domingo, março 05, 2006

Padre, será que o meu marido está no céu?!

O luto roubara-lhe o sentido da vida. Preto por fora e por dentro. Só não lhe roubara as flores que colocava todos os dias, cada dia, na campa do marido. Mais as missas e as orações. O resto foi levado com a morte. Eu estava sentado no sofá, com amigos. Não que me fosse pouco importante dizer-lhe algo. Que até era. Mas é preciso que a pessoa queira. Tenho consciência que as palavras podem cair em saco roto quando o saco não está preparado. As pessoas foram saindo. Ela também. Mas voltou atrás. Padre, Será que o meu marido está no céu?! Eu já desconfiava que o seu problema não passava desta questão. Amara-o. Ama-o. Sem dúvida. Por isso teme o Pai que leva os que queremos para Ele. Teme que o tenha querido, mas não o tenha levado para ao pé. Era uma resposta difícil, porque há coisas que estão nos desígnios de Deus. Mas, olhando para a figura de um pai bom, fui indicando que um pai gosta de todos os seus filhos. Mas gosta de maneira diferente. Ama-os como eles necessitam. Por isso, mesmo que um deles se tenha afastado por momentos, como o “filho pródigo”, ele continua a amá-lo e a querê-lo do seu lado. Por mais pecador que um filho seja, o pai está disposto a amar o filho. Não interessa por isso tentarmos saber quanto Deus ama, mas que nos ama a todos, de forma diferente, mas ama. Também é lógico, dizia eu, que quando mostramos o nosso amor ou quando correspondemos a um amor, a pessoa em causa fica agradada. Mais que isso, o nosso relacionamento interpessoal melhora. Aumenta. Dito de outra forma. Uma pessoa que ame a Deus claramente, aumenta o seu relacionamento com Ele e Ele com ela. É lógico que Deus quer estes bem pertinho. Mas também não quer os outros longe. Ela ia serenando. Mas continuava. E o que é a ressurreição. E eu respondi que, basicamente era passar desta vida para a vida eterna, a vida ao lado de Deus. Mas, e todos ressuscitam? Todos, respondi. Se Deus quer salvar a todos - e isso expliquei-o com passagens bíblicas - Ele não quer excluir ninguém. Então e o que é o inferno? Agora estava acordado. A palavra acordara-me. No sofá ia-me deixando dormir, de cansado. Agora acordava para falar. Bom, eu nunca vi esta teoria em lado nenhum. Não será por isso uma questão teológica. Mas para mim é muito pior estar a cinco quilómetros de uma pessoa que amo sem a ver, do que estar a mil quilómetros e ter a consciência que não posso mesmo ver. A insatisfação é maior no primeiro caso. Eu tenho para mim que todos vamos para junto de Deus. Mas que uns ficam mais perto, porque mais amaram. E outros ficam mais longe porque menos amaram. Mas também não é uma questão de distância, que ali não há espaço nem distância. É uma questão de amor. Quem mais ama, mais sabe sentir o amor. Quem menos ama tem de aprender a sentir o amor. A conversa ia longa e a história também. Fica para outro dia a continuação…

27 comentários:

mi disse...

interessante... mesmo muito interessante!
ajuda a explicar muita coisa... vou pensar melhor nessa teoria!

Anónimo disse...

Muito bem! Não me lembro de ter lido uma explicação do «inferno» semelhante a esta. Parabéns! Se me for permitido acrescentar diria: o amor não é uma questão de distância, mas de intensidade. Quem ama, irá perceber melhor o que significa estar «perto» de Deus ou «afastado». Afinal, Deus é amor!

Carla Santos Alves disse...

olá amigo

è sempre bom ler-te!

Bjs

Carla

Carla Santos Alves disse...

olá amigo

è sempre bom ler-te!

Bjs

Carla

PDivulg disse...

Este conceito é de facto bastante complexo em explicar... Mas porquê arranjar algo para depois da morte quando na vida nunca se amou?... Aguardo a continuação...

