senhor o ilumine e ajude a levar a Graça de Deus aos que não vieram.

Não é para ficar por aí como se estivesse tudo resolvido, é antes o ponto de partida para ir anúnciar a Boa Nova.
Ter a Graça de Deus como ponto de partida. A missa com poucos ou sem fieis não é parte do problema, é parte da solução.

Anónimo disse...

ó sr Francisco, pela sua ideia um padre devia celebrar missinhas!

O meu pároco celebra em várias lugares e muitas vezes com pouca gente, só porque são paróquias. Não era preferível celebrar numa só com todos os que vinham dessas terras mais pequenas?!! Resolvia-se muitos problemas

Anónimo disse...

ahh e celebrar sozinho é uma tolice, quando tantas paróquias precisavam de padre!
Em que mundo anda o senhor?!
Para rezar um padre tem muitas outras formas...

Confessionário disse...

Francisco, a comunhão de que eu falava era outra.

francisco disse...

A missa é realmente o Sacrifício do Calvário, que se torna sacramentalmente presente nos nossos altares. "missinhas" e "Para rezar um padre tem muitas outras formas" é abandonar Cristo no Calvário porque encontramos uma melhor solução do que a que Cristo nos alcançou. Perdoai-lhes Senhor que eles não sabem o que dizem, o mundo seduz e não têm quem os ajude.

Primeiro tenho de indicar que infelizmente volta a desvalorizar o que é importante, «a Eucaristia não é só sacrifício», não é só mas é sobretudo sacrifício. A comunhão entre nós vem da união de cada um a Cristo. O que comungamos é o Corpo e Sangue do Senhor, o Cordeiro de Deus, que no Altar ofereceu o Sacrifício. E a comunhão entre nós vem dessa união no mesmo Corpo.

Desde o ofertório até ao momento em que o padre comunga faz tudo parte do Sacrifício, o momento em que comungamos vem do Sacrifício e até a escuta da Palavra esta a ele dirigido como vêmos no exemplo dos discípulos de Emaus.

O mundo seduz, se os sacerdotes e bispos desvalorizam e o povo quer apenas ouvir o que lhe é agradável temos a receita para a morte das comunidades. Se a missa for apenas "missinha" e convivio da comunidade onde recebemos um alimento espiritual estamos no protestantismo, e obteremos o mesmo resultado que eles obtiveram: a perda da Fé e a morte das comunidades.

francisco disse...

O que indiquei é o ponto de partida para levar o anúncio da Boa Nova e poder chegar depois à comunhão na comunidade. Partir da Graça de Deus.

Os que não vêm à missa nem participam da Fé já estão em comunhão uns com os outros, têm uma comunidade, praticam a solidariedade e fraternidade, amam-se uns aos outros. Que Boa Nova têm para lhes levar que eles já não tenham?

Sobre a possibilidade de greve e de reduzir o número de paróquias concordo que será necessário uma reflexão e voltar ao ponto de partida, do anúncio a uma civilização pagã. Não é possível ter tantas paróquias para um só padre, será necessário ter apenas uma ou duas onde seja anúnciada toda a Verdade: quem acreditar será salvo e quem não acreditar será condenado.
Mas por favor não façam greve a Deus, Ele não tem culpa do endurecimento dos nossos corações.

Anónimo disse...

Não entendi este post Sr. Padre, "um padre não se ordena para ser pároco, mas para ser padre. A sua missão não se confina a um território. A sua missão é anunciar a Boa Nova."

Qual a diferença entre pároco e padre? Na minha zona é assim, um padre para 3 paróquias. Compreendo que seja cansativo...mas deixam de ser padres por isso? Deixam de transmitir a Boa Nova? Nao entendo!

Maria João

Anónimo disse...


Greve Pe? numa altura destas? Com tanta festa a chegar? Ele é Comunhões, baptizados e casamentos...

Deixa-te de ideias, ou ainda vais ter paroquianos a dizer que a culpa da Igreja estar vazia na Missa é tua.

Esta semana na Missa da minha paróquia éramos 10. Saio quase sempre de coração cheio e creio que ajuda, durante a minha semana, na relação com os outros. Tenho a sorte de ter um Padre, que celebra com a mesma intensidade sejamos nós 10 ou 100.

