Conheço um jovem que descobriu a fé depois de estar casado pelo civil e ter uma bela filha. Está a fazer uma caminhada muito bonita, muito entusiasta e, ao mesmo tempo, muito respeitadora dos tempos e espaços da esposa e do resto da família. Aprendeu que a fé não se impõe. É o testemunho que propõe. Já lá vão uns anos e a esposa também tem dado uns pequenos passos. São pequenos, mas são passos.
Há dias um colega negou-lhe a absolvição e negou-lhe a possibilidade de comungar. Falou-lhe da famosa comunhão espiritual. O jovem contou-me resignado. Iria levar isto a sério, mesmo quando consegue viver a Quaresma em castidade e mesmo quando a vida que ele queria viver de modo agradável aos olhos de Deus, como diz, não dependa somente dele. O que está a fazer – digo-o porque o conheço - é muito autêntico e muito bonito. Imagino que Deus esteja a olhar por ele e para ele com um amor e uma vontade muito maiores do que se calhar olha para mim e para esse meu colega que lhe negou a absolvição.
Mas eu fiquei triste, por dentro sobretudo. Esta forma de ser Igreja-juíza que impõe e não propõe caminhar cansa.
22 comentários:
Não percebi bem, a absolvição e a comunhão foram-lhe negadas por estar casado apenas pelo civil (e não pela Igreja) ou porque era divorciado, ou porque casou com alguém divorciado?
O dito padre anda tão ocupado a julgar que nem lê o Evangelho nem escuta o Papa...
CG
17 março, 2016 13:38
casou pelo civil numa altura em que Deus ainda não fazia parte da sua vida!
Quer casar pela Igreja, mas nao quer que a esposa o faça de forma menos verdadeira e sem fé.
Hummm.... Tenho uma coisa cá dentro que me diz que com esta a esposa vai converte-se rapidamente. É uma fé.
Que razões teria o padre para lhe negar a absolvição? Seria porque a sua caminhada de fé não lhe pareceu suficiente, ou seria porque, vivendo ele em comunhão com alguém com quem ainda não estava casado pela Igreja, estava a viver "em pecado"?
Eu não sou muito versada nas Leis da Igreja, mas parece-me que, sendo o segundo motivo, isso constituiria uma grande injustiça. Que Igreja é esta que queremos construir, se exclui assim alguém que quer caminhar com ela? Se a esposa, para ser bonito, dissesse que casava amanhã, estava tudo bem. A absolvição era coisa certa. Assim, porque se quer fazer as coisas da forma correta, não há absolvição para ninguém!...
Que diria esse padre a alguém que não cumpre a castidade nem na Quaresma? E que nem sequer é casado pelo civil? E que, pior(!) até tem responsabilidades na sua paróquia?... Era excomungado, no mínimo!!!
Pois aqui tb acontece isso
Por morar a 13 anos com meu conjugue fui me confessar o padre não me deu a benção mesmo sabendo que ele e eu não temos relações sexuais. Disse que precisamos nos casar na igreja para recebermos as bênçãos de Deus.
Eu não aceitei isso!
Comungo sim! Preciso de Deus como todo ser humano minha conciencia está tranquila mas infelizmente não adianta eu confessar visto que ele não aceita minha vida.
Acho errado pois vivemos como Marido e mulher mas não temos relações então por que proibir a comunhão?!
Será que Deus só aceita quem se casa na igreja?!
Penso que não!
Uma pessoa esforça-se, tenta, pensa que vai ser desta, mas ó padre, é por estas e por outras que não dá. Aqui há uns dias a um jovem colega seu, depois de ter extasiado a assembleia com o paleio da misericórdia e das portas escancaradas, tudo muito bem decoradinho, deu cá um vaipe, que foi mais assim um “vade retro satanás”. Pois não é que o homem até se transfigurou ao advertir os “amancebados” para não ousarem aproximarem-se da comunhão?! No mesmo saco meteu casados pelo civil, recasados, unidos de facto e namorados truca-truca, tudo explicadinho que a palavra era difícil. Escapou-me se ele também relacionou as “facadinhas no matrimónio”, porque no meio do sururu que se seguiu e no olha que olha, deixa lá ver quem tem coragem para ir comungar e quem fica, distrai-me. Formou-se uma reduzida fila de inocentes, mas mesmo a estes devem ter tremelicado as mãos quando ouviam da boca do padre “O Corpo de Cristo”, não fosse este lembrar-se de que até as sagradas palavras podem sugestionar um qualquer devaneio sensual impeditivo da comunhão.