Vilma disse...

Por muito que nos custe abordar essa questão, temos que ler a Palavra de Deus sobre isso e ela é muito clara. No meu coração, também desejo que todos possam estar no Céu..e se eu, que sou pecadora, tenho esse desejo, quanto mais não terá o Pai Celestial. MAs a verdade é que só Deus conhece o coração de cada um e Ele não pode obrigar ninguém a amá-Lo e a receber Seu Filho. Jesus falou mais do inferno que do Céu. Porque seria? Porque é uma realidade e deseja que nnguém para lá vá. Mas Deus não manda ninguém para o inferno... os que vão, vão porque assim escolheram...! Por isso como discipulos de Cristo, não podemos pintar um quadro cor de rosa... está em questão a eternidade da alma de cada um! e isso depende das escolhas que se fazem agora aqui.. enquanto na Terra!

Vítor Mácula disse...

Grande, Vilma!

Embora dependa essencialmente da misericórdia e desígnios de Deus - há que não amornar a tensão da fé.

Mas isto é um tema limite - como de costume, não é, confessionário?... ;););)

Abraços!

Sonhadora disse...

Os conceitos de Céu e de Inferno são os que mais me intrigam. Por mais que pense e discuta sobre eles, mesmo com a explicação do Confessionário, não consigo percebê-los.
É um estado de espírito? A nossa consciência acompanha-nos depois da morte? Se sim, se alguém acreditar em Deus como pode ficar "longe" dele, no inferno? Basta acreditar n'Ele e pedir perdão para ir para o Céu?
Sinceramente, estas coisas confundem-me.
Prefiro pensar no Céu como a felicidade que resulta das acções que me fazem feliz a mim e aos outros, aqui na terra. E o inferno o oposto, a tristeza e a angústia.

Carla Santos Alves disse...

Olá amigo ....outra vez...

Fiquei a pensar ...mas sabes ás vezes há pessoas que quando morrem viram santas...para não arranjar outros exos dou um familiar...os meus avós nunca se deram bem...quando a minha avó morreu de repente o meu avô destou num pranto diário...para mim não passava de um teatro...passados quatro anos morreu o meu avô..claro que chorei e tive pena...mas pk era um ser humano...
Já lá vai o tempo em que a crepideiras íam aos velórios e eram pagas para chorar!...Quantas mulheres não vestem luto só para o povo ver...acho isso de um cinismo brutal...aliás conheço uma viuva que nunca se deu bem com o marido mas faz com cada teatro...e anda de preto...e eu pergunto para quê?

foi um desabafo!
Bjs
Carla

Anónimo disse...

Interessante, mas terá base bíblica?

Confessionário disse...

É apenas um pouquinho daquilo que sinto. Mas será que não tenho o direito a sentir assim?! A base desta forma de sentir tem a ver com tudo aquilo que estudei, li, vivi e penso da vida e de Deus. Claro que não sou teólogo enm exegeta. Mas tenho o direito a pensar num Deus assim, ou não!?
Vilma e Víctor (começam os dois por V... porque setrá?), eu não quis amornar. Leiam de novo. A meu ver será pior estar "perto", mas longe do coração... Eu sei que é difícil explicar e pior escrevendo. Mas não estou a amornar. Deus quer todos (e isso podemos basear na Bíblia, Nuno; Deus demonstrou sempre que queria salvar todos), embora o homem possa não querer (trata-se do lívre arbítreo), e é este não querer que afasta o home de perceber e sentir o amor de Deus. no entanto, cuido que Deus continuará a amar esse homem que não quis. Amá-lo-á de forma diferente daquele que Lhe corresponde ao amor, mas amá-lo-á.
Isto é mesmo para se discutir a sério. Gostava de ouvir, ou ler, como pensa cada um relação a estas coisas (ou como não pensa! Eu penso muito)...