Sou a favor da centralização, não para parecermos mais, porque no fundo seremos os mesmos, só que todos juntos na mesma hora e local, mas para vos libertar a vós Padres para se abeirarem dos que não estão na Missa. São esses que mais "precisam de vós".

Não entendo os vossos superiores...Por vezes não entendo a Igreja Católica enquanto Instituição. Às vezes parece trabalhar essencialmente para a Estatística.

SL


Anónimo disse...


Sr. Francisco,

Juntar-se aos irmãos da Cartuxa, já lhe passou pela ideia?

Confessionário disse...

Maria João,
O pároco é alguém que se confina a um território chamado paróquia.
Um padre é alguém ordenado com esse sacramento da Ordem com uma missão.
Existem muitos padres que não são párocos. Mas, em principio, não existem párocos sem serem padres (embora as paróquias possam ser coordenadas por pessoas que não sejam padres).
Claro que, também em princípio, os párocos anunciam a Boa Nova... mas, às vezes, de tão assoberbados de "funcionalidades", o anúncio da Boa Nova diminui em favor de outras coisas.

Não sei se ajudei um pouco...

Confessionário disse...

Ó Francisco, mas alguém aqui desvalorizou a Eucaristia como "sacrifício"?! Arre homem, deve ter uma défice de compreensão das coisas, de tão obcecado que aparenta estar com a doutrina! Voltamos à "vaca fria"!

Olhe que começa a cansar a sua postura!
A maioria das vezes cai enredado nas próprias palavras!

Escreva as suas opiniões, mas não apresente tantas certezas! Porventura já deu conta que quem tem tantas certezas e seguranças acaba por estagnar?!

Peço desculpa, mas vou evitar responder-lhe. De facto não tenho tempo para este tipo de diálogos surdos.



Anónimo disse...

No tempo de Jesus também havia uns fariseus e uns escribas que punham a lei acima de tudo, e olha o que Jesus dizia deles!

Anónimo disse...

ó padre, se não quiseres não publiques este comentário.

Hoje, depois de ler alguns dos comentários e porque também já não suporto a atitude deste senhor Francisco, fui visitar o seu espaço na Internet, por curiosidade.
Não sei se já lá deste um salto, mas aquilo é tudo tradição e conservadorismo puro.
Por mim cada um pensa como quer.
O que me intrigou foi este espaço que ele visita regularmente não fazer parte dos seus links favoritos, e estar cheio de links estranhos.
Num dos que abri vinha inclusive alusões negativas ao Papa.
Se calhar o propósito deste senhor não é senão corrigir-te e "pregar" a sua doutrinice conservadorona.
Parece que é um fã do confessionário, mas de fã deve ter muito pouco.
Farás o que entenderes, mas eu não faria desta plataforma o seu púlpito.

bjs

francisco disse...

JS,
O que eu indicava como estando o tesouro mais escondido do que devia é isto mesmo.
O que indiquei é o mais básico da Fé católica, no entanto como bem refere o Anónimo (11 Abril, 2018 12:16) é visto como algo extraordinário, digno apenas dos Cartuxos.
As nossas anteriores gerações tinham esta Fé, na sua simplicidade e analfabetismo o que indiquei era a sua Fé. Agora para nós é algo extraordinário, só para alguns. Alguns que serão possivelmente fariseus e doutores da Lei.

francisco disse...

Sr.padre voltei a ler os meus comentários e não encontrei neles nada de incorrecto para consigo.
Lamento que coloque a minha opinião como se houvesse nela alguma postura errada ao mesmo tempo que não tem uma palavra de caridade para com o anónimo que coloca a missa como "missinha", como uma tolice celebrar "sozinho" (como se o padre alguma vez celebrasse sozinho) e que o padre tem outras formas de rezar.
Para mim não peço caridade mas por favor tenha para quem precisa.

Anónimo disse...

Concordo com 11 abril, 2018 20:15
Este senhor não vem aqui para reflectir ou para buscar alguma coisa da fé.
Também não vem para propor; vem para impor e trata todos os outros que não pensam como ele como coitadinhos porque não sabem a verdade.