E depois eu não percebo esta sua história do esposo e da esposa e do padre e não sei como o esposo vai na conversa do padre e eu se fosse a esposa não ia na conversa do esposo. E não percebo como o padre se mete entre o esposo e a esposa e como Deus se mete na cama dos dois. E não acho bonito tanta gente a meter-se na mesma cama.
E não percebo como a expressão sexual do amor entre o esposo e a esposa é tido como um pecado fora dos sagrados laços do matrimónio católico.
Afinal, não é amor à mesma?
17 março, 2016 20:25
Pode não ser "amor à mesma", e não entendo como dizes que Deus não se deve meter na cama com eles, se foi Ele que lhes deu a vida e a "cama". Essa é a teoria daqueles que querem prescindir de Deus ou que querem ser "deuses" de si mesmo. Ok, respeito. Mas que não se diga que se quer a Deus, mas só para o que apetece...
Caros amigos
queria deixar claro que eu não sou de opinião que tudo possa ser relativo ou que o sacramento deva ser banalizado. Nem estou de acordo em que se meta tudo no mesmo saco, como se fosse o mesmo estar casado pela Igreja ou não. Quando a nossa caminhada de fé é tranquila e sem sobressaltos, esse é o caminho correcto e desejável. Porém, gosto de pensar que cada caso se deve tratar como um caso. É mais ou menos esse o "Evangelho da família" que propôs Walter Kasper antes do sínodo da Família e que, pelos visto, foi tratado pelos padres sinodais como uma ideia: discernir caso a caso.
Discernir caso a caso, mas sem cair na casuística. Os princípios gerais também fazem falta.
Imagino que aquele confessor, naqueles minutos em que falou com o jovem, não teve forma de poder fazer um discernimento da situação. De modo que invocou o princípio geral, como não podia deixar de ser.
Talvez ele pudesse ter questionado o jovem sobre se estava a ser acompanhado por algum sacerdote amigo. E em vez de decidir ad cautelam, ter optado pelo ad fiduciam.
Mas também o jovem devia estar consciente de que, ao aproximar-se de um padre que não conhece pessoalmente o seu caso e a caminhada já realizada, nem podendo ficar verdadeiramente elucidado nos poucos minutos que normalmente demora uma confissão, a resposta desse sacerdote dificilmente poderia ser diferente.
E ao sacerdote amigo (neste caso tu, Confessionário) cabe compreender e aceitar a existência desta dupla bitola, por difícil que seja geri-la, e ajudar o jovem a reconhecer essa tensão sem se perder nela.
Tanto pecado se vê por aí, sem haver necessidade de nos enfiarmos na cama de ninguém!!!
Pode-se ser corrupto, bandido, ladrão, mentiroso e adúltero porque para tudo isso há absolvição. Experimentem amar alguém divorciado, casar somente pelo civil ou andar no "truca-truca" com o namorado e "vão ver o que é bom para a tosse"!...
Concordo consigo, anónimo de 17 de Março 20:25, há coisas que não dá para entender mesmo quando uma pessoa se esforça!
JS, tb nao sou favorável à casuística. Sou mais favorável a uma pastoral chamada de "gestação" onde a pessoa conta mais que a lei, e onde a lei aparece como uma proposta e não como uma imposição, que pega na pessoa no momento e na história em que está para lhe propor um caminho para além de si mesma...
Ó padre, bem sei que só me sai disparate, que não dou uma p’rá caixa, que sou difícil de aturar e que já deve estar com a paciência a bater nos mínimos até porque lhe custa falar de certas coisas que dizem respeito à sua bem-amada Igreja. E também sei que agora anda a estudar muito e que há a teoria de isto e daquilo e a pastoral de não sei quantos e que segundo o JS o padre decidiu “ad cautelam” quando devia ter optado pelo “ad fiducuium”...
