A Mafalda de cabelos longos, escuros e encaracolados, está em época de exames. Por isso acendeu uma velinha a Nossa senhora. Anda meio aflita e tem pedido auxílio a Deus. Que a ajude nos exames. Diz ela que confia muito em Deus. E que Ele vai ajudá-la porque é muito bom e muito amigo. Perguntei-lhe se tem estudado ou se está à espera que Deus estude por ela. Respondeu que sim. Que tem estudado. Aliás, no Domingo passado não foi à Missa porque ficou a estudar. No Domingo anterior também faltara. Porque estava cansada. Tinha-se deitado tarde, porque estivera a estudar. Eu gosto muito da Mafalda pela sua afabilidade e pela naturalidade com que diz as coisas. É tão afável e natural, que me diz estas coisas de uma forma simples, por pensar, e com um sorriso tão grande como se estivesse a dizer a coisa mais acertada. E foi assim que me contou que gosta muito de Nossa senhora e de Deus. E que confia muito Nele. E que Ele vai ajudá-la. E que não tem ido à Missa.
Numa coisa concordo com a Mafalda. Provavelmente, pelo amor tão grande que possui, Deus é bem capaz de a ajudar. Mas não podia deixar a Mafalda ir embora sem lhe dizer que não entendia como ela pedia que Deus lhe desse atenção e tempo da Sua vida, quando ela não lhe dava a atenção e o tempo da sua. Que não entendia como ela se lembrava Dele porque precisava e que depois se esquecia Dele porque não precisava, ou se esquecia de precisar. Que não entendia como queria que Ele estivesse com ela naquele momento do exame, e que não lhe retribuísse o mesmo estar com Ele na Eucaristia. Habitualmente somos maus pagadores nos negócios que fazemos com Deus.
Numa coisa concordo com a Mafalda. Provavelmente, pelo amor tão grande que possui, Deus é bem capaz de a ajudar. Mas não podia deixar a Mafalda ir embora sem lhe dizer que não entendia como ela pedia que Deus lhe desse atenção e tempo da Sua vida, quando ela não lhe dava a atenção e o tempo da sua. Que não entendia como ela se lembrava Dele porque precisava e que depois se esquecia Dele porque não precisava, ou se esquecia de precisar. Que não entendia como queria que Ele estivesse com ela naquele momento do exame, e que não lhe retribuísse o mesmo estar com Ele na Eucaristia. Habitualmente somos maus pagadores nos negócios que fazemos com Deus.
6 comentários:
Deus não é uma máquina de ATM (MB), onde colocamos o n/ cartão e retiramos dinheiro... não há moeda de troca em Deus, apenas e sómente Amor, Amor e Amor e nesse tão grande Amor a infinita Misericórdia... que é onde Deus nos guarda a todos... é aí que Ele nos olha com insondável ternura e nos diz, a cada um de nós:
"Eu amo-te tanto..." - No dia em que as "Mafaldas" sentirem esta realidade nas suas vidas, vão sentir necessidade de estar com Ele, de ouvi-LO... vão enfim, desejar corresponder a esse tão grande Amor de Deus.
Até lá... resta-nos esclarecer as "Mafaldas" e rezar para que tenham esse encontro pessoal com JESUS!
Olá Confessionário,
Será que só na Eucaristia é que demonstramos o nosso amor por Ele?
Não creio.
Creio que uma coisa é a celebração da Eucaristia como forma de Adoração e Amor a Ele, outra coisa é o nosso relacionamento com Ele.
Se cada batida do nosso coração for um hino de amor ao Deus que nos criou, não existe pedido, não existe agradecimento, não existe "momento" para Ele estar connosco e nós com Ele.
Não há bons ou maus pagadores pois Deus não cobra de ninguém.
Com Deus não existe "negócio", existe viver n'Ele e n'Ele respirar.
A Mafalda, provavelmente deu uma explicação ao "homem" pelo facto de ter faltado à missa.
Deus ajudará a Mafalda.
Nessa ajuda não existe condição alguma, ele ajudá-la-à, se ela se deixar ser ajudada por Ele, independentemente de ela ter ido ou não à missa.
Também já fui estudante, tive que faltar a algumas aulas para me poder preparar para outras, pois quando chegava a casa tinha tarefas para cumprir, frequentava a missa quando podia, pois morava a 3 quilómetros de distância da paróquia mais próxima.
Nunca senti que Deus estivesse distante de mim.
Se não fui mais ajudada por ELE foi porque não apliquei mais o meu coração aos meus caminhos, tenho a certeza que não foi por ter faltado à missa muitas e muitas vezes.
Hoje frequento a missa, onde posso.
Provavelmente o padre da minha paróquia se pudesse dir-me-ia algo semelhante ao que o senhor disse à Mafalda.
Mas o padre da minha paráquia não sabe muita, acerca da forma como eu vivo o meu relacionamento com O Senhor da Minha Vida.
Estar presente a sós com Ele na Eucaristia, é adoração, é agradecimento, é expressão de amor... é como se naquele momento deixasse de ser eu e Ele, para sermos NÓS, não é de forma alguma a retribuição por uma graça recebida, nem o acto de uma pessoa que quer ser "agraciada" por Ele.
Enquanto o nosso coração não pertencer mesmo a Deus, é difícil fazer a diferença entre Senhor dá-me isto ,dá-me aquilo ,mesmo sem sabermos exactamente, se será o melhor para nós,pede-se,pede-se sem consciência ,nós temos é que pôr a nossa vida nas Mãos do Senhor e dizer, Faça-se a Sua Vontade em mim,mas para isso à todo um caminho a fazer...
Também já fui a Mafalda.
Os exames ainda continuam e cada vez mais exigentes, mnas o tempo e os anos de faculdade ensinaram-me também a outra parte. Negócios unilaterais nem sempre são a melhor opção! :P
Conta a intenção?!!!!!!
Parece-me que posso contar pelos dedos das mãos as vezes em que faltei à Eucaristia. 23 anos. Nada mal... Não se trata de acumular pontos... Trata-se de O escutar... Ele sempre tem algo para nos dizer na Eucaristia... E, quase sempre, isso equivale a muitas horas de estudo... Mas nem essas horas de estudo substituiriam isso. É o que penso. Mas a Mafalda, certamente, será ajudada. Só Deus vê o nosso interior, as intenções do nosso coração.
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