sábado, setembro 12, 2020

O trabalho das missas

O meu trabalho não são as missas. Mas é difícil não pensar que o meu trabalho são as missas. Porque as pessoas pensam que os padres só trabalham quando estão a celebrar missas. E nós pensamos que o nosso trabalho anda todo à volta das missas. 
Elas são, como já repeti até à saciedade, tanto para os outros como para mim próprio, o centro, o cume, o núcleo e demais palavras que signifiquem esse ponto nevrálgico da vida do cristão. Mas a vida é sempre maior, mais importante, mais acima que qualquer celebração, por mais nevrálgica que seja. 
Gostava de me entender de outro modo nas missas que celebro, muitas vezes como consumo que se faz parecido ao consumo das refeições diárias. Comer para viver. Gosto da expressão. Mas parece mais uma coisa que se faz para o físico e não para o mais íntimo de nós, que é o sentido da vida. E não sei se as missas alimentam o sentido da missa ou o consumo delas. 
Esta pandemia tem-me dado tanto que pensar! 

A PROPÓSITO OU A DESPROPÓSITO: "As missas ou missinhas"

4 comentários:

Anónimo disse...

Boa tarde Padre Confessionário. É à Missa que eu vou buscar o principal alimento para a minha vida de cristão.

Confessionário disse...

12 setembro, 2020 15:24
eu também!

Anónimo disse...

Quando tudo desmorona e à nossa volta as tempestades nos roubam a segurança, na Missa tenho a Âncora que me faz sentir que tudo é "nada" porque Ele que cuida dos lírios do campo que hoje nascem e amanhã morrem, muito mais cuida de nós, filhos prediletos resgatados por alto PREÇO...

Ailime disse...

Boa tarde Sr. Padre,
É na Missa, o centro da vida cristã, que vamos buscar o alimento que nos ajuda a enfrentar cada dia com mais vigor e fé.
Ailime