Mas é que a gente é lerda, interroga-se, tem dúvidas, e se não as põe cá para fora fica imersa naquele nevoeiro e sente-se mais lerda ainda. Sabe, é que conjuntamente com o imenso bem, penso muitas vezes no imenso mal que em nome do bem a doutrina e alguns padres, mesmo sem quererem, têm o poder de fazer às pessoas e à Igreja.
Já viu que um simples padre, de uma qualquer paróquia deste mundo, tem o enorme poder de negar a absolvição e a comunhão e o que isso pode representar para um cristão e para a família que constituiu? O Papa Francisco bem tem apelado aos confessores para serem misericordiosos neste ano jubilar, mas a negação da absolvição e da comunhão não surge do nada, encaixa na própria doutrina católica. Em bom rigor não é ao padre que se devem dirigir as criticas mas à justeza da solução, ao tipo de acolhimento previsto e dispensado pela Igreja a todos os católicos que enfrentam situações idênticas.
Depois apregoa-se aos sete ventos a necessidade de uma Igreja em saída para as periferias. Mas onde ficam as periferias? Não entram no conceito de Igreja? Não seremos todos Igreja? Quem está no núcleo e na periferia? Como poderemos falar de uma Igreja em saída se nem conseguimos acolher devidamente quem dela quer muito fazer parte? Qual o poder de atracção que esta Igreja pode exercer sobre quem está afastado? Não estará ela tantas vezes mais viva e presente na “não-Igreja”, nessas periferias existências, nas dúvidas do que nas firmes certezas, em quem está fora do que em quem está dentro, em quem ainda busca do que em quem pensa já ter encontrado?
Ó padre, dizes muito bem que cansa uma Igreja que impõe e não propõe caminhar. Para sermos leigos católicos de primeira categoria e sermos dignos de comungar o Senhor, parece que todos temos que ter histórias de vida simétricas. Ser castos, perfeitos e imaculados. Deixar para trás as famílias informalmente constituídas ou formalizadas pelo civil caso não possam ou não queiram acompanhar-nos o ritmo. Escorraçar essa sombra de pecado porque Deus ama-nos como somos mas aparentemente não nos aceita à sua mesa. Fala-se numa Igreja em saída mas é a própria Igreja que nos permite aproximarmo-nos do centro, a mesa.
Acabei de enviar um comentário, mas falta um não no fim, reformulo:
"Fala-se numa Igreja em saída mas é a própria Igreja que não nos permite aproximarmo-nos do centro, a mesa."
Percebo perfeitamente, Confessionário. Mas essa pastoral não se coaduna com o "vou confessar-me a qualquer lado" ou "vou confessar-me a um padre qualquer". Note-se, a pessoa é livre de o fazer. Mas se a pessoa tem consciência de viver uma situação delicada, que implica caminho a fazer, e que exige esforço e tempo para dar a conhecer e ser conhecida, deve entender que certo tipo de recursos disponíveis poderão não resultar na ajuda almejada.
Um exemplo: alguém com uma dificuldade de saúde específica, cujo tratamento implica uma acção especializada e demorada. Se o sujeito aparece a queixar-se do problema na urgência do centro de saúde, o mais provável é que saia de lá com a lengalenga do costume. Ali não é o sítio certo para ele. E podemos apontar o dedo ao médico que o mandou para casa fazer análises e tomar aspirina. Mas o tempo de consulta ali e as condições de diagnóstico não são suficientes para certo tipo de problemas. Se o clínico for esperto, pode recomendar ao paciente que procure um especialista, alguém que o possa acompanhar na resolução do problema. A piada é se o doente diz: "Ai, eu até já tenho um médico amigo que me está a seguir e a ajudar". Aí, o médico da caixa respoonde: "Então, o que está aqui a fazer? Estamos a perder tempo um com o outro!"
Não me choca que a Igreja não equipare o matrimónio civil ao religioso e que o meta no mesmo saco da união de facto ou que se insurja com os namoricos coloridos. Sério que não é por aí. O que me deixa perplexa é o modo como trata todos aqueles que mantêm uniões estáveis fora do matrimónio sacramental, incluindo os recasados. Porque as uniões abençoadas também falham, às vezes mais dos que as outras, e as pessoas têm o direito de refazer a sua vida e de tentarem ser felizes. O grande pecado que cometem, e penso sobretudo nos casados no civil e unidos de facto é viverem um com o outro, em forma totalmente idêntica aos casados pela Igreja, sem efectivamente o serem.