Anónimo disse...

Penso que o inferno tem exactamente a ver com a noção que o sr. padre deu, a distanciação de Deus. E somos nós próprios, pelo nosso livre arbítrio, que nos distanciamos Dele. Mas gostava de fazer uma pergunta ao sr. padre, já agora, se não se importasse: se o amor salva, é possível que, com orações, uma alma possa aproximar-se de Deus? Eu explico: suponha que uma pessoa tenha sido muito má em vida. Por mais inimigos que essa pessoa possa ter feito, haverá sempre alguém que terá gostado dela. É possível que esse alguém possa ajudar a salvar aquela alma, por meio de orações, talvez? É que sempre me perguntei o porquê das orações pelos mortos. Enfim, sobre este assunto haveria muito que dizer. Até canais de televisão mais científicos como o de História e o Discovery Channel têm passado documentários sobre o tema, alguns dos quais nos fazem realmente reflectir.

mi disse...

um padre disse-me que a fé era uma graça de Deus.
(também me incubiu a função de rezar pelos "meus entes" que não têm fé, pois não é culpa deles.)
isto deixa muito "trabalho" nas mãos de Deus... nessa altura fiquei com a sensação de que ter ou não fé não dependia de nós, mas somente de Deus.

mas também há o nosso livre arbítrio, não é? e a nossa personalidade, e a nossa história, e a nossa vida, e a nossa sensibilidade... e...

como é que tudo isto se conjuga?

um ser humano "vai para o inferno" porque Deus não lhe deu a graça suficiente? claro que não! Deus é AMOR!

mas é estranho, confuso...
porque é que há tanta desigualdade no amor (ou na intensidade do amor) que os homens sentem por Deus e uns pelos outros?

Luz Dourada disse...

Gostei muitoda explicação dada à senhora. Os nossos infernos e os nossos céus já começam por aqui, não? Perdermos a carne não nos faz perder a alma que continuará o seu caminho para o Pai. O invólucro tem uma vida limitada mas a alma tem uma vida eterna. Acho que a senhora deve ter percebido o conceito da infinita bondade e da aprendizagem do aproximar-se mais da perfeição eterna de Deus.
Talvez por isso é que é tão importante orarmos pelos defuntos -a oração é a ajuda possível dos vivos àqueles que precisam que a nossa prece lhes dê força espiritual para continuarem a sua caminhada.
Os mistérios da vida e da morte são muitas vezes explicados de uma forma tão cautelosa e hermética que fazem surgir esses medos todos; como se esse medo decorresse de uma "atitude" de Deus e não fossemos nós próprios a nos colocarmos nessa "atitude" de distanciação ou de proximidade.

Sonhador Acordado disse...

Se é pior estar "perto", mas longe do coração, isso levanta questões importantes.
Pela positiva, deverá ser um incentivo a aproximar-nos de coração, quando já estamos perto "fisicamente".
Mas, não se pode também interpretar que se não nos conseguimos aproximar de coração, é melhor afastar-nos também "fisicamente"? Nessa altura não nos iremos afastar cada vez mais?
Também se pode pensar o que é que quer dizer "não conseguir", até que ponto estamos a tentar com toda a força ou estamos a deixar-nos levar pelo comodismo.
Desculpem esta interpretação dura, mas se a trago aqui é exactamente por me inquietar.
Cumprimentos

Vítor Mácula disse...

Caro Confessionário.

Mas eu não disse que tu O estavas a amornar… E quanto à rima do “V”, nem quero pensar nela… Ontem foi um dia repleto de rimas e sentidos…:)

É pensável que o inferno (negação absoluta da presença de Deus) seja vazio. Mas não deixa por tal de ser uma possibilidade existencial. Orígenes considerava a Parusia como a regeneração inteira da criação, incluindo os demónios e os pestíferos espirituais… No entanto, os textos bíblicos falam inequivocadamente dessa possibilidade… Ninguém sabe, precisamente, e a tensão é essa… Até porque seja como for, por enquanto, podemos viver na contra-vontade Dele – e esse é o nosso pequeno inferno…

Abraço.

