Na pós-modernidade tudo é um pouco pós. Até Deus. Na pós-modernidade Deus perdeu-se. Perdeu-se, inclusive, como problema. E o assunto não se confina no ateísmo. Deus deixa de existir não porque não exista, mas porque é irrelevante. Tornou-se irrelevante e uma generalidade das pessoas vive como se ele não existisse. Ou como se não importasse se ele existe ou não. Deus é despedido porque já não tem função social. Quem é que faz o que quer que seja condicionado por uma ideia de Deus ou do que Deus quer ou projecta? Ninguém. Nem a maioria dos que se dizem cristãos. Deus no exílio. Aos poucos, Deus vai ficando confinado numa ideologia a que se convencionou chamar Igreja. Começo a perguntar-me se não vivemos num tempo de um pós-Deus ou de um Deus emérito!
A PROPÓSITO OU A DESPROPÓSITO: "Um Deus que se ama ou que se acredita"
2 comentários:
Um Deus que deixou de ser Pai para ser Avô. Ou Tio.
Boa tarde Senhor Padre,
Muito pertinente e atual a sua reflexão.
Infelizmente também penso que assim é.
Ailime
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