terça-feira, maio 05, 2009

O Braço direito de um padre

O Braço direito de um padre é aquele que nos olha como homem, mas que sabe que temos uma missão a cumprir. Aquele que nos compreende como homem e como padre. Aquele que se preocupa connosco como homem. E que depois é capaz de dar uma ajuda ao padre e ao homem. Defendê-lo. Estar ao seu lado, como um anjo guardião. Sabe fazer aquilo que o padre não consegue fazer e prolonga o seu trabalho. Prolonga esse trabalho, mas sente que é um com o pároco e com a comunidade. Não se sente apenas um braço, mas um corpo do grande corpo que é a paróquia. É aquele que sabe respeitar os limites do padre e que os usa para o ajudar a crescer. Não concorda sempre. Mas aceita sempre. Ajuda sempre, mesmo que não concorde. Se o padre mostrar um rosto macerado, pergunta que tem aquele rosto. Se o padre tem vontade de sorrir, ampara-o com o mesmo sorriso. Não é perfeito. Não há ninguém perfeito. Mas sabe calar quando é necessário. Sabe guardar segredo. Sabe ser voz do padre quando os restantes paroquianos manifestam dar mais ouvidos aos iguais. Está comprometido, não com o padre, mas com Deus. Vive a fé sem fanatismos, porque consegue compreender a humanidade de cada um e como esta se resolve. Sabe que o padre é humano e precisa de resolver a sua humanidade. Não é um secretário, porque o secretário parece um apêndice do seu patrão. É antes aquele que age como uma missão, a sua missão. É aquele que, mesmo parecendo que não está lá, basta um olhar do padre para agir em conformidade, em cumplicidade. A cumplicidade dos que sabem o que Deus quer em cada momento.
Apetecia-me dizer uns quantos nomes. Mas vou apenas dizer obrigado.

39 comentários:

Canela disse...

Glória a DEUS, Pe. amigo do "nosso" coração!

Isto hoje.... vai em Acção de Graças... também eu disse: "Obrigado", vá lá vêr!!!

Dra. Costa disse...

...nas andanças me deparei com este blog. E sou eu quem agradece pelos escritos. Amplexo.

Anónimo disse...

Muito profunda esta reflexão!
Ajuda a compreender a missão do sacerdote e a missão de cada leigo!
Muito interessante!
Parabéns e obrigado pela partilha.

Teodora disse...

ó padre

o senhor está a falar da gaija do senhor padre?! no fundo... de cada gaija de cada senhor padre?!

Teodora disse...

Lindo... padre!!! também quero um padre!!!

Luisinha disse...

Nunca tinha pensado nisso... Obrigada por me ajudares a pensar! :)
Paz e Bem

António Valério,sj disse...

Que bom ter alguém assim. Uma amizade como essa é um conforto e fonte de consolação. Agradeço a Deus este dom e seria bom que todos os padres pudessem ter amizades assim... abraço

Elsa Sequeira disse...

Oláaaa!!!

Lindo!! Mas, apenas um reparo...
"...porque o secretário parece um apêndice do seu patrão....". Desculpa, ...mas não concordo...! Cada pessoa independentemente daquilo que faça, tem que valer por ela própria! (È só a minha opinião!!) De resto, é isso mesmo!!! Fico contente por te saber assim acompanhado!!!
beijitos

concha disse...

Olá Confessionário!
Estava mesmo inspirado Padre!Não é que das outras vezes não esteja sempre:).
Um abraço e fico grata por tão boa partilha

Alma peregrina disse...

É o que eu queria ser... meu Deus, é tudo aquilo que eu desejava ser... Servo do servo dos servos de Deus.

"Importa que Ele cresça e que eu diminua."
Jo 3:30

Que seria do Vaticano sem os guardas suíços, não é?
:)

Pax Christi

Confessionário disse...

Ó senhora secretária Elsa. Na verdade, como o próprio nome indica um secretário secretaria o seu chefe. Quer-se queira, quer nao se queira. hehehe.

