quinta-feira, junho 24, 2021

A bola de garrafa

Chegam à catequese desvairados, diz-me uma catequista. E a verdade é que estava uma garrafa de água em local estratégico, dentro do centro pastoral, para ser levada para outro lado, e este grupo de miúdos, como se fosse a coisa mais natural do mundo, serviram-se dela como se de uma bola se tratasse. Nem há pandemia nem há nada que resista. E tudo começa em casa. É o que temos. Por isso entendo como é que as catequistas têm tanta dificuldade em cumprir a sua missão. Porque não são apenas as garrafas de águas que são bolas nos pés de alguns miúdos. 
 
A PROPÓSITO OU A DESPROPÓSITO: "Esta Igreja é uma treta"

10 comentários:

Anónimo disse...

Bom dia Padre Confessionário. É a sociedade que temos. Eu não culpo os catequisandos nem os catequistas. Na minha opinião, este comportamento vem em consequência de falta de preparação dos pais para estarem à altura das exigências dos jovens de hoje e na falta de preparação dos catequistas, e aqui, peço desculpa pelo que vou dizer, a culpa é dos srs Padres. De modo geral deixaran de apostar na formação de catequistas. Aceitam quem aparece, quantas vezes no mesmo nível de formação do catequisando: formação zero. E como podemos impôr autoridade quando estamos no mesmo patamar dos educando? Por este andar daqui a pouco até aquilo que são falhas graves oerante a Igreja... são virtudes. Como podemos cultivar nos educandos uma consciência bem formada, quando (infelizmente digo isto con muita dor) os que têm esta função, perderam noção do pecado? Mais uma vez peço desculpa porque decerto não é este o seu caso.Tenha um bom dia! Nina

Confessionário disse...

Nina, não é apenas uma questão de consciência. Essa é apenas uma ínfima parte.
Ainda me parece mais "gritante" a fé superfícial!
Mas é o que temos...

Anónimo disse...

Sim. Mas a má formação da consciência sobre o bem e o mal vem do défice da formação de base. Quando em conversas sobre situações que considero graves, e não sou eu, é o CIC que o diz, a resposta na ponta da língua é: toda a gente faz assim... como se o aumento do número apagasse a culpa... Nina

Servir com Alegria disse...

O mundo anda todo desvairado, o que reina é o odio e o salva-se quem poder. O cancro é a falta do núcleo de família, pais separados, com vários laços de união de facto, com filhos e filhas de várias uniões, e isto gera esta destruturação. Um diz uma coisa o outro para fazer jeito diz outra e desautoriza-se uns aos outros, compram as crianças, e tudo se dá e no fundo nada têm... aonde está o AMOR, a responsabiliza, o respeito, a educação..., estes comportamentos são gerais catequese, escola, e na própria casa. Tenho a certeza que no futuro a sociedade ainda vai estar pior!!!
Fé o que é isso???. Deus tenha compaixão de nós todos pobres pecadores. Misericórdia.

Anónimo disse...

É isso mesmo tudo é permitido, depois culpamos o mau comportamento dos jovens mas que testemunho lhes damos? Assistimos impávidos e serenos ao desmoronamento da família. Resta a esperança que neste Ano dedicado à Familia, se faça algo.

Confessionário disse...

25 junho, 2021 12:40
Não me interprete mal, mas que é esse "algo" que está à espera neste ano?!
Às vezes parece-me que estes anos são apenas uma agenda!

Anónimo disse...

Sim, a minha esperança é que não fique apenas em agenda... que a Igreja volte o olhar para a família com projetos que cativem especialmente os casais jovens. A pandemia tem dificultado a ação mas não é desculpa para tudo. Desinstalem-se srs Párocos, conformar-se não leva a lado nenhum.

Ailime disse...

Boa tarde Senhor Padre,
Não posso deixar de estar mais de acordo. Tudo começa em casa ou deveria começar. Atualmente há muita permissividade por parte de alguns pais e a educação e valores deixam muito a desejar.
Remetem essas incumbências para as escolas e até para a igreja, em que a missão é outra, mas que é confundida. O ensino e a educação deviam complementar-se.
Isto é o que eu vou observando, querendo realçar que há honrosas excepções.
Bom fim de semana.
Ailime

Anónimo disse...

Desculpem, mas não consigo perceber tanto drama por causa de uns miúdos darem pontapés a uma garrafa de água. Os jovens asneiram porque faz parte, independentemente da crise na Família, na Educação ou na Igreja. Claro que têm de ser repreendidos e corrigidos, mas fazer drama não costuma ser muito produtivo. Por outro lado, quem é que deixou a garrafa no tal local estratégico? Mmmm, se calhar é uma situação parecida com o que me aconteceu recentemente. Fartei-me de ralhar com o quinto catecismo porque tiraram as máscaras para comerem chocolates. Aré que me ocorreu que a culpa foi de quem lhes deu os ditos chocolates, ou seja, euzinha. Não sei onde tinha a cabeça quando achei que eles iam perceber que os chocolates eram para comer em casa por causa da pandemia. ME

Confessionário disse...

ME, creio que ninguém estará a fazer um drama. Trata-se mais de uma constatação.
De qualquer modo, parece-me que tem alguma razão, sobretudo quando refere que é típico deles este tipo de "asneiras". E que quem deixou lá a garrafa poderia não a ter deixado lá.

Não consigo é perceber como é que uns "pinocos" que foram lá colocados estrategicamente para indicar o percurso foram partidos!!! Ou seja, não devemos fazer drama, é certo; mas também não podemos relevar e dizer que tudo é aceitável só porque é típico desta idade!