quando as tuas palavras se juntam e crescem por dentro
vejo apenas a forma dos teus lábios
e o desenho de um beijo que se torna eterno...
aperto no peito a cor dos teus olhos,
quando o tempo se veste dessa mesma cor
e tudo em redor parece o teu olhar,
quanto te procuro sem te ver, mas te vejo por dentro...
o tamanho dos teus braços não tem tamanho
são apenas um abraço e o cobertor
numa manhã que parece noite
num dia de verão que parece inverno
numa brisa que parece uma tempestade
numa chuva que me escorre no rosto
e a soluçar me diz: estou vivo e tu não morrerás
em mim
4 comentários:
Que poema magnifico!!!
E esse final… ‘estou vivo e tu não morrerás em mim’… soa como um sopro de ressurreição, como se a esperança se tornasse carne dentro de quem lê. Obrigada por partilhar algo tão inteiro, tão cheio de vida...
Lindo!
Boa tarde Senhor Padre,
Um poema muito belo, numa homenagem de saudade e amor ao seu querido Pai.
Assim o entendi.
Abraço,
Emília
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