Anónimo disse...

Questão que ao homem se coloca. A existência de Deus e a Eternidade. O medo que a Igreja nos transmitiu até há bem pouco, com o Deus do antigo testamento, castigador e vingativo, com pecados pelo meio e a distância e o silêncio incompreensíveis.
Mas Deus, assim o creio, está dentro de cada um de nós e mostra-se - assim o saibamos ver - nas pequenas e grandes coisas. E deseja que sejamos felizes. Todos, sem excepção. Talvez não consigamos compreender o sofrimento e a dor. Mas por inexplicáveis que sejam - e são-no por certo - ajudam-nos a crescer na fé. Assim os saibamos merecer.
Depois, a eternidade, o falado céu e o propagado inferno, começam aqui na terra, do lado de cá.
Quantos de nós já não experimentaram um cheirinho de felicidade inusitada, quando tudo nos corre bem e estamos de bem com a nossa consciência e com os outros!? Ou, então, que pesadelo se desmorona sobre a nossa alma, quando assim não acontece!? Ali a Luz, aqui as trevas. E está ao nosso alcance encontrar o caminho da Paz e do Amor.
Mas por muito que filosofemos sobre realidades que nos transcendem, o certo é que ninguém, que eu saiba - veio até nós falar-nos das suas experiências vivenciadas do outro lado. Tudo o que imaginamos, nada será como o projectamos.
Mas tenho para mim que uma boa noite de luar na serra,com silêncio à mistura, e um "céu" estrelado, nos dirá muito mais do que tudo o que podemos dizer sobre o céu e o inferno. Ou, então, o simples olhar duma criança e o seu sorriso. Ou o encontro que não se esperava e que aconteceu.Ou ainda a dor que se abate sobre nós quando um ser querido se afasta e temos a certeza, por muitos esforços que façamos, que jamais o voltaremos a ver nem a ouvir a sua voz.Então surge a esperança de um dia novo, dum novo espaço e dum novo tempo.Deve ser isso. Deve ser isso.A saudade do além.

xana disse...

Confessionário,
cada vez que abres o teu coração e escreves um post, duas coisas acontecem:
1- as tuas palavras caiem em nós e um eco ressoa durante algum tempo; E fica a ressoar, do coração ao cérebro e do cérebro ao coração, dando-nos assim tempo e espaço para nos fazer pensar no que disseste e arrumar os nossos pensamentos e sentimentos..dentro de nós mesmos e depois entregá-los aqui, para ti e para todos, num comentário.

2- a outra coisa que acontece são depois as pequenas delícias que nos entram pelos olhos dentro..como este belíssimo texto da Alice! Refiro-me, portanto, aos comentários que vão bailando, entrelaçados que estão..tão bem uns nos outros.!!
É um espectáculo! Um espectáculo digno de assistir!

Eu cá por mim, estou tão contente por estar aqui no meio desta assistência, a seguir o bailado com
atenção e a oferecer, a ti e a todos um forte aplauso. E só não me levantei ainda para também "falar" sobre o assunto..porque ainda estou na fase de arrumação daquilo que eu sinto e dos ecos que todos vós aqui me deixam.
(Sento-me agora ao lado do pdivulg e digo com ele que aguardo a continuação. Com muito desejo, sublinho!)

Confessionário disse...

E se não houvesse continuação, Xana?

"uma boa noite de luar (...)e um "céu" estrelado (...)olhar duma criança e o seu sorriso. Ou o encontro que não se esperava (...)ou a dor que se abate sobre nós quando um ser querido se afasta...
O Céu, Alice, começa quando nos sentimos amados por Deus.