Como já disse uns comentários atrás, gabo a tua paciência.
Mas eu bania-o deste espaço.

HD disse...

Bom discernimento...mas será que a maioria do clero tem interesse ....em alguma mudança do status quo?
O Espírito Santo está a encarregar-se de "resolver" as "parcelas" de igreja paradas no tempo, qual mercearia em final de vida....

Por vezes, Templos ao virar de cada esquina , mas tudo fechado, abrindo "nine to five", igualando o funcionalismo público...
Padres gestores, sem tempo ( ou vontade) para escutar cada alma que se cruza com eles....
Quando verficam as suas assembleias vazias de jovens, dizem que o problema é do Mundo, das atuais gerações, da tecnologia,etc,etc...
Resposta mediocre de um agricultor que nada semeia e depois diz que a terra é bera....

São poucos os padres que estão atentos aos sinais dos tempos, Bispos ainda menos, e felizmente temos um Papa que tudo faz por ir ao encontro das ovelhas perdidas....

E essa "força" para mudar de vida, encontra-se numa forte espiritualidade pessoal que se busca e fortifica, mas que muitos padres engavetaram em ritos mecânicos vazios de interpelação pessoal...

Dá dó....mas muitas paróquias vão morrer em breve, porque alguém desistiu há muito de semear...

E será dessa nova condição de Igreja pobre, que surgirá um clero mais ao jeito de Jesus e menos dos fariseus....

abraço
HDias

francisco disse...

Desculpe anónimo (11 abril, 2018 20:15) por lhe dar tanto trabalho.
Não vos quero causar incómodos por isso não voltarei a este espaço do sr.padre.
Não compreendo o que vos causa incómodo, porque o considerais como ataques e correcções, mas não faz mal, perdoem-me então os meus defeitos.
Obrigado pelo tempo que possibilitaram de estar convosco, pelo que partilharam e responderam.
Deus vos abençoe e ajude com a Sua Graça e misericórdia.
Sr. padre espero que encontre o tempo e o espaço adequados para poder levar a Boa Nova na Graça de Deus, do Altar até ao coração de cada um, Deus o ajude.
Obrigado, paz e bem para todos.

JS disse...

Sr. Francisco, a esta hora já deve ter reparado que as suas intervenções têm gerado algumas reacções negativas. Porventura já terá interiorizado isso e dado a si mesmo respostas sobre os possíveis motivos que estarão por detrás de tal animosidade. Permita que deixe algumas pistas à sua consideração.
Como é evidente, o que o senhor diz não está errado. Mas também não é toda a verdade. Ora, os seus comentários não deixam transparecer essa suspeita metódica, que previne derrapagens integristas. É bom ter convicções, é bom encontrar certezas, é bom apoiarmo-nos na sabedoria milenar da Igreja e na doutrina desenvolvida ao longo dos séculos. Mas a Verdade é sempre uma busca, um caminho permanente; nada nem ninguém se pode arvorar de ser dela dona ou de a possuir em plenitude.
Vê-se também que o sr. Francisco está formatado num determinado tipo de linguagem, não ficando totalmente claro até que ponto a domina e dela tem real compreensão, ou se a usa por "absorção" como se a tivesse bem decorado. Uma linguagem algo hermética, fruto de uma teologia "de cima" e de frequente recurso por parte do magistério eclesiástico. Uma linguagem que necessita de contextualização e de contraponto para não ser absolutizada e se tornar intragável.
Junte-se alguns pequenos indícios de uma postura acusatória, de uma falsa humildade, de uma idealização do passado e de submissão desencarnada à "autoridade" (que, ressalvo, não são de modo nenhum um exclusivo do sr. Francisco) e talvez se perceba melhor o porquê de alguns comentadores e até o próprio dono do blogue se mostrarem exasperados.
Sendo certo que também do outro lado há sempre a possibilidade de nos abstraírmos destes pormenores "irritantes" e de tentarmos focar a nossa atenção naquilo de bom que o sr. Francisco se tem esforçado por partilhar connosco e até nos recordar.

JS disse...

