segunda-feira, dezembro 11, 2006

Uma história dos fundos

Adoro ver as criancinhas como acólitos. Adoro ser rodeado por elas. Mesmo no meio de algumas confusões, no meio da eucaristia, em que tenho de repetir como se faz. Não que não estejam organizados. Não que não tenham alguma formação. Mas há paróquias em que o dito fica por dizer ou ensinar, por mais que seja dito ou ensinado. Mesmo assim, gosto de os ter à volta do altar.
Estava eu há dias no meio de uma eucaristia quando fugi, inconscientemente, para este pensamento. Como era bom ser rodeado por estes meus acólitos! Aturo-os, apesar das tropelias e tropeços. Faz-se por amor. De repente, sem ruído, do fundo, e no meio da consagração, o cheiro chegou-me, e cresceu de forma progressiva. Tentei não respirar e pensar que a suposta criança, que nem consegui adivinhar qual delas seria, estava precisada. Mas a situação era constrangedora. Consagrar sem respirar é difícil, descobri. Sorrir era delatar o infractor. Que fazer, então, com acólitos assim?! Ó Cristo, é que nem tu me ajudaste nesta!

18 comentários:

Anónimo disse...

Amiguinho!!

esta está demais!!
Não podia imaginar que fizessem coisas dessas na Eucaristia, já vi várias coisas, como desembrulhar rebuçados, com aquele barulho estridente, que nunca mais termina, repetir do principio ao fim tudo o que o Padre diz, que ás tantas já nem sabemos se o padre está no Altar ou atrás de nós, enfim um monte de coisas! Mas, essa está demais! eu não consegui conter o riso, mesmo!!!

Beijinhos!!!
:))

Sandra Dantas disse...

Bem, este post fez-me rir...
"Por amor" tudo se pode suportar!!!
Um abraço Amigo!!!

Anónimo disse...

A mais gira que eu vi um acólito fazer foi tirar macacos do nariz.
Mas essa padre...deve ter sido ...bem...Ainda estou a rir ... trabalhar com os miudos é mesmo assim... e quem tem filhos sabe bem que esses descuidos estão sempre a acontecer... e eu que o diga...eh, eh, eh

Maria João

Anónimo disse...

Eh eh ri, ri e ri, mas também com imensa ternura. É um post da maior ternura: pelas crianças na sua simplicidade e pela atitude do padre em todo este quadro.

"Em odor de santidade" não se aplica nesta, né? :)

Anónimo disse...

Pois é.

O teu acólito deu um ar da sua graça, ainda bem que assim foi, pois nada se deve reter neste mundo.

Tu pensas no incómodo que te causou, na infracção que o teu acólito cometeu, na falta de ajuda de Cristo nessa situação.

Tu porventura pensaste em te pôr na pele do teu acólito? Talvez por momentos voltasses a ser criancinha, e pensar nos porquês desse acto.

Se calhar não foi tão grave assim. Será que foi contra alguma lei de Deus? Será foi contra alguma lei da igreja? Será que foi contra alguma lei civil?

Aturar não é um acto de amor, é um acto de não aceitação do outro como ele é e como ele decide ser, aturar é um "tem que ser", "tens que aturar os teus acólitos", porque sentes que Deus assim quer, mas afinal o que é que tu queres?

Esquece-te de Deus por momentos, e olha para dentro de ti, e vê quais são os teus desejos mais profundos.

Tu adoras ver as criancinhas, por que estás com saudades de seres como elas, e assim diz Jesus sobre elas serem os seres humanos que estão no seu reino de paz e amor.

Um abraço fraterno deste irmão em humanidade,
Luís Carlos

mi disse...

:-D

Anónimo disse...

Tem a certeza que o senhor Jorge Nuno Pinto da Costa não estava lá?!

A Carolina Salgado deve compreendê-lo muito bem! ohoh!

Ela parece que aproveitava para fumar mais um cigarrito!

teodora

123 disse...

olá
esses aólitos são demais,não podiam guardar isso para outra altura=? epara outro sitio?Eu não era capaz de fazer isso,ali,achoeu,o que Jesus iria pensar?Eu nem queria imaginar os outros todos a olhar para mim e o padre também.
mas, ri-me. foi engraçado, o cheiro é que não devia ter muita graça.