Elsa Sequeira disse...

Ó Senhor Padre Confessionário!
Eu por acaso nem secretario o meu patrão, mas sim a empresa ahahahah! O patrão esta a quilómetros de distância!!! (Apendice...lembra-me assim algo não muito bom...ahahah), mas pronto sei que não disseste com esse sentido, eu estava a brincar ctg!! Porque sei que te aguentas ahahahah!!És um querido!!

Beijito

Aprendiz disse...

Gostei tanto que levei emprestado para o Aprendisses! (Espero que não se importe...)

Também eu gostaria de preencher todos estes requisitos...!

=)

Isabel Maria Mota disse...

Olá Bom Dia
Gostei muito, muito do texto. Obrigada. Um abraço, Isabel Mota.

Luis Carlos disse...

Olá,

Tudo o que disse, mais parece estar a falar de uma esposa ou de um esposo. É por isto que eu sou a favor da opção dos padres casarem. Daqui envio os meus votos de continuação de felicidade e de comunhão para os dois.

Até já,
Luís Carlos

Confessionário disse...

Aprendiz, estás à vontade (mas não esqueças de citar...heheh)


Luís Carlos, não se trata de dois, mas de alguns mais (que pobre seria o padre que so tivesse um braço direito!...e se não for direito, que seja esquerdo); e não me parece que se possa comparar com um matrimónio (isso são outros assuntos!). Mas pronto, é uma opinião.

Luís disse...

Cada padre tem dois braços, um esquerdo e um direito, tal como os outros baptizados em Cristo.
Cada um 'é um com o pároco e com a comunidade'. 'Está comprometido, não com o padre, mas com Deus'.
A missão do pároco é a comunhão (união) dos cristãos e a missão dos que se confessam baptizados é pôr Cristo na Vida (toda).
Assim somos todos "braços direitos" uns dos outros.
Com um (a)braço
de Parabéns!!!
Luís

alma disse...

todos temos a nossa missão, não é?

Migalhas disse...

Boa noite.
Permitam que vos informe que a MJG (Vidas) se encontra muito mal, depois duma intervenção cirúrgica à cabeça. E, desde ontem, que não temos qualquer espécie de informação sobre ela.
Uma oração

Confessionário disse...

Obrigado, Migalhas. Hoje mesmo enviei sms e ficou pendente. Ela gosta muito de rezar o Pai Nosso. Talvez podessemos rezar com ela.

Confessionário disse...

alma, of course... e várias formas de viver essa missão.

Anónimo disse...

Caro padre,

Vou fazer o caminho de Santiago, não quer mandar aí uma benção?

Anónimo disse...

eu sei bem do que fala eu tambem , ja estive ao lado do meu prior e vi as vezes as injusticas e as faltas de respeito , por quem pensa que o padre tem sempre que estar a ordem deles e fazer o que eles querem e nao o que e certo . ainda bem que tem uma pessoa assim. um abraco

Confessionário disse...

Força ai, profpardal... lembra-te lá de nós!

mvbarros disse...

A Bondade como Estilo de Vida


| XVII Congresso de Estudos de Teologia | 22 e 23 de Maio | Seminário Maior de Coimbra

http://aetc.pt.vu

Teodora disse...

Profpardal

atenção: do lado espanhol é melhor ir a pé. não vá de bicicleta. o empedrado... ficará... como dizer...ficará com o diferencial amolgado por uns dias!

boa caminhada

Anónimo disse...

«Sabe guardar segredo. Sabe ser voz do padre quando os restantes paroquianos manifestam dar mais ouvidos aos iguais. Está comprometido, não com o padre, mas com Deus.»

Comprometido com Deus? não meta Deus ao barulho...assuma-se...

Fá menor disse...

E que falta fazem os braços direitos!

Bjinhos

Canela disse...

Tenho cá para mim, que o anónimo das 2:39 é quem se devia assumir!

Grita ás escondidas, porquê?

Pe. confessionário; faça como Jesus, não lhes ligue, não sabem o que dizem, é o que é!