Concordo que para um católico, o matrimónio religioso é o caminho correcto e que é o passo a dar quando interiormente entende que chegou o momento. Mas até para casar são precisos dois e à vontade de um pode não corresponder a do outro, como até ilustra o exemplo do post.
A valorização do matrimónio religioso não pode ser feita pela negativa - como tem vindo a suceder através da recusa sistemática de certos sacramentos, seja a comunhão, o baptismo dos filhos ou a negação da absolvição, no que toca à confissão - mas antes pela positiva. O casar pela Igreja não tem de ser um meio para alcançar um fim exterior ao próprio sacramento, tem de valer por si. Haver vontade na celebração do sacramento. A noção de que ele acrescenta alguma coisa à vida do casal. E é este trabalho de valorização positiva que a Igreja não está a conseguir fazer.
18 março, 2016 15:16
“Pode-se ser corrupto, bandido, ladrão, mentiroso e adúltero porque para tudo isso há absolvição”
A explicação para isso deve estar fórmula “70 x 7”.
Podes ser 70 vezes 7 vezes absolvido do mais hediondo dos pecados e pode até tratar-se sempre do mesmo mas quando te abeiras do confessionário tens que comunicar que o pecado está encerrado.
É o caso dos pecados sucessivos. Por exemplo matas um hoje confessas-te, ficas com a ficha limpa, pode comungar. Se matares outro no outro dia a operação repete-se: és igualmente perdoado
O casamento pelo civil, a união de facto e etc. como é uma situação estável já é pecado continuado. Não está abrangido. Como muitas vezes há pureza de intenções, não há a consciência de que é um pecado e é praticado à vista. Os pecados mais perdoáveis são os ocultos, ou seja, os que foram praticados às escondidas e que só vêm à tona no confessionário ou se a coisa corre muito mal.
Capice?
Cara anónima de 18 março, 2016 20:09
Se encontras casais que vivem em forma totalmente idêntica aos casados pela Igreja, sem efectivamente o serem, também descobrirás pessoas não baptizadas que vivem da mesma maneira que os que o são, e pessoas que não vão à missa e que vivem da mesma maneira que os que vão, e pessoas que não se confessam e são iguais aos que procuram esse sacramento. Portanto, das duas uma: ou chegas à conclusão de que a religião é irrelevante (como muitos pensam); ou percebes que, sim, há diferenças, mesmo que aparentemente não detectáveis.
A questão põe-se numa linha de coerência: porque é que uma pessoa há-de querer receber alguns sacramentos e rejeitar outros? Falas da Igreja recusar sistematicamente certos sacramentos; mas pareces esquecer-te da pessoa que primeiro recusou o sacramento do Matrimónio.
Referes que para casar são precisos dois e que pode haver diferença de vontades. Ora, nós acreditamos que a diferença é essencial para o casamento e é isso o que permite a complementaridade. Mas tem de haver também uma convergência mínima nas questões fundamentais, ou rapidamente a convivência se tornará impossível. Para celebrar o sacramento do matrimónio não é preciso que ambos sejam baptizados e tenham fé. Pede-se apenas que a pessoa não-baptizada respeite a liberdade religiosa do parceiro e que não se oponha a uma educação cristã dos filhos.
“Porque é que uma pessoa há-de querer receber uns sacramentos e rejeitar [não receber] outros?”
JS, aviso já que esta é apenas a minha opinião, que não tenho formação no assunto e que pode sair daqui uma alarvidade, mas em resposta à pergunta que colocaste, direi que tu próprio puseste o dedo na ferida quando falas em “coerência”. Na minha perspectiva, ser coerente não é aderir ao “pacote” dos sacramentos; ser coerente é receber cada sacramento com verdade, anuir autenticamente ao que ele exprime e representa. Por isso parece-me natural que um fiel, em coerência com o caminho feito, possa querer receber um sacramento e não querer pedir outro ou outros.