Anónimo disse...

Ser padre é ser "pai" de uma comunidade inteira. Como tal, é o homem da Palavra de Deus, da Eucaristia, do perdão e da bênção, exemplo de humildade, penitência e tolerância, o pregador e conversor da fé cristã. Enfim, um comunicador e entusiasta da Igreja, que luta por uma vivência cristã mais perfeita. Dessa Igreja missionária, que não sobreviveria sem o sacerdote, como indicou o próprio Jesus Cristo, seu fundador pela Paixão por nós.

Sua missão é construir comunidades, entender a alma humana e perdoar os pecados, evangelizar, unir e alimentar a comunidade pela Eucaristia. Entendem, como diz Lucas 21, 15 "Eu vos darei eloqüência e sabedoria, às quais nenhum de vossos adversários poderá resistir nem contradizer" , e são verdadeiras testemunhas da fé, por sua oração, sacrifício e, coragem cristã.

Ser Padre é viver em meio ao turbilhão do mundo, e não desejar seus prazeres. É membro de todas as famílias e a nenhuma pertence. Compartilha todos os sofrimentos, penetra todos os segredos, derrama bálsamo em todas as feridas. Apresenta-se a Deus, em nome dos homens oferecendo-lhe suas preces, volta-se ao homem para comunicar-lhe o perdão de Deus e a esperança. Possui um coração de fogo, pela caridade que o incendeia e um coração de bronze pela castidade que o tempera. Ensinar, perdoar, consolar e abençoar, eis a missão do Padre. Padre como és grande! Como Deus te ama e assim te chamou para compartilhar com ele todo o mistério da salvação. Vê, Padre, que poder imenso que tens em tuas mãos, nem os anjos entendem, adoram teu poder por reconhecerem nele uma parte de Deus. Padre bendiga o Senhor que fez tantas maravilhas em ti!

Um grande abraço amigo Padre de Portugal, que Deus te abençoe e te proteja nesta caminhada, nessa missão, não só a ti, mas a todos os Padres do mundo inteiro!

Sua amiga aqui do Brasil Fátima.

Anónimo disse...

Ora essa!
É suposto existir liberdade de expressão também para situações como a descrita!

Anónimo disse...

Eu sou acólito, e a mais gira que eu vi foi uma rapariga entornar o jarro de água por cima do padre no momento de lavar as maos e o padre assoar-se á mão e dar a hostia, os padres também fazem das suas...não somos só nós.
Gonçalo

Anónimo disse...

Pois, eu também sou acólita, e também tou com o Gonçalo, os padres também fazem das suas, pois outro dia, na hora da comunhão, o padre deixou cair uma Hóstia, e o que é que ele fez? em vez de a tomar ele não toca lá para dentro, agitasse um bocadinho e a alguém há-de calhar, acham isto bem??

mariana

Confessionário disse...

Ai Gonçalo e Mariana, como me ri!!

Anónimo disse...

Desculpe lá Fátima, mas espero bem que os padres do mundo também pensem em si próprios! Eles existem, são gente como todos nós.
Depois do que li, lembrei-me do poema dispersão de Mário de Sá Carneiro.
Esse não acabou bem!

Teodora

Anónimo disse...

eheheh ha sempre pequenas historias nas mais pequenas circunstancias que nos deixam um momento ironico e divertido na nossa vida e é por isso q é bom recordar e melhor ainda viver...se bem q neste caso viver o momento...ahahah
apesar de tudo as crianças sao os seres mais maravilhosos do mundo :)
bj

Anónimo disse...

Coitado mas é do miúdo. :p

A Flor disse...

Paciência, precisa de paciência....

"Deixai vir a mim as criançinhas...." - Cristo amava as crianças..

Beijinho da Flor :D

Catequista disse...

Há uns anos atrás numa missa, um dos acólitos espirrou... Não tinha um lenço... Podem imaginar? Pois, se não fosse o sacerdote... Sim, são situações caricatas, das quais nos rimos depois, mas na hora são bastante embaraçosas!