Sim, ser braço direito de um Pe., é assumir Deus na sua vida de forma profunda, mantendo e bem a sua verdadeira vocação (familia, trabalho, etc). Ser braço direito de um Pe. não é ser um "autocolante" no Pe.!!!!

Vou-me embora, já me excedi....

Fá disse...

Gosto da figura de João Paulo II. No dia em que, finalmente, decidi visitar a Basílica da Santíssima Trindade em Fátima estava patente uma exposição sobre Carol Wojtyla enquanto jovem Padre. As fotografias expostas eram testemunho da opção de viver em plenitude e liberdade. Os acampamentos que frequentemente fazia permitiam-lhe, num só tempo, desfrutar da Natureza, conviver e anunciar aos jovens o Evangelho. Com toda a tranquilidade, com toda a descontracção. Se hoje em dia é arriscado (se é…), à época percebesse a ousadia! O artifício que utilizou para minimizar o ruído de vozes mundanas foi adoptar o apelido de “Tio”. Não era Padre era “Tio”. Consta, também das memórias que, num desses acampamentos, à pergunta que lhe fora dirigida por uma jovem sobre o uso calções de banho à sua frente, respondera prontamente que tudo dependia da intenção.

Carol Wojtyla chegou a Papa, chegou ao coração do povo e, por ele, foi já canonizado. Ele que, tanta gente e de tantas formas, fez subir aos altares. Não ambiciona a tanto pois não Padre? Então não desanime. “Agarra a tua Cruz e segue-me” -onde é que já ouvi isto?


Uma sugestão: para perceberem a dimensão do Homem que foi João Paulo II e se darem conta da enorme coerência que marca toda a sua vida não deixem de ler “ O Papa de Fátima” de Remzo Allegri uma edição da Presença. Não tenho qualquer comissão:)))

Um abraço amigo

Fá disse...

Padre
Não lhe peço o braço mas peço uma mãozinha...
No último comentário que fiz, onde se escreve
(i) "...à época percebesse a ousadia..." deverá escrever-se "à época percebe-se a ousadia...
(ii)“Agarra a tua Cruz e segue-me” deverá escrever-se “Agarra a tua Cruz e segue-Me”.

São erros graves, um porque atenta contra a língua portuguesa, o outro contra Deus...". Lê-se à pressa, escreve-se à pressa, e depois elas acontecem:)))

Bem haja
Bjs

Confessionário disse...

Ó Fá, eu reparei... mas sei como isso é. Eu dou milhentos quando escrevo a correr e nao quero voltar para tras... no Problem

Anónimo disse...

Na minha terra, o braço direito do pároco tinha nome: Sacristão.

Pelos comentários de alguns comentadores está induzido outra coisa. De resto em Portugal foi muito praticado. Quem não se lembra dos famosos "sobrinhos" ou do Sr. Abade, do Sr Cura e do Sr. Padre ? (basta a leitura de algumas obras de Camilo Castelo Branco). Para evitar esta situação só há 3 formas de o conseguir. A 1ª - A castração dos padres, 2ª - Admitir o sacerdócio às mulheres e/ou 3ª - O casamento dos padres ser possível.

Confessionário disse...

último anónimo, está induzido, porque alguém quis induzir.

Que eu saiba, a expressão "braços direitos" não tem o significado a que se refere. Ao que se refere eu não chamaria "braço direito", e acho um pouco desonroso para todos aqueles que, nas suas paróquias, são autênticos braços direitos dos seus párocos. Mas enfim... cada um pensa pela sua cabeça.

Aprendiz disse...

Óh Anónimo das 21h52...

Sabe que o "braço direito" de alguém é alguém em quem esse alguém deposita a sua confiança?
Alguém a quem não é preciso pedir, porque vê as necessidades??
Alguém a quem um olhar basta para perceber tudo???
Alguém que não se limita a caminhar à frente ou atrás, mas que caminha do lado para poder socorrer acaso seja necessário????