Com isto não quero negar a relação de precedência que existe entre alguns sacramentos ou a complementaridade que há entre eles - mais forte entre uns que outros - o que sublinho é que cada sacramento tem o seu valor e significado próprios. Como assim é, o percurso a fazer para cada sacramento e a necessidade de cada um o receber também é distinta.
No que se discute, a questão está na precedência dos sacramentos do matrimónio, da reconciliação e da eucaristia de baptizados. No fundo, e em suma, o casar e confessar para comungar. Por princípio não é preciso estar casado para comungar. Solteiros, viúvos e divorciados podem fazê-lo. O grande obstáculo parece ser a convivência sexual de duas pessoas adultas que vivem uma relação estável de afecto e partilha fora do casamento católico.
Poder-me-ás dizer, “vivem em pecado!” ou “a sua vida não é coerente com a fé que professam”. Se calhar vivem, mas não viveremos todos? Não somos todos pecadores? O seu pecado ou a sua incoerência representam assim um mal tão grande, aos olhos da Igreja e aos nossos que deva ser sancionado com a negação da comunhão? Seremos nós integralmente coerentes com a nossa fé? Será essa a visão de Deus…?
Bem, acho que continua a ser-nos mais fácil apontar o dedo para o outro do que fazer o exercício de o apontar na nossa própria direcção
Quanto às “diferenças aparentemente não detectáveis”, o grande problema é que a maior parte das vezes são mesmo imperceptíveis. Vês como é abrangente a questão da incoerência entre a fé que professamos e a vida que levamos?
Pois eu não me casei na igreja, nem no civil infelizmente por motivos pessoais! Ambos somos batizados, catequizados, crismado etc. Mas nosso casamento consiste no nosso dia a dia, sem civil e religioso. Mesmo sendo um casamento de irmãos pois não temos relações. Uma vez me disseram que se não temos relações não haveria problema algum de estarmos em
dia com as confissões e cumprimentos da vida crista para poder assim receber Jesus eucarístico, mas o padre se nega até a benção quando eu confesso. Troquei de padre visto que depois recebi a benção cansei de falar toda minha vida e ser excluída mesmo sabendo que não faço mal algum! Grande coisa eu não ser casada na igreja algumas amigas e parentes são casadas como manda o figurino traem seus maridos e ainda assim saem como santas! Não estou julgando longe de mim mas penso que se elas são santas então eu tb sou! Não é por que não faço leituras ou ajudo nas funções da igreja ou até mesmo fico puxando saco do padre que sou menos! Ah é tanta coisa que até me revolta.
Voltando ao post que deu origem a estes comentários se calhar o padre n lhe deu a absolvição pq n conhecia a sua caminhada nem o seu percurso de fé. Em tempos aconteceu-me isto. Durante este meu percurso desejei mto abeirar-me do confessionário e abrir o meu coração e lavar a alma. Fazia-me mais falta a confissão do que a comunhão propriamente dita. Procurei alguém fora do meu arciprestado e levei um redondo não e ainda por cima o padre me disse: -menina n se brinca com os sacramentos. sai dali completamente desolada e lavada em lágrimas mas cedo percebi que aquele padre nunca me podia dar a absolvição. N me conheci e muito menos conhecia aminha história. Isto já aconteceu ha alguns anos. Continuei o meu percurso consolando-me com a famosa comunhão espiritual como lhe chama o amigo confessionário. Achei curiosa a forma de lhe chamar famosa e entendi como depreciativa. Sabe que para quem n tem outra forma de chegar a Jesus pode faze-lo dessa maneira e é extremamente gratificante sentir que Jesus tb vem ao meu coração pq o desejo muito. E assim tb se faz presença, força e traz serenidade e muita paz.
Hoje apesar de n ter a minha situação ainda regularizada consigo aceder à reconciliação e à comunhão pq o meu pároco conhece o meu percurso, é parte motivadora desse percurso e em consciência é um fio condutor da misericórdia de Deus. Tudo isto p dizer que se calhar o protagonista da história contada terá que procurar um padre q conheça o seu percurso, que o testemunhe e verá que a coisa muda de figura. Claro que a consciência de cada um é que manda e é nessa consciência que tudo se decide.
Maria
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