Aquela imagem é que era. Aquela imagem de Nossa Senhora é que era tudo para a senhora Almerinda. Pedia-me para a benzer. Mas sem estragar a pintura. E abraçava-a. Tinha mais amor à sua Nossa Senhora de barro do que à sua filha que morava na casa dos trinta e lhe dava muitos problemas. Devo estar a exagerar. Mas não tanto como ela. E como ela tantos outros cristãos que confundem os símbolos com o simbolizado, confundem o símbolo com a realidade que este quer simbolizar. Não vejo mal que alguém beije uma foto de um ente que ama e partiu ou que está longe há muito tempo. Contudo não é a mesma coisa. Não podemos confundir a foto com a pessoa. Não podemos confundir o dedo apontado com aquilo que o dedo aponta. Grande parte dos fundamentalismos nascem deste modo. Como dizia Tomas Halik, “não se pode confundir o dedo que aponta para a lua com a própria lua”.
A PROPÓSITO OU A DESPROPÓSITO: "Quinze maças especiais"
1 comentário:
Boa noite Senhor Padre,
A mim também me faz muita confusão quem adora as imagens. São apenas símbolos! Ouvi um seu colega relativamente novo numa igreja, dar graças a Deus por aquela igreja onde havia sido colocado, não ter praticamente imagens. Gostei de o ouvir.
Essa idolatria pelas imagens vem de tempos ancestrais e ainda está bem arreigada no povo de Deus.
Bom fim de semana.
Ailime
Enviar um comentário