Trepa as paredes brancas pintadas de fresco
A primeira janela está cerrada e a segunda,
As restantes não se abrem, mesmo de dentro
As mãos de tinta escorregam e não há pincel
Não há mais nada para além de paredes e janelas
E um homem que trepa as paredes em busca
De janelas abertas para um mundo que não sabe
Aos poucos o peito amalgama-se com as paredes
Deixa de ser peito para ser parede em busca de janelas
O corpo humano fica todo ele da cor dessa procura
Às tantas desaparece no meio das paredes níveas
Ninguém o vê, ninguém o descobre, mas ele está
No meio das janelas que já não precisa abertas,
As janelas que são parede
1 comentário:
padre, que belo!
O homem mistura-se com a parede e já não precisa de janelas!
Que imagem bela!
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