Quanto ao que o Confessionário sugere, de os padres fazerem greve: e porque não? Faz até lembrar a história de Lisístrata, das mulheres de Atenas que decidiram fazer greve de sexo para acabar com a guerra. Os senhores padres até podiam iniciar uma greve de fome, reclusados numa igreja, dormindo em cima de um dos bancos e passando o dia em oração e meditação.
Ou então: e se os padres formassem um sindicato? E viessem para a rua em manifestação e com palavras de ordem e prontos a levar cacetada da polícia? Ou a fazerem piquetes e bloquear o acesso à capelinha de Fátima e outros santuários?
Ou ainda: e se organizassem um congresso e quem quisesse subia ao pódium para chamar os bois pelos nomes? E pudessem andar uns bons minutos à estalada, estilo parlamentares da Coreia do Sul?
E se algum padre aceitasse ser crucificado na porta da igreja, como bandidos que são acusados de ser (e alguns são-no de verdade)? Haveria quem quisesse ser crucificado ao lado dele?

JS disse...

Claro que o Confessionário tem razão: padre e pároco não são conceitos equivalentes. Todavia, quem escolhe o carisma de padre diocesano sabe que na grande maioria dos casos é esse o serviço que lhe vai ser pedido, enquanto cooperador do bispo, assumindo o cuidado pastoral por pequenas porções do povo de Deus residente no território diocesano. E sabemos que essa ligação da diocese a um determinado território é umbilical - por isso é que falamos de Igreja local.
Sim, existem outras estruturas como, por exemplo, as paróquias (ou dioceses) pessoais, e as capelanias (ou comissões) dedicadas à pastoral sectorial. Outras ainda se podem inventar: dioceses virtuais como Parténia ou paróquias na blogosfera e redes sociais... Mas, por muito que as fronteiras se tornem fuidas, a mobilidade e circulação de pessoas seja cada vez intensa, e os indivíduos reivindiquem cada vez mais a liberdade de escolha dos grupos de pertença, a Igreja nunca poderá perder de vista esse elemento físico, essa encarnação, essa relação do humano com um determinado húmus.

Confessionário disse...

Olá, JS

Como sempre, muito sensato! Falo de todos estes três comentários. É que a realidade que relatas no segundo tem muito que se lhe diga, e explicas, muito melhor, que eu, à Maria João, do que trata este texto. Aliás, para o completar, testemunho que eu decidi ser padre diocesano exactamente porque me revejo como pároco.

Sobre o primeiro comentário, deixa-me dizer que, como é apanágio da tua pessoa, conseguiste ser muito claro, lúcido e sensato. A questão ao redor do sr Francisco é exactamente como a descreves. Também eu consegui ir descobrindo uma boa vontade e intenção no meio dos seus comentários, mas depois tudo o resto, como referes, não deixa ver o seu lado bom, que existe e que também dá indicações que anda em busca e a querer fazer caminho. O problema, na minha opinião, é que essa busca está demasiado enformada, o que não lhe está a permitir alargar os horizontes, mesmo os horizontes da fé. Aliás, penso que, se as suas partilhas não arrastassem consigo uma série de juízos, postura acusatória, e uma posição típica de quem domina as verdades da fé (coisa que, como dizes, até não parece assim tão segura) e não afrontasse os outros como quem também, está a caminhar, seria uma optima companhia das nossas reflexões e partilhas. Talvez um dia ele perceba que Deus é muito maior que todos as verdades, dogmas, doutrinas, morais, éticas, e que o seu amor é o que mais facilmente nos conduz à fé. Talvez ele perceba um dia que tudo isso é importante (ou mesmo imprescindível), mas que Deus, mesmo assim, está acima disso. Até lá, ficará nas intenções das minhas orações.

As portas ou janelas deste espaço não se fecham com facilidade, e estão abertas, mesmo a quem pensa diferente. Sempre tentei fazê-lo desta forma. No entanto, também me intriga, ainda que não me admire, o que me disseram hoje, por mail, sobre este espaço estar na "lista negra" da malta "tridentina", católicos ultraconservadores que vivem nas redes sociais e outros espaços da net a lutar "contra o maligno" e uma forma de ser Igreja mais aberta.