Caro Anónimo, parece-me que, com o devido respeito, provavelmente no seu dicionário não existe a palavra A-M-I-Z-A-D-E! Os padres também têm sentimentos e precisam de um ombro amigo de quando em vez... Verdade ou mentira padre Confessionário? =)

Afinal, não são nenhuns ETs! São feitos de carne e osso, tal como eu, tal como o senhor. Consegue viver sem AMIGOS????

Anónimo disse...

Caríssimo padre

O que é que promete em letra grande aos seus leitores no final da página do seu blogue? Eu recordo:
"Os comentários ofensivos à pessoa do autor ou dos restantes comentadores serão apagados imediatamente."

Então está à espera de quê?

Recomende, ainda, ao anómimo das 21.52 de 17 de Maio que volte à catequese de preferência para o primeiro ano. É que das duas, uma: ou se lhe varreu da memória tudo o que lá aprendeu ou nunca lá andou! A tolerância tem limites.

Haja respeito pelas pessoas e pelo trabalho que fazem. Mais não peço.
Obrigado

Anónimo disse...

Será que a fidelidade em absoluto existe? Nos outros serviços sejam eles quais forem tudo está nos conformes? Não há sempre e em abundância faltas deste tipo em casados/as, solteiros/as e viúvos/s? Então prquê tanto veneno? Casos houve, há e sempre vai haver mas não confundam a árvore com a floresta.

Anónimo disse...

O "último anónimo" do 17MAI 21:52 H

Sr padre permita-me a minha resposta:

1ª - Se hà coisa que de facto eu sou alérgico é a indução e por isso mesmo rejeito-a, mas mesmo assim assumo que possa ter sido induzido.

2º - Não considero menor consideração nem vejo teoricamente impedimento para que o braço direito dum padre seja a figura simpática do sacristão (desde, é claro, se possuir cultura suficiente e adequada aos tempos que correm ...).

3º O meu 1º comentário não pretendeu ser pessoal e de forma alguma ofender ou desrespeitar o autor e este blog de que gosto muito. Particularmente os posts colocados e dos comentários aqui publicados;

4º - Fiquei fascinado pelas palavras do "Aprendiz" e também do "Anónimo" do dia 18MAI das 12:57H.
O primeiro não apresenta argumentação suficiente para que um sacristão não possa ser "braço direito" e o "Anónimo" agradeço-lhe as suas palavras, pois, nunca imaginei que eu pudesse ofender o Sr.padre deste blog que eu não conheço pessoalmente, mas que deste o 1º minuto mereceu o crédito do meu respeito e admiração.

Ofender o Sr. padre e participantes, definitivamente não ! Se o fiz, foi de forma involuntária, e apresento desde já as minhas desculpas e peço ao Sr. padre a bondade do seu perdão.

Permita-me umas palavras aos meus amigos "Anónimo" e ao "Aprendiz" que também acredito que todos nós precisamos de amigos verdadeiros.

Da mesma maneira que necessitamos de tolerância qb para com o outro para que o diálogo possa acontecer. Não a vi nos dois, mas sentia-a na resposta do Sr. padre.

Pois pelo que me receita "o 1º ano de catequese" fico com a ideia que o receitante se já a fez, a impressão que me dá, é que não faz a mínima ideia do que é.

O conceito de catequese para mim não se esgota na meta do sacramento do "Crisma". Continua pela vida fora e de outras maneiras e de forma mais consciente.

Fernando Gonçalves

Aprendiz disse...

Caro Fernando,

Não era minha intenção argumentar acerca do porquê do sacristão não poder ser o braço direito do padre... Longe de mim tal coisa. Quanto a mim, não vejo inconveniente nenhum!

Se se sentiu injustiçado com as minhas parcas palavras... Lá sabe. Deus apregoa a cada dia que passa a tolerância e a compreensão: deixei espaço ao diálogo caro senhor e prova disso, é o seu comentário de resposta.

"Quem tem telhados de vidro, não atira pedras ao telhado do vizinho..."