Victor, "os textos bíblicos falam inequivocadamente dessa possibilidade" ... como falam de outras que, interpretadas à letra, não nos conduzem ao significado que Deus Lhe quis dar! É complicado, amigo, muito complicado! Por isso é que eu prefiro abordar a questão desta maneira...

Confessionário disse...

Mas, não se pode também interpretar que se não nos conseguimos aproximar de coração, é melhor afastar-nos também "fisicamente"?
Sonhador acordado e amigo, tu consegues dizer que não a alguém que te quer amar e que te demonstra isso mesmo?! Por outro lado, nunca experimentaste gostar cada vez mais de alguém por quem passas habitualmente? Ou dito de outra forma, nunca te chamou a atenção afectiva alguém que vês muitas vezes pura e simplesmente porque a vês muitas vezes?

Confessionário disse...

"porque é que há tanta desigualdade no amor (ou na intensidade do amor) que os homens sentem por Deus e uns pelos outros?" Porque amamos e e somos amados de maneiras diferentes... e nunca amamos ninguém de forma igual. Há tantas atenuantes ou circunstantes à volta do amor... ui se há!



Erva-cidreira, estou convencido que as orações pelos mortos fazem bem sobretudo àqueles que as rezam. Mas, como disse um dia a um amigo: "Os teus amigos tb são meus amigos!". Parece um excesso, mas não é. Nunca te aconteceu gostares de alguém ou começares a amar alguém porque é amigo ou da família de quem já amas?... do tipo, porque gosto de ti aprendo a gostar de quem gostas.
Imagino que com Deus possa tb ser assim. Imagino. Só imagino.

Confessionário disse...

Bom, peço desculpa por só hoje responder. Foi-me difícil estes dias. Um abaraço a todos. Ahh, e não entedam isto como respostas. São apenas ideias e sentimentos!

Vítor Mácula disse...

Caro confessionário.

Pensentimentos... ;)

Pois, e isso do complicado... Sempre que a malta se mete pela exegese e teologia, instaura-se a confusão... Eh eh... Instiga à responsabilidade da decisão, da assumpção (sempre confusa) de si próprio e da sua vida... Nesse sentido, sempre admirei o Lutero...

Abraço.

Sonhador Acordado disse...

Obrigado pelas pistas
Começando pelo fim: sim, ver muitas vezes alguém acaba por criar laços afectivos, é sempre um começo de algo que se tem em comum, e depois desse começo outras coisas podem surgir.
Quanto a dizer que não, neste contexto não, não quero nem seria capaz de dizer que não. O problema é que dizer um Sim total também é bem complicado. Por causa de fraquezas, ou de coisas que não compreendo (ainda?). Mas se Ele aceitar que eu vá tentando, eu continuo a tentar aproximar-me.

Confessionário disse...

Sonhador acordado, disso não tenhas a menor dúvida. Ele aceita que vás tentando... e espera-te nas tuas fraquezas, tal como és...

Goldmundo disse...

O que pr'aqui vai :)

Cito o Confessionário:

"Sonhador acordado e amigo, tu consegues dizer que não a alguém que te quer amar e que te demonstra isso mesmo?!"

Tens noção de para onde isto conduz ? :)

Anónimo disse...

Um Amigo no Céu



Meus Queridos Amigos
Todos aqueles a quem amei
E me deram o seu amor
Após a minha partida
Rumo à minha verdadeira Pátria
Não chorem a minha ausência
Revivam os bons momentos
Que juntos passámos
E vão ver
Que a lembrança é também presença

E eu, espirito liberto
Do peso da matéria
Poderei precorrer o universo
E continuar a amar todos os que amei

E então, quando estiverem infelizes
Pensem em mim
E eu estarei convosco
Para vos ajudar e consolar
E vão ver como é bom
Ter um amigo do lado de lá

E quando chegar a vez
Da vossa grande viagem
Também não chorem
Pelos que aí deixarem
Não será um Adeus
Mas simplesmente um “Até logo”
E mais...Eu estarei lá
Para vos receber